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dcpv – da cachaça pro vinho – comida de vovó (e de netinho também)

número 324
07/08/2012

dcpv – Comida de vovó (e de netinho também)

Quando eu li uma matéria sobre o dia da Vovó e melhor, contendo receitas das próprias, no jornal do grande Supermercado Veran, não tive dúvida que algumas formariam um bom menu.

Aí foi só ler todo o artigo, escolher e degustar.

Leia você também alguns trechos e veja se não é entusiasmante (hummm, leia e veja. Eu já li/vi isto em algum lugar! rs)

“Ser avó é um misto de sentimentos. Fico com as minhas netas a maior parte da semana para minha filha trabalhar. Ao mesmo tempo que tenho que dar bronca quando elas aprontam e apontar os caminhos certos, não me vejo com tanta responsabilidade na criação delas como com minhas filhas. Posso educar e ‘estragar’ ao mesmo tempo”, diverte-se a aposentada Doraci Nunes, uma das clientes entrevistadas nesta edição..

É ou não é, donas Vera e Anina?

E além de ser bem informativa, a matéria ainda conta com algumas boas curiosidades sobre as mães das nossas mulheres (ou dos maridos, né?).

Você sabia por que se comemora o Dia dos Avós em 26 de julho? Esse dia foi escolhido porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo, segundo a Bíblia.
Conta a história que, no século I A.C., Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo apareceu e comunicou que Ana estava grávida. Eles tiveram uma menina a quem batizaram de Maria. Santa Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos. Por sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos”.

Interessante, né não?

Vamos lá, então, experimentar as comidas das vovós do Alto Tietê (eu já disse pra vocês como eu acho bonita a diretora de Marketing da empresa? 🙂 ).

Bebidinha – Samba em Berlim.

Na verdade, foi mais uma Balalaika em Ferraz, já que usamos vodka no lugar da inexistente cachaça.

Entrada – Sopa Gelada de Aspargos da Vó Edith

Ingredientes: 1 vidro de aspargos em conservas, 1 lata de creme de leite gelado sem o soro, suco de 1/2 limão, sal, pimenta a gosto

Modo de preparo: Bata tudo no liquidificador, reservando algumas cabeças de aspargos.

Passe um dente de alho no fundo da sopeira, derrame a mistura batida no liquidificador. Para decorar, coloque as cabeças de aspargos  e alguns galhinhos de agrião.

Dica: adicione uma colher de café de molho inglês.
O que o netinho (euzinho) fez de diferente?

Serviu a sopa quente e usou creme de leite fresco.

Sinceramente, vó Edith? Ficou boa, mas acho que podia ficar um pouquinho mais fluida!
Tomamos um branco Sauvignon Blanc Cloud Bay 2009 New Zealand, que foi “open bay, nonozelandês, all black, idem” segundo os paparicados, nós mesmos.

Principal – Acelga ao Forno da Vó Awa e Frango Divino da Vó Mada

Ingredientes: 1 maço de acelgas bem frescas (o talo precisa estar firme), 1 litro de água, ½  cebola batidinha, 200g de queijo ralado, 1 colher de sopa de manteiga, molho branco, sal e pimenta a gosto.

Modo de preparo: Ferva 1 litro de água levemente salgada em uma panela ou caldeirão de boca larga. Lave, limpe e retire as folhas da acelga e os fios mais grossos do caule (atenção – só se usa os caules).

Quando a água estiver fervendo, passe por ela, vagarosamente, o caule da acelga (atenção – não se usa as folhas nesta receita).

Num pirex untado com manteiga, coloque uma camada de acelga no fundo, cubra com uma camada de molho branco e espalhe o queijo ralado. Repita o processo sucessivamente. A receita deve dar para 3 camadas. Termine com queijo ralado e flocos de manteiga. Leve ao forno pré-aquecido em temperatura média. Deixe no forno por 30 minutos.

Perceba que a avó exerce o seu papel ao repetir duas vezes pros netinhos de plantão que é pra usar somente os talos da acelga! 🙂

Mas esta receita é muito boa mesmo.

A crocancia do talo da acelga com o salgadinho do molho branco e do queijo ralado formam um belo conjunto.

Já para o frango divino, você precisará dos seguintes ingredientes 4 peitos de frango, 1 ½ litro de água, 1 tablete de caldo de galinha, 4 tomates sem pele e sem caroço picados, 1 pimentão verde bem picado, 1 cebola grande bem picada, 1 lata de milho verde, 1 colher de sopa de manteiga, 2 copos de leite, 2 colheres de café de maisena, 1 copo de vinho branco, 1 pote de requeijão ou saco de catupiry, farinha de rosca o quanto baste para polvilhar, sal e pimenta do reino o quanto baste.



Modo de preparo:
Cozinhe os peitos de frango na água com o caldo de galinha. Depois de cozidos, desosse, desfie e guarde para fazer o refogado. Faça um refogado com os peitos desfiados, a cebola picada, os tomates e o pimentão, tempere com sal e pimenta. Reserve.

Com o milho, a maisena, o leite e a manteiga, faça um creme de milho e reserve.

Dilua o Catupiry com o vinho.

Num pirex, faça uma camada de creme de milho, a segunda camada de refogado de frango e a terceira camada de catupiry. Polvilhe com a farinha de rosca e leve ao forno em 180⁰C por 30 minutos.

Taí uma receita espetacular (aqui em casa temos uma parecida que se chama “néctar dos deuses”).

E esta ficou perfeita com a acelga. O único problema é que não foi possível servir em pratos individuais decorados.

Se bem que comida em travessas tem tudo a ver com vovós, né?

Tomamos um ótimo tinto espanhol, Monastrell Hécula 2009 que foi “olympic, abuelito, forte, catorsse”.

Sobremesa – Rabanadas da Vó Margarida

Ingredientes: 4 pães franceses amanhecidos, 1 lata de leite condensado, 2 latas (usar lata de leite condensado como medida) de leite, 1 pacote de manteiga sem sal, 4 ovos, 6 colheres de sopa de açúcar, 2 colheres de sopa de canela.

Modo de preparo: Corte o pão em fatias de um dedo de largura e molhe-os na mistura do leite condensado com o leite e os ovos.

Unte bem uma travessa antiaderente, coloque as fatias distantes uma das outras e por cima de cada uma coloque uma colher de café de manteiga. Mais ou menos uns 15 minutos depois, vire-as de lado e deixe por mais uns 10 minutos. As fatias dos pães devem ficar bem molhadas.

Leve ao forno até assar. O tempo depende de cada forno, pois se passarem do tempo viram torradas.

Então, passe no açúcar e canela e sirva. Também podem ser servidas geladas.

Eu preferi serví-las quentes.

E se você está acostumado a comer rabanadas da vovó (ops), experimente esta, que é um pouquinho diferente, mas muito saborosa! De preferência, com um anisete da D. Anina.

Eis a opinião dos netinhos:
Comida típica da vovó. Com alguns toques do netinho! (Edu)
Básico perfeito! Mas o anisete da vovó Nini (espetáculo)! (Mingão)
Esplêndido! Formidável. (Deo)

Fiquei me perguntando por muito tempo a razão disso. Simplesmente não conseguia reproduzir as receitas. Até que descobri os ingredientes mágicos. São as lembranças familiares da infância, a experiência que as avós adquirem com anos de fogão e o carinho a que se dedicam ao fazer uma refeição para os netos. Neste carinho, quero incluir uma visão de tempo e espaço bem mais saudável do que a nossa, sem a correria diária e da constante falta de tempo”, define o chef Martin Asbeck, que é um dos colaboradores do jornal.

Não é que ele tem razão?

E você? Qual é a receita da sua vovó que todo mundo adora?

Hasta.

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Há 0 comentário

  1. Que comida reconfortante! Esse menu a Drix aprova. Gostei das rabanadas assadas. Normalmente se faz fritando. Mas essas seriam aprovadas pela lourdes. E, olha, vou arriscar indicar colocar um pouquinho de licor de cravo ou de canela. Dica da dona Neide!

  2. Por partes…

    “Inexistente cachaça”? Uma mineira não houve isso e fica quieta. Vamos ver o que consigo fazer “daqui”…

    “E você? Qual é a receita da sua vovó que todo mundo adora?” Biscoito assado de queijo. É quase um pão de queijo, mas é melhor.

    Edu, a ultima revista do Verdemar, que há uns dois meses (ou mais) tem passeado no porta malas do meu carro, tem como matéria de capa: Cozinha da Vó. Vou ver se crio vergonha e passo nos Correios.

    Eymard, mais ou menos… Nunca comi acelga (eu acho.. pelo jeito posso ter comido pensando que era alface… ou é? rssss), não gosto de rabanada, mas adorei o frango (só que faria sem a camada de creme de milho… dá certo, Edu?).

  3. Credo…mas voce é mesmo muito enjoada, Adriana! Frango com creme de milho é um clássico. Acelga? Parente próxima da alface. Talvez prima da alface e do almeirão. Rabanada? Como pode uma criatura não gostar de rabanadas?

  4. Sócio, um licorzinho ia bem, sim e daria uma graça maior ao prato! Avise pra D Neide que ela está mais do que certa.

    Drix, vamos por partes. Pegamos a cachaça quando formos pra BH, além de degustar o biscoito assado. A revista já chegou e é muito legal (como sempre). E lamento dizer que o frango sem o creme de milho é só … frango. rs

    Sócio, tô com você. Não gostar de rabanada?? 🙂

    Abs mimados e um feliz feriado pra vocês.

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