número 395
12/08/2014
Abruzzo, uma região aprazível.
“O pulmão da Itália, como é chamada a região que compreende o maior número de reservas naturais do país, conserva traços de uma área que ficou isolada no mapa ao longo de séculos, protegida pelos imponentes e gélidos montes Apeninos”.
Esta é a descrição da região italiana de Abruzzo que consta da Coleção Folha Cozinhas da Itália.
E é bem convincente quanto ao fato de aguçar o interesse em se fazer um menu só com receitas de lá.
Vamos lá, então, experimentar as delicias abruzzianas (e colocar mais um lugar da Itália na wish list).
Entrada – Pallotte e Funghi trifolatti.
Pallotte. Taí um nome dificil de adivinhar o que significa. Na verdade, são bolinhos de queijo ao sugo.
E são feitos da seguinte maneira: amasse 500g de ricota (preferencialmente de leite de cabra) com um garfo e misture com 200g de queijo pecorino ralado, 100g de farinha de rosca e 1 ovo (no meu caso, tudo by sex shop).
Modele os bolinhos e empane-os em ovos batidos e farinha de rosca (necessariamente nesta ordem).
Reserve na geladeira em recipiente fechado, por ao menos 30 minutos. Frite-os submersos em óleo quente até ficarem dourados.
Enquanto isso, faça um molho ao sugo refogando dois dentes de alho socados em 3 colheres de azeite e uma lata de tomates pelados.
Sirva os bolinhos e por cima, o molho quente.
Já no caso dos funghi fica mais fácil de saber o que são.
No caso, simples cogumelos erynghi refogados.
E numa base com manteiga, azeite, 1 dente de alho e salsinha picada. Tempere com sal a gosto e cozinhe em fogo baixo por cerca de 5 minutos, até o cogumelo ficar al dente.
Sirva tudo muito quente e você certamente se divertirá, assim como nós.
Pra melhorar um pouco, tomamos o vinho branco Sol Torres 2012 que foi “insolarado, ençolarado, deuce, fenix“.
Principal – Gnocchi di zafferano com verdure.
“Perfeitamente adaptado ao clima dos montes Apeninos, o açafrão confere cor, sabor e aroma à massa e ao molho desta clássica receita”.
Bom, os gnocchi são feitos da maneira comum com somente um diferencial, o açafrão.
Portanto, misture 700g de batatas cozidas e passadas pelo espremedor, 200g de farinha de trigo, 2 colheres de sopa de azeite, 1 envelope de açafrão em pó diluído numa solher de sopa de água quente, 1 ovo e sal a gosto e trabalhe rapidamente até formar uma bola.
Enrole porções de massa numa superfície enfarinhada, formando rolinhos de cerca de um dedo de espessura e corte-os em pedaços de 2 cm. Reserve.
Para o molho, fatie uma abobrinha e 1 cebola em rodelas bem finas. Corte 1 pimentão vermelho e 1 verde à julienne (mais conhecido como fatias finas).
Refogue a cebola no azeite, junte os pimentões e a abobrinha e, assim que murcharem levemente, acrescente dois envelopes de açafrão em pó diluídos numa concha de caldo de vegetais. Cozinhe por 25 minutos.
Enquanto isso, cozinhe os gnocchi.
Regue-os com o molho ainda quente e sirva em seguida.
Delícia pura.
Pra acompanhar, tomamos um vinho tinto Alturis 2012 que foi “pátria-mãe, alpes suiços, pico da Bandeira, habemos vinus“.
Sobremesa – Panna cotta com salsa all’albicocca.
Panna cotta é super fácil de reconhecer. Já a albicocca vou deixar um pouco pra frente.
E pra fazer a tal, junte ½ litro de leite com 500g de creme de leite fresco e 50g de açúcar e leve ao fogo até dissolver os cristais, sem deixar ferver. Agregue algumas gotas de baunilha. Hidrate 1 folha de gelatina em ¼ de xícara de água, adicione ao creme e mexa até dissolver. Distribua a mistura em forminhas e leve à geladeira por ao menos 3 horas.
Enquanto isso, hidrate 200g de damascos secos (sim, as albicoccas!!) em água morna por 20 minutos. Leve 2 e ½ xícaras de água e 1 e ½ xícara de açúcar ao fogo, mexendo até o açúcar derreter.
Junte o damasco e cozinhe por 20 minutos ou até que a calda engrosse. Deixe esfriar e reserve na geladeira.
Desenforme a panna cotta e regue-a com a calda na hora de servir. Delícia, ainda mais com as albicoccas.
Eis a opinião dos abruzzeiros:
Tudo absolutamente per-fec-to! (Edu)
Superação. (Mingão)
Caiamba! Espetáquila! (Deo)
“Das bucólicas montanhas, onde pequenas cidades parecem ter parado no tempo e também do mar Adriático que banha a sua costa, os abruzeses extraem inspiração e bons ingredientes para uma cozinha simples, ao mesmo tempo enriquecida pelo sabor e cor pronunciados do açafrão ou pela farta variedade de trufas encontradas nos arredores de L’Aquila”.
Açafrão? Trufas?
Precisamos ir pra lá rapidamente! 🙂
Arrivederci.
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