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dcpv – quatrième jour – borgonha – frança – duvido que você conheça (ou tenha ouvido falar) de quarré-les-tombes?

29/04/12

Quatrième jour – Borgonha – França – Duvido que você conheça (ou tenha ouvido falar) de Quarré-les-Tombes?

Mais um dia climaticamente maluco na Borgonha.

Tivemos todas as estações do ano nele.

Sol, …

… muito sol, …

… chuva …

… e muita chuva.

Isto ao longo dele todo. Bom, vamos começar do princípio.

Tomamos um café da manhã (simples e incrivelmente barato!) no próprio hotel e nos preparamos pra ir conhecer algumas pequenas cidades da Borgonha.

A primeira foi Quarré-les-Tombes. Fica bem próxima de Saulieu, a nossa sede e além de ser uma cidade bem bonitinha, estava acontecendo nela um evento muito especial.

Era uma Feira de Exposição Artesanal, em comemoração aos 25 anos do próprio evento.

Chegamos cedo e nos surpreendemos com a quantidade de automóveis (e pessoas) presentes. Não tinha lugar pra estacionar!

Conseguimos um lugarzinho perto da interessante igreja, …

…demos uma olhada no petit (zinho) marché, …

…e partimos pra conhecer a exposição, …

…que, por sinal, é única. A nata da artesania da região estava por lá.

O que significava ótimos foie gras, queijos, …

… vinhos de má qualidade (acreditem, isto existe na região), utensílios de madeira, …

…e facas.
Que foram devidamente compradas.

Nos despedimos do evento, ficando com a certeza de que este tipo de acontecimento vale a pena ser conhecido por qualquer turista.

Continuamos o tour dando uma passada em Avallon

… e achando a cidade um tanto quanto sem graça.

Se bem que o nosso destino seria Vèzelay.

Primeiro pra almoçar no estrelado restaurante L’Esperance do Marc Meneau (uma dica dos queridos Beth e Dodô)…

…e segundo, pra conhecer propriamente a cidade.

Chegamos ao restaurante no horário e sentimos, logo de cara, a beleza do lugar.

Ele fica numa casa campestre, muito bem iluminada, com mesas e cadeiras muito confortáveis, além de ser pra lá de amistoso.

Como não estávamos com muita fome, optamos pela única alternativa, que seria o menu degustação de almoço.

A Dé e o Eymard tomaram uma flute dum Champagne Caudalien Rosé (eu estava meio devagar, acredito que por culpa de alguns escargots e a Lourdes absteve-se) …

… e logo após, foi servida uma entradinha contendo um salsão fresquinho.

Nos alojaram na nossa mesa num salão muito colorido.

Os pratos começaram a chegar.

Abrimos com um Oeuf a la Neige, Bouillon d’Asparge 

…e um Chardonnay2009 fraquinho da região de Vèzelay.

Esta entrada estava muito gostosa e correta.

Na sequência, um peixe foi servido, o Fillet de Cabillaud Rôti, Encornets, jus de Cresson. Também um prato gostoso e correto.

Por enquanto, estávamos gostando de tudo.

O terceiro prato foi um Noix de Gigot d’Agneau aux Herbes Fraiches, Yorkshire Pudding (que a Dé passou) e que estava bonzinho (mas não entusiasmante) e que, aí, sim, pior, …

…foi acompanhado por um medíocre Pinot Noir da região de Vèzelay.
Note que todos os vinhos estavam incluídos no menu, ou seja, foram escolhidos pelo próprio restaurante.

Ou seja, na terra dos Pinot, tiveram a pachorra de nos servir péssimos vinhos.

Daí pra frente, a coisa desandou.

A sobremesa bonita, Coque Meringuée, Fraises Rhubarbe, …

… estava um pouco enjoativa …

…e ainda nos ofereceram uma travessa de doces muito, mas muito doces.

Conversamos um pouco, criticamos mais um pouco, pagamos a (alta) conta e nos despedimos do L’Esperance com a certeza de que não existe estabelecimento infalível (já que a Beth e o Dodô gostaram tanto).

Uma pena, mas não ficamos plenamente satisfeitos, apesar da experiência e do divertimento terem sido pra lá de agradáveis.

Saímos de lá e fomos conhecer Vèzelay.

Que é uma bela cidade no topo duma montanha, …

…com grandes vistas pro vale, …

… uma catedral imponente …

… e bastante antiga.

Como o tempo estava virando mais uma vez, optamos por ir embora pra conhecer o Château de Bazoches.

Foi lá que viveu o grande Maréchal de Vauban, um engenheiro genial (sem corporativismo!) que usou muito a sua criatividade.

Iniciamos a visita pela parte interna (a última entrada é as 18:00 hs). Conhecemos várias salas, …

… os quartos do Vauban e da esposa (que ficavam muito separados), …

…a biblioteca, …

… a sua árvore genealógica …

.. .e os seus grandes projetos (foi dele a ideia de criar cidades planejadas com quarteirões regulares dentro de muralhas).

De quebra, ficamos com a linda visão externa do castelo …

… e da região.

Aproveitamos pra entrar em cidades pequenas quando da nossa volta pro hotel …

… e fomos brindados com arcos-iris (sim, no plural).

Chegamos bem tarde (por volta das 20:00hs), e fomos nos arrumar pra jantar. Não queríamos comer novamente no hotel, mas foi a única solução, já que Salieu não tinha viv’alma.

Como não tinha tu, vai tu mesmo. E fizemos um jantar espetacular.

Optamos por racionalizar e pedir somente os principais. É claro que alguns amuses (e agrados) foram servidos, …

… além duma singela sopa de batatas.

E como o cardápio era limitado, as mulheres optaram por um peixe, o Sandre a la peau, crostillant et fondue d’echalote, sauce au vin Rouge, um dos clássicos do Loiseau…

… e os homens, por um filet de Boef AOC Charolles en cocotte, tartare au borgeon de cassis, carré jardinier de legumes et pousses muito bom.

Desta vez não bobeamos e escolhemos os vinhos. Uma garrafa dum Meursault Domaine Rémi Joubard 2009  de primeira, o e duas taças dum Nuits Saint Georges Premier Cru

… que não deixaram dúvidas sobre as qualidades dos borgonheses da verdadeira Borgonha (sic).

E esta refeição, comparando com a regular do almoço, foi memorável.

É isto que nós todos, Lourdes, Eymard, Dé e eu viemos procurar por aqui.
E encontramos.

Au revoir.

Leia sobre os outros dias desta viagem:
Premier journée – Borgonha – França – Visitamos o hospício de Beaune.
Borgonha – França – Deuxième jour – Pisando no solo do Romanée-Conti.
Troisième jour – Beaune – França – Cozinhando na Borgonha

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Há 0 comentário

  1. Depois do trois, enfim um dia relaxante! (rs) Passear por essas cidades, ainda que nao fizessemos mais do que simplesmente passear, ja teria valido a pena. Longe de estar “ruim” o L’Esperance. Mas ha um contexto. O serviço um pouco “tenso”, uma comida correta e um vinho (escolhido por eles) ruim (para a media da regiao). Nao valeu a pena? Claro que valeu! Valeu e muito. Mas se o chef souber “ouvir”, da proxima vez poderá realmente nos encantar (porque o lugar é maravilhoso, nao da vontade ir embora).

  2. fiquei morrendo de inveja!!! hehehehe…. Muito legal! Convido teus seguidores a conhecer o Mirepoix ( você já conhece!!), estamos com um ótimo sorteio (todo mês temos novidades e parcerias legais!) de uma tábua em parceria com a Artmill e estão todos convidados! https://www.facebook.com/BlogMirepoix

  3. Lindas cidadezinhas, belas fotos.
    E o jantar arrasou mesmo .
    O Boeuf AOC charolles en cocotte… e os vinhos Meursault e Nuits de Saint Georges (Premier Cru, mon dieu !) Nossa, queria jantar lá também !!!

  4. Sócio, é claro que amamos o L’Esperance. E não somos só nós, já que ele tem 3 estrelas no Michelin. Podemos colocar na conta do acaso este pequeno desacerto..
    De qualquer forma, foi muito divertido, como sempre.

    Pessoal, vamos todos ao face da chef Dé (que belo nome!!) concorrer a uma tábua. Quem se habilita?

    Marcia, este jantar foi uma beleza. A foto da carne espelha realmente o que ela era!!

    Abs “tombados” pra todos.

  5. bom dia Edu,
    gosto bastante da praticidade com que faz seus relatos , só tenho uma sugestão e por favor não me interprete mal : seria bem interessante se os posts fossem arranjados por cidades ou por assuntos ou até pelos dois, tenho acompanhado os relatos da Borgonha e assim me interessei por outros mais antigos a respeito da França e que ficam difíceis de encontrar.
    Parabéns pelas fotos

  6. Rosana, gratíssimo pela sugestão. Faz um tempo que estou a procura de um indexador.
    Enquanto isso, use ou as tags que ficam abaixo do título dos posts, ou os links dos outros dias que ficam sempre no final de cada post.
    Volte sempre

    Bóia, tudo bom. Grato por mais uma colher de chá! 🙂

    Abs “quarreados” pra todos

  7. Beth, talvez o l’Esperance não seja o mesmo. Talvez nós , não sejamos os mesmos.
    Mas uma coisa é certa: os vinhos eram bem ruins!! 🙂

    Abs esperançosos pra vocês.

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