11/06/11
O amor é lindo
dcpv – Dobradinha – Grace Kelly certamente comeria no Carlota.
Sábado a tarde, véspera do Dia dos Namorados e nós a procura de alguma “novidade” pra almoçarmos.
Me lembrei que tinha uma exposição sobre a vida da Grace Kelly no excelente espaço da FAAP (pra quem nunca foi lá, um conselho: vá. É imperdível, independente do que esteja em cartaz).
Resolvemos de comum acordo, primeiro almoçarmos e depois entrarmos no mundo da “Sua Alteza Sereníssima”.
E aí a dúvida acabou. O Carlota fica muito próximo da FAAP (rua Sergipe, 753 – Higienópolis – tel 36618670) e é um restaurante em que certamente toda a turma de Mônaco comeria.
Chegamos lá por volta das 14:00 hs e logo fomos sentando. Pra aproveitar o clima do passeio, escolhemos uma mesa que apesar de estarmos dentro do salão, era iluminada pelos raios de sol. Segundo a própria Carla, “coisas do Nando Pernambuco, experiente fotógrafo de moda/arquiteto/especialista em deixar todo mundo bonito, isto sem falar da trilha sonora que é super elogiada” . Sabe que é muito boa mesmo. Quando será que o CD estará à venda?
Literalmente ficamos iluminados (sem qualquer redundância). Incrível como o Carlota consegue fazer com que você se sinta em casa quando está por lá.
O segredo? Não acho que seja um só. É um conjunto de fatores; a decoração, o ambiente, o serviço e obviamente, a comida.
Iniciamos os trabalhos “devorando” o couvert. Palitinhos de polvilho e uma espécie de pão sueco (Lavash Cracker, segundo a Carla) crocantes, pães macios e quentinhos espetados num palito …
… acompanhados dum azeite morno com vinagre balsâmico e um creminho de queijo delicioso, formado por fondutta de queijo e alecrim (preciso pedir a receita).
Decidimos tomar meia garrafa dum Cabernet Sauvignon Reserva Casa Silva 2008 e pedir como entrada, o famoso mix de rolinhos do Carlota.
Imagine comer samosas, rolinho de Pato Saigon no harumaki, espetinhos Satay de frango, rolinho de berinjela, panquequinhas de peixe com banana e chutney, ainda mais acompanhados de molhos mais do que especiais?
Não esquecendo do upgrade do próprio Astro-Rei batendo no prato. Foi a melhor redundância de todos os tempos.
Ainda tínhamos uma missão duríssima: escolher os pratos principais dentre inúmeras e agradáveis opções.
A Dé sabiamente escolheu gnocchi de semolina com queijo de cabra brulée e rúcula, uma maravilha leve e saborosa, radiante como o sol que nos aquecia.
E olha que estava bem frio.
Eu normalmente não costumo escolher risotto, mas ao ver a descrição deste prato, não resisti. Risotto de arroz negro, pato e limão siciliano com uma farotinha crocante de pão que combinava perfeitamente, assim como Grace Kelly e Rainier. Palavras da Carla pra descrever a farofa: ” uma espécie de grattugiata formada de pão italiano adormecido, sal, parmegiano reggiano e podendo levar peperoncino, salsinha, orégano fresco. Mamma mia, bem italianinho, bom pra uma pasta ao pomodoro ou alho e óleo”.
Todos os pratos foram servidos absolutamente quentes (olha o sol aí de novo).
É claro que não poderíamos deixar de pedir o clássico suflê de goiabada com calda de catupiry como sobremesa.
É um suflê levíssimo que simplesmente desaparece na boca, sobrando somente alguns pedaços duma ótima goiabada cascão como resquício.
Tudo absolutamente perfeito. (Obs – Quem não comprou o livro novo dela, o 10×10 – 100 receitas para comer de joelhos não sabe o que está perdendo)
Assim como quase seria a nossa visita a FAAP. E quase porque?
Esta foto foi autorizada pelo próprio Albert.
Porque e pra variar, não te deixam tirar fotos. Tudo bem, eu entendo que no caso da Grace Kelly existam um montão de claúsulas contratuais que tenham que ser cumpridas. Mas não poder tirar nem do salão e muito menos da parte externa da FAAP, aí é demais.
Esta foto foi tirada sorrateiramente.
Sendo assim, vou apelar pra minha capacidade de informar através das palavras. Primeiro pedido: se você for fã de cinema e especialmente da grande “star”, vá! Se não for, vá também!
Certamente, esta é uma daquelas exposições que após “degustá-la”, você sairá diferente do que entrou. Muito mais leve, muito mais encantado, muito mais fascinado (parece até o último filme do Woody, o “Meia Noite em Paris”).
Tudo se inicia na bilheteria. Que não existe, já que a mostra tem a entrada franqueada, como todas as ótimas exposições na FAAP.
Quando você adentra ao salão é arrebatado pela onipresença da grande mãe/atriz/princesa.
São 12 ambientes que mostram toda a sua trajetória desde a infância passada na Filadélfia (com direito a fotos familiares, diplomas, etc) até próximo do trágico final (que não é citado).
Logo após é retratada a sua ida a NY. Foi estudar Artes Dramáticas e ser modelo pra se sustentar, apesar da família ter condições financeiras pra tal.
O ambiente cinematográfico foi representado em 2 salas, sendo uma com memorabilias holllywoodinas (cartazes, scripts, figurinos, cenários) e outra com a sua relação pessoal com Hitchcok . Está tudo lá. Foram 11 filmes (o primeiro em 1951) com direito a Oscar (a estatueta original está exposta) e inclusive, foi montado um set de filmagem da “Janela Indiscreta” (a cadeira de rodas do James “Jeffries” Stewart também está lá).
Logo após, somos envolvidos (a Dé adorou este pedaço) num verdadeiro conto de fadas quando ela encontra o Principe Rainier em 1955. Começaria aí a dinastia Kelly no Principado. E também o maior encantamento de toda a mostra.
A sala do casamento é completa. Desde o convite, passando pela distribuição das mesas e culminando com o vestido de noiva, está tudo lá. Só faltou uma fatia do bolo pra cada um dos visitantes.
Daí pra frente é o desenrolar/desabrochar da grande Princesa. “Sua Alteza Sereníssima“, “Neve cobrindo um vulcão“, “Uma dama em cada polegada“, “A garota com alma de aço inoxidável“; tudo isto e mais muitas outras coisas definiam a personalidade de Grace.
Todos os amigos estão presentes, entre eles vários atores. Os maravilhosos bailes são representados através de vestidos da mais alta costura. Assim como as suas jóias (a Dé também adorou), suas obras de arte, suas influências na moda (bolsas, sapatos, acessórios), enfim, tudo aquilo que somado criou o mito Grace Kelly.
Você sente a presença dela em cada um dos objetos apresentados. E ao mesmo tempo, percebe o quanto ela procurava dar uma vida normal (na medida do possível, óbvio) à sua família.
Portanto, aproveite um tempinho livre e vá visitar a Grace Kelly.
É exatamente assim que você se sente. Como se estivesse a visitando a sua casa (o que é bem interessante porque ela está situada no Principado de Mônaco!).
A exposição fica na FAAP até 10/07.
E pra complementar, vá experimentar os novos pratos carlotianos: ossobuco com polenta de milho fresco; o carpaccio da Sardenha; as croquetas de cogumelos, etc. Uau!
Até a próxima (que pelo visto, será bem próxima!).
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Há 10 comentários
Seu blog é muito gostose de ler e de ver as fotos, gostei muito de conhecer
abraço
Daniel Deywes
http://feitonahora.blogspot.com
Amei Edu… bela escolha 🙂
Não sou nenhuma princesa mas não me importava nada de comer no Carlota também 🙂
Hummm, Carlota? Me deu uma grande idéia!!!!!
Edu,
vamos experimentar este Cabernet Sauvignon in loco. Fiz reserva no restô da Casa Silva para final de julho, quando estaremos no Chile.
Abçs.
Edu
Belíssimo programa!
Algo me diz que o Carlota de SP é bem melhor do que o do Rio…
Quero experimentar!
Abs.
Edu…que delícia!
Grace Kelly é GK…I say no more!
E esse almoço no Carlota, menino, que coisa dos Deuses! Adorei tudo! E fiquei aqui babando!
Saudades! Beijos na Dé!
Carla, estas escolhas foram boas e tiveram tudo a ver. Foi uma grande tarde.
Sócio, sei. Pato de novo?? 🙂
Adriana, que legal. Aproveitem bastante, pois somos fãs incondicionais do Chile.
Beth, o negócio é fazermos a comparação. Um jantar no Carlota do Rio e outro no de SP. O que vocês acham?
Verena, a rainha dos sorvetes; se puderem, façam este programa duplo. É certeza de divertimento e leveza!
Abs monegascos e pernambucanos pra todos.
De’ e Edu,
Tudo bem com voces? Que delicia o Carlota e ainda mais com a companhia de voces. Estava na zona monegasca, tentando entrar “de bico” no jantar do casamento Alberto/Charlenne, assinado Alain Ducasse, tudo a km zero, vindo da propriedade principesca, ouvi que os vinhos eram da Africa do Sul, que pecado! Ainda bem que nao consegui entrar, rsrs e muitos rs. Tive que me contentar a olhar o transito de iates da areia da praia. Abracos e beijos,
Maria
Maria, folgo em saber que vocês eram realmente as pessoas que vimos na TV. 🙂
E aí? O menu era bom?
Saudades de vocês e quando vierem pra cá, já temos um novo lugar pra nos divertirmos.
Bjs majestosos pra todos