21/11/10
happy birthday to me
dcpv – Drobadinha na praia – Museu da Língua Portuguesa e Pomodori
Sabe que com toda esta vontade de conhecer tudo, ainda não tínhamos ido ao Museu da Língua da Portuguesa.
Praticamente uma vergonha, mas antes tarde do que …
Domingão. Acordamos cedo e fomos pra região da Luz (o lugar prometia). Pergunta: quando será que esta belíssima localidade será totalmente reurbanizada e se transformará num polo turístico?
Estacionamos tranquilamente na rua, sem nenhum pobrema (nem flanelinha tinha!) e fomos conhecer o tão badalado museu. A entrada é feita através de um elevador. Optamos por subir e fazer a visita descendo.
Vimos no 2º andar a história da formação da nossa língua Pátria. Painéis multi-coloridos e mídia, …
… estações interativas e …
… uma sensacional instalação pra se conhecer o significado das palavras.
Ah! Descobrimos até a origem da palavra cachaça.
A esposição especial (a do 1º andar) denominada Plural como o Universo é sobre o poeta Fernando Pessoa e seus infindáveis heterônimos.
Mais um espaço totalmente lúdico e com um jeitão poético no ar.
Não somos uns fernandopessoalológos ferrenhos, mas gostamos de absolutamente tudo.
Logo após este banho de cultura e abastecimento da alma, resolvemos nutrir o corpo.
Fomos conhecer (era o dia da descoberta) um dos restaurantes italianos mais afamados de São Paulo: o Pomodori.
Chegamos e fomos recebidos pelos própios.
O lugar é muito agradável (foi ampliado recentemente) e tem mesmo um jeitão duma bela trattoria chic.
O chefe Jefferson Rueda conseguiu deixar tudo com uma cara simpática, a começar pelo belíssimo couvert com salames, mussarelas de búfala fresquíssimas e afins. Uma pena que não tinha mortandela.
Pedimos um vinho branco italiano e brindamos a esta data tão importante no calendário mundial.
O picolo chegou rapidamente. Uma massinha com uma saborosa cama de funghi, um belo presentinho do chef.
Estudamos o omenu e escolhemos: a Re foi de ravioli de batata doce com molho de grana padano e cebolas fritas. Ela disse que tomaria um litro daquele néctar, o molho e comeria mais um quilo das cebolas.
A Dé pediu uma massa com nome/corte diferente (stracciatori, scravatori, ??) à matriciana. Adorou e eu aproveitei pra comer uma bela parte dela já que o molho também era delicioso. Em tempo: descobri que a massa se chama strascinatti. Viva o santo Google!
Eu fui de frutos do mar na brasa com spaghettini ao pesto. Absolutamente perfeito.
Ainda abusamos um pouquinho e exclusive, experimentamos sobremesas (2×3). Espuma de coco com zabaione …
… e torta de limão siciliano com sorvete de mascarpone.
Competentes, mas não a altura das massas que por serem feitas ali mesmo deram o tom do almoço.
Enfim, o Pomodori é um lugar pra se voltar várias vezes e provar todo o cadárpio.
Voltamos pra casa a tempo de ver um pequeno vexame do Timão que não foi o suficiente pra tirar o nosso entusiamo diante deste pogramaço cultural.
Até a próxima dobradinha.
PS – É claro que eu sei escrever dobradinha, problema, exposição, próprios, menu, mortadela, cardápio, programaço e inclusive, inclusive corretamente.
Acontece que este foi o jeito que eu encontrei de homenagear a nossa língua e o museu dela.
Além de perceber quem é que está prestando atenção nas minhas mancadas! 🙂
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Há 11 comentários
Edu: muito bem comemorado e bebemorado! Alias, as comemoraçoes começaram bem antes (rs). A drobadinha trupicou na nossa patria. Minha lingua é minha patria. E viva a lingua portuguesa e todas as outras linguas. Eu acho esse museu um show de criatividade e o seu texto, cheio de trupicos, ficou delicioso.
Até conseguiste que o Pessoa se deitasse no cabeçalho 🙂 Este é o meu tipo de comida, sem carnes cruas! Viva a língua portuguesa, sem ela não nos entenderíamos a tantos km de distância 🙂
Ontem à noite, fiquei me perguntado o que Fernando Pessoa estaria fazendo no template, substituindo a escultura sex, que está no Memorial JK.
Acho que houve mudança de planos, será?
ADORO esse Museu da Língua Portuguesa! O único museu no mundo com essa característica.
Vi aí a primeira montagem em homenagem a Guimarães Rosa, da Bia Lessa, que estava fantástica. A da Clarice Lispector vi aqui em Brasília, no CCBB, uma reprodução do que havia sido apresentado aí, também cenografia da Bia.Estava bárbara.
A homenagem a Machado de Assis, não vi, não sei de quem era a cenografia. Uma pena!
Ir a Sampa ver essa exposição em homenagem ao meu queridinho Fernando Pessoa, com cenografia de Hélio Eichbauer, é prioridade para os primeiros dias do ano. Vou aproveitar para conhecer o Pomodori.
Beleza de dia, Edu, pena que o Timão decepcionou!
Vão-se os títulos, ficam os torcedores apaixonados.
Sueli: e, no caso, os torcedores estavam mais apaixonados do que nunca!!! (rs)
Oi Edu!
Que beleza de dia!
Também reparei esta falha há uns 20 dias atrás quando fomos para o show de Paul McCartney. Por sorte podemos ver esta bela homenagem a Fernando Pessoa. Fiquei deslumbrada com o espaço e tudo que ele oferece. Irei com mais calma depois… Até para saborear essas massas deliciosas!
Desde pequena aprendi a amar o centro (meu pai é daqueles que acordava cedo no domingo para visitar o pateo do collegio!), mas a revitalização é prá lá de necessária. Abs
Sócio, se começaram.
Gracias e que todo mundo vá visitar o Museu (o Pomodori também).
Ameixa, o meu também! Mas sabe que eu estou com tanta saudade de carne cruda que não consigo passar na frente dum açougue… rsrs
Boa, viva a língua portuguesa, se bem que em alguns casos os nosso portugueses parecem ser línguas muito distintas (taí um bom tema prum post gastronômico: as diferenças entres os portugueses falados no Brasil e em Portugal).
Sueli, não houve não.
O Niemeyer era a continuação do post do ISB. E o Fernando, grande Pessoa, era pra indicar o próximo.
Quanto ao Timão, já estamos reservando um pacote pro Emirados no final do ano que vem. rs
Sócio, vamos?
Valeria V, pode ir ao Pomodori pois a sensação é a mesma que a do Museu. É claro que não é a mesma de ir ao Paul. Gostou do velhinho? rsrs
Sabrina, bem que poderia accontecer esta tão esperada revitalização no centro, né?
Abs atomatados pra todos.
Edu, uma combinação perfeita. Quando vi o título, quase não abri o post. Eu ainda não gosto de comer dobradinha… Porém, foi um alívio ver os pomodori.
Eymard, bem lembrado. Também gosto da homenagem do Caetano ao Pessoa e Camões em Língua! Nessa linha, também acho lindo o Patria Minha, não rima com mãe gentil, do titio Vinicius.
Porém, a Ameixinha disse tudo ! Que bom que ela voltou ao índice dos três primeiros comentários.
Sueli, aqui no Rio, o Machado foi revivido nos jardins da ABL com nova passagem interna entre os prédios da sede.
Estou louca para ver essa mostra do Fernando Pessoa, mas pena que minhas idas a São Paulo estão mais escassas…
Edu, fui uma única vez no Pomodori há uns 3 ou 4 anos. Na época, um restaurante bem pequenininho e a comida era realmente muito boa, mas o que mais me lembro de lá foi que achei super caro para a proposta que eles ofereciam.Era um dia de sábado e o restaurante só tinha mais uma mesa ocupada. Achei super estranho.Ainda bem que caíram na real. Li na Folha, que após a reforma eles ajustaram os preços para baixo. Melhor assim.
Quanta coisa boa de se ver! E você tem o dom de descrever com perfeição!
Grato, Chopp. Com pouco colarinho, óbvio! 🙂
Abs gelados