número 306
25/10/2011
Coronel Mostarda, com garfo e faca, no dcpv.
“Ninguém fica indiferente a mostarda. Esse condimento poderoso, com sabor que varia do suave ao extremamente picante, dá personalidade aos pratos de diversas culinárias. Em grãos, pó ou pasta, faz a festa do paladar”.
Assim começa a matéria denominada Fortes Emoções do suplemento Claúdia Comida&Bebida de agosto/2011.
Eu sou um daqueles leitores indiretos da revista, já que é a Dé que assina, mas mesmo assim dou alguns pitacos e/ou palpites (por falar nisso, sempre recebo emails da redação me pedindo pra responder a algum tipo de pesquisa. Sem problemas, mas podiam ao menos me chamar de Sr Eduardo em vez de Sra? rs).
E gosto bastante do suplemento, especialmente das reportagens produzidas pela Fabiana Badra Eid (já entrei em contato e ela prometeu indicar um menu exclusivo pra nós).
Elas, as matérias, sempre são instrutivas e contém receitas ao mesmo tempo, práticas e bastantes interessantes.
Pois foi nele que eu vi a matéria que perguntava se você gosta de mostarda suave ou hot e que explicava quais eram todos os tipos delas (preta, branca, Dijon, ancienne, inglesa, americana amarela, alemã escura ou com grãos).
Portanto, foi daí que surgiu a idéia deste menu.
Vamos lá degustar um menu inteiro (sobremesa inclusa) com receitas que incluem este condimento tão apreciado por todos e, inclusive, pelas crianças.
Entradas I -Radicchio com mostarda e parmesão
Mostarda preta – os grãos são mais picantes e entram no preparo de outros tipos de mostarda. As folhas usadas como hortaliças em saladas têm sabor amargo, mas são ricas em fibras, ferro, cálcio e vitaminas A, B2 e C.
Caramba, eu não tinha a mínima idéia que a mostarda continha tudo isto!
Esta salada é tranquilíssima de se fazer. Prepare o molho, misturando numa tigela, 1 colher de chá de mostarda (usei a la ancienne), 2 colheres de chá de vinagre de vinho branco, 5 colheres de sopa de azeite, sal e pimenta do reino.
Rasgue folhas de radicchio (eu usei o Mache da minha horta) e coloque numa saladeira, junto com raspas dum legítimo grana Padano.
Tempere com o molho e sirva.
Entrada II – Tempurá de vagem com molho de mostarda e mel
Mostarda branca – de sabor suave, ela também é utilizada para obter outras variações de mostarda. As folhas jovens podem perfumar saladas ou refogados.
Tudo bem que eu facilitei as coisas (desculpaê, Fabiana) e usei uma massa pronta de tempurá pra empanar as vagens.
Mas, depois de limpá-las, é só seguir as instruções e fritar.
Quanto ao molho, basta colocar numa panela pequena, 1 e 1/4 xícara de mostarda Dijon, 1 pitada de mostarda em pó, 2 colheres de sopa de shoyu light, 1/2 xícara de mel e levar ao fogo baixo até obter uma mistura homogênea.
Pra montar, juntei a salada com as vagens.
A entrada inteira ficou bem saborosa.
Acompanhamos com o vinho branco espanhol Albariño Raimat 2009 que foi “mineral, rochosas, praiano, carambolesco“.
Principal – Cordeiro com manteiga temperada e purê.
Mostarda Francesa Dijon – bem picante, essa pasta mistura mostarda negra e indiana, entre outras. É ótima em saladas, ensopados e carnes assadas.
Esta receita nem constava da matéria.
É que eu achei o tema tão bacana, que acabei adaptando uma que estava no mesmo suplemento (e olha que era da Bettina!! rs).
E quando eu digo adaptar, é porque a coisa aconteceu mesmo. Peguei uma “carnona”, um corte de pernil de javali (ai, Obelix) e temperei com alho, sal e pimenta do reino.
Fiz um purê de abóbora japonesa cozinhando e espremendo, com a devida adição de manteiga e sal.
E servi tudo junto, além do molho de mostarda que eu peguei do meu quebra-galhos, o livro de Molhos com Azeite.
Ficou uma beleza. Acho que a própria Fabiana colocaria este prato na matéria.
Como a Dé não come carne, substituí por um ovinho cozido. Até que ficou bonitinho também.
Tomamos um ótimo vinho tinto português, o Collection Douro Ramos Pinto 2005 que achamos “turvo, passée, muca, blasé“.
Sobremesa – Compota de figo seco e pera com mostarda.
Mostarda Francesa Dijon l’Ancienne – é a versão original com adição de grãos de mostarda preta.
Esta compota é uma delícia. Leve ao fogo baixo, tiras da casca de 2 limões sem a parte branca e 2 xícaras de vermoute seco, 1 e 1/2 xícara de açúcar granulado, 2 e 1/2 colheres de sopa de sementes de mostarda e 1 colher de chá de sal granulado, mexendo por cinco minutos e até dissolver o açúcar.
Junte 4 peras firmes cortadas em gomos finos, 16 figos secos picados e deixe ferver em fogo alto.
Abaixe o fogo e cozinhe, mexendo as vezes, por 45 minutos ou até as frutas ficarem macias.
Misture 2 colheres de sopa de mostarda de Dijon e deixe esfriar.
Sirva em temperatura ambiente com bolo industrializado (sim, aquele manjado Bolo Pullmann).
Detalhe: esta compota também vai muito bem com carne assada.
Adoramos tudo e achamos:
Grande menu com a especiaria dijoniana. (Edu)
Menu radical, sabores especiais. (Mingão)
Me agradou a diversidade de sabores! (Deo)
Como eu citei lá no início, “Ninguém fica indiferente à mostarda, esse condimento poderoso, com sabor que varia do suave ao extremamente picante, dá personalidade aos pratos de diversas culinárias. Em grãos, pó ou pasta, faz a festa do paladar”.
Boa esta afirmação, né não?
E você ? Gosta ou odeia?
.
Há 4 comentários
Ainda não provei todas essas mostardas mas é um toque que eu gosto bastante, desde que não seja muito exagerado
Normalmente uso a Dijon.
Também gosto da mostarda, mas não aquela amarelona de cachorro quente. Acho que o menu ficou legal. Agora, não é fácil mostarda e vinho! Ela pode acabar com ele se quiser!
eu adoro o toque que a mostarda dá…
meu molho de mostarda dijon com maple syrup faz o maior sucesso…
Eymard adorei a mostarda amarela do cachorro quente, ri sozinha…hehehehehe
Ameixa, tens bom gosto, porque temos algumas nacionais por aqui que são ruins de doer!
Sócio, foi justamente por isto que abri uns vinhos meia-boca nesta noite. rs
Monica, boa idéia. Maple no lugar do mel deve dar um bom caldo, ops, molho!
Abs condimentados pra todos