número 424
07/07/2015
Mais uma noite de Molise e Basilicata.
Continuo na Coleção Folha Cozinhas da Itália.
E de repente me veio uma ideia, que na verdade é um plágio, mas não deixa de ser uma ideia. 🙂
Sabe aquele filme Julie & Julia? Pois bem, resolvi fazer a mesma coisa com a edição da coleção sobre as regiões italianas de Molise e Basilicata (estes nomes são bem potentes, né não?).
Então, farei todas as receitas do livro. São 4 antepastos, 4 primos, 4 secondos e (adivinhem?) 4 sobremesas.
Deste total de 16, já fiz 10 (incluindo estas de hoje).
Aguardem, portanto, que vem muito mais Molise e Basilicata por aí.
Entrada – Peperonata e Insalata di cipolle caramellate e rucola.
Estes antepastos são “tipici”.
Para fazer estes pimentões refogados (a Dé adora), basta limpar e cortar 800g de pimentões (vermelhos, amarelos e verdes) em tiras.
Fatie 200g de cebolas e 2 dentes de alho e refogue-os no azeite, juntamente com 2 folhas de louro.
Assim que a cebola estiver transparente e o alho, dourado, acrescente os pimentões, tempere com sal e pimenta a gosto e cozinhe em fogo alto por 10 minutos, até que os pimentões fiquem macios. Agregue 1/2 litro de molho de tomate e cozinhe em fogo moderado até o molho reduzir e encorpar.
Já pra salada, o grande segredo são as cebolas. Descasque e corte em gomos finos 4 cebolas roxas.
Aqueça 3 colheres de sopa de azeite, adicione as cebolas e pulverize com 2 colheres de sopa de açúcar.
Tampe a panela e cozinhe em fogo moderado por 30 minutos, mexendo de vez em quando, até a cebola dourar uniformemente. Junte 4 colheres de sopa de caldo de legumes e 1 colher de sopa de vinagre balsâmico e continue o cozimento por mais alguns minutos, até que a cebola esteja bem macia.
Retire do fogo, tempere com sal e deixe amornar.
Enquanto isso, corte 2 fatias de pão italiano em cubinhos, regue-os com azeite e toste-os numa frigideira. Faça também um vinagrete com 5 colheres de sopa de azeite, 1 e 1/2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto e 1 colher de sopa de mostarda de Dijon.
Para montar, distribua folhas de rúcula nos pratos, os cubinhos de pão, o vinagrete, cebola caramelada e tomates secos.
Sirva polvilhando com queijo pecorino ralado a gosto. Esta entrada ficou um verdadeiro espetáculo.
Assim como o vinho que tomamos, o branco Muscadet Sevre et Maine, que foi “romântico, mole e basilio, ultraleve, mainero“.
Principal – Risotto ai funghi porcini.
Este risoto de cogumelos porcini é muito fácil de fazer (mais uma vez, menos é mais!).
E a única diferença prum risoto usual, é a necessidade de hidratar os cogumelos em água morna por 10 minutos. O restante é aquela ladainha de sempre. Refogue cebola (neste caso, ralada), acrescente o arroz arbóreo, vinho branco e logo após este evaporar,…
… junte os cogumelos hidratados e a água do molho.
Pouco a pouco, vá adicionando conchas de caldo de carne fervente (faça este caldo em casa), até que o arroz fique al dente.
No final do cozimento, acrescente manteiga e queijo pecorino ralado.
Sirva bem quente e conforte-se com este prato.
Harmonizamos com um vinho tinto italiano, o rosso Barbera D’Asti CastelVero 2001, que achamos “dejavu, jardim, sevilha, citadino“.
Sobremesa – Picelatti.
Estes pastéis de nozes e amêndoas são bem bons (pra variar, foi a nossa patisseur Dé quem os fez).
Para a massa, derreta 150g de manteiga em banho-maria. Numa vasilha, misture 750g de farinha de trigo com a manteiga, 5 ovos, 2 colheres de sopa de açucar e 2 colheres de vinho moscato doce até obter uma massa lisa. Abra a massa com rolo até atingir 0,5 cm de espessura e corte em discos de 8 cm de diâmetro.
Para o recheio, triture 3 colheres de sopa de nozes e 3 colheres de sopa de amêndoas e misture com 2 colheres de sopa de miolo de pão amanhecido esfarelado, 3 colheres de sopa de mel, 1 colher de sobremesa de raspas de laranja, 1 colher de café de canela em pó e 1/2 colher de chá de cravo em pó.
Distribua pequenas porções do recheio sobre os discos de massa e dobre-os em meia lua, apertando as bordas com um garfo pra fechar bem.
Disponha os pastéis numa assadeira forrada com papel-alumínio e leve ao forno preaquecido (180°C) por 20 minutos ou até dourarem.
Espere esfriar e sirva. Olha, ficou bom, mas não espetacular.
Eis o que os basílicos (e molisos) acharam:
A entrada estava demais. E melhor, a Dé adorou os pimentões. (Edu)
Espetáculo. Itália cosa cche qui! (Mingão)
Entrada perfeita. Miolo honesto! (Deo)
Bom, foi isso.
Estas 6 receitas que faltam ser feitas podem render mais 2 ótimos menus.
Aguardem, pois farei ambos.
Afinal de contas, quando formos pras regiões italianas de Molise e Basilicata, certamente estaremos inteirados da gastronomia local.
Arrivederci.
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