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restaurante chef vivi. nós vimos.

21/09/2012

Restaurante Chef Vivi. Nós vimos.

Quando li pela primeira vez o nome do restaurante, o Chef Vivi, achei um pouco estranho. Foi numa das excelentes crônicas (eu nunca chamo de críticas) do grande Luiz Américo Camargo, no badalado caderno de gastronomia do Estadão, o Paladar.

Afinal de contas, soa um pouco como uma daquelas pensões antigas (eu, por exemplo, morei um tempinho na Irene, quando estudava em São Carlos), mas os elogios do Luiz Américo tanto à comida, como ao estilo, deixaram na memória uma boa referência.
Comprei a Veja Gastronomia na semana passada (só assim mesmo pra levar a publicação pra casa) e dentre todos os premiados, estava lá a Viviane Gonçalves como chef revelação.

Junte-se tudo isso com um encontro marcado com os ótimos Lu Betenson e Mike e pronto; tínhamos motivo pra conhecer a casa. E neste caso, chamar de casa o restaurante é mais do que justificado.

Começa e isto é maravilhoso neste deserto paulistano, que eles aceitam reservas e em qualquer horário. Ufa, poder reservar um restaurante às 21:00hs duma sexta sem qualquer limitação é um feito e tanto.
Chegamos 10 minutos adiantados (thanks, trânsito) e a Lu e o Mike já estavam nos esperando do lado de fora do restaurante.

O Chef Vivi fica na Vila Madalena (Rua dos Girassóis, 833) e obviamente, numa antiga residência pequena e repaginada. É um salão pequeno e muito, mas muito, aconchegante.
Fomos levados à nossa mesa e surpreendidos pela qualidade de todos os detalhes.

As cadeiras são muito confortáveis, as louças e copos muito apropriados e o menu é um caso a parte.

Ele não é fixo, pois a filosofia da chef é a de utilizar os melhores ingredientes existentes no mercado. Neste dia, 21/09/12, nos foi oferecido como couvert, uma seleção de pães orgânicos com uma manteiga de mix de ervas, 4 opções de entrada (consommé de cogumelos, polvo, pupunha e abóbora) e 4 opções de principais (cherne, camarões, pato e linguini), além duma degustação de minisobremesas.

Dá pra perceber que a ideia é muito boa.
Conversamos bastante, enquanto experimentávamos os excelentes pães e a Lu, nossa someliere, escolhia um vinho branco neozelandês, o Sauvignon Blanc Isabel 2010 Marlborough SA. Excelente!

As entradas chegaram. A Lu foi de Abóbora ao forno, eringui salteado, mousse de queijo de cabra e brotos orgânicos. Ela achou uma “combinação de diferentes texturas e sabores que ficou muito harmoniosa e gostosa: abóbora macia por dentro e crocante por fora, cogumelos saborosos, folhas verdes dando frescor ao prato e a mousse de queijo de cabra o toque perfeito para dar personalidade ao conjunto  “.

A Dé escolheu a Pupunha em fitas, sálvia na manteiga, tomate marcado e figo ao forno. Imagine só; pupunha, figo e tomate num prato só? Não foi a toa o que ela disse sobre o prato: do jeitinho que eu gosto. Marcante, fresco, doce e muito bem temperado.

O Mike e eu (que surpresa!) optamos pelo Polvo grelhado, purê de batata, berinjela tostada e azeite trufado. O Mike achou que “a entrada com o polvo estava saborosa, bem apresentada e do tamanho certo pra abrir o apetite” e eu, absolutamente perfeito. Polvo no ponto, purê cremoso e rústico, além do tempero que a berinjela e o azeite deram a tudo.

Matamos as saudades e os principais chegaram.
A nossa someliére resolveu a equação quase insolúvel (harmonizar com camarão, cherne, pato e cordeiro). Eureka, ela disse. Solta um Pinot Noir, também neozelandês, o Sileni Hawke’s Bay 2011. Bota excelente nisso.

Adorei o magret de pato, que veio no ponto ideal e casou muito bem com as especiarias“. Isto foi o que a Lu achou do Magret de Pato ao forno, arroz vermelho salteado, redução de laranja com especiarias e brotos (neste momento, os sócios foram reverenciados).

Peixe e beterraba. Aspargos e abobrinha. É adorável!”. A Dé descreveu desta maneira o Filet de Cherne ao forno, beterraba ao forno, aspargos, abobrinha, cebola roxa e molho cítrico.

Já o Mike, usou um artifício legal que a própria chef sugeriu. Caso você queira carne vermelha, ela te dá a chance de optar por costeletas de cordeiro em alguns dos pratos principais. Ele achou o prato dele “também com apresentação impecável. O cordeiro estava perfeito e o purê de batatas, por mais trivial que fosse, casava muito bem com tudo”.

Eu estava como os surfistas, ou seja, em pleno mar. Comi Camarões salteados, creme de mandioquinha, minicenouras e mini alho poró orgânico. Tudo absolutamente perfeito com os mini legumes crocantes e saborosos, um purê cremoso e camarões al dente.

Era chegada a hora da sobremesa e da grande revelação. As sobremesas (uma pra cada casal) eram formadas por uma degustação de miniaturas de Creme brulée, pavê de amêndoas, mousse de chocolate belga, compota de frutas vermelhas com creme cítrico e quenelle de sorvete.

Tudo muito bom e aí a revelação surgiu. Ficamos um tempo tentando descobrir qual seria o sabor do sorvete? O Mike cravou graviola!
Não precisa nem dizer que o nosso gourmand acertou na cabeça.

Resumo de tudo: foi uma noite divertida (como sempre, quando estamos com a Lu e o Mike) com uma comida espetacular e um clima dos melhores no ar.

Portanto, venham conhecer a comida da chef Vivi, que já fez muito sucesso na China (é isto mesmo) e que pretende mostrar uma gastronomia com personalidade. Isto realmente aconteceu no nosso caso.
Além do mais, ela tem uma qualidade absolutamente necessária neste ramo: está no restaurante. Coisa, por incrível que pareça, difícil de acontecer aqui na Paulicéia

Até!

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Há 0 comentário

  1. Chef Vivi ja entrou para a historia e para o meu caderninho. Com as credenciais de Edu/De e Mike/Lu, essas fotos e a descriçao promorosa dos pratos, lugar e sansações,……so posso dizer que fiquei com síndrome de chupetinha: eu nao fui, buaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!

  2. Sócio, como a própria Lu já disse, vamos comemorar o retorno deles pra SP lá no Chef Vivi (ainda não acostumei com este nome! 🙂 )

    Lu, põe ótimo nisso!!

    Fábio, gratíssimo. Também vou te linkar por aqui.

    Abrabraços pra vocês.

  3. Fazia 4 dias que eu estava pensando no que fazer com aquele bacalhau que estava em casa desde antes da Páscoa… 1001 maneiras me vieram à cabeça, mas não era “AQUELA” receita exatamente que eu queria comer… Em conseqüência dessas modernidades da vida, eu instalei no meu celular um aplicativo da Nestlé só de receitas e ontem a caminho de casa eu vi essa versão do bacalhau que eu elegi como a minha preferida para a noite fria que estava ontem em São Paulo (novidade!). Fácil e delicioso!! Desfiei uma posta de bacalhau dessalgado (congele o resto já dessalgado!!) e deixei de molho no leite (pulo do gato!) enquanto preparava o meu mise en place. Refoguei em 2 colheres de azeite uma cebola média e 2 dentes de alho beeeem picadinhos.. 1/2 xicara de pimentão vermelho picado também até ficar macio. Escorri o bacalhau e reservei o leite, dei uma refogada no peixe com as coisas que já estavam na panela e acrescentei 2 xícaras de arroz e aprox 1 xic de vinho branco seco. (nota mental:eu demorei cerca de 10 minutos para conseguir abrir a garrafa de vinho com a bendita rolha zuada! Que depois foi necessário um alicate para retirá-la do saca-rolhas… cozinhar sozinha nem sempre é fácil!! rs..) Acrescentei ao leite reservado do bacalhau um vidro de leite de coco e usei como “caldo” para cozinhar o risotto, quando acabou a mistura de leite eu continuei cozinhando utilizando água mesmo. Ficou no ponto? Adiciona 2 col de manteiga, um pouco de queijo ralado, mistura bem, tampa lá e deixa por uns 5 minutos e sirva!!! Na boa?! Depois da mão dolorida (por conta da rolha impossível) e dos pés frios pelo dia gelado de ontem.. esse risotto e a cia do meu pai e do namorado no jantar, era tudo que eu podia querer! Ai que delícia!

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