tres jolie
28/03/09
dcpv – les amis de portas fechadas / o menu do ano da França no Brasil
A Dé sempre me diz pra eu parar de ser acelerado. Ainda mais quando o assunte é gastronomia.
E ela está certa. É só eu ler/ver/ouvir alguma coisa (ainda bem que não me rendi ao twitter!) que já fico maluco querendo saber como funciona; como se faz pra ir; “será que é legal?”; mandar um e-mail; marcar e … ir! rsrs
Foi o que aconteceu com o les amis de portas fechadas. (Atenção: as fotos estão amareladas por causa da iluminação do lugar!!rs)
A ideia é muito boa. Dois chefes de primeira (o Demian Figueiredo e a Pila Zucca) montam um menu temático, disparam e-mails pros participantes do mailing com os detalhes, fazem 4 reuniões por mês e você faz a reserva pelo próprio e-mail.
Aí é só ir até o apartamento deles (um daqueles antigões e super espaçosos), juntar-se a pessoas interessantes (como os que estavam por lá) e tornar a sua noite extremamente agradável.
O tema desta noite foi “Liberté, Egalité, Fraternité!”.
Sim, um menu francês em comemoração ao ano da França no Brasil.
Só poderíamos começar por um amuse-bouche. E Escargots a Les Amis (escargot gratinado na manteiga de escargot com uma redução de caldo de ossobuco e vinho tinto). Estava tão gostoso que a Dé comeu sem pestanejar (e adorou!).
Em seguida, a salada. Haviam duas opções: uma tradicional e que a Dé, voltando ao seu usual, escolheu já que era com queijo de cabra.
A outra e escolhida pelo fominha/curioso (eu) era uma de língua com aioli e mix de folhas verdes (após o seu cozimento a língua é marinada por 1 dia em um vinagrete de xerez. O aioli é uma emulsão de azeite, gema de ovo, limão e alho) . Simplesmente deliciosa e com uma cara de rosbife avinagrado. Portanto, a língua (francesa) foi aprovada! Très bien !
Como entrada, um Escalope de Foie Gras com Sorbet de Pêssego e Compota de Pêssegos com gengibre. Delicado e extremamente cremoso, o foie desceu muito bem.
Ainda mais acompanhado de um belo Sauternnes.
Conversas e mais conversas (incrível como nesses lugares, todo mundo gosta de viajar) e lá vem o principal. Voilá!
Confit de Coxa de Pato ao Molho de 3 Vinhos e Baunilha com Purê de Batatas sobre cama de Espinafres (o molho é uma redução de caldo de vitelo com Armagnac, vinho do Porto, vinho tinto e fava de baunilha). Só me resta mostrar o prato, pois o nome da receita já é a própria!
Não precisa nem dizer que eu comi duas, a minha e a da Dé, já que ela não aguentou e me pediu ajuda. Fui “obrigado” a comer esta gracinha de pato.
Um plateau du fromage pra limpar as papilas gustativas …
… e a pièce de résistence. Dacquoise Recheado com Fudge de Chocolate Amargo e Creme Batido (um biscoito/suspiro com farinha de avelã) .
Estava tão boa que a Dé voltou à ativa.
Conversas finais, trocas de e-mails e uma Eclair Caramelada de Amêndoa pra “fermer” a noite!
Sensacional! Tudo sensacional com um clima super-interessante e com a promessa do informativo do les amis sendo literalmente cumprida: “Aqui oferecemos uma experiência gastronômica única. Na essência, é um jantar em nossa casa, onde você irá sentar-se em uma mesa comunal com outros comensais. O ambiente é informal, a comida é o centro de tudo e a conversa é bem animada”.
Fomos embora ao som da Marselhesa! (é mentirinha, mas bem que poderia ser verdade!).
Au revoir!
PS – O próprio Demian escreveu: “se alguém se interessar é só escrever para deportasfechadas@lesamiscozinha.com.br que inserimos as pessoas no mailing de divulgação de datas e cardápios”.
No mínimo, você vai receber informativo muito interessantes (o deste mês é sobre Sucessos lá de casa ). E no máximo … repetir a nossa experiência.
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Há 8 comentários
Fazendo uma retrospectiva posso dizer que já comi caracois mas daqueles pequenininhos, esses grandões só os encontro no jardim a comer as minhas aromáticas!
Foi gras eu nunca comi poor principios morais e desde que tenho o Luísinho também dispenso patinhos no meu prato he he Acho que ficava com a salada e as sobremesas, adoro queijos!
Gostei do ambiente acolhedor de uma casa 🙂
Edu, o molho de pimenta biquinho do Beto Pimentel no Paraíso Tropical é maravilhoso.
Aproveitei o recesso de uma semana na Universidade para rever o mar. Lembro-me da primeira vez que vi o mar, ainda criança. “Sabia que era amor e que viera para durar”. Mas com o tempo revelou-se um amor platônico, para ser vivido à distância, da piscina do hotel, já que essa mineira aqui não consegue uma boa convivência com a areia e a água salgada. De tempos em tempos um reencontro, como agora, em Natal. A inquietude é a mesma de quem busca o prazer do primeiro beijo a cada reencontro. O prazer vem da contemplação, que faz meus pensamentos se perderem no infinito azul, como o pensamento de todo apaixonado. “Mera distração e já era momento de se gostar”. Enquanto isso, lá pros lados de São Paulo, alguém, acostumado a “Absoluts”, diria… “daria pra beber, todo azul do mar”… 🙂
A lua cheia emoldurou o mar, transformando-o em um quadro impressionista, com seu brilho pincelando diferentes tonalidades na superfície sem fim. Cenário perfeito para “relembrar aventuras passadas ou um passado feliz com alguém”. Penso em outros amores. Esses nada platônicos. Alguns, amores de verão, que duraram o tempo das marés. Outros, amores maduros… Como fruta boa, “saboroso é o amor maturado de carinho”. Enquanto isso, lá pros lados de São Paulo, amigos nos ensinam que saborosa é a comida preparada com carinho…
“Eu vim correndo à frente do sol, abri a porta e antes de entrar, revi a vida inteira”… Foi assim com o 14º inter blogs… Como disse em outro momento do DCPV, apesar de adorar as coisas de Minas, a comida mineira não é minha preferida. Mas as escolhas de Márcia mostraram-me como a culinária faz parte de minha vida, nas lembranças de uma vida inteira. O pão-de-queijo trouxe-me as lembranças dos lanches de domingo na casa de minha avó. O doce de figo e cidra com queijo, os favoritos de meu avô e meu pai – de quem sinto uma saudade imensa – e as brincadeiras ainda comuns na hora da sobremesa, quando pedimos mais queijo alegando que no prato tem muito doce, para em seguida pedir mais doce alegando que agora no prato tem muito queijo. (Aqui, Edu, concordo com você… o queijo dá um sabor especial às compotas). A couve “apanhadinha na hora”, muito mais saborosa cortada bem fininha com sempre a preparava Don’Ana, cozinheira da fazenda e que a servia na travessa de arroz (já que eram no mínimo cinco maços), pois eram muitos os primos a saboreá-la, acompanhada de carninha moída com batata, depois de uma manhã brincando na piscina. O lombinho de porco, esquecido no meu último comentário, mas que adoro, principalmente quando está sequinho, como o preparado por vocês e que me lembram os aniversários nos quais os sanduíches de lombinho com pão-de-queijo preparados por minha mãe eram tão indispensáveis quanto os brigadeiros. Essas lembranças… todas tão carinhosas, de pessoas e momentos felizes… “Certamente isso quer dizer amor”…
Não sei quanto à união dos mineiros, citada por Edu, mas meus cunhados – um de Niterói e outro de Salvador – dizem que aqui em BH se conversamos mais de cinco minutos com alguém descobrimos um parentesco ou amigos em comum. E basta isso para também nos considerarmos amigos. Certamente foi um prazer unir-me à Márcia, para levar um pouco de Minas para vocês. Como não tenho a competência culinária, restou-me a opção do artesanato e da trilha musical.
Quem te conhece não esquece jamais.. Já reparou, Mingão, como essa frase serve para um tanto de “trem”? Minas Gerais, comida mineira, amigos sinceros… Déo, não parece… foi uma noite de uma boa comidinha mineira caseira, porque reuniu amigos em volta da mesa, teve bom papo, com certeza muito caso, uma boa cachacinha, e comida preparada com carinho. Só faltou uma autêntica mineira, “no caso, eu mesma” 🙂
Dizem que mineiro não perde trem… Perdi o “post”… Daí “invadir” o post da França com comentários atrasados sobre o 14º Inter Blogs… Pensando bem, “Liberté, Egalité, Fraternité” é um ótimo link para “Libertas Quae Será Tamen”.
Meu “carim procês”!
Adriana
Très chic !
“Francessásso” sei lá como se escreve.
Achei a idéia baacana pacas. Já pedi o mailling.
abs.
Pessoal, desculpe a demora, mas …
Ameixa, como não tenho pato e nem ganso , muito menos afetividade com os mesmos ( onde estão Zezinho e Huguinho?? rsrs), todos são devidamente “traçados” por aqui!
Constance, vi o seu post sobre o Paraíso Tropical. Pelo visto, lá é o paraíso mesmo !!
Adriana, este teu comentário ( assim como a maioria deles) merece um post( que será feito brevemente. Quem sabe um peruaneiro ou um mineirano??)!
E resumindo, adorei ” a comida saborosa é preparada com carinho!”. Só acrescentaria, bons ingredientes também!! rsrs
Dani G, très chic é fazer uma bela duma feijoada na Romênia !! hehe
Prof Michel, o “francessasso” também não sei como se escreve. Mas o “wokásso” ( também não sei!) que você irá fazer por aqui está chegando!
Abs a todos !
Que matéria agradável de ver e de ler…
bjs
Daniela, grato e além de agradável de ver e de ler, no nosso caso, foi …. comer.
Abs.