28/11/2012
Dia IX – Itália – Florença – Piove, pananananananam, piove.
E a chuva continuou a cair.
E tão forte que chegamos até a pensar se o Rio Arno não poderia transbordar?
Fomos tomar café no restaurante do próprio hotel que estranhamente é do outro lado da rua.
E chovia muito.
O grande problema seria planejarmos os programas de hoje, já que um deles foi terminantemente cancelado.
Mesmo porque seria impossível andar de Segway com toda esta água. Talvez Jetsky, mas esta modalidade ainda não estava disponível.
Como estávamos muito perto, resolvemos conhecer, e debaixo d’água, o maior museu a céu aberto do mundo, a Piazza della Signoria.
Afinal de contas, onde você conseguirá ver e de graça, inúmeras obras de arte, tais como O Rapto das Sabinas, Perseu, a Fonte de Netuno, o Marzocco e até uma cópia genuína (???) do David de Michelangelo.
Aproveitamos a chuva pra conhecer o Palazzo Vecchio e o museu da Torre.
Que por sinal, é muito interessante.
Ele foi a residência oficial dos Medici e inclusive, o Parlamento Nacional quando Florença foi a capital da Itália (de 1865 a 1871).
A visita é imperdível.
Primeiramente você é posicionado quanto a evolução geográfica de Florença.
E aí começa a subir a Torre, pra ter ideia de que era a vida dos mandachuvas (ops) daquela época.
O salão imenso de recepções, …
… os tetos todos pintados por grandes artistas, …
… os móveis, …
… os ambientes, …
… e os estudos que levaram ao período criativo da Renascença.
Voltamos ao hotel e …
… resolvemos almoçar perto do museu que iríamos a tarde, a Galleria dell’Accademia.
Pra comer, optamos pelo Frescobaldi Wine Bar & Restaurant.
Que é uma belezura, …
… além de ser muito agradável.
O menu é altamente abrangente e os especiais indicavam opções com a utilização de funghi.
E tinha uma indicação mais bacana ainda: eles ofereciam vôos de vinhos. Mais especificamente, 3 tipos de cada um dos estilos de vinhos pra que você experimentasse.
A Dé foi num de Super Toscanos …
… e eu, num de Brunellos de Montalcino.
Como entradas, a Dé encontrou a Caprese perfeita, composta de mozzarella de búfala, basílico italiano e um pasta de tomate muito adocicada e saborosa. Ela deu nota 10.
Eu optei por um assortimento de Crostinis (fígado, vôngole, aliche e tomate). Perfeito!
Já nos principais, a Dé escolheu uma pasta recheada de ricota e com um molho muito apurado, …
…enquanto eu comi um filé com funghi espetacular.
Foi certamente o melhor (e maior) cogumelo que eu comi na minha vida.
Pedimos dois expressos e corremos pra chegar no horário marcado na Galleria.
Como fizemos a reserva dos ingressos pela internet (recomendo fortemente ), não esperamos nada na fila.
E quem diz que a Galleria dell’Accademia é o museu do David de Michelangelo; acertou!
O lugar é muito bacana (desculpe, mas fotos são proibidas. Que besteira!), cheio de mostras até que interessantes, tais como instrumentos musicais, …
… moldes para esculturas; …
… com pinturas muito bacanas, …
… mas é ele, o David quem manda em tudo. É impossível você passar por ele, …
… sem ficar pelo menos uma meia hora observando todos os detalhes desta maravilha que foi esculpida por Michelangelo aos 29 anos.
Você presta atenção realmente em tudo! 🙂
Ainda aproveitamos pra dar uma olhada no Duomo, tanto interna, …
… quanto externamente.
Como a Piazza della Signoria ficava no caminho e era hora da happy hour, aproveitamos pra tomar um Nobile de Montepulciano e …
… observar a vista noturna da Torre do Palazzo Vecchio.
Mais uma beleza, ainda mais ressaltada pela chuva, que insistia em cair, o que deixava tudo mais romântico ainda.
Retornamos novamente ao hotel e …
… tínhamos reservado o interessante restaurante Acqua al 2 pro jantar.
Pelo menos a ideia de tudo parecia ser interessante. Você não gostaria de um lugar em Florença onde pudesse fazer uma minidegustação tanto de massas (são 5 tipos), como de carnes (são 3) por preços mais do que razoáveis?
Pois isso é o oferecido. Chegamos lá e estava cheio. Bom sinal.
Como tínhamos uma reserva, sentamos rapidamente. Estava tudo caminhando pra mais um acerto, quando a comida começou a chegar.
As pastas eram totalmente sem graça (penne ao pesto, nhoque, arroz com alcachofras, parafuso com berinjela e orecchiete com pimentas) e se não fosse a atendente especificar o que continham, não saberíamos explicar.
As carnes não ficaram atrás: um filé com molho de framboesa, outro com molho de aceto e uma esfihona bem dura com uma carne mal passada, quase um carpaccio, com rúcula e parmesão.
Enfim, uma comida muito fraca e com a impressão que foi esquentada no microondas! rs
Lamentável, ainda mais se tratando de Itália, em compensação, a água era excelente. Hahaha
Como tínhamos comido uma maravilha no almoço no Frescobaldi, não nos deixamos impressionar por este acidente de percurso.
Retornamos andando (e sem chuva) pro hotel, fazendo o nosso caminho habitual pela onipresente Piazza della Signoria.
Arrivederci.
Acompanhe os dias anteriores desta viagem:
Dia I – Verona – Itália – A terra da goiabada com queijo, ops, de Romeu e Julieta.
Dia II – Verona – Itália – Seguindo os passos dos amantes.
Dia III – Verona – Itália – Conhecendo o lago Garda.
Dia IV – Veneza – Itália – Quem vê o Canal Grande pela primeira vez e em grande estilo, jamais esquece.
Dia V – Veneza – Itália – O dia (e a noite) do misterioso fog.
Dia VI – Veneza – Itália – Tremenda dobradinha: Palácio dos Doges (e seu Itinerário Secreto) e passeio de gôndola.
Dia VII – Veneza – Itália – Aqui não tem nenhuma sonífera ilha (Murano, Burano e Torcello
Dia VII – Itália – Veneza/Florença – Uma luz no fim do túnel, ops, sobre viagem de trem.
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Há 0 comentário
Difícil, mas não impossível, encontrar um restaurante verdadeiramente inóspito na Italia! E a comida me pareceu bem sem brilho.
Ja o Frescobaldi….ah, é covardia. Bom vinho e boa comida.
O David é parada obrigatória!
Apesar das minhas suspeitas, alimentadas pelo noticiário de cada dia, Florença é um prova irrefutável de que há vida inteligente no planeta.
Sócio, conseguimos encontrar um restaurante brasiliense, ops, inóspito lá em Florença. E perceba que as fotos não tinham brilho nenhum.
Ah! Viva o Frescobaldi!
Caro Dodô, inteligente; cultural e gastronomicamente.
Abs florentinos (ops) pra vocês.