13/07/2019 (vivido em 11/04/2018)
Dia Hachi – Japão – Kyoto – Um dos dias mais sensacionais de todos os tempos.
Vou adiantando que este foi um dos melhores dias que tivemos em todas as viagens que fizemos até hoje.
Olha que é difícil escolher.
Mas ele foi complementado por uma série de atrações bacanas, muitas informações e o indispensável jeito de ser dos japoneses.
Vamos,lá, então.
A previsão do tempo indicava que iria chover o dia todo.
Com esse espírito, fomos tomar o lauto café da manhã do Four Seasons.
Logo depois, encontramos com o nosso guia, o Mickey. Ele é uma figuraça e o inglês dele é tão irregular, que entendemos tudo. 😄
Saímos pra ir primeiro ao templo Ryoanji.
Ele é muito conhecido por seu jardim de pedras e pedriscos desenhados.
São 15 rochas no total, mas de qualquer lugar que você o observa, só vê 14.
É o mistério de um lugar que foi criado há 400 anos por monges …
… e que continua cativando todos os visitantes.
Taí um local excelente pra fazer uma boa meditação (dizem que Richard Gere fez issso por lá).
Também demos uma boa volta …
… por seus belos jardins …
… e fomos conhecer o que eu chamei de top model dos templos.
O Golden Kinkakuji, …
… o famoso templo dourado …
… tem e é uma grande atração.
É impossível você olhar pra ele e não sair tirando um monte de fotos.
Ele é totalmente folheado a ouro …
… e foi erguido no século 14.
Além da belíssima construção, …
… e da famosa foto com o seu reflexo no lago (apesar do tempo não estar bom) …
… o seu jardim é maravilhoso.
O dono antigo, o Shogum, …
… gostava de ter belas visões …
… e isso foi materializado nesta obsessão dos japoneses, …
… que são os seus jardins.
Como upgrade, ainda tivemos o prazer …
… de ver a verdadeira sakura, …
… com cerejeiras em plena floração.
Um verdadeiro espetáculo da natureza.
Como curiosidade, não tinha caído uma gota de chuva até esta hora.
E por causa disso, optamos por conhecer o castelo de Nijo.
Esta Fortaleza tem 33 aposentos, …
… um exagero em se tratando de Japão, …
… é cercado por um fosso …
… e uma parede de pedras.
Foi construído no século 17 para servir de residência ao shogum Tokugawa.
Foi interessante demais saber como funcionava toda a estrutura que prestava serviços ao shogum, ..
… bem como era todo o sistema de informação da época.
Pra variar, os jardins são estonteantes.
Fica muito difícil escolher qual você acha ser o mais bonito, …
… tamanha a uniformidade da beleza de todos.
Neste caso, além de todo o visual estonteante, …
… ainda tivemos a companhia da sakura.
Cherry blossom é mesmo um acontecimento por aqui, …
… e não tem como você não se emocionar ao presenciar uma.
Era hora do almoço.
E o Mickey nos indicou um lugar pequeno num shopping, …
… que apesar de eu não saber o nome (se conseguir traduzir, eu agradeço) …
… servia ótimas milanesas crocantes.
Pedimos de frango (pra Dé), de porco (pro Mickey) e de porco e camarão (pra mim).
Todas acompanhadas de um bom misoshiro, uma salada de repolho e arroz.
Simplesmente delicioso.
Após o almoço, rumamos pro templo Kiyomisodera.
Estivemos (e com luz do sol) ontem lá, …
… mas hoje retornamos pra saber mais de sua história.
A construção dele é muito interessante, …
… visto que é feito totalmente de madeira encaixada, …
… sem a utilização de nenhum outro material.
Ou seja ele é encaixado mesmo (quase que um Lego de madeira) …
… e suporta uma verdadeira multidão que o visita diariamente.
Na verdade, no local existe um complexo de templos e de atrações.
Uma é a vista de Kyoto, já que ele fica na encosta da colina de Higashiyama.
Outra é a fonte de água pura onde jorram três jatos d’água…
… e você tem que escolher uma só pra beber.
Existe uma pra melhorar relacionamentos, outra para ter boa saúde e uma terceira para obter bastante dinheiro.
É claro que a Dé e eu não perdemos a chance de beber desta água.
O jardim de lá também é um espetáculo …
… e a região do entorno dele, …
… com ruazinhas charmosas …
… e lojas mais ainda, …
… te faz esquecer da grande ladeira do acesso …
… e da muvuca da rua principal.
Ainda conseguimos explorar …
… bairros charmosos próximos …
… com casinhas especiais …
… que te encantam a cada esquina.
Pra finalizar, fomos pro Bairro de Gion (leia-se Guiom).
Ele é famoso pelo seu comércio, …
… e especialmente por ser o bairro das Gueixas.
O lugar onde elas vivem é muito interessante …
… e bonito.
Charmoso é uma palavra mais aplicável.
Pra quem não sabe, Gueixas são famosas por serem treinadas pra cantar, dançar, conversar com seus clientes.
Elas não são prostitutas e cobram em torno de U$ 1000 por uma hora de sessão.
E tivemos uma tremenda sorte de ver (e fotografar) uma maiko saindo da sua casa.
Pela linguagem de Kyoto, maiko é uma aprendiz de geiko, que é como os kyotenses (ou seriam kyotanos) as chamam.
Encerramos o nosso tour, agradecendo ao Mickey por todo o conteúdo que ele nos passou …
… bem como ao Papai do céu (seja budista ou xintoísta) por não ter mandado nenhuma gota d’água …
… enquanto estivemos no tour, mesmo porque foi só chegarmos ao hotel …
… e uma tremenda chuva caiu sobre a cidade.
Enfim, foi um dia verdadeiramente abençoado.
Como bônus, demos uma boa olhada na piscina do Four Seasons …
… que é sensacional.
Faltava o jantar; fomos a um restaurante italiano. Italiano? No Japão?
Sim. O Il Ghiotonne é tido como o melhor de Kyoto e uma característica dele é misturar o Ocidente com o Oriente.
Chegamos de táxi (apesar de ser perto do hotel) atrasados, o motorista se complicou todo e não conseguia achar o endereço. Ele se desculpou muito, como todo japonês faz.
O restaurante é bacana e, ops, só servem menu degustação.
A Dé topou e o primeiro enrosco apareceu. O cardápio estava todo escrito em japonês.
Se bem que logo apareceu um todo em inglês, o que não adiantou muito porque uma grande parte dos ingredientes era nipônico.
Iniciamos a refeição com aspargos gratinados e fritos. Muito bom.
Em seguida, veio um bolinho recheado de arroz.
Note que os pratos são bem apresentados e sempre apresentam alguma ideia diferente.
A sopa foi servida com polvo (oba), laranja e tomates cereja.
Próximo prato? Um cartoccio com peixe e bambu. Saboroso.
O carpaccio de bonito com uma salada bem fresca fez bonito (dammm!).
A primeira massa foi um spaghetti al dente com salmão e caviar.
A segunda massa foi um garganelli com porco e burdock.
O prato principal (ufa) foi diferente.
A Dé ficou com um porco acompanhado de legumes …
… e eu, Wagyu com molhos e espinafre.
Tomamos vinho branco italiano e …
… e um esponge cake com morango, crocante de chocolate e morango fresco finalizou uma grande refeição.
Note que a Dé se sentiu satisfeita (hahaha) …
… assim como nós, com este dia perfeito que o Universo nos concedeu.
Namasté!
Veja os outros dias desta viagem:
dia um/ichi – Dubai/Tóquio – As coisas maravilhosas que o homem, mais conhecido como sheik, faz. E o Japão.
dia Ni – Japão – Tóquio – A primeira sakura a gente nunca esquece.
dia San – Japão – Tóquio – Hakone e o Inhotim nipônico.
dia Shi – Japão – Tóquio – Shibuya e Meijin Jigu, multidões japonesas.
dia Go – Japão – Kanazawa – Os primeiros Shinkansen e Ryokan, a gente nunca esquece.
dia Roku – Japão – Yamashiro Onsen – Gueixas, samurais e cerejeiras, tudo a ver.
dia Shichi – Japão – Kyoto – Uma flor japonesa desabrochando só pra nós.
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