Sódoces e sómassas.
18/12/10
dcpv – Fim de semana com muita Grassa.
Do simples viemos. Ao simples voltaremos. É simples assim!
E foi com este lema que o João Paulo Gentille, mais conhecido como Jonny (um dos proprietários do restaurante Praça São Lourenço) pensou o La Grassa (fica no Ibirapuera, na Rua Juriti, 32 – tel 3053 9303)
O lugar é uma cantinona muito bem ambientada com uma adega bem bacana, pé direito duplo, …
… duas jaboticabeiras no centro do salão e um serviço muito atencioso (destaque pro garçom Emerson que nos atendeu).
Enfim, simples e bonito com muitas referências à bela cidade gastronômica de Bologna, na Itália (quem não conhece, deveria pois tudo é muito interessante lá além da proximidade com Parma e Modena. Tivemos um tremendo almoço com o Massimo Bottura na Osteria Francescana).
Fomos apresentados ao La Grassa (a gordura, em italiano) pela Ângela e pelo Flávio Federico, já que fica bem pertinho da excelente Sódoces.
A proposta é basicamente que você se sinta em casa. E tudo começa pelos antepastos: são muitos e com preço fixo (alicella, cebolite da nena, berinjelas, pimentões e abobrinhas grelhadas, vários fromagi i salumi e por aí vai). Você escolhe os que mais te interessarem e monta a sua degustação.
Nós fomos de burrata, capponata, enroladinho de queijo, sardella e tomate seco da casa. O serviço é extremamente atencioso (tomamos um vinho tinto de Puglia, o Copertino Riserva 2005) e enquanto escolhíamos as nossas massas, pedimos uma polenta muito bem feita acompanhada duma calabresa picante.
Tudo ecumênico e aposto que nos comportamos do jeitão que o Jonny imaginou: todo mundo comendo e experimentando tudo.
Ele, inclusive, nos levou ao mezanino que é o local onde as massas são feitas. E estávamos prontos pra pedir os pratos principais (além de mais uma garrafa do Pugliese).
A Dé foi de Ravioli verdi com um belo molho vermelho e recheados com mussarela de búfala e manjericão. Muito saboroso.
A Ângela pediu um Pappardelle ao ragu de ossobuco com tomate e ervas. Que, inclusive, eu não tive como não pedir também. Sabe aquele ragu bem “ragusado”?
O chef Flávio escolheu um Ravioli de talleggio recheado com o próprio e creme e raspas de limão siciliano. Como tudo, perfeito.
Conversa vai, conversa vem (parecíamos italianos num jantar familiar, capisce?) e resolvemos nos aventurar na sobremesa.
Usamos a famosa equação 2×4 (2 sobremesas+ 4 colheres = experimentação total): Coppa ao limone (vodka, prosecco e sorbet de limão), que poderíamos considerar um verdadeiro limpa-trilhos …
… e a especialidade da casa, a torta da Nonna, uma belíssima torta de castanha do Pará.
Finalmente chegamos a conclusão que o Jonny está certo: uma comida simples, bem feita, com bons ingredientes conforta muito e te faz feliz.
Estávamos todos e muito.
Acho que aí esta toda a graça da La Grassa.
.
Há 4 comentários
Salve;
Parodiando Vinícius de Moraes sobre o nosso retorno ao La Grassa: Que seja breve e não dure muito posto que a fome aperta.
bjs e abs
Vou logo na sobremesa: se um especialista como o Federico aprovou e pede bis, que seja “eterna” enquanto me aguarda! (rs)
Lugar “bacana”(incorporando a “luzguagem”)bjs/abs eymard.
Oba!!! O setimo giorno esta por vir!!!! Ja senti o perfume do Aperol!!!! (rs)
Flávio, vamos lá, então!
Sócio, é um belo lugar pra ir sempre. Bem bacana!
E aperol é muito bom. Ainda mais em boa companhia.
Abs engordurados pra todos.