24/06/11
Dia cuatro e quatre – Espanha e França – La Rioja e Bordeaux – Arriba e voilá.
Hoje era dia de ir pra França.
E olhe que não era muito perto, não. Iríamos conhecer a região de Bordeaux, sabidamente vinícola e gastronômica por excelência.
Ou melhor e falando claramente, passar um final de semana por lá …
… num hotel (indicado pela nossa madrinha Rachel Verano do blog Viajar Bem e Barato ) que fica em Martillac, uns 20 km ao sul de Bordeaux.
Além de ser charmoso ele tem a seguinte particularidade: fica ao lado Château Smith Haut Lafitte.
Mas antes disso, tomamos um café da manhã no Marqués de Riscal , pegamos as malas e zarpamos.
Próximo dali em Haro, ficam as vinícolas Muga e a López de Heredia Viña Tondonia .
Chegamos facilmente lá, mas esquecemos dum pequeno detalhe. Era feriado.
De qualquer maneira, foi legal ver o decanter imenso projetado pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid pra ser uma sala de degustação na Tondônia. Uma pena foi não fazer a tal. Paciência.
Dali rumamos pra Biarritz , uma cidade praiana francesa e que fica exatamente no meio do caminho (uns 250 km).
As estradas são perfeitas, assim como a natureza que colaborou pra definir as regiões que passamos.
As plantações planas e fertéis da Rioja,..
… a exuberância e a vegetação do País Basco, além das inusitadas placas em Euskera, …
… os pinheiros do pedaço inicial do Sul da França …
… e os adoráveis vinhedos de Bordeaux.
Ah! O azul dos mares das praias francesas não pode ser esquecido em hipótese nenhuma.
Entramos em Saint Jean de Luz, já em território francês, uma pequena cidade localizada um pouco antes de Biarritz, onde vimos como e de que forma está sendo investido o dinheiro da família.
Um pouquinho mais à frente, Biarritz nos mostrou tudo o que um cidade praiana tem que ter: lugares em estacionamento disponíveis, apesar de quase ser alta temporada (os termômetros marcavam 30°C), …
… vistas imperdíveis …
… além do jeitão totalmente litorâneo.
E restaurantes bacanas (com cara de turisticão), como o Café de La Mer.
Nos servimos duma salada de crocantes e de acordo com o que o clima pedia, …
… vieiras com arroz basmati temperado e um molho rose papricado pra Dé, …
… excelentes moulles et frites (quem adivinhar pra quem foi, ganha uma panelinha de mariscos),
… tudo espetacularmente acompanhado por meia garrafa (tinha que dirigir mais 250 km) dum ótimo Sancerre.
Ainda demos uma voltinha pela cidade só pra confirmar que precisamos voltar pra cá um dia e com muito mais calma.
Retornamos à estrada novamente e duas horas depois (por volta das 17:30hs) chegamos ao hotel Les Sources de Caudalie.
Falar que é lindo é chover no molhado.
Ainda mais com um vista da janela do quarto como esta do Château Smith Haut Lafitte. Mais parece uma daquelas visões após uma grande abstinência de água no deserto (ou de vinho na França).
O quarto (se é que podemos chamá-lo assim) é maravilhoso.
Tudo por lá é extremamente caprichado e charmoso.
Aproveitamos pra conhecer a região próxima ao hotel através de bicicletas.
Demos umas boas voltas pelo lugares confirmamos a beleza de todo do conjunto da obra (literalmente)
Melhor que isso, observamos as videiras antigonas e prolíficas que gorjeiam por aqui.
Tudo isso e ainda tínhamos um jantar marcado no próprio bistrô do hotel, o La Table du Lavoir.
É o restaurante mais simples de lá e oferece uma culinária mais campestre e de ingredientes (os tais OK).
Marcamos pras 21:00 hs e o sol estava firme.
O ambiente é bastante rústico e como diz a Dé, chic.
Pães de campanha foram servidos e pedimos um vinho branco excepcional, o Chateau Latour-Martillac 2009 (precisamos descobrir onde fica esta vinícola).
Olha, nada como tomar um Premier Grand Cru na terra deles. Foi certamente o melhor vinho branco que tomamos em nossas vidas, ainda mais coadjuvado por um tremendo por do sol.
Com o calor reinante, o salão principal estava fechado e todas as mesas ficavam na varanda e ao ar livre.
A Dé pediu com entrada, o xodó dela, os aspargos (que estão em plena safra) com um caldinho de alho poró.
Eu, uma truta marinada, sorvete de ervas finas e limão verde e julienne de legumes que estava de babar.
Como principais, a Dé escolheu uma outra entrada (o garçom nos compreendeu). Piquillos recheados com brandade de bacalhau. Ela adorou.
Eu arrisquei num risotto ao pesto que estava um pouquinho além do ponto, mas que foi salvo pelo sabor; pelo peixe, um filet de daurade e conchinhas que estavam deliciosas; pela noite que estava maravilhosa e pela companhia que é sensacional.
Prontíssimo! Uma sobremesa pra dividirmos (torta merengada de limão com sorvete de laranja sanguínea) e estávamos prontos pra dormir nos braços de Morfeu, ou melhor, de Baco.
É isso. Amanhã vamos dar uma passada por Bordeaux e conheceremos como é feito um legítimo Grand Cru.
Pode deixar que logo, logo contarei por aqui. Certo?
Hasta e au revoir.
Acompanhe os dias anteriores da viagem:
Dia Uno – Espanha – La Rioja – Marques de Riscal, o hotel.
Dia Dos – Espanha – La Rioja – Museu do Vinho e cidadezinhas bacanas
Dia Tres – Espanha – La Rioja – Bodegas maravilhosas e arquitetura não menos
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Há 4 comentários
Edu,
Para “esquentar os tamborins”, gostei da “entrada”!
O vinho está anotadíssimo e será, com certeza, degustado por nós. O Château fica próximo ao Smith Haut Lafitte, bem pertinho do centro de Martillac. Se der vamos lá conhecer.
Gostei do bistrot do Caudalie. Aguardarei as impressões do La Grand Vigne. E de Bordeaux, claro!
Beijão
“moulles et frites”, aspargos… Sem comentários, Eduardo; depois dessa, vou te mandar a conta do Le Jazz! rs…
Sueli, nesse caso vem a batucada inteira. Que dia!! Que dia!!
Sueli, foi pra esquentar o acordeão! 🙂
Este vinho é uma beleza. Tomamos mais um a garrafa e trouxemos mais meia dúzia! rs
Tá na cara que descobrimos onde ficava a vinícola. Este estória é bem legal.
Sabrina, sabe que ainda não fomos ao Le Jazz? Acho melhor você mandar as moulles!! rs
Sócio, e tocando a “Marselhesa” ! rs
Abs euskereneses pra todos.