Início » Arquivos » dcpv – da cachaça pro vinho – kinoshita, um japa de respeito.

dcpv – da cachaça pro vinho – kinoshita, um japa de respeito.

09/07/11
Desta vez, vai!

dcpv – Kinoshita – Um japa de respeito.

Todo mundo sabe que não morremos de amores pela gastronomia japonesa.
É saudável; é viciante; é milenar; estas são as afirmações que usualmente são feitas sobre a cozinha do Sol Nascente.

Ao mesmo tempo, somos espectadores quase que obrigatórios da Ana Maria Braga, já que na exata hora do seu “excelente” programa, nós tomamos o nosso sagrado café da manhã.
E num destes dias, vimos um chef japonês, o Tsuyoshi Murakami dando uma verdadeira aula de amor à gastronomia pra alguns amadores (por sinal, bem fraquinhos) num pretenso reality show.
“Mura” demonstrou uma filosofia tão bacana (disse coisas como você ter que conversar com a comida, demonstrar o seu amor, falar “eu te amo” pra ela) que nos inspirou a conhecer o Kinoshita, o restaurante onde ele aplica todas as suas teorias.

Todo o processo pra ir lá se inicia com o primeiro contato através do site. Ele tem um visual incrível e as reservas são feitas diretamente lá. Inclusive, tem um aviso de que eles entrarão em contato com você por telefone pra confirmá-la.
Batata! No outro dia, a Sônia ligou pra mim e confirmou a reserva pro sábado, dia 10/07 às 21:00 hs. E neste horário, lá estávamos nós três (a Re também foi, já que ela é a japa da família).
O lugar é muito bacana e bem decorado.

A brigada é muito eficiente e os garçons te explicam absolutamente tudo sobre o cardápio.

Resolvemos tomar uma garrafa do Espumante Chandon Brut e pedir o chamado menu Imperador pra dividirmos tudo.

Como sempre, o chef nos mandou um agradinho. Era um caldinho de shitake com ouriço.
Curioso, sendo que eu é que fiquei ouriçado já que tive que comer todos os “espinhudos” (a Re e a Dé não gostaram muito).

Começamos realmente com um sashimi de salmão selado de um lado só com shoyo, manteiga e limão

… e outro de atum selado com molho de missô.

Acompanhados dum carpaccio de salmão com ovas de peixe voador e mais um carpaccio de robalo com um toque de Yuzu, aquele limão japonês bem característico.

Todos saborosos e com peixes muito, mas muito frescos.

Continuamos com sushis de atum, robalo com uma fatia fina de limão e de vieiras que simplesmente derretiam na boca.

Por enquanto, ninguém negou fogo e todo mundo comeu tudo.
Chegou a hora dos pratos quentes.

Um era de carne. Um sashimi de Kobe beef mal passado (aquela carne saborosa de boi japonês que dizem ser tratado a pão de ló, cerveja e otras cositas más) bem ao ponto com um maionese de missô, pimenta japonesa, flor de sal e um molho de pimenta dedo de moça. A Re e eu achamos bom,  já que a Dé nem chegou perto.

O outro, lulas em tempurá com um molho a base de gorgonzola. Neste caso, achamos, a Dé e eu muito bom também, já que quem nem passou perto do molusco foi a Re.

Não íamos deixar passar as sobremesas em hipótese alguma.
Então, dá-lhe Choco Moti, bolinhos de arroz recheados com ganache de chocolate Valrhona e …

… o Mike Jelly, um flan de leite com calda de limão.

Ressalte-se o carinho e o capricho com que tudo é apresentado. Não tem como não se maravilhar com o aspecto e melhor, com o princípio que o Kanashiro passa a todas as suas criações (apesar do preço ser estratosférico).

E agora? Mudamos o nosso conceito sobre a comida japonesa?
Bom, a Re adorou tudo e disse que certamente repetiria.

A Dé e eu continuamos na mesma. Um pouco mais convencidos, mas na mesma.
Não conseguimos nos entusiasmar tanto quanto quando comemos uma bela pasta, ou um ótimo risotto, ou um prato de frios sortidos, ou uma paella, ou etc.

Portanto, acho que não é o Kinoshita.
Acho que é o efeito da comida japonesa nos pretensos italianos! 🙂
.

Assinar blog por e-mail

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

Há 9 comentários

  1. Bem, agora terei que confessar, com o maior embaraço desse mundo: não gosto de comida japonesa, só gosto dos grelhados…mas, acho lindo, eu juro!
    Inobstante isso… o post está fantástico, fotos bárbaras, quase me deu vontade de comer um salmãozinho cru, bem vermelhinho…!! beijos!

  2. Lu, sem preconceitos. Mas ainda não podemos dizer que gostamos da gastronomia japa. 🙂

    Marilia, pode ir, ainda mais se gostar de comida japonesa. Mas prepare o bolso …

    Marina, não se acanhe. Estamos do teu lado. rs

    Abs com o sol nascendo pra todos.

  3. Acho que, por causa do preço ser estratosférico, até o boi mantido a pão-de-ló eu provaria 🙂 Não faço ideia se gosto de comida japonesa, nem sushi eu ainda provei. Que pobreza franciscana ha ha

  4. O que eu menos gosto da cozinha japonesa (da boa! nao desse monte de peixe cru que a maioria dos japoneses vende por ai)? O preço. Os melhores japoneses, em qualquer parte do mundo, sao muito caros! E sao porque nao estao a fabricar comidas (gostou do: “estao a fabricar”?). Sao artesaos e o peixe tem que ser fresco (o que é impossivel, por ex, por aqui que o peixe fica a muitas milhas de distancia).

  5. Ameixa, então você provaria?
    E já podemos pensar em montar um restaurante japa por aí? 🙂

    Sócio, bonito o discurso. Mas comida japonesa simplesmente não desce!! rs

    Aboraços pra todos.

Dê a sua opinião, please!