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dcpv – da cachaça pro vinho – dcpv no spfw

xtra, xtra
13 a 15/06

dcpv – dcpv no SPF&W

Sopa de letrinhas! Uôpa, que bela sopa!

Fomos (eu e a Dé) ao SPF&W. Calma que não é o São Paulo Fashion Week (apesar de sermos bem “fashions”! rsrs).
É o São Paulo Food & Wine, um evento de gastronomia e bebidas realizado através de uma parceria entre o Hotel Hyatt e o Paladar, o suplemento cult (pelo menos pra mim) do Estadão. A ideia principal foi fazer workshops, bate-papos e refeições especiais com vários dos melhores chefes do Brasil e do mundo, tomando o cuidado de mostrar da melhor maneira e com o brilho que ela merece, a culinária genuinamente brasileira.

Só pra ter uma visão do calibre  dos participantes, segue a “listinha”:
Adriano Kanashiro (rest Kinu), Alex Atala (D.O.M.), Ana Luisa Trajano ( Brasil a Gosto), Ana Soares (Mesa III), Beto Pimentel (Paraíso Tropical – BA), Carla Pernambuco (do Carlota e figurinha carimbada do DCPV), Coque Ossio (La Bomboniere -Peru), Edinho Engell (Manacá), Francis Mallmann (ele mesmo, do 1884 – Mendoza), German Mastitegui (Olsen e Casa Cruz, viu Diogo, de BsAs), Helena Rizzo (Mani), Hernan Taiana (mesmo nome, Punta), Kevon Thornton (Thornton’s, Dublin), Laurent Hervé (eau), Luis Acuña (El Pobre Luis, Arg), Mara Salles (Tordesilhas), Marc Le Dantec (mesmo nome, BA), Montse Estruch (El Cingle, Barcelona), Nelsa Trombino (Xapuri, BH), Nicolas Le Bec (mesmo nome, Lyon), Rodrigo Oliveira (Mocotó, SP), Simon Lau (Aquavit, Brasília).
É uma seleção e tanto, né ?

Entre tantas informações importantes, escolhemos os seguintes workshops :
dia 13/06 às 18:30 hs

Ingredientes menos conhecidos, pouco usados, marginalizados” com a Mara Salles.

Ficamos por dentro de como fazer um belo gaspacho de maxixe (o da foto acima), sardinhas em folha de taioba, nhoque de mangarito (peguei alguns pra plantar !!), caldinho de milho cozido e cambuquira que a Dé adorou!

dia 14/06 às 16:00 hs

Como nasce um grande restaurante brasileiro” com Alex Atala e Alain Polleto .

O novo empreendimento do Alex Atala em sociedade com o Alain Polleto será o restaurante “Dalva e Dito” (segundo ele, por causa da estrela e do santo), com inauguração prevista pra setembro e terá como missão fazer uma cozinha brasileira tradicional aliada à técnicas de cozimento à  baixa temperatura. O negócio promete e os sócios fizeram a receita de uma galinha de Angola com a utilização de vácuo e da tal baixa temperatura. Até a planta da cozinha do restaurante (por sinal, um espetáculo!) foi mostrada com todos os cuidados de contaminação cruzada e tudo o mais! Aguardemos, pois!

dia 15/06  às 11:00 hs

Radiografia da Mandioca” com a Mara Salles, Ana Soares, Jerônima Barbosa e a Neide Rigo (ela mesma, a Neide do Come-se).

O nome deste workshop foi extremamente bem escolhido. Todas as variações, todas as aplicações, todos os sabores, todas as informações transformaram esta aula numa verdadeira radiografia da mandioca.
Juntaram a criatividade da Ana Soares, a sabedoria de Jerônima Barbosa, a credibilidade da Mara Salles e os conhecimentos técnicos da Neide Rigo (a que está com no centro da foto acima) pra formar uma verdadeira “jam session” sobre o tubérculo.  Uma verdadeira redescoberta do Brasil!

E a Neide mostrou lá o que nós todos sabemos: ela sabe tudo e tem sempre uma informação à mais! Todo o workshop foi inspirador! Dá vontade de sair de lá plantando mandioca (a planta rsrs) e na foto acima, está o prato que ela preparou: o cuscus marroco/paraenseamazônico (a Neide me corrigiu a tempo )! Uma delícia!

dia 15/06 às 16:00 hs

Transgredindo a moqueca” com a Ana Luisa trajano, o Beto Pimentel e a Helena Rizzo.

Impressionante como todos os worshops foram interessantes. E este foi mais um deles. Vimos 3 moquecas serem preparadas :
A primeira foi feita pela Ana Maria Trajano (do Brasil a Gosto) e da maneira tradicional: uma legítima moqueca capixaba (tá pra Aline !)
A segunda foi feita pelo Beto Pimentel (do Paraíso Tropical), um baiano arretado, que tem  como característica principal saber tudo sobre os ingredientes que ele usa (especialmente frutas) e que ele próprio cultiva ! Acabou fazendo uma moqueca com frutas e temperos regionais especiais, que mais parecia uma  saladona de frutas e frutos do mar. E estava saborosa!

Aprendemos muito com ele e até biribiri (que tem sabor parecido com uma carambola verde!) ele nos presenteou (na verdade, a Dé pediu na maior “cara-de-pau”!)! Levamos dois pra casa que já foram devidamente utilizados.

E pra terminar, a Helena Rizzo  (do Mani) fez, segundo ela, a verdadeira transgressão da moqueca pois contou com o incremento duma espuma de coentro “ferran-adriana” e caju confit . Um espetáculo e mais uma jam session! Parecia que estávamos no Sex Shop Jazz!

Foi um encerramento com chave de ouro!

Resumo final: o SPF&W foi um evento excelente com grandes workshops e melhor ainda, com chefes entusiastas da cozinha e ingredientes brasileiros, com vontade de mostrar que temos excelentes matérias-primas e que basta ter acesso a elas e às informações pra que esta cozinha seja adotada pelo mundo todo! (Se não me engano, o Ferran Adriá já disse que o futuro da gastronomia está na Amazônia!).

Também participamos do Jantar de Gala (seis grandes chefes com seis grandes “fazedores” de vinho que será motivo dum post exclusivo!) e uma coisa ficou clara: o melhor prato deste jantar foi o do Alex Atala (e sem bairrismo!).

Até !

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Há 14 comentários

  1. Xiiii… Evento e pêras Edu! E que máximo poder assistir a uma apresentação da Neide… Trocava na boa esse evento pelo que vou ter sobre estradas na próxima quinta… oh, se trocava!

    Beijo

  2. Bem, que luxo!
    Só para ouvir e estar com a Neide já seria o máximo.
    Gostei da vossa escolha, essa dos ingredientes marginalizados dava pano para mangas, he, he, he…

    Bj

  3. Edu,

    Vc é um sortudo de estar tão pertinho e poder participar do Laboratório Paladar!!!

    Fiquei que babando!!! Amei em sabr que até rolou moqueca capixaba!!! hehehehe Só faltou a pimenta!!! kkkkkk

    Vi no blog da Neide que teve até concurso da melhor farofa… só não ocnsegui ainda descolar a receita. Por acaso vc tem??

    Bjundas

  4. Nossa, que evento bacana! Deve ter sido o máximo! 🙂
    Olha, que coincidência, rs, a sopa de letras, hehehe.
    Vou adorar se você participar, viu? Beijão!

  5. Esse evento parece ter sido espetacular. Seria ótimo se fizessem algo assim em Belo Horizonte.

    Abs.

  6. Migas, pelo menos já sei que “alguma coisa e peras” significa um negócio bacana . E foi mesmo !

    Marizé, a Mara Salles tem um restaurante de comida brasileira, o Tordesilhas, que é muito bom e gosta muito de pesquisar ( assim como a Neide) as coisas da cozinha brasileira.

    Aline, sortudo e bem informado ! E eu não informei mas a moqueca tinha bastante pimenta, como convém a uma bela moqueca. E eu tenho a receita no Paladar. Vou procurar e depois te passo !

    Luna, foi muito bom. E sopa é uma especialidade que a Dé adora! Fácil de achar uma com história !

    Hugo, você que gosta de boa comida, adoraria ir num evento destes. Você conhece o Xapuri ?

    Renata, a minha filhota. Eu sei que você gosta de comida asiática como também sei que tudo o que você não gosta vai pro meu prato !!! E prometo que a mamãe vai responder lá no post do Buddha Bar pra você e pra todos que a felicitaram !

    Abs a todos .

  7. Oi, Eduardo!
    Obrigada pela gentileza comigo neste post. Eu me senti lisongeada participando ao lado de tanta gente bacana. E adorei te conhecer ao vivo. Ah, a farinha é amazonense e não paraense.
    Um abraço, a gente se vê no estacionamento rsss
    N

  8. Mas é muito chique essa gente, né não!!!

    Tô orgulhoso de vocês Eduzão, hahahahaha…

    Ah, e na próxima ida a Sampa quero uma janta que nem a do posto de cima, ok?

    Abração

  9. Neide, quanto a farinha, o pequeno erro já foi corrigido ( afinal de contas, o Pará não é tão longe assim do Amazonas !). E quanto ao estacionamento, é verdade ! Muito provavelmente vamos nos encontrar na próximo vez num deles ( afinal de contas, já são 3 vezes, né?). Nós gostamos muito de conhecer a tua trupe ( você, esposo, a filha e a mamãe) também e como eu já escrevi, esta aula ( a da mandioca) deveria se transformar num vídeo pra divulgação da nossa culinária.

    Diogão, acho que será um tanto quanto difícil conseguir com que esta constelação venha cozinhar aqui no DCPV. Mas se você se contentar com este que vos escreve, tamos à disposição (por sinal, hoje vou fazer um menu com as escolhas que a Carla Pernambuco fez das receitas do livro dela. Será o 1º Inter DCPV x Chef.)

    Abs a todos.

  10. Perto da casa dos meus pais havia um pé dessa biribiri. Quando éramos pequenos, não podíamos chegar nem perto porque diziam que os frutos não faziam bem. E aí está, entre as estrêlas…

  11. É Agdá! Tudo aquilo que nós achávamos que era uma coisa, hoje em dia é outra ( e normalmente, melhor!). E vou te falar uma coisa : o tal do biribiri é azedinho mas é bem gostoso. E o Beto é uma figuraça pois ele entende de tudo !

    Abs.

  12. Outro injustiçado é o maxixe: tão saboroso e sub-utilizado. Mas a Mara não deixa por menos, hehe…Aliás, não só a comida dela é deliciosa, leve e bem-feita, mas ela realmente gosta de ir a fundo na cozinha brasileira. Divino o evento!

  13. Emília, sabe que eu acho o maxixe um primo do chuchu ! A única diferença é o “x” e o “ch” ! Agora, com estes temperos até um gaspacho de pedra iria bem !

    Abs.

  14. Nossa, só hjê eu fui me achar no blog. Mas aproveitando… A comida estava deliciosa (lrmbro bem) e obrigada pela hospedagem ! rsrs’

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