03/05/2012
Huitième Jour – Paris – França – Dois concertos na cidade: o da Filarmônica de Berlim e o do Robuchon.
Hoje era dia de passear pela região da l’Etoile.
Começamos experimentando o bom e caro café da manhã do hotel.
Logo após, tínhamos o stress (é sempre um stress) de devolver o carro alugado.
Por incrível que pareça, o “treinado” staff se enrolou todo e afirmou que devolveria o carro pra nós na Europcar no dia anterior, mas descobrimos que eles estavam na garagem do próprio hotel!
Este W não tem mesmo nada a ver com os outros que conhecemos (Chile e Miami).
Mas de qualquer forma, foi muito interessante dirigir por Paris e passar por pontos turísticos com uma visão diferente da de pedestre.
Tudo bem que foi difícil encontrar o escritório da Europcar nos Invalides e mais ainda perceber que bastaria levar o veículo ao estacionamento e jogar a chave num buraco dum cofre! rs
De lá, saímos a pé pra região do Grand Palais.
No caminho, vimos uma filmagem do que parecia ser um comercial de tv.
Aproveitamos pra visitar as fantásticas exposições de fotos do Helmut Newton e a Beauté Animale.
Ambas são sensacionais e te permitem fazer uma verdadeira viagem na viagem (mas por mais paradoxal que seja, não são permitidas as fotos!)
Continuamos dando uma boa passeada pela região da Champs Elysées.
Passamos pela Ladurée, …
… pela Peugeot, …
… pela Citroën, …
… pela casa do Santos Dumont (ou melhor, pela placa), …
… e pelo templo sagrado, o L’Atelier de Joël Robuchon.
Se tem algum restaurante que eu indico em Paris, é este.
Ele é perfeito para tudo.
Você chega lá e é encantado pela visão.
Toda a cenografia é perfeita e feita pra te maravilhar.
Logo após sentar nos bancos (não se esqueça: opte por comer no balcão), você fica delirando com a possibilidade de experimentar o máximo de coisas, já que existe uma parte do menu dedicada somente a estas experiências, as pequenas porções.
E o clima é muito propício.
Olhamos o cardápio e nos entusiasmamos ainda mais.
É claro que pedimos flutes de champagne pra começar tudo.
Cada um de nós escolheu dois pratos e todos experimentaram tudo.
A Lourdes foi de burrata com salada de abacate …
… e côtteletes de l’agneau de latte.
O Eymard pediu foie gras (que não era bem isso) com gengibre confit …
… e saint peter a la planche com azeite de abacate.
A Dé repetiu a burrata…
… e replicou com um gazpacho.
Eu pedi jambom Ibérico de Belotta …
… e black code com uma mousseline de daikon ao yuzu.
Tudo tão perfeito que quase não conversamos. Só fazíamos “ais” e “uis”.
Como fizemos também ao tomar o magnífico vinho branco, o esplêndido 1er Cru Chassagne Montrachet 2008.
É claro que não deixaríamos passar as sobremesas e pedimos duas pra dividirmos.
Uma, merengue de framboesas e sorvete de queijo branco pros Loguercio …
… e outra, um soberbo suflê de pistache com sorbet de coração de guanaja pra nós.
Mais uns chocolatinhos …
… e o primeiro concerto do dia terminou.
Porque na verdade, aqui tudo se passa como se você estivesse assistindo a um espetáculo, num excelente teatro com uma magnífica orquestra.
Apesar do aparente ensaio, sobra espaço para improvisos e criatividade.
Enfim, ir ao L’Atelier de Joël Robuchon é imperdível.
Aproveitamos pra voltar a pé, tentando encontrar uma Lenôtre, já que estávamos sofrendo de crise de abstinência de millefeuilles.
Infelizmente, a que encontramos era somente um restaurante e tivemos que transferir os nossos sonhos pra amanhã.
Como estávamos a fim de descansar um pouco, resolvemos voltar de taxi.
Foi quando o Eymard viu os riquixás e apontou.
Todos olharam uns pros outros e disseram: porque não?
Rapidamente estávamos cruzando Paris num ótimo dia ensolarado…
… e vendo os monumentos duma outra perspectiva, …
… melhor, num meio de transporte muito interessante.
Esta também é uma grande experiência.
Chegamos o hotel a fim de dar um reparo no corpo.
Ma che? Nós tínhamos esquecido a placa “don’t disturb” na porta do quarto e aí começou mais uma epopeia.
Entre comunicar a falta de arrumação e ela efetivamente acontecer, se passou um pouco mais de uma hora. Foi bom, porque tivemos tempo pra dar uma passada na excelente lojinha do Le Palais Garnier e comprar algumas coisinhas.
E como tínhamos um espetáculo da Filarmônica de Berlim na Salle Pleyel, ás 20:00 hs, dá pra imaginar a correria que nós tivemos que fazer?
Acabamos chegando em cima da hora e por pouco não perdemos um dos maiores espetáculos das nossas vidas.
Como é bacana ouvir pessoas talentosas, tocando com o máximo de emoção e técnica possíveis.
E é impossível não se emocionar também. Devemos essa a Lourdes e ao Eymard.
Sem contar o carisma e o enorme talento do nosso vizinho regente, o venezuelano Gustavo Dudamel.
Após 1,5 horas de puro deleite, saímos caminhando até a Brasserie La Lorraine, onde colocaríamos em ação o plano de agrupar imagens a um texto do talentoso Dodô (algo um tanto quanto impensável).
Mas esta é outra história.
Au revoir.
Leia sobre os outros dias desta viagem:
Premier journée – Borgonha – França – Visitamos o hospício de Beaune.
Borgonha – França – Deuxième jour – Pisando no solo do Romanée-Conti.
Troisième jour – Beaune – França – Cozinhando na Borgonha
Quatrième jour – Borgonha – França – Duvido que você conheça (ou tenha ouvido falar) de Quarré-les-Tombes?
Cinquième jour – Borgonha – França – Com minha besta, abati a Abadia de Fontenay
Sixième jour- Borgonha – França – Chablis, conexão pra Paris.
Paris – França – Septième Jour – Flanando pela cidade luz (especialmente por Saint Germain)
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Foi demais da conta, como diria o mineiro. E o Robuchon é mesmo incontornavel (viu Marcello Brito?!). O concerto na Salle Pleyel inesquecível e emocionante. Ouvir a Filarmonica de Berlim, conduzida por Dudamel, executar a 5a. de Bethoven (ouvida la do fundo) e, depois, na terceira fileira, quase dentro da orquestra, assistir “Assim falava Zaratustra” (Strauss) nao tem descriçao. Exceto a sensaçao de que o tempo parou. No acorde final as notas ficam no ar e por alguns segundos ninguem se move. Orquestra e publico irmanados na mesma sensaçao de que o mundo parou. Ninguem combinou. Foi assim. Pura emoçao e tecnica, como voce disse.
E o teaser final gostei. Quer dizer que Lorraine vira um post em separado? Aguardemos com ansiedade.
Uau! Sem palavras. O Joel não decepciona mesmo! Ele é também o meu queridinho em Paris. Agora preciso conferir o Atelier da Etoile, será que eu resisto ao me distanciar tanto de Saint Germain ?
Fotos impecáveis, detalhe para o anel lindo da Lourdes atrás da flute na foto do intervalo do concerto. Também aguardo a versão Luz para o Lorraine de Beth e Dodô. A descrição do Eymard foi emocionante.
Parece unanimidade, o Joel é apaixonante !
E por isso mesmo, pedí permissão à Madá e, agora ele também é o meu queridinho.
Dia movimentado , sem falar da Salle Pleyel.
E fechado com chave de ouro na Brasserie Lorraine.
Vocês também tiveram a impressão de que iriam esbarrar com a Beth e o Dodô por lá ?
Queridos amigos
Assim vcs me deixam emocionada!
Depois des tudo ainda terminaram o dia no La Lorraine???
Adorei cada detalhe do dia de vcs!
O Almo’co no Joel Rebuchon foi de matar!
E flanar pelos Champs tem sempre seus encantos.
Do Riquixá eu fiquei fã para sempre…
Salle Pleyel e Filarmônica de Berlin é demais.
Edu, decididamente vc não gostou do W, rsrsr
Beijos
Beth
Dizem que no sétimo dia Deus descansou. E no oitavo vocês foram passear no paraíso! Um dia perfeito sob todos os aspectos e para todos os sentidos.. Do balcão do Joel, à platéia do Dudamel, a vida presentou quem estava equipado para degustá-la. E ainda sobrou espaço para a cerimônia da coroação no La Lorraine, cujos detalhe aguardamos com ansiedade. Beth e eu agradecemos comovidos ser lembrados em momentos assim
Gracias a la vida!
Dodô
Exposição, passeio, um bom restaurante, um bom espetáculo = um dia de viagem perfeito.
Dessa última vez, também conheci o L’Atelier do Champs. A comida é o mesmo padrão do outro, mas preferi o ambiente mais intimista do de Saint Germain.
Também prestei minha homenagem à Beth e Dodô, almoçando no La Lorraine,rs. Abraços a todos.
Me lembrei de uma coisa: o que é essa loja da Abercombrie na Champs? Filas iguais as da loja da 5a. avenida. Maison Abercombrie…..é o fim dos tempos!!! rs
Meu Deus, as pernas daquela mulher nunca mais acabam 🙂 Oh la la, mon Dieu de la France, vocês não “”arretam” nunca ha ha
A primeira foto valeu o meu dia!!!!
Tania, de fato. A foto ficou espetacular. Premio para a Débora!
Sócio, foi mesmo e não sou mineiro!
E o Dudamel e o Robuchon podem ser classificados na mesma categoria: incontornáveis!!
Madá, ainda bem que eu não fiquei sem palavras! E nem o Eymard! rs
Marcia e Vianney, nós não esbarramos com eles. Nós jantamos!! 🙂
Beth, este dia foi demais mesmo. E definitivamente eu gosto dos W (acabamos de nos hospedar no de Miami e foi sensacional). Inclusive, tudo melhorou muito quando mudamos de quarto nos dois últimos dias!
Grande Dodô, não tinha como não transformar um dos teus textos em realidade!!
Claudia, acredito que temos que marcar uma reunião na Brasserie, né não?
Quanto aos L’Atelier, gosto dos dois!! rs
Sócio, é a globalização! rs
Ameixa, dizem que ela não consegue comprar meias! 🙂
Tania, que legal!!
Sócio, a Dé agradece (mas a foto foi minha!! rs)
Oito abraços pra vocês.