número 256
08/06/10
dcpv – Iniciando a Fritura
Eu já falei várias vezes sobre o Claudia Comida&Bebida, o suplemento mensal que acompanha a revista Claudia que a Dé assina.
Toda vez que a revista chega, dou uma bela olhada e via de regra, acho alguma matéria interessante. Normalmente elas tem um elo de ligação: a produção/criação da Fabiana Badra Eid.
A desta vez foi sobre frigideiras, denominada e com acerto, Frigideira, fiel escudeira.
Quem cozinha (como nós) sabe que ter algumas boas frigideiras na cozinha é sinônimo de resultado com qualidade. E elas são verdadeiros coringas já que servem pra tudo: fritar, dourar, fazer risottos e até ensopados.
Os formatos e materiais delas são os mais diversos: inox, quadrada, alumínio, redonda, rasas, ferro, com tampa, fundas, etc.
É claro que toda matéria da Fabiana além de boas informações, contém receitas das mais variadas.
Portanto, tinha material suficiente pra mais uma noite no dcpv. Vamos realizar uma bela “fritura”.
Bebidinha – Caipirinha Tri-legal
Caipirinha simples.
E Tri porque usamos 3 limões (siciliano, cravo e taiti).
Entrada – Ovo mexido com ervas frescas e torrada com tomate.
Mais uma daquelas receitas catalogadas nas categorias fáceis/saborosas. Fatias de pão italiano são pinceladas com azeite e arrumadas num assadeira.
Sobre cada fatia, coloque um quarto dum tomate, temperado com sal e pimenta. É, eu errei e coloquei uma fatia. Ficou bom do mesmo jeito!
Leve ao forno (180ºC) até o pão ficar crocante e o tomate macio. Deixe amornar e pressione o tomate pra que o suco vire um pequeno molho.
Ao mesmo tempo, misture ovos e ervas que preferir numa tigela. Tempere com sal e pimenta.
Derreta manteiga numa frigideira anti-aderente, acrescente a mistura de ovos e frite em fogo baixo, mexendo sempre.
Taí: ovos mexidos com ervas frescas e torradas. Aproveitei uma nova “fornada” da sardinha em escabeche da D Vera pra fazer um purê com ela e…
… acrescentar um purê de batatas aerado e bem temperado.
Resultado final: uma belíssima entrada e que certamente participará da renovação do cardápio do nosso restaurante com temática de entradas (que beleza. Ainda nem abrimos o restô e já estou pensando na renovação do cardápio! rs) .
Tomamos um blanco, o Sendero Chardonnay Concha y Toro 2009 que foi “verde, granadilla, uva itália, dulcíssimo” segundo nós, os fritos.
Principal – Risotto de abóbora com bacon e sálvia
Um risotto aparentemente normal. E é mesmo!
Só que com este frio, a característica principal deles que é de parecer uma sopona sólida foi ainda mais evidenciada. Numa frigideira funda, aqueça o azeite e frite folhas de sálvia. Reserve.
Na mesma frigideira frite o bacon até dourar. Reserve também.
Refogue um pouco de cebola na mesmíssima frigideira (é uma ótima receita pra quem não gosta de lavar louças! rs) até ficar macia e acrescente abóbora japonesa em cubos e o arroz arbório.
Daí pra frente é o processo risotal: caldo quente, mexe, caldo quente, mexe e pronto.
Finalize com queijo ralado (Parmegianao Reggiano, per favore!) e sirva com a sálvia e o bacon.
São sabores e gostos reconfortantes e apesar de dizerem por aí que o risotto é um prato “manjado”, o prazer de comê-lo é sempre imenso.
Pra acompanhar um vinho tinto Quinta do Seival Miolo 2006 Brasil que disse “perfumado, caqui verde, lidiocarraresco, pesado” segundo os assados, nós mesmos. Assados pela frigideira, viu? rs
Sobremesa – Banana Dourada com Creme de Gergelim
Deixei a receita do creme de gergelim pra Flora fazer, pois eu chegaria um pouco mais tarde.
São 4 xícaras de creme de leite fresco e 4 colheres de sopa de suco de limão misturados e reservados em temperatura ambiente por 20 minutos ou até engrossar ligeiramente.
Junte 1 colher de sopa de gengibre ralado, 2 colheres de sopa de açúcar mascavo e com um fuet, bata até engrossar.
Não é difícil, né? E acabei fazendo o que nenhum cozinheiro deveria fazer: não experimentei!
Belo e fagueiro, fritei bananas-nanicas maduras cortadas ao meio até dourarem.
Aí foi só montar o prato com as bananas e o creme de gengibre.
Ugh! O creme estava passado e com um gosto extremamente azedo. Quase todos pulamos fora da sobremesa.
A Dé por motivos óbvios (dormindo!rs), eu e o Déo porque sentimos o gosto azedo. O Mingão foi a exceção pois transformou o azedo num mero “azedinho”e ainda bisou os nossos!! rs
Veja a opinião dos cozidos:
Começo ótimo, final sofrível! Tomara que o Mingão não passe mal! (Edu)
Adorei a banana azedinha! (Mingão)
Tudo bom! But a dessert só o Mingão encarou e mandou ver nas sobras! Haja! (Déo)
“É impossível viver com apenas uma em casa. Para cada tipo de preparo utilizo um modelo de frigideira”. A especialista Bettina Orrico cunhou esta frase.
Eu não posso falar nada contra pois tenho um montão delas (as da WMF são o meu xodó) e cheguei, inclusive a trazer uma na mochila quando voltamos de Miami. Eu parecia uma tartaruga Ninja!
Cowabunga!!
.
Há 3 comentários
Gostei do restaurante com tonalidade especial nas entradas. Já te disse que eu sempre acho que o jantar terminou com a entrada caprichada que você faz. O escabeche da dona Vera continua a render e me dar água na boca. Agora, convenhamos, na banana vc ja estava com sono….rs
Edu, eu não queria ser uma mosquinha para escutar essa conversa, mas eu queria estar junto para comer isso, jesuissss
Adoroooo pão!!!
Bjss
Eymard, é claro que você tem que gostar!! rsrs
E pode deixar, sócio, que quando fizermos um novo encontro, levarei as famosas sardinhas da minha querida sogra, a D Vera.
Quanto a sobremesa, sem comentários!
Nana, eu acho que este comentário é sobre o outro post, mas nós também adoramos pão.
Ainda mais acompanhados de um bom papo!!
Abs averde-amarelos pra todos!