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dcpv – da cachaça pro vinho – boa lembrança

inca
28/08/08

dcpv – Boa Lembrança       

A Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança  funciona da seguinte maneira: todos os estabelecimentos afiliados são de categoria e tem como norma servir boa comida. E todos os chefes deles tem que criar uma receita nova por ano que além de fazer você comer bem ainda poderá levar este prato (só que de cerâmica) pra casa!
E a partir daí, surgiu até um mercado paralelo de pratos onde os aficionados (nos quais eu não me incluo!) disputam/trocam/vendem tais pratos.

Eu tenho alguns de algumas visitas que já fiz a estes restaurantes: La Caceria de Gramado, Beijupirá de Porto de Galinhas, Arábia de SP, Ludwig de Campos do Jordão, Gosto com Gosto de Mauá, etc.

Desta vez, aproveitei o embalo e fomos ( eu e a Dé) jantar no Cantaloup (sim, de novo) porque no evento denominado São Paulo Bom de Mesa (o 5º), o parceiro do Cantaloup seria o Wanchako, tido com um excelente restaurante peruano de Maceió. A finalidade do Bom de Mesa é trazer chefes de restaurantes da Associação de outros estados pra que junto com o do restaurante onde ele é realizado, preparem refeições com algum tema definido.

 

O deste ano, como não poderia deixar de ser, foi sobre os 100 anos da Imigração Japonesa (que do jeito que anda, vai durar muito mais do que um ano!).

E a união do Renato Carioni, chef do Cantaloup com a Simone Bert do Wanchako, resultou num menu paulistano-inca-asiático muito bom.
O Wanchako, como eu já citei acima, faz comida peruana de primeira, ela que anda tão na moda. Inclusive, o próximo Gastro Pop é de comida peruana.
E daí, veio a minha curiosidade sobre o resultado pois também estou cada vez mais fascinado pela comida inca (não a venusiana!).


A Simone numa foto não autorizada !

Vamos ao menu da Boa Lembrança:

Pra começar, o couvert com pãezinhos frescos, azeite, molho de tomate, creme de queijo e manteiga e de brinde, o belo cardápio do evento.

Como entrada, um Cebiche Triplo (peixe, polvo e camarão) curtidos no limão com salsa de aji amarelo (pimenta peruana). Acompanha batata doce e uma pasta de polvo levemente picante.

Bom, o nome da prato já é a própria receita. Só me resta comentar que estava sublime com um gosto “cevichado” (cozido com limão) espetacular. Repare que a borda do prato estava incrustada com gergelins preto e branco e pimenta do reino quebrada. Levíssimo !!

Ainda tomamos taças dum vinho branco Pinot Grigio italiano. E ficamos nisso, pois a Lei Seca tá aí!

Como principal, um Filé de peixe grelhado com lula e camarão sobre pasta de umitas (pasta de milho) em uma salsa de de cebola levemente picante com calda de aji panca (tempero peruano).

Mais um nome auto-explicativo. E mais uma interjeição de prazer!
O peixe era um robalo e não é só o tempero que tinha panca, não! O camarão também tinha uma panca danada de boa!

Sobremesa – Torta fresca de Manga

Até que enfim vou poder explicar alguma coisa. Se bem que o prato é gostoso, mas tem um jeitão de ser fácil de preparar. É quase um pudet ou um sorbim (mistura de pudim com sorbet) de manga com uma calda de mel e maracujá. Delicioso e levíssimo como convém a uma boa sobremesa.

Ainda tomamos um cafezinho Illy básico com os seus respectivos docinhos não tão básicos assim.

E, levamos os pratos pra casa pra aumentar a coleção e poder lembrar deste espetacular encontro cada vez que o ver na parede!

Fica um pedido final: bem que a Simone poderia abrir uma filial do Wanchako aqui em São Paulo! Nós estamos precisando de um bom peruano por aqui (se bem que andam dizendo que o Gaston Acúrio vai montar uma cevicheria lá nos Jardins).

Até !

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Há 4 comentários

  1. Ui, delícia!
    Aqui na província a Simone prestou assessoria aos donos do Chiwake, que é quase uma réplica do Wanchako, pelo que dizem (não conheço o Wanchako, mas o povo que conhece diz que os pratos são parecidos, mesma tendência e tals).
    A comida é excelente, muito gostosa, muitos frutos do mar, macaxeira e pimenta. Pena que o preço esteja um pouco fora da relidade daqui, quero dizer, o que a gente paga lá, pagaria apenas em SP. Há restaurantes melhores aqui, mais famosos até, com preços menos abusivos…
    E a cada post de vcs, mais inveja eu sinto de quem mora em SP!!!
    kkkkkkkk
    Abraços!

  2. Edu, que banquete resultou essa alquimia. Ah, e o prato principal com umitas, adoro.
    Tenho so dois Boa Lembranca, do Giuseppe e Esch Cafe la do Rio, decorando minha cozinha.
    bjs

  3. Márcia; Chiwake e Wanchako, parece nome de dupla caipira peruana !! Se é caro eu não sei porque quando fui pra Alagoas, lá no século passado, nem sabia de restaurante peruano por lá ! Mas que a comida estava excelente, ah, estava mesmo !

    Odete, não é a toa que a comida peruana anda em evidência ultimamente. E do Esch eu não tenho mas gostaria de ter pois o lugar é muito bom !

    Agdá, parede, estômago e bolso…rsrs

    Abs a todas.

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