24/10/2012
Segundésimo dia – Santiago – Chile – Visitando a Concha y Toro mais uma vez, além de passear de bicicleta pela cidade.
Acordamos até que tarde e tomamos um excelente café da manhã no hotel.
As 10:00 hs a van veio nos buscar pra fazermos um passeio pela vinícola chilena mais conhecida dos brazucas, a Concha y Toro.
Este passeio é tão bacana que até o caminho é encantador…
… já que a Cordilheira te persegue durante todo o trajeto.
Chegamos lá próximos do horário reservado (11:00hs) com tempo de apreciar todo o belo entorno.
Iríamos fazer o Tour Marques de Casa Concha que consta do passeio rotineiro, acrescentado duma degustação de 4 vinhos desta linha mais refinada da vinícola.
O tour é muito interessante.
Você faz um circuito a pé, …
… passando pela casa principal, …
… pelas parreiras, ..
.. pelo jardim de uvas, …
… com todos saboreando o sol, crescendo …
… e tomando vinho; …
… pela adega propriamente dita, …
… e tomando vinho, …
… e o ápice de tudo é quando o guia conta a história do porque do surgimento do lendário nome Casillero del Diablo.
Acontece que muita gente gostava de pedir emprestado (roubar seria outro sinônimo) o melhor vinho de Don Melchor (o big boss).
Ele, pra afugentar os intrusos, inventou que quem estava roubando tudo era o Coisa Ruim, o Demônio, o Diabo.
É claro que com este concorrente, todos os outros sumiram e além dos roubos serem interrompidos, surgiu o lendário vinho.
Experimentamos mais um vinho (hic!) e nos preparamos pra degustação.
A sommelier, um chilena bem mal-humorada, foi incumbida de nos mostrar as características de todos vinhos da linha Marques de Casa Concha; o Merlot, o Carmenere, o Syrah e o Cabernet Sauvignon.
Tudo acompanhado por uma tábua de queijos que mais parecia uma ótima entrada dum não menos restaurante.
Todos os sentidos foram devidamente aguçados: olfato, visão, paladar, tato e audição (e o hic também!).
Éramos onze pessoas e coincidência ou não, todos brasileiros. Rimos muito, ainda mais a medida que os vinhos faziam o devido efeito (efeito hic?).
Enfim, é um tour imperdível. E o melhor é que as taças de cristal, com o logo da vinícola estão incluídas no preço (36 U$ por pessoa).
Dá trabalho pra trazer pra casa, mas quando elas chegam sãs e salvas, tornam-se um verdadeiro troféu.
Aproveitamos que estávamos por lá e fizemos uma pequena degustação horizontal do ícone Don Melchor que é oferecida no bar.
Experimentamos tanto o de 1990 (apresentou personalidade, mas estava um pouco passado) e o 2009 (este absolutamente perfeito).
Como era o Dia Mundial da Tábua de Frios, pedimos mais uma.
Pra variar, voltamos correndo pro hotel, pra nos trocar e pegar um taxi até o escritório da La Bicicleta Verde.
Sim, iríamos fazer um city tour diferente pela cidade.
Chegamos um pouco atrasados, mas demos sorte porque o grupo era formado somente por nós.
O nosso guia, o Miguel, estava nos esperando e nos passou instruções rápidas.
Em poucos minutos estávamos andando de magrela pela cidade de Santiago.
Começamos tudo passeando pelo Parque Florestal, …
… até chegarmos a Plaza Itália.
Cruzamos alguns cafés literários, lugares onde se pode ler a vontade e criados a partir da super taxação dos livros no Chile.
Atravessamos o bairro alemão e chegamos ao Centro Cultural Gabriela Mistral, mais conhecido como GAM …
… uma construção rústica e bacana …
… que gerou um ponto de encontro de toda a cultura santiaguina.
Como bônus, vimos uma monte de crianças vestidas a carácter pra fazer uma apresentação dum tipo de Festa das Nações.
Seguimos pelo trânsito que em alguns instantes causava alguns estresses, mas no geral, o divertimento foi total.
Cortamos o bairro Lastarria, …
… circundamos o Cerro Santa Lucia, …
… e chegamos ao Palácio de La Moneda, o lugar onde aconteceu toda aquela confusão Allende/Pinochet.
Como a frente estava interditada, passamos pelos guardas e ficamos na parte autorizada.
Com as explicações do Miguel, ficou ainda mais fácil de achar a história do suicídio mais estranha ainda.
Retornamos ao tour, cruzando a Plaza de Armas e passando em frente do Museo Nacional de Bellas Artes …
… e seu jardim particular.
Pronto! O tour terminou e recomendo fortemente fazer este passeio por que além de você conseguir sentir melhor o clima de toda a cidade, ainda obtém muitas informações sobre o dia-a-dia e a política atual dos chilenos.
Sem contar que o JuanPablo, o outro guia, ainda tira fotos e depois te envia por email.
É claro que teríamos que jantar num lugar bacana, já que você deve ter percebido que o nosso almoço foi somente umas tábuas de frios. Para isso, escolhi o BordeRio, um lugar temático.
Ou seja, lá existem um montão de restaurantes e o que a princípio, parece ser uma armadilha pra turistas, na verdade, se mostra um lugar pra ser conhecido.
Escolhi o La Pescaderia, um, obviamente, restaurante especializado nos espetaculares frutos do mar chilenos.
Chegamos lá e a nossa mesa especial era muito bem localizada (não se esqueça de fazer reservas pelo Restorando), apesar de todo o lugar estar um tanto quanto vazio. 🙂
Iniciamos pedindo um vinho branco Sauvignon Blanc Casa Silva 2011 e que seria o único da noite …
… (antes disso tínhamos tomado uma Cava Freixenet Natural no bar do hotel).
Pra esquentar os motores, o chef nos mandou um “caldinho de pescados“.
Resolvemos pedir 3 entradas para compartilharmos: empanadas de camarão com queijo de cabra, …
… pulpo com batatas (ôba) ,…
… e locos al pilpil.
Tudo muito bem temperado, com destaque pros locos, mariscos típicos do Chile que tinham um sabor surpreendente.
Como já estávamos satisfeitos, resolvemos dividir dois bons pratos principais: Mariscos no Wok …
… e Canelonni de Centolla, aquele caranguejão chileno .
A esta altura, estávamos cansados e com muita vontade de dormir, já que o dia foi intenso.
Só nos restou curtir o skyline de Santiago, visto através da varanda do nosso quarto do W Santiago.
Um espetáculo multicolorido.
Adiós e hasta.
Veja o primeiro dia desta viagem:
Unésimo dia – Santiago – Chile – Início promissor e gastronômico (Coquinaria+Osaka)
.
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O segundésimo é para provar que esse grupo é mesmo unido! Até no dia internacional da tábua de queijos (risos)….sobrevivemos ao “bom” humor da chilena, tiramos um cochilo no taxi e pernas, pernas para que te quero nas bicicletas. Foi realmente um delicioso passeio. Mais do que recomendado.
Adorei este post. Impressionante como vcs conseguem fazer o dia render…mesmo comendo taaaanto!!
Bjs.
Adriana: Comendo ou bebendo? E as pedaladas não contam? Lourdes
Mais uma viagem super gostosa de acompanhar e de anotar as dicad.
Lourdes,
ah sim, claro que contam!!!! Mas é aí que fico mais impressionada!! Meu dia terminaria nas pedaladas….rssrsrsss
Que dia Pessoales !
E, está apenas começando .
Muita coisa legal ainda está por vir !!!
Faltou comentar : muito sugestiva as fotos das placas de nossas uvas preferidas !
Tenho que destacar logo de saída, a qualidade desse post, Edu: quem for lá vai ter a impressão de estar revendo os lugares …
E para quem já foi, a vontade de voltar surge na hora !
Uma dúvida: o Dia Mundial da Táboa de Queijos/Frios é anual, ou mensal? rsrsrsrs
Sócio, e o Chile é o inventor do Café com Piernas!! rs
Adriana, até que não comemos muito. Nós andamos muito de bike, né Lourdes?
Flora, nós gostamos bastante de vê-la por aqui (e não é corporativismo, heim?)
Marcia, fizemos um montão de coisas e das boas, né não?
Vianney, no nosso caso esta efeméride é … diária!!
Abs bicicletados pra todos
Caro Edu Luz, toda vez que vou programar minhas viagens acesso o seu blog para colher as dicas e fechar meu roteiro. Mas confesso que estou meio perdido em relação ao Chile. Muitas vinícolas para decidir e muitos locais fantásticos para visitar. Já reservei o hotel W e pretendo ir ao Boragó, Astrid & Gaston, Osaka e La Mar. Ficarei do dia 23 a 30 de setembro em Santiago e, se fosse possível, gostaria e já agradeço imensamente que você me indicasse as vinícolas que eu poderia incluir e conjugar no meu roteiro. Se não puder opinar pela variedade de opções, diga-me apenas as que são ou a que é imperdível. Abraços.
Rodrigo, grato pela preferência. Pelo visto você está bem servido em hotel e restaurantes. Eu aproveitaria pra conhecer o Bocanariz e os estabelecimentos que ficam no terreo do hotel como a Mundo del Vino e o Coquinaria.
Quanto as vinicolas, você não pode perder a Concha y Toro. Tente também a Almaviva e se for a Valparaiso (vá!), pare em alguma do Vale de Casablanca.
Abs e boa viagem.