24/03/2013
dcpv – Gastronômade no Haras.
Haras – estabelecimento destinado a criação, ao aperfeiçoamento e ao treino de cavalos, geralmente de corrida.
Gastronômade – evento destinado a criação, ao aperfeiçoamento e ao treino de boas relações e refeições.
Pronto, estava feito o link!
Afinal de contas, quando fiquei sabendo que mais um Gastronômade (quer saber o que é?) seria realizado em São Paulo e justamente no Haras Larissa, logo pensei: temos que ir!
Conversamos com os sócios e acertamos tudo. Eles viriam pra São Paulo e nós aproveitaríamos pra curtir mais bons momentos (o de Brasília foi memorável) em mais um destes eventos tão descolados e marcantes.
Devido a distância (e a Lei Seca), optamos por ir de van ao local, pois são quase 100 km de distância da capital.
O problema é que a perua parecia pertencer a um astro de rock. Era toda filmada e escura o suficiente pra te deixar meio zureta, sem nenhum contato com a claridade do mundo exterior.
Chegamos (estávamos em 14 pessoas) e fomos nos deslocando diretamente pro local do coquetel, ao lado do lago.
Serviram ótimas entradas, tais como gel de tomate, raspas de siciliano, flor de manjericão; rolinho vietnamita com legumes crus, folha de espinafre roxo, emulsão de coentro e melaço de cana e aspargos marcados, mousse de queijo de cabra e brotos orgânicos (todos muito bons) …
… assim como o espumante rosé da vinícola Villaggio Grando (ela fica em Santa Catarina).
Ah! Esqueci de dizer que a chef convidada era a Viviane Gonçalves, proprietária do excelente restaurante Chef Vivi (fica na Vila Madalena e tivemos uma ótima experiência por lá) e que de encontro aos princípios do Gastronômade, adora utilizar ingredientes frescos e naturais nas suas criações.
Como sempre, uma visita ao foco principal do lugar estava programada.
Então lá fomos todos conhecer o haras propriamente dito, …
… recebendo informações sobre um mundo totalmente novo pra nós, …
… o dos cavalões, …
… dos pôneis (vide Seinfeld), …
… e até das carruagens.
Depois desta curiosa visita, rumamos a pé, …
… de encontro à mesa posta sobre a sombra das árvores (neste caso, faltou um pouco de sombra).
Nos sentamos (a Miriam e o Ailton, tios da Lourdes e que estavam conosco em Brasília, também vieram) …
… coincidentemente ao lado dos produtores de frutas, o Fabiano da Família Fabiano e o pessoal das carnes do Bonsmara Beef.
Como sempre, o papo e a empatia de todos foram imediatos.
A conversa corria solta, quando os pratos começaram a chegar.
Iniciamos com figo ao forno, mini cenouras caramelizadas, mini alho poró, mini funcho, redução de laranja com especiarias, broto de mostarda roxa e um mix fresquíssimo de folhas orgânicas. É uma maxi-salada, que deveria ser acompanhada por um Sauvignon Blanc que não apareceu. Em seu lugar, serviram o tinto Innominabile da Villaggio Grando, que sinceramente, não caiu muito bem.
Como um dos principais, uma carne maturada, um filé mignon curado com dados crocantes de abóbora, vagem holandesa e salada de mix de cogumelos e ervas orgânicas, que estava justamente no formato que os sócios nos indicaram. Ou seja, perfeita! E dá-lhe Inonnimabile Lote IV.
Num gesto bastante elegante, a chef Vivi serviu uma variação veggie pra Dé (que gostou muito).
O outro principal, uma galinha d’Angola finalizada no maçarico com endívia caramelizada, arroz preto crocante e redução de cenoura, laranja e limão verde, estava boa também. Acompanhou o vinho Villaggio Grando Além Mar 2008 que se mostrou mediano.
Finalizamos com uma sobremesa bem natural e refrescante: frutas ao forno, quenelle de vanilla, baba de moça de limão verde, mix de flores e broto de beterraba com fios de caramelo. Infelizmente, o vinho de sobremesa Villaggio Grande Colheita Tardia 2009 nos pareceu ter sido colhido um pouco antes da hora.
O tempo passa muito rápido quando estamos nos divertindo, né não?
Pois foi o que aconteceu. Quando percebemos, já passava das 17:30 hs e tínhamos que retornar pra SP.
Mais uma vez correu tudo bem e o divertimento foi garantido.
O Gastronômade cruzou e em primeiro lugar, o disco final.
Bye.
PS – A natureza é sábia. A poucos quilômetros dali caia o mundo no jogo Corinthians x Guarani em Campinas e aqui no Haras não choveu nada!
E a van que na ida parecia um túnel escuro, se mostrou, na volta, muito boa pra cochilar! 🙂
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Há 0 comentário
Uma tarde verdadeiramente innominabile! O grande barato do gastronomade é o vagar do tempo. A prosa boa. Apreciando tudo sem pressa. O ponto alto deste foi o próprio Haras. Gostei muito da carne. O pessoal do Bonsmara beef é extremamente profissional. Estão no caminho certo. Pequenos erros na condução do serviço não diminuiram em nada o brilho da tarde.
Oi Edu!
Gastronômade sempre impecável, espero poder participar em breve de alguma das edições. Mas tinha que comentar contigo, já que mencionou Seinfeld… Conheci o Soup Nazi em San Francisco, rsrsrs! Até tirei uma foto com ele!
Abraço
Pati
Parece muito bacana 🙂 Quem sabe não vamos no próximo? Abraços Edu!
Nossa, estou conseguindo comentar :)! Deve ter sido bem interessante. Infelizmente, ainda não conseguimos participar. Abraços
Pelo jeito a comida massa, mas as bebidas precisam ser revista, né?
Mas acho que só o contexto de tudo já faz a experiência valer muito a pena!!!!
Abs!
Linda matéria Edu. Lindas fotos também. Tô me achando uma artista!!!! Quanto ao gastronômade, concordo plenamente com o josé Eymard, mas de qualquer forma, estou pronta para o próximo. Beijos.
Sócio, mais uma vez foi um grande almoço, né? Vamos aguardar a programação do segundo semestre.
Pati, tirou uma foto com o Soup Nazi? Que legal.
Ele é parecido com o do seriado?
Lu, vamos, sim. Quem sabe no segundo semestre?
Clau e Gil, vamos aproveitar e fechar um destes almoços só pra nossa turma?
Márcia, taí um bom programa pra ser feito.
Miriam, este foi um pouco mais complicado. Mas, não menos divertido.
Abs gastronômades pra todos