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dcpv – da cachaça pro vinho – dcpvj….apão – 100 anos da imigração.

número 181
18/06/08

dcpv – DCPVJ…apão – 100 anos da Imigração.

J junco: usada na produção de cestos, esteiras e móveis, a planta foi trazida por um imigrante em 1931.
Aaji-no-moto: o tempero japonês ” que realça o sabor dos alimentos ” está na cozinha brasileira há mais de 50 anos.
Ppimenta-do-reino: o chefe de uma embarcação que chegou com imigrantes em 1933 trouxe vinte mudas da especiaria, cultivada sobretudo no Pará.
A amendoim japonês: o amendoim com uma casquinha crocante temperada com molho de soja, foi criado no Brasil por nikkeis.
Oofurô: os imigrantes ensinaram os brasileiros a se banhar em tinas com água bem quente, o que para os japoneses, quer dizer não menos que 40ºC.

Animê, bonsai, caqui, doce de feijão, flor de lotus, gateball, hashi, ikebana, karaokê, luminária de papel, maçã fuji, National Kid (que legal!!), origami, pastel de feira, rabanete, saquê, tofu, Urashima Taro (que legal de novo !!!), yakult, zen. Pronto, eis o abecedário das belas contribuições que os imigrantes e seus descendentes deixaram pra sempre na nossa cultura.
Tudo isto começou em 18/06/1908 quando 781 imigrantes japoneses chegaram no navio Kasato Maru no porto de Santos.
E pra homenagear os nossos bravos nipônicos, resolvi fazer uma noite completamente inédita no dcpv: só receitas japonesas . Vamos ver como funciona um menu com essa comida saudável, leve e cada vez mais, na moda.
Ah! E pouco calórica também já que dificilmente se vê um japonês gordinho (lutadores de sumô à parte, claro!). Vamos lá!

Antes dos trabalhos

Aproveitei uma peça de filé congelada (iria faltar carne, pois com  os reforços da Re e a dupla de nossas sobrinhas Bia e a Luma, a nossa audiência estaria quase duplicada) e fiz um belo carpaccio que o Mingão temperou divinamente!
Eu sei! Carpaccio não é japonês mas, é tão levinho e gostoso que passaria facilmente por uma criação deles. E pra configurar, usamos hashis pra comer!

Já o Déo, cuidou da nossa alimentação líquida e fez um belo Wasabi Martini (wasabi, sakê, limão, gelo e soda).

ITI- Entradas

Croquetes de batata (Korokke) – (Livro Japão – pag  35)
Frango, peixe e abobrinha Teriyaki (Livro Japão – pag 43)

Os croquetes de batata são … bolinhos de batata. Batata roxa (isto mesmo e da Dean  & DeLuca!!), cebola, carne picada na faca, manteiga, farinha de trigo e de rosca, pimenta e sal. É só fazer um purê com a batata e misturar com a carne frita na cebola.
Empanar na farinha de trigo, ovo batido, farinha de rosca e fritar. Tá pronto! E é muito bom como todo bolinho de batata!

E o Teriyaki funciona da seguinte maneira. Marine (em tigelas distintas) o frango, o peixe e a abobrinha. numa mistura de shoyu, mirim, sakê, açúcar e azeite.

Respeitado o tempo de cada ingrediente, grelhei-os separadamente e deixei o marinada que estava à parte reduzindo até se transformar num molho denso. Começava, efetivamente, a nossa jornada nipônica!
Molho com sabor adocicado e ainda frisei mais a “maritimidade” ao colocar ovas de salmão sobre o peixe! Tudo muito bom!

Na dúvida sobre o vinho, apelei prum rosé. E um Malbec/Shiraz Finca Flichman 2007 Mendoza que após fazer uma reverência com as mãos unidas sobre o peito, se mostrou “agroselhado, salmonado, roseado, garantido no” segundo os “conflades”, nós mesmos!

NI – Principal

Carne Teriyaki

Junte sherez com açúcar, shoyo, gengibre, alho e molho de pimenta vermelha numa travessa. Adicione tiras de filé e deixe marinando por uma hora.
Aqueça o wok, adicione óleo de gergelim, escorra a carne e frite até dourar. Junte a marinada e cebolinha francesa cortada.

Agora é só cozinhar até que o molho fique um pouco espesso. Guarneça com folhas de coentro e sirva com arroz (fiz um jasmim básico temperado com lemmon pepper). Bom demais!
A grande curiosidade é que tanto a entrada como o principal são Teriyakis. Acho que deve ser aquela máxima “de que japonês é tudo igual!” rsrs.
Falando sério, com as marinadas diferentes, os pratos também resultaram muito distintos. Mais um belo degrau na cozinha do Sol Nascente!

E o sommelier Dorinkos escolheu um tinto nacional, o Don Laurindo Merlot 2006 que, após o toque dos sinos, se mostrou “agroselhado, nipo-brasileiro, salvador, bom no!“.
É o Brasil homenageando o Japão através da sua recente produção vinícola.

SAN – Sobremesa 

Neve Ligeira

Apesar do nome de índio sioux, esta Neve Ligeira é simplesinha e muito gostosa. Vou dar a receita correta (viu Migas e Pipoka!!): 2 folhas de gelatina, 16 colheres rasas de sopa de açúcar, 1 clara, 1 colher de chá de casca de limão ralada, 1 colher de sopa de sumo de limão e 2 xícaras de água.
É só dissolver a gelatina, acrescentando o açúcar em fogo médio. Bata a clara em neve e adicione a casca e o sumo do limão.
Junte pouco a pouco a água e sem deixar de bater, acrescente a gelatina com o açúcar. É só esperar ficar espesso, colocar numa forma e levar à geladeira. Puxa, é uma verdadeira Nuvem Ligeira mesmo!

Sirva com frutas cortadas de sua preferência (eu coloquei morangos e biribiri, uma fruta prima da carambola que o Beto Pimentel deu de presente pra Dé lá no SPF&W).
Além de tudo, a sobremesa tem uma plasticidade que a Dé soube transformar em belíssimas fotos!

Bom, é isso aí!
Fique com uma foto que representa a união dos povos brasileiro e japonês, representada por 5 bonecas (a Luma, a Re, a Bia e as duas bonequinhas da campanha dos 100 anos do excelente supermercados VERAN ( merchã e dos bons).

Até !!

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Há 9 comentários

  1. Eduardo, adoro essas suas iniciativas, esses menus super temáticos, bem pensados, com direito a vinhos e tudo. Tudo lindo, tudo chique! Não quer vir organizar uns assim aqui em casa, não? 😉

    Beijo *
    Mariana

  2. As fotos estão o máximo.
    Adorei o ABC. Se eu fosse de origem japonesa estaria agora muito orgulhosa, foi de facto uma bela homenagem.

    Bj

  3. Fico tão feliz em ler posts sobre a imigração japonesa em blogs de não descendentes!!!
    Fiquei babando no Martini de wasabi! Já anotei a receita (na casa dos meus pais sempre sobra sake).
    bjos.

  4. Mariana, queremos. É só pagar a passagem pra todo o nosso pessoal com estadia incluída, é claro ! rsrsrs. Grato pelos elogios !

    Marizé, pelo visto a Nina leu o teu comentário. Mas, na verdade, nós temos uma admiração muito grande pelos japoneses e principalmente, pelos hábitos alimentares deles que são extremamente saudáveis .

    Nina, vale o comentário acima. E faça o Martini pois o gostinho que o Wasabi deixa na boca é muito bom.

    Abs a todas.

  5. Olá Eduardo,

    Que rico post! Eu, que só faço sushi “Quando o rei faz anos”, já sei o que fazer com o wasabi que sempre fica a perder força e graça, no frigorífico. ehehehehe!

    Em relação ao seu comentário às Meias Desfeitas, a diferença é na batata e no facto de a de Inverno levar a cebola salteada no azeite quente e na de Verão a cebola ser picada e crua. Ambas levam salsa.

    abraço

    LPontes

  6. Eita, adorei essa festa nipônica, pelo fato de não ter peixe cru, non?
    🙂
    E adooouro esses teriyakis, sempre têm um gosto que parece fortinho, mas não é…
    agora, o fofo mesmo foram as bonequinhas, né? Um charme. Qdo for a SP, espero q o Veran esteja “em época” de alguma comemoração q distribua souvenirs… hehehehehe Ai eu tb poderei faezr a propaganda.
    Abs!

  7. Michel, pra que esse Wasabi Martini fique espetacular é necessário chacoalhar a coqueteleira 9 vezes ( bricadeirinha !!!)

    Luís, eu também sou um 29 de fevereiro em relação a culinária nipônica. Mas foi muito bom ter feito esta noite em homenagem aos 100 anos. E, agora é o projeto Y !

    Márcia, os teriyakis são excelentes. Agora, o Veran está sempre com altas promoções e vou falar com a bigboss do Marketing ( a Débora) pra resolver a tua questão de propaganda. kkkkkk.

    Abs a todos.

  8. Ok já comentei em algim lugar, só nãosei onde o tal comentário foi parar. Du parabéns pelas gostosuras cozinhadas, são realmente mto boas.

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