Espectacular
24/05/08
dcpv – Big Apple: L’Atelier do Joël Robuchon
Fiz uma reserva (daqui mesmo da província de Ferraz de Vasconcelos) pelo Open Table pra irmos (eu, a Dé e a Re) almoçar no restaurante L’Atelier do Joël Robuchon em NY com 15 dias de antecedência.
Marquei pras 13:15 hs no sábado, 24/05. Segundo a Ale Forbes do Boa Vida e o Edgard, um dos comentaristas mais assíduos de lá e “novaiorkólogo”, o resultado desta experiência seria memorável.
E foi !
Bom, saímos no sábado de manhã pra bater pernas em NY e chegamos ao hotel Four Seasons exatamente as 13:15 hs( sabe como é, a fome é pontual).
O L’Atelier é simplesmente lindo e o lugar certo pra comer lá é sentado no balcão, como num bar (é como o Edgard já tinha me avisado: vá no balcão!)
Deixa eu explicar melhor: a ideia do L’Atelier é ser um restaurante menos formal no serviço, mas ao mesmo tempo te proporcionar uma sensação gastronômica memorável.
O menu tem 2 páginas. Uma com a descrição dos pratos pra quem for comer no salão. E outra, com os preços das pequenas porções dos mesmos pratos da página anterior e com o propósito de fazer você experimentar o máximo de coisas que puder. E foi o que nós fizemos.
Começamos (eu e a Dé) pedindo duas taças de um belo Chablis americano (vinho da casa) e a Re ‘sex-in-the-citiou’ ao pedir um belíssimo Cosmo (e que a Dé transformou numa foto digna de capa de qualquer boa revista gastronômica).
Vou abrir um pequeno parentêsis (especialidade da casa) pra tentar explicar como é a parte interna do restaurante, através das seguintes fotos.
Esta é a vista do balcão onde nós 3 comemos :
A decoração da parte interna do balcão ( área de serviço da cozinha) é linda com várias ervas e com a possibilidade de vermos a brigada trabalhando em meio a vasos com cenouras, pepinos cortados em lâminas, frascos com macarons, tomatinhos e mais um monte de informações :
E fecha parêntesis.
Aí partimos pras comidas. Foram servidos pães fresquinhos.
Um amouse bouche composto de um creme de menta com ervilha fresca. Uma delícia!
Pra mim, veio um carpaccio de vieiras que estava de “doer”. Very good.
E pra Dé, um gazpacho que além de refrescante, parecia uma pintura modernista!
Já com a Re, nós tivemos um pequeno problema. Ela olhou o menu inteiro e não achou praticamente nada que encaixasse no gosto dela. A muito custo, escolheu (e maravilhosamente bem) mini-hamburgueres ( viva o MacDonalds, pelo bom português é claro) com foie gras (que ela tirou do “sanduba” rapidamente pois não gosta mas que eu e a Dé comemos tão rapidamente quanto ela tirou) e batatas fritas sequinhas cortadas à mão. Delícia, delícia, delícia!
A seguir, pra Dé um spaghetti com cogumelos. Saboroso.
E pra mim, calamares e alcachofras.
Espetaculares!
E surpresa. O chefe mandou um brinde pra Renata. Raviolis de … foie gras! Rimos demais mas, a Re comeu tudo porque estava muito gostoso e o foie não era dominante. Pelo contrário, era muito suave e repare na apresentação do prato:
Mais uma surpresinha: umas espuminhas de abacaxi pra dar uma limpada no palato. Esse Joël é terrível!
Como sobremesa, a Dé pediu uma surpresa de chocolate que ( pra variar) estava linda e deliciosa ou seria, deliciosa e linda?
E mais uma surpresinha pra Re (e gratis também. Acho que o chefe estava interessado nela. Isto sim é que é um bom partido) pois vieram duas sobremesas iguais!
E eu, experimentei grapefruit com sorvete de vinho e espuma de coco. Refrescante e a “pièce de résistance” duma belíssima epopéia gastronômica .
Ainda tomamos um Tokay (não me pergunte quantos puttonyos pois não tenho a mínima idéia!) e fomos embora satisfeitos e com o dever cumprido.
Não esquecendo do cafezinho, off course !
E fica a confirmação do óbvio: é claro que um restaurante desse só poderia se chamar L’Atelier. Ele é um verdadeiro atelier da gastronomia onde as comidas são feitas sobre medida e tem o acabamento de uma obra de arte!
A conta? Barato não é (pra mim foi justo!) mas quanto custa uma obra de arte?
Até !
.
PS – Vou aproveitar e divulgar um novo projeto que nós (eu, o Luís e Marizé) estamos produzindo. O projeto Y. A ideia básica é os 3 blogs reproduzirem o mesmo menu no mesmo dia e depois postarmos sobre a impressão (e a ótica) de cada um de nós. Será no mínimo, pitoresco. Pra saber um pouco mais (e como foi que o LPontes entrou na blogosfera) vá para o Outras Comidas.
Há 10 comentários
Eduardo, já guardei a referência! Quem sabe em Setembro não comemoro meu aniversário de casamento lá! 🙂
Beijo *
Mariana
Será que inveja mata???? Robüchon é o máximo!!
Em 2000 estive em NY (ainda fazia Gastronomia na Anhembi)e fomos almoçar no François Payard. Fazia um calor amolecedor. Ele nos serviu a “água saborosa e gelada” mais espetacular que já experimentei. Era um consomé de legumes com pequenos tomatinhos, pedacinhos de cenoura, etc..
Ainda posso sentir o gosto!!!!!!!!!!!
beijo
E haja espuminha… Fotos lindas. A do drink então… E como já dizia minha avó, “…quem meus filhos beija, minha boca endoça…”
Aguardarei o desenrolar do Projeto Y.
Aha…sabia que essa viagem ainda tinha muito o que dar :-D]Que lugar lindo! E que pratos espetaculares! Me apeteceu, particularmente, o ravioli de foie gras. Aliás eu também pegaria os da Renata rapidinho, hehe…
Mesmo deixando o lado haute de tempos passados ele ainda é um mestre e merece muito as estrelas que tem. Dá-lhe Jöel.
abs.
Edu,
MARAVILHOSO !!!! Este balcão é tudo 😉
Como a Emília, o ravioli de foie gras me deu água na boca, nham
Os pratos são obras de arte mesmo, deve ter valido cada centavo 😉
Parabéns
Isso é memso uma obra de arte, viu? Chega estou salivando por aqui…
Agora, vcs não aproveitaram para casar logo a pobre da renata, não? Pelo jeito o chef ficou absolutamente fascinado, pois 2 cortesis de uma vez… sei não! Já pensou, almoço do domingão num lugar desses? kkkkkkkk
Abração!
Oi Eduardo, belíssimas tuas fotos, completíssimo o relato, meus parabéns! E fico orgulhosa de ter dado uma recomendação tão acertada! 🙂
abs,
Alexandra
Mariana, vá e vá no balcão. Reserve pelo Open Table pois dá certo !E o aniversário de vocês será inesquecível !!!
Mariliafig, será que inveja mata ? Payard ? Água saborosa e gelada ? Consomé de leguminhos ? rsrsrs
Agdá ! É isto mesmo ! Achei que o pessoal do restaurante tinha um excelente gosto ! E se amanhã é o projeto Y, na quarta que vem é o projeto Onam, Inter-Blogs com o Agdah (ôba !!!).
Emília, o mundo passando fome e nós não iríamos desperdiçar um foie, né mesmo ? E seguindo os teus conselhos, ainda vou postar sobre o Kittichai( um thai) e o Benoit ( um Ducasse).
Michel, só o ambiente já vale a visita. E o Robuchon é um grande mestre mesmo !
Majô, valeu cada centavo e se analisar é barato pois
com o que pagamos por pessoa lá, não dá pra comer num Fasano, num Antiquarios da vida !!!
Márcia, melhor do que o almoço num domingão lá é o cara vir fazer um almoção aqui em casa. Volto a dizer : isto sim é que é um belo genro !
Alexandra, que foi a mentora de alguns dos almoços em NY e muito provavelmente e em breve, no Canadá.Quem quiser ficar por dentro do que acontece na fina gastronomia é só dar um pulo no Boa Vida ( ver blog roll) E as fotos da Dé ficaram um espetáculo mesmo ( ainda vou vender aquela do Cosmo pra divulgação do Sexo na Cidade !!!
Abs a todos.