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dcpv – da cachaça pro vinho – venice, venezia, veneza. by “seboso” jamie

18/09/2012
número 329

dcpv – Venice, Venezia, Veneza. By “seboso” Jamie.

Todos que passam por aqui sabem do meu apreço pelo design dos livros do Jamie “Seboso” Oliver.

Eles são bem didáticos e, via de regra, muito bonitos também.

Logo que eu vi o Jamie Viaja, adorei. Afinal de contas, misturar grandes fotos com algumas boas receitas (algumas são variações do mesmo tema oliveriano), além de algumas dicas de viagens, tem que resultar num bom produto.

Já tinha feito uma noite só com receitas (excêntricas) suecas que o Jamie indicou.

E agora, como estou pesquisando o destino da nossa viagem do final do ano, me lembrei do capítulo sobre Veneza, a Recife italiana.

A culinária da região é muito interessante e espelha a miscigenação de culturas que aportaram (literalmente) por lá durante todos este tempo.

Não esquecendo que por serem receitas italianas, o produto é sempre reverenciado e invariavelmente, servido na maneira mais original possível.

Vamos lá, então, experimentar a culinária dos venezianos (nada a ver com os incas venusianos).

Entradas – Salada de Tomate com Manjericão e Salame Frito.

Caprese, tricolore … quantas vezes poderemos reinventar a salada de tomate?

É, o “porquinho” do Jamie bem que queria ter nascido italiano. Dá pra perceber pelos verdadeiros “micos” que ele passa só pra se parecer um legítimo oriundi.

Neste caso, o aproveitamento do ingrediente ao extremo, faz deste prato simples, uma delícia. Demos a sorte de estarmos na praia hoje de manhã e consequentemente, passamos no sex shop.

Então, foi só cortar tomates-caqui em rodelas grossas …

… e colocá-las nos pratos.

Enquanto isso, faça um azeite de manjericão, socando no pilão folhas de um maço deles e um pouco de sal até transformá-los numa pasta verde e espessa.

Junte pouco a pouco, azeite e vinagre. Distribua este “pesto” sobre os tomates.

Rale queijo feta …

… e enfeite com algumas folhas de manjericão.

Pra dar um up (será que isso seria possível?), sirva com uma fatia bem quentinha de pão italiano.

Há algo de especial em escolher um salame de boa qualidade, cortá-lo em rodelas e fritá-lo até ficar crocante.
Ou seja, um salame frito faz a festa de qualquer pessoa inglesa de língua presa. Imagine algumas ferrazenses?

E pra fazer este prato é uma moleza. Basta fritar as fatias de salame numa frigideira bem quente e com um fio de azeite até ficarem crocantes.

Reserve-as e acrescente um pouco de alecrim e alho cortado em fatias finas (a gosto). Refoque por um minuto e junte folhas de radicchio até murcharem.

Sirva junto com o tomate e terá uma puríssima entrada italiana.

Ela é elevada ao quadrado quando se toma um Bellini, um coquetel que é a simples junção de purê de pêssego com Prosecco que foi “macanah, alessandro, mauro ramos”.
É um verdadeiro raio-de-sol em plena noite ferrazense.

Principal – Risotos.

O risoto é um dos astros da cozinha veneziana, consequência das grandes plantações de arroz espalhadas pelo Vêneto.

Esta é mais uma daquelas do tipo “porque que eu não tive esta ideia antes?”.

Afinal de contas, fazer um risotto “bianco” básico com o único diferencial de colocar salsão picado junto com  cebola …

… e refogá-los em fogo baixo por uns 10 minutos e quando estiver próximo do final do cozimento, …

… misturar os seus ingredientes preferidos, não é uma boa ideia?

Aproveitei, então, pra fazer 3 sabores diferentes. O primeiro, de alcachofra.

Simples alcachofras em conserva fatiadas e cozidas com salsinha, um pouco do caldo de legumes do risoto, sal e um pouco de limão.

O segundo, tomates-cereja cortados ao meio e refogados numa panela onde …

… já tinham sido refogados 2 dentes de alho cortados finamente, além de manjericão a vontade.

E o terceiro, ervilhas frescas cozidas numa panela com manteiga derretida …

… e folhas de hortelã e de salsinha cortadas finamente. Pronto!

Basta então pegar cada um dos sabores e adicionar, nas suas panelas, o risoto bianco.

Finalize todos com manteiga, um pouco de parmesão …

… e no caso do de ervilha, coloque uma fatia de queijo de cabras.

É isto, pessoal! Felicidade existe!

Além do prato ser um retrato fiel do entardecer em Veneza.

Só poderíamos acompanhar com um tinto italiano, o Nero di Troia Torre del Falco, que nos pareceu “ameixa preta, barbudinho, ulisses“.

Sobremesa – Tiramisù

A culinária veneziana não tem muitas sobremesas. Mas este é um clássico. O melhor Tiramisù. (modesto, o Jamie!!)

A nossa patissière, a Dé, caprichou mais uma vez.

Afinal de contas o Jamie inventou mais um pouquinho e colocou chocolate no Tiramisu.

E, sim, foi no formato raspas com a faca (como ele sempre faz!! rs)

O que ele fez foi embeber biscoito champagne em café doce, …

… fazer um creme com gemas, claras, queijo mascarpone, vin santo, açúcar …

…e derreter chocolate com um pouco de manteiga. Ai foi só montar (a Dé escolheu em taças em vez duma tigela), com camadas de biscoito, …

.. chocolate, creme de mascarpone …

…e finalizar com as indefectíveis raspas de laranja e chocolate em pó.

De-li-cio-so!

Eis a opinião dos gondoleiros (e cantores):
Seboso, pero, no mucho! (Edu)
Esse boso é sensacional! (Mingão)

Se tivesse que resumir a culinária de Veneza, diria que é um cozinha de contrastes. De um lado, você tem alimentos luxuosos, que teriam origem nas casas dos ricos; pratos com atraentes especiarias de lugares distantes, vinhos finos, animais incríveis caçados nos pântanos e uma enorme variedade de frutos do mar.  Ao lado disto tudo, está a comida humilde, realista e com o pé no chão da maioria das pessoas. Com a perda do poder, todos foram obrigados a se acostumar com a cozinha “povera”. Risotos, frutas e verduras, ensopados: tudo isto entrou no cardápio de todos os venezianos.

E você? Prefere qual estilo de comida?

Ciao.

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Há 0 comentário

  1. Concordo com Eymard! Essa salada não me escapa no Natal. Adorei o detalhe da jarra que só pode ser de cristal de Murano.

  2. Menção honrosa à Recife italiana!!!!
    kkkk
    Tô salivando aqui, ver os posts do Attimo e do Jamie ao memso tempo, Às 10 da manhã é pra se lascar!!! FOMEEE!
    kkkk
    E eu ficaria com o risoto de alcachofras, pelo motivo da novidade – pausa para a bomba: NUNCA COMI ALCACHOFRAS NA VIDA!!! 🙂
    Cadê coragem??? hahahahahahahaha
    Bjs

  3. Sócio, tai um menu pra reproduzir, já que vocês estão animados!! Rs

    Madá, não é Murano, mas estamos indo pra lá. Quero ver o feedback da salada!

    Abs sujinhos pra vocês.

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