10/11/2011
Giorno tre – Roma – Itália -Aquarela do Brasile nos jardins do Vaticano.
Inverno em Roma? Se for assim, tá bom demais.
A temperatura está mais do que agradável, chegando em alguns momentos a lembrar pleno verão.
Acordamos cedo já que iríamos visitar 3 países: o Vaticano, a Itália e o Brasil.
A Itália, obviamente porque estamos nela; o Vaticano, porque todo mundo sabe que é o menor país do mundo (e está contido na Bota) e o Brasil… bem, esta é uma outra história.
Começamos o dia indo de táxi pra terra do Papa.
Reservei uma visita guiada pelos Jardins do Vaticano. E como é que ela funciona? Vamos lá.
Entrei no site do Rome Vaticano Museum e fiz o pagamento pela Internet. Quando chegamos à entrada do Museu, tínhamos um lugar especial tanto pra trocar o voucher pelos bilhetes (que também dá direito a visitas no Museu e consequentemente na Capela Sistina), como pra aguardar pela guia.
O nosso tour seria em espanhol e notamos a presença de somente mais um simpático casal de espanhóis genuínos, provenientes das Astúrias.
No horário, às 10:00 hs, iniciamos o nosso tour praticamente privado.
E o passeio é incrível.
Você entra de cabeça no mundo interno do Vaticano .
Passeia pelas alamedas onde, segundo a guia, João Paulo II andava e se exercitava. Detalhe: como os italianos, passionais que são, adoram este Papa, ao mesmo tempo que veladamente, “criticam” o comportamento “muito discreto e sem paixão” do atual.
Conhece os presentes que os Papas receberam durante o seu papado. Você sabia que tanto a Virgem de Fátima, como o altar originais estão lá …
… numa bem parecida capela?
Andamos muito (o passeio dura aprox 2 horas) e vimos um montão de coisas bonitas e interessantes.
As casas de repouso e meditação papais, …
… os jardins bacanas …
… as inúmeras fontes …
… com plantas exóticas …
… e diagramações perfeitas …
… além de, num arroubo da guia, conhecermos o dia-a-dia do minúsculo país (são uns 1000 habitantes) …
… com direito a ver a parte administrativa, …
… os Correios, …
… a estação de trem (tem uma lá dentro!), o posto de gasolina…
… e até os fundos da Basílica de São Pedro.
Aproveitamos o ingresso pra dar mais uma visitada aos Museus do Vaticano.
Devido a caminhada matinal, decidimos fazer o trajeto mais curto com destino final na Capela Sistina.
Passamos pelos corredores luxuosos, …
… pelos aposentos do Rafael , …
… com o seu talento incontestável …
… e finalmente chegamos a cereja do bolo, a Sistina.
Sim, eu sei que não se pode tirar fotos, mas como ninguém respeitava o que o guarda italiano gritava (era uma esculhambacione!), …
… nós também registramos o momento, com direito a Adão e Eva, Criação, Juízo Final e outros menos votados. A guia também nos deu uma dica que eu gostaria de dividir com todos: se você estiver cansado e quiser economizar um bom tempo, saia da Capela Sistina pelo lado direito dos fundos dela.
Por esta porta, você descerá alguns degraus duma interessante escada e estará ao lado da Basílica de São Pedro.
Caso saia pela esquerda, terá que andar todo o caminho, da entrada do museu até a Basílica acompanhando o perímetro do Estado. Ou seja, é longe pacas.
Estando ao lado, adentramos à Basílica. E fizemos um breve greatest hits: Pietá, obra-prima do Michelangelo, …
… a cúpula, outra obra-prima de Michelangelo …
… e o Baldaquino de Bernini.
Além de observarmos a grandiosidade de absolutamente tudo.
Saímos meio que correndo e de táxi, pois ainda teríamos que almoçar antes de visitarmos o Brasil.
E escolhemos a Enoteca Cul de Sac que fica próximo da Piazza Navona.
É um lugar bem rústico, como a maioria das enotecas (aguardem que farei um resumo das “n” que visitamos).
Pedimos um prato misto de salumi e fromaggi (que a Dé não gostou muito já que não tinha salame, só presunto e copa), …
… duas taças dum bom vinho branco de Frascati, …
… uma Fonduta de Queijo e …
… uma pasta com brocoli e queijo.
Tudo muito bom, além do pão que era cinematográfico …
… e ainda aproveitamos pra ver um pedaço do tour 13 do Guia, o Estátuas de rua e pedras de Roma, um resumo da localização das famosas estátuas-falantes, obras-de-arte que são portadoras de protestos da população romana. Vimos este Pasquino:
Não precisa nem dizer que o Bunga-bunga está na boca delas (com cacófato mesmo).
E chegou a hora do Brasil. Mais precisamente, da Embaixada Brasileira.
Foi através do Guia Itália da Abril (no qual modestamente contribuímos com a nossa experiência no passeio da trilogia da execução do parmeggiano, aceto e presunto de Parma) que eu descobri esta dica que a Embaixada fazia passeios gratuitos pelo famoso Palácio Pamphilj.
É fácil de reservar. Basta entrar no site e escolher a data (sempre às quintas).
Uma pena que não pudemos tirar fotos (ô, Embaixada, até no Museo do Vaticano é possível!), mas mesmo assim o lugar é imperdível.
Passeamos por 7 salas, sendo uma delas um imenso e lindo salão de concertos projetado por Borromini; inclusive, numa outra pequena sala onde foram descobertos lindos afrescos pintados no teto, afrescos estes que estavam escondidos sobre o forro.
Enfim, se estiver por Roma, aproveite e vá conhecer a sede própria da representação brasileira na capital italiana (é, estamos “podendo” por lá).
Caminhamos de volta pro hotel, passando por inúmeros obeliscos (como tem um monte deles por aqui!) …
… e resolvemos ir jantar próximo ao hotel, numa cantina turisticona e bem conhecida, a Otello alla Concordia.
Mais cantinona, impossível.
Aproveitamos pra entrar no clima e pedir flores de abobrinhas fritas pra Dé …
… e uma bruschetta alla Otello com salumi (este salumi a Dé gostou porque continha mortadela e italiana 🙂 ) pra mim.
Tudo escoltado por um bem ruinzinho vinho branco da casa.
Como principais, um fetuccine ao sugo di involtine pra Dé …
… e um spaghetti ao vôngole pra mim. Quase chorei, de tão bom!
Só nos restou voltar pro hotel e descansar porque amanhã a dose é dupla e de Coliseu.
Que venham os leões. Mas que venham em forma de fotos e de História.
Arrivederci.
Acompanhe os outros dias desta viagem:
Giorno uno – Roma – Mucho gusto. Molto ‘Gusto.
Giorno due –Roma – A primeira (e a segunda, e a terceira, e a enésima) vez na Pizzerie Bafetto a gente nunca esquece.
.
Há 0 comentário
Oi, Edu! Tudo bem?
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Beijos e Feliz Ano Novo,
Bóia Paulista
Valeu, bóia. E um Ano Novo bem “cheio” pra você”! 🙂
Queijo, queijo, queijo e eu sem poder comer o dito. Que tristeza 🙂 Deus criou o homem e os animais, o homem retira o leite dos animais, o homem faz queijo e, logo agora, a Ameixa está impedida de comer queijo. O salame até que nem é imperativo para mim, acho que prefiro presunto pata negra PORTUGUÊS ha ha
Abraços!
Oi Família Luz!
Passei para agradecer as dicas para escolha do espumante e vinho no casamento da minha filhota Deborah Haydée e Danilo, 10/12. Foi tudo maravilhoso. Perfeito! Obrigada Edu pela simpatia e atenção. Feliz 2012!
Adorei as dicas das visitas!
Sobre a Pietá:
“Seria impossível a qualquer artífice ou escultor, por mais brilhante que fosse, ultrapassar a graça ou desenho desse trabalho ou tentar talhar e polir o mármore com o engenho com que Miguel Ângelo o fez. Pois a Pietá foi uma revelação de todas as potencialidades e força da arte da escultura.”
(Giorgio Vasari)
Ameixa, uma pena não poder comer queijo!! Também gostamos muito do pata “pigmentado” português! 🙂
Rosa, que legal que tudo deu certo. E felicidades pra Deborah e pro Danilo.
Adriana, perfeita a descrição. Assim como algumas do Bernini lá na Galleria Borghese (vide Apollo e Daphne, David, etc).
Abs perfeitos pra todos.