06/01/2012
Dia cinc – Passeio gourmet por Barcelona. E visita ao hospital.
Hoje era dia de fazer o passeio gourmet que é oferecido pelo orgão oficial de turismo de Barcelona.
Fiz a reserva pela Internet e não lembrava se estávamos no tour em inglês que começava as 10:00hs ou no em espanhol das 10:30 hs. Descobri na unha que era o em inglês.
Tomamos um café bem rápido e zarpamos pra Praça Catalunya, ponto de encontro da turma. E este passeio tem uma particularidade: nós também o fizemos quando da nossa outra viagem pra cá no verão de 2004.
Chegamos no horário e éramos 12 pessoas das mais variadas nacionalidades.
Dizer que o tour foi em inglês é uma piada, já que o nosso experiente guia Arthur falava um inglol bem decente! Ou seria um espanglês?
Iniciamos atravessando a praça e passando pela Font de Canaletes que fica no começo das Ramblas.
Dizem que quem bebe desta água, volta pra Barcelona. Por via das dúvidas …
A primeira parada foi na Granja M. Viader. Granjas são estabelecimentos muito antigos (neste caso, de 1870) que são como aquelas mercearias dos tempos dos nossos avós.
Atravessamos a região próxima ao nosso hotel e o Arthur deu dicas de lugares muito bons e fora do circuito turisticão (padarias, queijarias, chocolaterias).
A próxima parada foi no nosso queridinho, o Mercat La Boqueria (inaugurado em 1836), onde além de recebermos saladas de frutas para degustarmos, …
… ainda tivemos um tempinho pra apreciar tudo. Vale o fotoblog:
Andamos mais um pouco e chegamos na Pasteleria Escribá (funciona desde 1906). Além de ficar num prédio espetacular, ninguém se surpreenderia se a chamassem de Joalheria Escribá.
Caminhamos mais um pouco até chegarmos a Carrer de Petritxol. Pra quem não sabe, carrer é a denominação de rua em catalão.
E esta Petritxol fica em pleno Barri Gotic e tem muitas lojas gastronômicas que conservam todo o formato autêntico, antigo e tradicional de fazer as suas especialidades.
Próxima parada? Xocolatería Fargas, que também tem lugar cativo na lista de preferências da família. A Re chegou a tirar uma foto ajoelhada na frente do lugar, tamanha a adoração!
Acreditem ou não, eles fazem chocolates do mesmo jeito (e dos bons) desde 1827. Um espetáculo.
Andamos mais um pouco e chegamos a Xarcuteria La Pineda, uma outra mercearia antigona e de responsa, onde compramos salames inesquecíveis (o hamburguês com casca de pimenta do reino é uma perdição).
Seguimos adiante e visitamos a orolíquido, que como o próprio nome sugere, é especializada em azeites de procedência.
A oitava parada seria na Caelum (o slogan deles é “bem-vindos ao céu”), uma loja/restô, especializada em produtos feitos por monges. Me fala se esta não é a verdadeira via-crucis gastronômica?
E a nona, a La Colmena, uma pastisserie com mais de 150 anos de história. Mais um lugar fantástico.
O nosso tour estava terminando, mais ainda passamos na Viniteques de la Ribera …
… e na Pasteleria Brunells, onde compramos várias coisinhas doces.
Finalmente, terminamos no Mercat de Santa Caterina.
Mais um mercado pra se ter inveja dos espanhóis.
É bonito, …
… limpo, …
… organizado …
… e charmoso, com esta cobertura frankgheriana.
Neste ponto, o tour acabou.
E iniciamos o caminho de volta, vasculhando o Bairro Gótico à procura de lojas diferentonas, …
… coisa fácil de encontrar por aqui (você já viu uma padoca com este estilo?)
Aproveitamos o horário do almoço pra conhecer um lugar que estava na nossa lista (na outra viagem, chegamos próximo do horário do fechamento e não conseguimos entrar), o El Xampanyet.
Ele é tradicional e está sempre muito cheio. A Dé deu um jeitinho e conseguiu (meio que a forceps) uma mesa pra nós 3.
Pedimos taças (na acepção da palavra) de cava (na verdade, tomamos a garrafa inteira) e muitas tapas.
Tais como anchovas (especialidade da casa), …
… pão com tomate, …
… pimentões recheados, …
… batatas bravas, …
… e azeitonas (que sabor elas tem!).
Tudo muito bom e deu pra perceber o porquê de tanta gente!
Continuamos o passeio pelo Bairro …
… e aproveitamos pra comprar turrons, chocolates e “otras cositas más”.
Demos uma breve passada no hotel e fomos pra região do Passeig de Gracià.
Era o primeiro dia das famosas rebajas, a liquidação de inverno.
As lojas estavam cheias e a maioria com descontaços que valiam a pena.
Batemos muita perna, …
… vimos um anoitecer fantástico, …
… e aproveitamos pra ver como são a La Pedrera …
… e a Casa Batlló a noite.
Como o dia foi dedicado a tapeação, no bom sentido, aproveitamos uma dica do guia e “picamos” no Bar Lobo (que é do grupo TragaLuz)
Um lugar fora do eixo turístico e consequentemente, frequentado por barcelonenses.
Pra variar, tomamos cava, …
… e comemos saborosas azeitonas, …
… batatas bravas, …
… embutidos, pão com tomate e …
… croquetas.
Todas excelentes (e não é corporativismo!).
Ao final do dia, tínhamos somente uma dúvida: iríamos ou não jantar? rs
E resolvemos, com o consentimento de todos, tapear no lugar que eu tinha reservado, o La Taverna del Clinic (uma excelente dica da Dri Setti).
O nome tem tudo a ver com o lugar.
Ou seja, a taverna fica próximo ao Hospital das Clínicas de Barcelona.
Sabendo que o dia seria cheio, reservei pras 22:00 hs (tarde pra nós, mas relativamente cedo pros locais, que costumam sair pra jantar por volta das 23:00 hs). Chegamos e o lugar estava bombamdo.
Pra continuar com o pique, optamos pela experimentação. E escolhemos os seguintes pratos do extenso e ótimo menu: …
… as premiadas Batatas Bravas que neste caso são cilindros do tubérculo, recheadas com aioli, o molho e para serem comidas num bocado só, …
… uma perninha dum cabrito cozido em baixa temperatura (indicação de última hora do simpático garçom), que estava tão bom que até a Dé comeu, …
… um bocado dum Pata Negra DOC …
… acompanhado de pão com tomates (hoje foi o dia deles), …
… alcachofras com calamares en su tinta (ótimos, os dois) …
… e amêijoas com favas verdes que estavam um primor.
É muita comida? Não foi, não, pois tudo apresentava uma alta qualidade.
E tão bom que ainda arriscamos nas sobremesas. A Re pediu um Colant de chocolate (que quando dissemos ao garçom que parecia um Petit Gateau, ele respondeu que não sabia o que era; assim como o guia do tour, também nos disse que não sabia o que era um Creme Brulée e perguntou se era parecido com um Crema Catalana? rs) …
… eu, um Borracho de Rum, uma sobremesa pirotécnica onde o garçom toca fogo num pedaço de bolo …
… e a Dé, uma colher (e os nossos doces).
Ah! Tomamos mais um Albarinho, o do Ferreiro Rias Baixas 2010, que pra variar tinha um tremendo gosto de limão.
Bem alimentados, voltamos pro hotel pensando em como é bom ter uma vida tranquila e com bons ingredientes (crise à parte).
Hasta.
Veja os outros dias da viagem:
Dia un – Barcelona – Espanha – Mercat de la Boqueria e Xocolateria Fargas; prazer em revê-los. Em todos os sentidos.
Dia dues – Barcelona – Espanha – O Barça passou como um Segway por cima do Osasuña
Dia tres – Barcelona – Espanha – O dia em que comemos numa tinturaria.
Dia quatre – Barcelona – Espanha – Pra turistas, um bus turistic. Pra nós, o Moo.
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Há 0 comentário
Já estreiamos o W por vocês !
Localização interessante.
Quarto confortavel, arquiteto inspirado, muito bom !
A fauna trendy frequentadora é o traço exótico !
Amo o Bar Lobo!!!!!! Foi umas das belas refeições em Barcelona! Grqande pedida!
Também amo o Bar Lobo, de dia e de noite, e todos os outros do Tragaluz, Moo, Moovida, Cuines Santa Caterina, El Principal, Negro Rojo, La Xina, e o hotel OMM… Que saudades de coisas simples como o pão com tomate, azeitonas e o jabugo… Outras não tão simples como os Priorats
“establiments tradicionals on es pot assaborir l’imprescindible pa amb tomàquet, sense oblidar els col·lectius de cuina catalans”
Vianney e Marcia, já, já confirmaremos as impressões de vocês. E faremos parte da fauna trendy, certo sócio?
Renata, também colocamos o Bar Lobo na nossa agenda. Tanto que fomos também no último dia da viagem.
Madá, quase fomos ao restaurante TragaLuz, mas entendemos que iriam achar que foi corporativismo! rs
Sabe que definitivamente viciamos em pão com tomate!
Abs uivados pra todos.