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da cachaça pro vinho – MONETizando o dcpv.

número 370
12/11/2013

MONETizando o dcpv.

“Em 1883, Claude Monet e sua mulher, Alice, se instalam definitivamente em Giverny com os 8 filhos. O pintor dedica-se então a criar um ambiente harmonioso como a atmosfera dos seus quadros e a oferecer almoços memoráveis a seus amigos famosos, como Clemenceau, Renoir e Cézanne.”

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É assim que se inicia o texto da contracapa do livro À mesa com Monet (texto de Claire Joyes – editora Sextante).

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E não é que justamente 130 anos depois a Re foi parar justamente em Giverny e obviamente ficou maravilhada. Eis o depoimento (e as fotos) dela:

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Andar por Giverny é como andar dentro dos quadros do Monet e é absolutamente impressionante (e impressionista).

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Sim, ele era (e é) Genial, mas faz você pensar “quem não seria genial num lugar como esse???”. Cheguei até a cometer a blasfêmia de falar pros meus pais que até mesmo o PP – um pintor que trabalha as vezes em casa – seria genial em Giverny.

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Dei sorte no dia que resolvi visitar a antiga casa do Monet. Ele amanheceu chuvoso e meio cinza, então não tinha muita gente, tanto que tenho fotos da famosa ponte sem ninguém e no meio da tarde. No fim acabou abrindo um sol maravilhoso que transformou tudo com aquela iluminação linda!!! Vale a pena dar um pulo lá se estiver na época certa de visitação; é um passeio diferente de se fazer.

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Boa esta nossa filhinha, né?
Pronto! Estava mais do que montado o menu desta noite.

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Comeremos somente o que o Monet e sua confraria gostavam.

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Cá pra nós, espero que esta nossa confraria também goste muito de tudo!

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Voilá!

Entradas – Sopa de alho-poró e batata e Tomates recheados .

Esta sopa, a soupe aux poireaux et pommes de terre, é muito fácil de fazer (e ainda bem que o clima deu uma virada).

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Aqueça 50 g de manteiga e frite ligeiramente 3 alhos-porós grandes em fatias (só a parte branca).

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Nesse meio-tempo, esquente um litro de água com sal. Um pouco antes de ferver, acrescente o alho-poró.

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Tampe a panela, reduza o fogo e cozinhe lentamente durante 45 minutos. Junte 4 batatas fatiadas, tampe e cozinhe mais 20 minutos. Adicione mais 75g de manteiga e sirva.

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Já pros tomates, os tomates farcies, corte a parte de cima de 6 deles, retire toda a polpa e aqueça-as em fogo alto.

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Depois de ferver por 3 minutos, passe pela peneira e leve de volta ao fogo com um bouquet garni. Adicione sal e pimenta e deixe apurar por 15 minutos.

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Remova o bouquet e acrescente 125g de farinha de pão (pão de forma ralado) embebida em 250ml de caldo de galinha. Cozinhe por mais 3 minutos.

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Refogue em óleo quente, 125g de bacon moído, 1 ramo de salsinha, 1 dente de alho picado e 2 cebolas picadas. Quando dourar, acrescente a mistura de pão. Mexa bem e adicione 2 gemas pra dar liga.

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Recheie os tomates com esta mistura e leve para assar, no forno médio, em uma travessa refratária untada com manteiga.

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Olha, esta entrada tem cara de comida que um gênio como Monet gostaria de degustar.

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Assim como o nosso conhecido e queridinho vinho branco Chardonnay Jacobs Creek 2012 que foi “coca-cola, nespresso, espetáquila, crica”, segundo os impressionistas, nós mesmos.

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Principal – Frango a moda do Périgord

Franguinho trivial, o poulet a la périgourdine do Monet.

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Para fazê-lo, basta refogar pedaços de frango na manteiga até dourarem. Retire o frango e reserve.

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Ponha 3 cebolas roxas picadas e 3 inteiras na frigideira. Quando começarem a dourar, junte o frango e 300 ml de caldo de frango. Tempere com sal e pimenta.

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Cozinhe em fogo brando, mexendo de vez em quando pra que tudo cozinhe uniformemente.

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Assim que o molho engrossar , adicione 125ml de vinho branco. Sirva quente.

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E servi com um arroz de salsinha que Monet aprovaria (não parece o jardim dele?) .

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Assim como faria uma tela com este magnífico prato.

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Pra acompanhar e seguindo uma dica do pintor francês, tomamos um tinto espetacular, o Ortas Côtes du Rhône 2009 que se mostrou “rolê, belê, cotê du monet, espetaculê“.

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Sobremesa – Bolo de chocolate.

Este gateau au chocolat é levíssimo.

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A Dé, a nossa patisseur, o fez do seguinte modo: pese 2 ovos com casca. Utilize quantidades de manteiga, chocolate e de açúcar equivalentes a esse peso.

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Derreta o chocolate numa panela com 2 colheres de sopa de água. Retire do fogo e incorpore a manteiga, mexendo bem até obter uma mistura bem lisa. Deixe esfriar.

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Ligue o forno em temperatura branda. Separe as gemas das claras, bata as gemas e acrescente à mistura.

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Depois adicione o açúcar e 2 colheres de farinha de trigo.

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Bata as claras em neve firme e incorpore a mistura. Derrame a massa numa forma de 20 cm, bem untada com manteiga e asse por 20 minutos.

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Servi bem quentinho com uma bola de sorvete de creme.

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Uma delícia monetiana!

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Eis a opinião dos impressionistas e impressionados:
Giverny é aqui! Monet sabia das coisas. (Edu)
A França é nossa. Viva Monet! (Mingão)
Est ce qui vous voulez mangé? Vièn … ici! (Deo)

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“Monet não cozinhava, mas gostava que os pratos fossem preparados com maestria. Há relatos que o gênio impressionista ficava de ótimo humor diante da perspectiva de uma boa refeição”.

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Pois é, espero que o grande Monet fique satisfeito com este jantar!

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Nós, pelo menos, ficamos com um ótimo humor.

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Até.

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Há 0 comentário

  1. Marcia Lube, os cítricos, digo, críticos do vinho dessa vez foram muito óbvios. Inspirados pelas magníficas paisagens de Monet, escolheram um Chardonnay da casa. Bem coca-cola. De tão íntimos com Jacobs, já usam como a nespresso – pode ter certeza de que o café é bom. Intimos! Quanto ao Rhone, bem efusé. Depois de matar um chardonnay no peito, o Rhone desceu redondo. E isso o que posso dizer Marcia. E, para compreender ainda melhor, também farei como voce: vou abrir outra garrafa.

  2. Sócio, parabéns. Você está para interpretação das nossas opiniões sobre os vinhos, assim como Pedro de Lara estava para a interpretação dos sonhos. Ou seja, és um gênio! 🙂

    Marcia, garrafas abertas não trazem preocupações. As fechadas, sim!

    Abs carnavalescos pra todos.

  3. Obaaa Eymard, vamos interpretar.
    Não importa se a gente não acertar o tasting note.
    Tem um monte de garrafas esperando por nós !

  4. Eu tenho este livro há anos! É o máximo. A receita de Madeleines é a melhor do mundo e região!!

  5. Marcia e Sócio, vocês são livres pra interpretar (e beber) a vontade, mesmo porque nem nós lembramos exatamente sobre o que escrevemos!! rs

    Marília, ainda não fiz esta receita, mas, já que o livro é realmente ótimo, deverá valer a pena.

    Abs floridos pra vocês.

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