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dcpv – da cachaça pro vinho – jour sept – se alimentar num museu, comer obras de arte num restaurante

louvre/robuchon
10/02/10

dcpv – Se alimentar num museu, comer obras de arte num restaurante.

Eu já falei sobre isso uma vez. Se bem que só fiz uma analogia sem ter ido a museu algum.

Neste caso, aconteceu. Vamos aos fatos.
O dia amanheceu lindo em Paris. Parecia que ia ser totalmente ensolarado.

Eis que de repente, o sol desaparece e começa a nevar pesado. Mas pesado mesmo, quase uma nevasca.
E foi aí que Paris mostrou a sua face camaleônica.

Ficamos praticamente a manhã toda flanando dentro do apê pois iríamos almoçar no L’Atelier Joel Robuchon.

Já tínhamos ido no de NY e a expectativa era muito grande.

O restaurante fica no Hotel Pont Royal Paris, próximo da rue du Bac. Chegamos um pouco mais cedo pra conhecer a região que é bem bacana e merece uma passeada.

No horário da reserva (14:00hs) estávamos lá e foi bom, pois começou a nevar pesado novamente.

Duas taças de champanhe e já estávamos prontos pra pedir.

Antes, demos uma bela olhada no lugar e percebemos que é bem parecido com o de NY.
Só que muito mais charmoso e neste, todos os lugares são no balcão onde se pode ver a belíssima cozinha trabalhando.

Ficamos bem na frente de tudo.

É claro que optamos, eu e a Dé, (a Re estava no “animado” carnaval de Colônia, Alemanha) pelo menu de experimentação onde você pede pequenas porções, quase uns tapas dos pratos.

Escolhemos a  l`aubergine, confite de mille-féulle a la mozzarella et au basilic (é uma tremenda quase-caprese de abobrinha),…

le foie gras, frais de canard cult au troichon (sinceramente, o melhor foie que comi na minha vida), …

le crabe, a soft shell en tempura sur une purée d`avocate acidulée (“galinhá do manguê” muito bem temperada), …

le coquille saint jacques, au berre d`algues acidulée (vieiras com molho na sua concha que era tão bom que tivemos que apelar pro pãozinho), …

la langoustine, en raviolle truffée à l`eluvée de chou vert (ravioli levíssimo com uma salsa, quase um pesto de salsinha de chorar) e …

le pigeon, en supréme au chou et ao foie gras (sim, pomba e que pomba já que é francesa, cozida com foie gras e enrolada com salsinha e bacon além de uma salada de minirúculas soberba).

Tomamos mais duas taças dum excelente Pouilly Fumê e pedimos uma sobremesa pra dividirmos.

Foi a l`arabica, mousse au cafe forte, morceuax de brownies à la confiture de citron, légêreté craquante (uma musse muito boa com um enfeite sensacional que tinha a textura de uma hóstia, só que de café).

Puxa, certamente foi um tour de “force et plaisir“.
Tudo espetacular e certamente ficamos com a impressão de que a matriz é muito superior a filial.

 Robuchon francês derrotou o  Robuchon nova-iorquino.

Pra continuar no pique, resolvemos passar a tarde toda no Louvre (ainda mais que era numa quarta e o museu fica aberto até as 21:45 hs).

Andamos muito e conseguimos ver tudo o que já tínhamos visto anteriormente e gostado muito.

O Egito antigo, …

… a Venus de Milo, …

… a Mona Lisa …

… e o Código de Hamurabi. Quem não ouviu falar sobre eles na escola?

Ah! Vimos pela primeira vez a ala dos aposentos de Napoleão e de toda a corte francesa.

E é sensacional.
É imperdível descobrir como e onde eles jantavam (será que era comida francesa? rs), …

… se embelezavam,…

… esperavam (sabe que que era uma boa esperar o “home” num lugar assim?), …

… e até trabalhavam (acho que eles também tinham um Philippe Starck naquela época).

Esta cadeira ouvia/via muita adulação. Não resisti e comprei uma almofadinha do Napoleão!

Enfim, o acaso (ou não?) fez com que no mesmo dia conseguíssemos alimentar a nossa alma no museu do Louvre e que víssemos/comêssemos verdadeiras obras de arte no L´Atelier Joel Robuchon.

Ces´t  la vie.

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Há 19 comentários

  1. Eduuuu
    Uma pergunta básica: qual é a máquina fotográfica da Dé? Vou comprar uma nova, boa, e estou pesquisando… 😉 Nós vamos para a ‘praia’ na Páscoa, e vocês onde estarão?

  2. Que sonho de viagem, vocês fizeram escolhas sensacionais! Tentei ir ao L’Atelier quando estive em Paris, mas não consegui… 🙁
    Tudo parece pintado à mão, perfeito!

  3. Eduardo,

    Também vim lá do Conexão Paris!
    Tenho me deliciado com suas habilidades gastronômicas.

    Eu também adorei o Atelier do Joel.
    Postei minha experiência lá no CP.
    Achei impressionante a atenção dos garçons mesmo vc estando num balcão.

    Achei uma coincidência nós termos pedido os mesmos pratos que vocês, com exceção da pomba, nós pedimos uma costeletinha de cordeiro que estava divina. Nossa sobremesa também foi diferente.
    São tantas opções que espero um dia poder voltar lá. Já tentei ir lá no Joel a noite e é quase impossível.

    Parabéns por seu talento!

  4. C’est vrai, Eduardo.O L’Atelier vale cada centavo. Experiência única.
    Quando cheguei para o jantar, estava lotado, mas nos levaram para o bar do Hotel e esperamos confortavelmente. No livro da Danuza, “Fazendo as Malas”, ela diz que jamais iria lá porque esperar não é com ela. Lá, eu espero muito satisfeita.

  5. Eduardo,

    Tambem fiquei me deliciando com mais esse dia e essa experiencia. Legal voce fotografar e falar do Codigo de Hamurabi. Muitos vao ao Louvre e nao se dao conta desse importante simbolo. Um dia falei dele la no conexao para uma advogada carioca que estava indo para Paris pela primeira vez e queria dicas dos museus. Ela nao voltou ao blog para contar sobre a viagem.
    Estou para experimentar o Robuchon de NY agora em Julho, mas como vc disse que a matriz ‘e muito superior…estou quase reconsiderando.
    Dei muita risada da “almofadinha” do Napoleao.
    abraco, Eymard

  6. Edu, já fui ao Louvre algumas vezes e não sabia dessa ala com os apartamentos do Napoleão. Veja só: baixei no meu iPhone o aplicativo do Museu do Louvre e foi assim que descobri essa ala. Incrível, não me conformo de não ter conhecido antes. Vc sabe quando inauguraram?

  7. Cada vez que venho ao blog tem um restaurante mais incrível que o outro. E se não bastasse, o almoço termina com um passeio no Louvre.

    Ainda bem que só viajo em Setembro, pois até lá já terei visto todos os posts dessa incrível aventura parisiense.

  8. E a vida é bela, né? Pelo menos a vossa é 🙂 Ainda por cima em Paris e a Nevar… belíssimo!
    Só não como foie gras, de resto agrada-me tudo. Aubergine é beringela ou abobrinha?

  9. Marcie, calminha que a RioVnV está chegando. RS e quetais.

    Lu, usamos uma jurássica Sony DSCH-9. Ela é quase da família!!rsrs
    E já te mandei um e-mail sobre a praia.

    Isabela, foi um sonho mesmo. E estamo demorando pra acordar!! rsrs
    Quanto ao L’Atelier, é melhor sair daqui com a reserva feita. Fiz por e-mail.

    Madá, gratíssimo. E além da atenção, fiquei surpreso com a habilidade dos garçons pois eles tem que servir através do balcão. É difícil demais!!
    Mas o restaurante é muito bom , né não?

    Claudia O, é por estas e outras que acho a Dabuza meio mala!! rsrs
    Imagine se você seguisse o “conselho” da figura e perdesse o L’Atelier??

    Eymard, veja bem. Eu disse que o L’Atelier de NY é pior do que o parisiense, mas não disse que era ruim!! rsrs
    Pelo contrário, é bom demais. Portanto, vá (dá pra reservar pelo OT) e não se esqueça de pedir pra comer no balcão pois em NY, existem mesas.
    Quanto a almofadinha, não resisti!! Ainda mais naquela lojinha magnífica do Louvre.

    Malu, eu também não. Mas vale a pena a visita. É meio místico e se sente o clima da época.
    Agora, vou pesquisar sobre a data.

    Letícia, então vamos viajar, né não?

    Hugo, até lá já acabei os relatos desta viagem. E espero estar relatando a próxima!! rsrs

    Raphael, gratíssimo. Ainda mais vindo de você, um grande cozinheiro. Precisamos ir ao Marcel pra provar o teu magnífico menu-degustação.

    Ameixinha, belíssima.
    E pode deixar a tua parte pra nós que eu e a Dé (nesta ela não concorda com você!) comemos tudo.
    Aubergine é abobrinha. A Dé detesta beringela.

    Abs a todos.

  10. Edu, que saudades…me fez lembrar do L’Atelier de NY, que é um espetáculo. Não dá para imaginar o de Paris!
    Uma experiência necessária, sem dúvida!

  11. amei tdo…já estamos nos programando para a viagem. maravilhosa.parabens pelas imagens.

  12. Sei lá,,,é blogue de fins comerciais? Tirar fotos de pratos acho meio brega..enfim, tem gosto para tudo, e Rebuchon em Paris é só grife, tem coisa bem melhor, é só conheer…

  13. Maria, os fins ainda não são comerciais (e espero que nunca sejam).
    Espero também que o Robuchon nos patrocine em espécie (e não o Rebuchon, que deve ser um bucho dobradon!! rs)

    Abs rebuchados pra você.

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