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dcpv – da cachaça pro vinho – dcpv x chef – A escolha da carla

novidade
25/06/08

dcpv – dcpv  x Chef – A escolha da Carla

Na verdade, eu poderia colocar o seguinte título neste post: É do Peru! Porque se for analisar friamente, é sobre comida peruana que eu vou falar.
O certo é que no último Gastro-Pop que eu e a Dé fomos (o Thai com o Marcos Sodré), levei o livro “Carlota, Balaio de Sabores” pra que a Carla Pernambuco, a autora, indicasse receitas preu reproduzir por aqui. Ela, gentilmente, apontou as suas preferidas(na verdade, as folhas das receitas indicadas foram dobradas) e só me coube escolher o menu inaugural do nosso novo desafio: dcpv x Cheftentar contactar cozinheiros “de responsa” pra que eles nos digam quais as suas receitas favoritas tendo como fonte os seus próprios livros e/ou restaurantes. O único ( e grande) problema é conseguir mais chefes dispostos a pagar este mico, mas como sou persistente, vou insisitir, rsrsrs. Vocês saberão se dará certo ou não?

Vamos lá ao 1º dcpv X Chef com a indicação da Carla Pernambuco e a comida peruana (com algum pézinho thai, também .)

Pro aquecimento (literal pois o frio está de doer!), caipiroskas de framboesa (diretamente do Mercadão) e com Absolut Vanilia.

Antes das entradas, reproduzi uma pré-entrada espetacular: queijo de cabra com maple syrup. Põe boa nisso!

Entradas
Ceviche de linguado com blinis de batata (pag 96)
Salada de papaia verde (pag 90)

Ceviche todo mundo (ou pelo menos a maioria dos que passam por aqui) conhece. É um peixe cru com um molho (normalmente com limão pra que ele cozinhe) por cima.
Pois bem, este ceviche é de linguado e o molho é formado por limão (ohh!), saquê, sal e tabasco. A única diferença é que a cebola fatiada e os pimentões amarelo e vermelho picados são colocados por cima do ceviche. E abaixo do ceviche, uns blinis que tem como ingredientes fermento, açúcar, farinha, leite e purê de batata. Basicamente um omelete sem ovo!

Os dois juntos formaram um belíssimo conjunto peruano (não aqueles com aquelas flautinhas irritantes!).
A salada de papaia continha papaia (bem verde) ralada, açúcar, nam pla ( viu Luís ), alho fatiado, castanha de caju picada, pimenta dedo-de-moça, tomate e limão. Pra fazer, é só misturar a papaia com o alho e colocar a  mistura de açúcar e nam pla. Esperem um pouco e adicione o restante dos ingredientes num bowl com a castanha de caju em pedaços por cima. É thai, mas poderia ter como capital, Lima!

Pra acompanhar, um vinho branco Alvarinho DeuLaDeu 2005 Portugal que foi “pera, luso-inca, greenpapaya, papaiesco“, segundo nós. Não é um pisco sour, mas quebra um galhaço!

Principal
Guisado Peruano de Camarões (pag 97)

Uma sopona densa (combinando com o clima), adornada por belíssimos camarões VG e pedaços de queijo de minas frescal. Louco, mas delicioso!

Pra fazer a sopa, é só refogar cebola, alho, orégano fresco, aji amarillo (um chilli peruano e que eu comprei no Sex Shop), sal e pimenta. Acrescente cubos de abóbora japonesa, deixe-os dourar e adicione caldo de frango caseiro (nada de Knorr/Maggi, pelo amor de Deus!). Deixe ferver por 30 min, tempere e bata com fouet (viu Márcia !) pra que  fique totalmente liso. Junte creme de leite, manteiga, milho e ervilha frescos. Pronto, o sopão está pronto!
Grelhe os camarões numa frigideira com um fio de azeite.
Pra montar é só colocar em tigelas pequenas,decorar com o camarão, jogar cubos de queijo de minas (uai,uai, sô!) e colocar tirinhas de coentro. “Inquíssimo”! Se quiser impressionar um pouco mais e servir coletivamente, sirva na abóbora!


Esta foto da Dé merece uma legenda : os pratos parecem estar levitando!

O nosso sommelier (e grande goleiro do Peru na Copa de 70) Rubiños escolheu um vinho tinto brasileiro Cabernet/Syrah 2006 RioSol que disse em alto e bom castelhano: “cereja, limeño, discreto charme da burguesia, romanesco.

Sobremesa
Cuca de Ricota e Mel (pag 53)

Pelas minhas pesquisas, 98,2 % dos peruanos comem esta Cuca. É a sobremesa mais pedida por todos os turistas que fazem a caminhada até Machu Pichu e chegam cansados por lá!
Ela é uma cuca de verdade (ultimamente tenho feito um monte delas) com massa de farinha de trigo, açúcar, fermento biológico, manteiga sem sal, leite, sal e ovo e recheio de ricota fresca, mel, raspa de limão, açúcar e canela em pó. Mais uma farofinha de açúcar, farinha de trigo, canela e manteiga.
Coloque numa forma, a massa, o recheio e a farofa, nesta ordem  e leve ao forno por 20 min. Servi morna com sorvete de creme e maple syrup com açuquinha colorido e raspas de limão.

Muito boa e extremamente peruana (que mentira que é peruana!). Mas é boa demais!

Bom, como primeira experiência, este dcpv x Chef foi excepcional. Também, com a Carla Pernambuco é covardia!
Leiam a opinião dos confrades:
Edu – Top zero! Peruana e paulistana. Muito bom.
Déo – Perfeita ! Irrepreensível ! Delicieux.
Mingão – Number one (what a wonderfull food).

Até a próxima!

PS – Consegui fazer um post inteiro sobre o Peru sem fazer nenhuma piadinha de duplo sentido! Um verdadeiro feito!

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Há 12 comentários

  1. É isso mesmo Eduardo,eu fiquei fanático do Nam Pla! Não o bebo a copo porque é salgado demais, quanto ao resto …
    Esse teu novo desafio (surpresas atrás de surpresas) é sim um verdadeiro desafio à tua capacidade de persuasão: não é por nada mas os grandes chefs daqui deste lado são, algumas vezes, um bocado “metidos a besta”. rsrsrsr! Subiu-lhes a trufinha ao nariz que fica assim muito muito pró ar!

    Não sei o querem dizer ao certo aquelas expressões mas aquele Alvarinho, muito gelado, é de beber e chorar por mais!

    Abraço

    LPontes

  2. Eduardo, que belo menu! Adorei o queijo de cabra com maple syrup, que vou tentar aqui. Voce me dah muitas ideias, o problema eh eu coloca-las em pratica, ja que estou numa fase sem entusiasmo para botar a mao na massa. Mas dias melhores virao, neh? 😉

    Outro dia comemos uma fast-food venezuelana. Foi muito interessante. Bebemos uma sangria de maracuja e uma limonada com coco. A culinaria latinoamericana eh muito rica. Nos eh que estamos de costas pra ela, olhando so pra Europa. Estamos perdendo, neh?

    abracao!

  3. Eduardo, certamente dos confrades Ed é o único que conhece um pouco de meu bom humor. Se você conseguiu fazer um post inteiro sobre o Peru sem as piadinhas de duplo sentido, tenho que confessar que, ao ler as primeiras linhas de seus comentários, a piadinha foi a primeira coisa que me veio à mente. Mas vamos manter a compostura e tornar publicável o que pensei: de peruano eu entendo! Não conheço a comida do Peru, mas se a mesma tiver o gosto do beijo de certo peruano é bem gostosa! 🙂

    Quanto aos comentários sobre o nam pla e o agridoce, você e Luís foram os poetas. Mas estavam tão entretidos nos ingredientes que nem perceberam que escreviam poemas 🙂 Só fiz trazer à tona as metáforas que ali já estavam presentes.

    Por fim, acredito que merecia experimentar essa comida thai na confraria… O Carlão só atende aos gaúchos, ou atenderia também a uma mineira? 🙂

    Abraços!

  4. Edu, assim como a Fer tb adorei a idía do queijo de cabra. Aliás, não me recordo nada q leve queijo, especialmente se tb levar algo mais adocicado junto, de que eu não goste…
    Aqui na província inaugurou um restaurante peruano, e gostei bastante da comida. Tudo gostoso e muito apimentado, e não sei se isso acontece no Peru, mas tb usam muita mandioca como acompanhamento, uma maravilha.
    Essa sopinha aí, passaria fácil como uma receita daqui do nordeste, hã? Jerimum, camarões… (quanta pretensão!!!).
    Vou aguardar o menu by Atala – tenho certeza de que vcs vão conseguir a empreitada!!!!
    Ah, e Marco Aurélio, após eu ler seu comentário anterior para ele, disse que essa sua praga pro sport cair é pq o Timão deve estar com vontade de enfrentar ele de novo, né?
    kkkkkkkkkkkkk
    (mas cá entre nós, que o sport tá fzendo besteia, tá…)
    Abraços!

  5. Essa sopa me lembrou um colega peruano que eu tive, Fidel. Ele adorava cozinhar. Até hoje sinto saudades das sopas que ele preparava…

  6. Luís, por aqui também . Alguns não estã nem com as trufas ao nariz porque a matéria prima é cara !rsrsrs. Mas como temos muitos sociáveis e gente boa, este projetinho deve ir pra frente também ! Gostei muito de “beber o nam pla a copo ” ! E resumindo todas aquelas expressões sem nexo : o Alvarinho é bom demais !

    Fer, este queijo com maple é muito bom mesmo. E imagine que nós, aqui em SP, ainda não temos um restaurante peruano autêntico !

    Márcia, você reclama de não estar por aqui mas desta vez Recife passou a perna em SP. Vou tentar falar com o Atala mas ele é mais ocuopado do que o Bill Gates. Quanto ao Sport, avisa o Marco quer infelizmente não vamos nos encontrar pois o Timão vai subir !!rsrsrsrs

    Agdá, ainda bem que este colega é peruano. Já imaginou se ele fosse cubano !

    Abs a todos !

  7. Amei !!! Sempre gostei dos pratos que a Agda prepara, mas vcs souberam fazer td bem direitinho. Essa festa foi maravilhosa !!!
    estao todos de parabens !!!

  8. Edu ,sentimos sua falta no jantar da LBV,foi ótimo.Seu blog está cada dia melhor e vc. cada vez mais criativo,essa nova aventura que vc. se propõe é imperdível ,vou ficar ligado .Um grande abraço .Joaquim

  9. Mestre Joaquim, você me lembrou que preciso retomar a estes menus (tenho alguns guardados: Paola, Braune, Atala).
    E uma pena não termos ido ao Bottagallo. Não faltarão oportunidades, né mesmo?
    Abção.

  10. Olá Edu,

    adorei o cardapio peruano,gostei muito do Blini com o Cebiche…e o Guizado que conquistou.
    Sou amiga da Lu Betenson e ela me falou do Interblogs, gostaria muito de um dia participar.

    um abraço

    PAULA LABAKI

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