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dcpv – da cachaça pro vinho – um menu diferente, baiano e alaranjado.

número 368
29/10/2013

dcpv – Um menu diferente, baiano e alaranjado.

Laranja baía : Originária da Bahia, esta variedade não possui sementes e sua casca é grossa, de um laranja forte, é fácil de retirar. Sua polpa é consistente, granulada e de um alaranjado vivo.
E foi através dum apelo visual que eu pensei neste menu.

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Este apelo veio duma passada que demos no sex shop, já que no setor de hortifruti de lá estavam belas laranjas descansando nas vascas.

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Compramos uma dúzia delas e eu só teria o trabalho de googlar “receitas+laranja baía”, aguardar o resultado e escolher a composição do cardápio desta noite.

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Feito isto, só restava executar as receitas e o principal, comer tudo.

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Vamos lá, então, ao menu das (e dos) laranjas.

Entrada – Salada de arroz na laranja.

“Faça diferente e prepare esta maravilhosa receita de salada de arroz na laranja aí na sua casa. É uma receita bastante fácil e prática, e o melhor que é muito saborosa, o tempo de preparo é de 30 minutos”.
É exatamente assim que este prato é apresentado no resultado do Google. Fácil é mesmo. E saboroso também.

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Além de ser muito simples. Pra fazer, basta misturar a polpa de 4 laranjas baía, …

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… 1 xícara de chá de arroz cozido, …

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… 1 xícara de chá de peito de peru cozido picado, …

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… ½ xícara de chá de pimentão vermelho picado …

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… e ½ xícara de chá de maionese.

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Se quiser seguir tudo ao pé da letra, sirva esta delícia dentro das cascas das laranjas.

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Fica bem bonitinho e aproveite pra finalizar com cebolinha verde.

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Aproveitamos pra tomar um bianchetto, um espumante, o Prosecco Scalini que foi “saúde, proust, zequinha, galoso“.

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Principal – Filé de pato com talharim ao pesto.

“Esta receita já foi acessada por 838 pessoas. Não perca tempo e prepare você também.”
A apresentação da receita não é muito interessante.

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Mas a simplicidade dela e o resultado me obrigaram a ser o número 839. 🙂
Na verdade, esta é uma receita de ingredientes e nada mais do que a junção de coisas extremamente conhecidas.

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Inicia pelo pesto. É um de rúcula (formado por ela mesmo, azeite, sal, alho, manjericão, amêndoas e parmesão) e feito com a proporção que melhor lhe convier.

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Já os peitos, os magrets de pato (esta é uma homenagem, sócios) são simplesmente temperados com sal e pimenta …

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… e fritos, primeiramente com o lado da gordura pra baixo (por uns 7 minutos) …

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… e depois, virados (e por uns 4 minutos).

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Deixe descansar e fatie-os um pouco antes de servir.

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Falta o macarrão, o talharim, que originalmente seria de pacote, mas que a Dé fez questão que fosse feito aqui mesmo (inauguramos a nossa nova Ferrari vermelha).

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Pra montagem do prato, coloque rúcula temperada no fundo do prato, …

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… o talharim misturado ao pesto …

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… o pato fatiado sobre o talharim e decore com alguns gomos de laranja.

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Olha! Ficou bem bom.

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E pra demonstrar a ecleticidade do dcpv, traçamos um vinho tinto da Georgia (???), o Teliani Valley 2011 que se mostrou “sopa de letrinhas, mr xywzytz, constanza, hortelino“.

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Sobremesa – Bolo do Estudante.

Mais uma receita pra nossa patisseur, a Dé, se aventurar. Pra fazer, basta bater 4 ovos com 250g de margarina e 2 xícaras de açúcar mascavo, juntar  2 e ½ xícaras de farinha de trigo peneirada com 1 xícara de maisena, intercalando 200ml de leite de coco.

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Acrescente 150 ml de suco de laranja e 1 caixinha de creme de leite. Adicione, finalmente, 1 colher de sopa de fermento em pó e bata, até misturar bem .
Asse em forma grande, untada e enfarinhada, no forno quente até começar a dourar (não ficou muito bonito! rs).

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Desenforme quente e aplique uma cobertura formada por uma caixinha de leite condensado levado ao microondas por 2 minutos.
Também ficou muito bom.

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Eis a opinião dos laranjas ferrazenses:
Laranja é o que não somos. Somos comedores de. (Edu)
Isto é que é um pato de verdade (Mingão)
Quá, quá, quá, a real duck! (Deo)

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Pois é, sabe que as vezes é bacana fazer um menu através da ligação de um ingrediente?

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Neste caso, usei a laranja baía como elo e acabei descobrindo que “a laranja-da-baía é provavelmente uma mutação natural que teria ocorrido na Bahia por volta de 1800. Acredita-se que tenha se originado da laranja seleta. Suas mudas passaram a ser disputadas e foram enviadas pelos serviços diplomáticos dos Estados Unidos para Riverside, Cailfornia. Daí saíram as mudas que se espalharam pelo mundo, agora chamadas de Washington Navel”.

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Ou seja, além de gostoso, é cultural.

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Até.

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Há 0 comentário

  1. Honrados com a homenagem (pelas fotos o magret ficou no ponto)! Vamos lá, Marcia, decifrando os enigmas vinháticos: O prosseco: em busca do tempo perdido! Deu para o gasto. Quanto ao tinto, a coisa foi mais séria. Se as letras eram consoantes, desceu rascando! Não fez feio.

  2. Eymard, sinceramente ?
    Acho que preciso estudar mais !
    Que danado de espumante é esse ?
    E o tinto ?
    Onde será que foram buscar ???
    Saí tropeçando nas letras.

  3. Marcia, no caminho de guermantes? O tinto tem mesmo muitas consoantes. Mas o hortelino deixou seu recado. Um verdadeiro vinho de caça ou caçado.

  4. Não podemos deixar embaralhar as letrinhas.
    Senão não chegaremos a tempo de descobrir …
    E seremos caçados.

  5. Drix, captei a mensagem. Holanda=laranja mecânica!! 🙂

    Bruna, assim como o menu que degustamos com as tuas receitas. Aguarde que o post vem aí!

    Sócio, uma pena vocês não estarem aqui. Primeiro pelo magret e segundo, pra perceber que você matou novamente a charada do vinho!! rs

    Marcia, estamos aguardando a visita de vocês pra fazermos um tour pela adega dos Luz !! 🙂

    Marcia e sócio, só não melhoramos os comentários porque não consegui digitar aquelas letras georgianas com cedilhas e assentos em todos os lugares.

    Maria Sonia, a laranja ajudou, mas o sex shop, a Casa Santa Luzia, é demais, né?

    Abs alaranjados (e baianos) pra todos.

  6. Edu, enquanto os meninos jogam bola, as meninas sonham com castelos, rainhas e princesas. Não pensei na seleção, mas na família real holandesa, que tem sua origem na Casa de Orange-Nassau. Bem, o apelido ao time é consequência do Orange da família, levado à camisa da seleção. De qualquer forma, captou a mensagem! :- )

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