ma che rw, que nada!
12/09/09
dcpv – RW no DCPV é eñe.
Pra quem não sabe, RW ou Restaurante Week é um evento paulistano onde restaurantes (202 deles) oferecem refeições completas a preços módicos (R$ 27,50 no almoço e R$ 39,00 no jantar) e com este chamariz, a possibilidade de um montão de gente experimentar lugares completamente novos (e que antes eram proibitivos) e/ou fazer uma bela refeição “barata” em lugares conhecidos.
Teria tudo pra dar certo! Mas normalmente não dá. E sabe porque? Porque a maioria dos donos de restaurantes simplesmente ignoram que este período (2 semanas) seria um tremendo investimento em marketing direto e em vez de se esforçarem pra oferecer qualidade, fazem exatamente o contrário. Resultado: um montão de gente insatisfeita e reclamando aos 4 cantos (vide Que Bicho Me Mordeu…)
Nós (eu e a Dé) resolvemos fazer a nossa RW.
Aproveitamos uma promoção do cartão Diners Club, o Diners Gourmet Experience e reservamos no eñe justamente no sábado (12/09). E porque o eñe?
Porque gostamos bastante, sempre comemos bem por lá e os pratos são ao mesmo tempo, modernos e tradicionais.
O achamos tão injustiçado como foi o Mani há um tempo atrás. E melhor, não participava da RW o que significaria não ter filas.
Começamos o almoço com o belo couvert. Pãezinhos, embutidos de origem e uma bela linguicinha apimentada.
Pedimos uma taça de um vinho branco Esencia de Valdemar Viura e uma dum rosé Javier Asencio 2006 Navarrra. Notem que a carta toda é de vinhos espanhóis.
Chegaram as nossas entradas. Coca de pan com tomate, um pão crocante com uma pasta de tomate bem temperada com azeite e sal (quase um pan con tomate estilizado)…
… e um tartar de vieiras com coulis de beterraba que além de lindo e fotogênico, estava delicioso com um toque perfumado de limão siciliano nas vieiras.
Deixa eu explicar um pouco mais sobre o restaurante: eñe (fala-se enhe) simplesmente significa o nosso nh.
É dos irmãos gêmeos Sergio e Javier Torres e a proposta é de se fazer alta gastronomia baseada em tapas. Ou seja, é um restaurante tipicamente espanhol (e modernoso) e o chef executivo é o Flavio Miyamura.
Voltando ao almoço, a Dé pediu um Bacalao al pil-pil, uma posta respeitabilíssima de bacalhau com uma emulsão de azeite e alho e um levíssimo purê de batatas. Um prato muito leve e delicado. A Dé adorou e eu também se bem que não comi muito.
Eu fui de Fideuá de Pescados y Gambas, uma paella feita de macarrão cabelo de anjo com frutos do mar que era super diferentão (o meu estilo!) com a massa crocante e escura devido a absorção de um belo caldo de peixe. Ainda acompanhava um aioli super bem feito.
Aproveitamos a promoção do Diners (os pratos principais e as sobremesas do titular e do seu acompanhante saem pela metade do preço) e pedimos uma degustação de sobremesas.
Cinco belos doces que serão apresentados pela nossa predileção (do bom pro ótimo): sorvete de chocolate, torta de chocolate quente, sorbet de tangerina e gengibre, turon helado de almendras e musse de crema catalana. Estes dois últimos merecem uma melhor explicação: o torrone parece uma paçoquinha upgradeada e a mousse, um mingau aerado de leite com canela. Divinos!
Pronto, justiça seja feita! O eñe continua sendo um restaurante espetacular e com um menu mais do que agradável.
Uma boa ideia (e que ainda vamos fazer) é aproveitar as variações de tapas (quentes e frias) do cardápio e passar algumas horas “tapeando” e experimentando a nueva cucina española!
Vade retrum RW (pelo menos, neste formato)!
Hasta!
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Há 7 comentários
Coisas de Brasil, mesmo! Em NY, cuja Restaurant Week foi há pouco também, os restaurantes tratam de caprichar o máximo possível. Aliás se tem uma coisa na qual os gringos são bons é marketing. Principalmente fidelização de clientes. Eles conquistam clientes que depois sempre dão um jeitinho de voltar, mesmo pagando full price.
Uma pena que aqui não aconteça o mesmo.
Concordo com a Marcie! Mas que bom que o Eñe ‘compareceu’ bem, adoramos lá 🙂
Aqui não há nada disso, que pena!
Esse postão de bacalhau deve ser um espectáculo 🙂
O Chef Miyamura é bom, né? achei meio estranho a Veja São Paulo não premiar o melhor restaur. espanhol.
bjo
Uau! Como aprendo com vcs!
bj
Gisele
Olá Edú,
Gostaria de fazer contato.
Por favor, responda pelo e-mail.
Grato,
Guilherme Masek
Marcie, você está certa! E eu não consigo entender o que faz os donos do Antiquarius ou do Porto Rubayat tratarem tão mal a clientes potenciais. Será que é burrice?
E tem mais uma coisa: a direção (??) da tal RW deveria fiscalizar a qualidade dos serviços de participantes, né?
Luciana, adoramos o eñe ( deu pra perceber ? rs)
Ameixa, o bacalhau era muito bom, mas o purezinho com a espuma estavam divinos.
Nina, esse prêmio da Veja é tão “Mandrake” quanto um monte deles que estão por aí! rs
Gisele, bondade sua ! Nós é que aprendemos e muito, comendo bem !!
Guilherme, já entrei em contato.
Abs a todos.