09/08/13
Mendoza – Dia Tres – Vinícolas Catena Zapata e Achaval Ferrer com almoço na Lagarde.
Outro dia mendocino.
E desta vez muito mais típico pruma região praticamente desértica.
Afinal de contas, acordar com uma paisagem …
… e iluminação destas da Cordilheira dos Andes não é pra qualquer um, né não?
Depois deste verdadeiro deleite, …
… nada como se deleitar com um bom café da manhã ao lado de grandes amigos.
Saímos na corrida pra conhecer (em alguns casos, rever) a mais do que icônica vinícola Catena Zapata.
A arquitetura por si só já é cinematográfica.
Afinal de contas, tudo ali parece pertencer a um outro continente.
Certamente, a Catena Zapata poderia estar localizada em qualquer lugar da França e da Itália e não faria feio.
Iniciamos o tour pelo coração da vinícola.
Passamos pelo berço dos barris de vinho da melhor qualidade …
… continuamos no lugar onde as garrafas descansam por mais dois anos (com a maioria delas custando por volta de U$ 300 cada) …
… voltamos pra sala de degustação mais espetacular que já vimos, …
… com direito a sentar na célebre mesa feita com tábuas exclusivas e que pesa aprox 700kg…
… subimos pela maravilhosa escada …
… até termos a vista mais estonteante que um ser pode ter na combinação videiras+Cordilheira.
Descemos do prédio que se assemelha muito a uma pirâmide …
… e fomos fazer a tão esperada degustação.
A sommelier Tatianna nos ensinou como degustar um bom vinho do jeito correto.
E experimentamos 3 deles, todos Angélica Zapata; um Chardonnay, um Cabernet Sauvignon e obviamente, um Malbec.
É claro que passamos na lojinha, totalmente extasiados pela magnitude da visita.
Saímos de lá, pensando no almoço que seria na vinícola Lagarde.
Na verdade, faríamos uma visita também, mas devido ao adiantado da hora, resolvemos só comer.
E a surpresa foi grata, já que esperávamos uma refeição mais frugal e quando percebemos estávamos num lugar muito bacana e muito bem bolado.
O menu todo aconteceu no formato degustação com cinco tempos e os correspondentes vinhos da própria Lagarde.
Iniciamos com as indefectíveis empanadas (que desta vez vieram assadas e pareciam com pastéis de carne) , …
… harmonizadas com um Blanc de Noir 2012, mais conhecido como Rosé.
Continuamos com rolls de zuchinis grelhados, ricota fresca, manzanas e hinojo sobre crema de rúcula. Uma verdadeira delicia refrescante.
Mais uma harmonização, agora com o branco Viogner 2012. Perfeita.
Logo depois chegou uma sopinha, um locro de trigo mote blanco y alubias cubierto de queso de cabra fundido. Estava gostoso, mas um pouco pesado.
Já o vinho equilibrou bem. O Lagarde Cabernet Sauvignon 2012 deu conta do recado.
O último prato salgado foi um filé con vegetales al rescoldo y chimichurri de tomates secos. Estava bom também, mas certamente nenhum ser humano aguentaria tanta comida e nós não fomos diferentes.
E o vinho tinto Guarda Cabernet Franc esteve tão bem que até a Márcia e o Vianney aproveitaram o embalo pra comprar um.
Terminamos e adoçamos tudo com uma trufa de chocolate amargo y biscuit perfumado com naranjas, também muito boa.
Coisa que não ocorreu com o espumante Altas Cumbres Extra Brut que pareceu fraquinho e aguado demais.
Bom, no geral foi um bom almoço e pra variar, muito divertido.
Saímos correndo de lá pensando em dar uma passada na Achaval Ferrer, mas quando chegamos, estava fechada.
Só nos restou voltar pro hotel e aproveitar o tempo livre pra dar uma volta de bicicleta.
Lá fomos nós, Lourdes, Madá, Dé e eu dar um rolê pelas dependências do hotel …
… e ter uma visão diferente do entorno dele.
Pra coroar o dia, ainda tivemos um belo por do sol …
… por sobre a Cordilheira.
Correndo mais um pouquinho, nos preparamos pra dar uma passada em Mendoza e conhecer a loja Sol y Vino, onde acontecia uma degustação de azeites…
… da empresa da família da sommelier que nos atendeu hoje cedo na Catena Zapata. A degustação foi rápida, mas bem informativa.
É claro que o objetivo seria jantar num lugar legal.
E fomos ao Nadia O.F., um restaurante charmoso e pertencente a esposa do dono da vinícola O.Fournier, a própria Nádia.
O ambiente é bem aconchegante e ficamos numa sala separada do restante do pessoal.
O esquema funciona no formato degustação (são seis passos) com direito a algumas escolhas. Os aperitivos são fixos e todo mundo experimentou os ótimos tempura de zuchinni y palta em emulsion de limon …
… e camote cocinado al vácuo con manteca de cenizas de berenjenas. Ambas excelentes e muito fotogênicas.
Além do mais foram muito bem acompanhadas pelo Sauvignon Blanc BCrux 2012.
Como entradas tínhamos que escolher. Alguns optaram pela “harira” (uma sopa marroquina de tomates) com garbanzos e filet salteado, que era muito bonita e com um charme, servida em dois tempos.
Outros, pelo nido de papa com hongos y huevo cocinado a baja temperatura al aceite de trufa negra.
Continuamos tomando o Sauvignon Blanc.
Como principais as opções eram o risotto de hinojo y naranja em bufanda de puerro (pedido pela Márcia, pela Lourdes, pelo Álvaro e pela Dé), …
… o sorrentino de ragout en su demi glace con salsa de aceitunas (pedido pela Madá e pelo Vianney) …
… e o bife de lomo con guarnicion de papas aplastadas y mojo rojo (pedido por mim e pelo Eymard).
Todos estavam bons, mas e pra variar, neste momento da refeição, pareciam grandes demais.
Em compensação, tomamos um ótimo tinto varietal da linha BCrux (Tempranillo + Malbec).
Calma aí que as sobremesas (sim, são duas) ainda não tinham chegado. Uma, o curd de mandarina foi “curdo” e rápido. Uma espuminha de mixirica bem leve e muito fácil (gracias) de comer.
A outra, um postre de manzana y crema de yogurt com infusion de tabaco.
Ambas refrescantes e praticamente digestivas.
Conta paga (como é difícil de ser aceito qualquer cartão de crédito com pin por aqui), voltamos felizes pro hotel e com a certeza de que a natureza é muito pródiga nesta região, especialmente nos dias ensolarados.
Pra terem uma ideia, vimos nesta noite um dos céus mais bonitos das nossas vidas.
Hasta.
Leia sobre os outros dias desta viagem:
Santiago do Chile – Bocanáriz, olhos e ouvidos; Puerto … Fuy!
Mendoza – Dia uno – Cavas Wine Lodge, que hotel!
Dia dos – Mendoza – Vinícolas Familia Zuccardi (com almoço) e La Rural.
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Há 0 comentário
Olhando fotos! Lendo seu texto….a sensação de que passou rápido demais apenas confirma que foi muito bom. O pitoresco no Nadia foi a quantidade de vezes que caiu a força. Isso mesmo. Queda de energia. Puf. La ia a Nadia religar!
Fotos maravilhosas.
E está vista espetacular da cordilheira!
A localização do Cavas é única.
Sauuuúde!
Parabéns! Gostei muito do seu blog.
Temos um blog com relatos de viagens também e gostaríamos de convidar para dar uma “viajada” por lá… é Muita Viagem! =)
Muita Viagem – blog com relato de viagens
Nooossa, fiquei com fome depois de ver aquela foto do jamón e do queijo!!! Adorei suas fotos e o blog também. Estou lendo dicas de blogs para organizar minha próxima viagem e encontrei o seu e mais alguns legais, tipo o Rafa no Mundo que é bem fofinho, o Jeguiando e até uns sites bem elaborados, tipo o Mulher Viajante, você conhece?: http://www.mulherviajante.com.br
Uma dúvida, tem duas associações de blogueiros de viagem, é isso?
Abs!
E não é que parecia um pisca-pisca de árvore de Natal o restaurante da Nadia ?
Eymard, passou mesmo voando…
Vinhos e amigos, tem combinação melhor ?
Seu texto mais uma vez resume bem o que foi a nossa viagem: paisagens deslumbrantes, hotéis confortáveis, alegria e descontração entre amigos, bons jantares, vinhos melhores ainda, será que falta alguma coisa?
Sócio, é mesmo. O lugar parecia um daqueles pisca-piscas de Natal!
Mas a comida esteve boa!
Leonardo, estou com você. O Cavas é um tremendo hotel.
Dan, pode deixar que darei uma passeada no Muita Viagem e também linkarei por aqui. Volte sempre!
Verna, os blogs que você citou são muito bons mesmo.
Quanto as Associações, conheço duas, sim!
Marcia, citei os mesmos piscas! 🙂
E quanto a combinação, pode juntar a Toscana!
Vianney, pra você a mesma resposta da Márcia! rs
Abs toscanos pra todos.
Edu, só agor estou vendo e revendo momentos maravilhosos! Até hoje ainda não me recuperei da bicicleta, mas foi um passeio deslumbrante! Acompanhar o por do sol atrás da cordilheira no meio das videiras foi mágico, ainda mais com a companhia divertida de vocês!
Gostei dos abraços toscanos!
Madá, os abraços e os desejos são toscanos.