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dcpv – dias XII e XIII – milão – dormindo na galleria vittorio emanuele II

01 e 02/12/2012

Dias XII e XIII – MilãoDormindo na Galleria Vittorio Emanuele II.

Hoje era dia de reutilizar o trem como meio de transporte.

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Iríamos da bela Florença pra cosmopolita Milão.

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Por incrível que pareça, conseguimos ver o Astro Rei aqui na capital da Toscana.

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E confirmamos o óbvio: Florença fica ainda mais bonita com a presença dos raios solares.

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Sendo esta a situação, planejamos uma última passeada pela cidade.

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Antes tomamos um café reforçado no hotel.

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Logo após, compramos luvas e …

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… fomos bisar o melhor sorvete de Firenze, segundo a família Luz (uma pena não poder importá-lo pra Re).

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Experimentamos muitos, mas o da Gelateria Santa Trinita é certamente o melhor (nota 11,0 no guia MicheLuz).
Na verdade quase que não tomamos os sorvetes, pois a loja só abria as 11:00hs e eram 10:45 hs.

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Mas fizemos uma cara de coitadinhos e a atendente se apiedou de nós. Abriu a sorveteria com um pouco de antecedência e aproveitamos muito.

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Creme, café, gergelim preto e pistache; estes foram os sabores. Que marravilha!

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Como aproveitamento do passeio, demos uma volta em torno do rio Arno com a possibilidade de termos …

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… excelentes vistas de todo o entorno.

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Retornamos ao hotel, pegamos as nossas coisas e rumamos pra estação de trem, a Santa Maria Novella.

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Aqui fica mais uma dica pra quem for usar este tipo de transporte: pode deixar pra chegar quase que em cima da hora (uma meia hora antes do embarque), porque além de não ter lugar pra sentar, a plataforma que você embarcará é sempre informada nos últimos momentos.

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A viagem foi muito tranquila, com dois pequenos incidentes: o primeiro foi sobre os nossos lugares. Sem motivo algum, já que o trem estava vazio, eles nos venderam um de costas pro outro e no corredor; o outro foi a dificuldade de se encontrar lugar pra deixar as malas.

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É claro que o ideal é viajar bem leve, mas como fazer isso indo pra 4 cidades e no inverno? Portanto, com malas um pouco maiores e mais pesadas, foi difícil encontrar lugar para deixá-las sem ter que erguê-las.

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Fique ligado quanto a estes detalhes, senão a sua hérnia inguinal vai se manifestar! Ah! Aproveitamos também do excelente menu da primeira classe.

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Chegamos em Milão pra última noite e em grande estilo.

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Resolvemos ficar hospedados dentro dum monumento, mais precisamente, na Galleria Vittorio Emanuele II.

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É isto mesmo. O hotel SevenStars Galleria fica dentro da Galleria e todo os quartos tem vista pro seu belíssimo interior.

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O nosso não seria diferente. Olha, é emocionante estar hospedado quase no nível da cobertura desta maravilha arquitetônica.

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Ficamos um tempo olhando catatonicamente pra tudo e observando mais ainda todos os detalhes.

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Tivemos que sair rapidamente prum encontro com a nossa amigona, a Maria.

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E ainda bem que ela não precisou chegar até o lobby do hotel, que é bem escondido e fora de mão. Coincidentemente, nos encontramos bem no meio da Galleria.

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Aproveitamos a oportunidade pra conhecer o novo paraíso de compras, a Excelsior.

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É uma loja multimarcas que veio pra ser uma la Rinascente upgradeada e mais afrescalhada.

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Pelo que vimos, gostamos muito e vamos repetir amanhã cedo.

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Pois ela além de ter uma montão de coisas de modas feminina e masculina, …

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… ainda apresenta um sex shop de primeira linha.

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Tomamos um café e uma água com a Maria…

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… antes de nos despedirmos, pra variar, sobre a chuva e no meio duma multidão condizente com um sábado a noite.

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Arrumamos tempo pra dar uma passada (e comprar algumas coisa pra casa na la Rinascente) …

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… e fomos nos preparar pro jantar de gala e de despedida no restaurante Trussardi alla Scala.

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Que é exatamente o que o nome propõe: um restaurante dentro da loja da grife Trussardi e que tem vista pro Teatro Scala.

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Como a nossa mesa foi reservada, ela tinha uma vista privilegiada pro teatro e pra própria praça. Além da RAI estar transmitindo o jantar (brincadeirinha!).

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Se bem que ele merecia, já que foi um desfile de grandes pratos.

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Iniciamos tomando umas belas taças dum espumante nacional, pra comemorar a ótima viagem.

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E optamos por jogar o barco nas pedras. Pediríamos entradas do menu normal (fugimos das degustações que eram muito grandes) e pratos principais com trufas brancas. Ah! As trufas brancas.

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O início de tudo é com uma  demonstração dos mais variados tipos de chips de Polenta. Imaginem o que a Dé achou?

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É claro que enquanto escolhíamos, o coperto chegou. Uma mousse de camarõezinhos fantástica, um carpaccio de beterraba com sardinha escabeche e vários amuses.

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Começamos a vibrar. Como entrada, a Dé escolheu legumes, mais conhecidos com “multicolore do fruta e verdura d’autunno, transparenza de un consommé profumato alla rosa canina”. Parece uma obra de arte, né?

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Eu fui de peito de galinha,  também mais chamado por “petto de fagiano arrosto, arancia, alchermes e panne di Gênova alla barbabietola”. Parece outra obra de arte, né? E são!

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Enquanto isso, nos servíamos dos excelentes e diferentes pães.

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Os principais trufados brancamente estavam por vir. Antes decidimos, junto com o sommelier, pedir um vinho branco mais forte, um Verdicchio Villa Bucci 2006.

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E chegaram os pratos. Pra Dé, Gnocchi di patate Ratte al tomino di Melle, bottarga, spinacio, burro caramellato (calma que a Dé não radicalizou. Burro é… manteiga) e tartufo bianco

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… e pra mim, um arroz cozido no caldo de galinha e amanteigado com parmesão jovem e trufas brancas.

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Ambos estavam simplesmente maravilhosos (o meu, modestamente, o máximos dos máximos), com as trufas exalando um tremendo odor e com raladas bastantes parcimoniosas.

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Ficamos um bom tempo extasiados e obviamente optamos por pedir somente uma sobremesa no esquema 2×1. E ela era Sfoglia di late, marrons glacé e amarene al brandy.

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O chefe se apiedou da Dé (rs) e enviou um sorbet pra limpar o paladar, …

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… além de mignardises de fazer qualquer um cair o queixo (e abrir a boca).

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Ainda tomamos um corto e não sei se o chef, talvez influenciado pelos nossos “hummmmms” constantes durante o regabofes, nos enviou uma outra rodada de mignardises. Adivinhem qual gostamos mais?

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Pronto, jantar no Trussardi alla Scalla (um legítimo e verdadeiro 2 estrelas no Michelin) transformou a noite num verdadeiro concerto! Foi um legítimo Grand finale.

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É claro que ainda tínhamos a manhã de domingo e o almoço, mas podemos considerar este jantar como uma despedida em alto nível pruma viagem diretamente proporcional.

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Fomos à Excelsior no domingo de manhã só pra fazer a feira.

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Resultado? Tomatinhos, alho, erva-doce, pimenta e outras coisas foram devidamente importadas.

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Pra encerrar a brincadeira, fizemos o que se tornou uma tradição nas nossas viagens.

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Fazer o último almoço no restaurante Il Coriandolo (devemos esta ao Juscelino Piselli Pereira), que fica em Brera.

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Chegamos lá no horário e já fomos pedindo um entrada com “produtos da terra”. Só coisa boa.

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Como principais a Dé escolheu Ravioloni de ricota com molho de trufas negras.

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Eu fui pragmático e tendencioso optando pelo Spaghetti ao Vôngoli Veraci, …

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… uma maravilha da culinária milanesa, porque não dizer, mundial.

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É claro que pra acompanhar um ícone, somente outro. Então dá-lhe um branco do gênio Gaja.
Escolhi o costumeiro Rossy Bass, mas tinha acabado (e sido reajustado depois dos Loguercio o pedirem na ultima viagem deles). Nos conformamos com o excelente Sauvignon Blanc Alteni di Brassica 2009, do mesmo Gaja.

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Pronto, dois expressos depois estávamos preparados pra nossa descompressão ítalo-ferrazense.

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Espero que a próxima viagem pra Itália não demore muito.

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Arrivederci e até breve.

Acompanhe os dias anteriores desta viagem:
Dia I – Verona – Itália – A terra da goiabada com queijo, ops, de Romeu e Julieta.
Dia II – Verona – Itália – Seguindo os passos dos amantes.
Dia III – Verona – Itália – Conhecendo o lago Garda.
Dia IV – Veneza – Itália – Quem vê o Canal Grande pela primeira vez e em grande estilo, jamais esquece.
Dia V – Veneza – Itália – O dia (e a noite) do misterioso fog.
Dia VI – Veneza – Itália – Tremenda dobradinha: Palácio dos Doges (e seu Itinerário Secreto) e passeio de gôndola.
Dia VII – Veneza – Itália – Aqui não tem nenhuma sonífera ilha (Murano, Burano e Torcello
Dia VII – Itália – Veneza/Florença – Uma luz no fim do túnel, ops, sobre viagem de trem
Dia IX – Itália – Florença – Piove, pananananananam, piove.
Dia X – Florença – Itália – Entrando na moda pela porta da frente.

Dia XI – Florença – Itália – Uma aula de culinária na capital toscana.

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Há 0 comentário

  1. Terminei de ler aos prantos!!!! Piange! Enxugando as lagrimas com o guardanapo! Trufas brancas….no Trussardi! Comidas da terra, no Coriolandolo,….sorvete do Trinitá…….sniff…que maravilha! E saudade de voces! E ainda não será hoje e nem dessa vez…..vou abrir um Gaja!!!!!

  2. Eduuu, meu caro!!!!
    primeiro de tudo, muito obrigada por todas as dicas! Nossa viagem foi muuuito melhor graças a vcs!
    E segundo, é muita sacanagem a pessoa acabar de voltar da Itália já louca para ir lá de novo, e se deparar com esse post!!!! Putz!!! Pegou pesado!!!!
    Bjsss!

  3. Apesar do inconveniente das malas, acho que a opção de viajar de trem é a melhor coisa do mundo. Evita-se jet lag, espera por malas, espera para desembarcar do aeronave. Isso sem falar no tempo gasto para deslocamento aos aeroportos, em geral, fora da cidade e com a obrigação de ter que chegar uma ou duas horas antes, o que gera, na melhor das hipóteses, mais umas 3 de viagem…
    E vamos combinar, a viajar vendo as paisagens que se descortinam, é muito mais agradável!…
    Ah, você me acabou com essas trufas viu!
    No mais, parabéns pelo post e pela série Itália!
    PS- fiz esse comentário no post errado e agora estou corrigindo o erro e repostando aqui…

  4. Sócio, sabe que nós também choramos!! 🙂 Abriu?

    Márcia, já voltaram? Que legal que aproveitaram bastante. Gostaram mais de qual cidade?

    Renata, você está certa. Acredito que o trem seja o mais indicado para viagens com até 3 horas de duração. Apareça sempre.

    Abs tartufados pra todos.

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