2/05/2012
Paris – França – Septième Jour – Flanando pela Cidade Luz (especialmente por Saint Germain).
Planejamos toda esta parte da viagem parisiense pensando em flanar.
A ideia seria passar cada dia numa região conhecida e andando o máximo possível.
Sendo assim, deixamos espaço nesta quarta pra andarmos pela região de St Germain, localidade em que a Lourdes e o Eymard são especialistas.
E se chovesse?
Talvez fôssemos em alguns museus, mas mesmo assim insistiríamos em flanar.
Começamos o broncolhão dia com um café da manhã no restaurante da L’Opera, que fica bem em frente ao hotel (o nosso quarto tem vista pra ela).
O café foi honesto e valeu muito por conhecermos o projeto arquitetônico do lugar.
Ele é todo vermelho …
… e tem um mezanino com estilo da casa dos Flintstones, que foi executado no amplo salão de pé-direito duplo.
Enfim, uma beleza.
Dali começamos efetivamente o nosso tour.
Atravessamos a Place Vendôme, …
…o Jardin des Tuileries, …
… o Louvre, …
… o Sena e …
… subimos a rue de Seine, com destino a Saint Germain.
Lá passamos no Pierre Hermé, …
… no Marché Saint-Germain-des-Prés, (este vale o fotoblog)…
… na afamada Boulangerie Poilâne, …
… e na Grande Epicerie, um verdadeiro e completo sex shop (este vale mais um fotoblog).
Ah, vocês acreditam que o Eymard, grande presidente que é, foi reconhecido por uma fã dele e do Conexão Paris em pleno mercado?
Como tínhamos uma reserva e estávamos com fome, partimos pro restaurante L’Epi Dupin, que fica ali pertinho.
Ele é um bistrô pequeno e muito bem apessoado.
A casa estava cheia e ainda mais, com a chuva que começou a cair.
O cardápio é daqueles bem tipicões em que tudo o que pode ser servido está numa lousa.
Resumindo: todos pedimos o menu du jour composto de entrada+principal.
A Lourdes pediu cone de canard …
… e bacalhau.
A Dé, aspargos brancos …
… e dorade.
O Eymard, aspargos brancos …
… e coxa confitada de pato com batatas.
Eu, cone de canard …
… e outra coxa de pato confit (estávamos treinando pro La Tour d’Argent).
Ou seja, todos pedimos excelentes combinações dos pratos disponíveis. Tomamos um correto vinho tinto Margaux 2008.
Tudo esteve absolutamente perfeito e no ponto certo, seja em quantidade, seja em qualidade.
Como sobremesas, nos demos de presente, jóias comestíveis do Hermé.
Voltamos no sentido do hotel, apesar da chuva continuar intermitente.
Passeamos muito e ainda conhecemos superficialmente um museu pequeno, mas muito interessante, o de Letras e Manuscritos.
Ele fica quase que escondido e o princípio é mostrar ao público uma série de manuscritos famosos e melhor, autênticos.
Como a chuva ameaçou apertar, nós também apertamos o passo.
E devido a coincidência de percurso, aproveitamos pra conhecer a Maison Angelina, uma confiteria anunciada como a que faz o melhor chocolate quente do mundo.
Todos experimentamos e a conclusão é que o chocolate poderia ser menos doce, um pouco mais líquido e um pouco menor.
Ou seja, apesar do lugar classudo, …
… está longe de ser o melhor que tomamos nas nossas vidas!
Continuamos o passeio e resolvemos passar na Editions de Parfums Frederic Malle, uma loja especializada neles e que tem somente 18 fragrâncias exclusivas pra oferecer aos seus clientes.
Você faz vários testes (foi que todos fizemos ) até conseguir encontrar a ideal.
A partir daí, você tem um perfume pra chamar de seu e caso precise de refil, eles despacham pra sua casa.
A chuva apertou mais ainda e não tivemos outra saída a não ser voltar pro hotel.
Frise-se que ele foi recém-inaugurado e talvez seja por isso que a equipe seja tão atrapalhada. Isto não é normal pro padrão W a que estamos acostumados (era um tal do simpático concierge português Thiaguinho dizer “midisssculpi” pra cá, “midisssculpi” pra lá).
E por causa destas trapalhadas, quase ficamos sem a nossa reserva pro jantar.
Ela foi caçada no laço e após tentarmos uma série de estabelecimentos, conseguimos uma mesa no Maison Blanche.
Ele fica na Av Montaigne e tem como trunfo, além da boa comida, uma vista espetacular da Torre Eiffel (tome nota: só no terraço!).
Como o tempo não estava bom, fomos alojados numa mesa interna que não tinha a tal vista.
Mesmo assim nos divertimos muito. Pedimos somente os pratos principais e esta tática é muito boa, já que a grande maioria dos restaurantes mandam vários amuses como “agrados”.
Aqui não foi diferente.
Vieram um creme de aspargos com queijo e uma sopinha de alcachofra com crocante de bacon.
Optamos todos por comer peixes, pois assim pediríamos um bom vinho branco. A Lourdes e a Dé foram de Saint Pierre com tapenade de algas e abobrinhas, polenta e coulis de tomates, …
… o Eymard de Lotte e purê de batatas com leite de coco e páprica doce, …
… e eu, de Truta defumada e crocante com coulis de manjericão e caviar de truta.
Todos ótimos e harmonizados com o não menos, Mersault Domaine Michel Lafarge.
Ainda experimentamos duas sobremesas iguais pra todo mundo dividir: ruibarbo tempurá, creme brulée e sorvete de queijo.
Como desculpa pra subir ao terraço, pedimos dois cafezinhos …
… e tivemos, como brinde, estas vistas.
Demais, né?
É de perder o fôlego …
… e dá vontade de passar a noite toda lá.
Terminamos este devaneio no mais alto astral. Até tiramos fotos com os pezinhos levantados, como se estivéssemos na Ilha de Caras. 🙂
Au revoir.
Leia sobre os outros dias desta viagem:
Premier journée – Borgonha – França – Visitamos o hospício de Beaune.
Borgonha – França – Deuxième jour – Pisando no solo do Romanée-Conti.
Troisième jour – Beaune – França – Cozinhando na Borgonha
Quatrième jour – Borgonha – França – Duvido que você conheça (ou tenha ouvido falar) de Quarré-les-Tombes?
Cinquième jour – Borgonha – França – Com minha besta, abati a Abadia de Fontenay
Sixième jour- Borgonha – França – Chablis, conexão pra Paris.
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Há 0 comentário
Bom dia Edu, esta sequencia da viagem se refere a qual período do ano? Rosana
Rosana, nos posts, no canto esquerdo, em cima, o Edu sempre coloca a data. No caso esta la: 2/05/2012.
Edu, o inusitado encontro no Bon Marché com leitora assidua de Lina no Conexao Paris. Mineira super simpática. O outro ponto alto do dia foi meu vizinho de mesa no L’Epi Dupin. Um senhor ranzinza e que estava de olho no meu prato.
Eymard, já aconteceu conosco rsrsrs. A intimidade no Epi é quase obrigatória. Outra vez ao estudarmos aquele menu na lousa, o vizinho achou que havíamos “perdido” algo na mesa deles, tal o olhar fixo …
Geeennte!! Adorei a fama do Eymard! O post está ótimo e divertido.
Amigos
Mesmo com chuva, Paris é irresistível!
Bjs.
Não é que eu queira ficar ” por cima da carne seca ” igual a uma criança. Mas acho que levei vantagem no atendimento do W e também ganhei uma mesa especial no Maison Blanche . Risos !!!
Estou cá sentindo uma fome danada junto com a saudade sempre constante de Paris…
Rosana, fizemos esta viagem entre o final de abril e o começo de maio de 2012 (ou seja, no mês passado).
Sócio, o encontro foi muito engraçado. Imagine estar num super sex shop e alguém te abordar e perguntar: você é o Eymard do Conexão Paris? rs
Pois foi exatamente o que aconteceu.
Claudia, só faltou o homem dar autógrafo! Grato.
Beth, com chuva, com sol, com tudo e mais dois ovos em cima. Viva Paris.
Marcia, acho que você ficou por cima da Gourgère! rs
Tania, eu também !! rs
Ab superstar pra todos
Edu, quero muito tudo isso de novo !!! A “minha” igreja de St Sulpice, o Bon Marche, L’epi du Pain e por ai vai … adorei tudo! Bravô!
Madá, nós também queremos mais!!
Mas o nosso vizinho exagerou. Estava vendo a hora em que ia pedir um pedacinho de cada um dos nossos pratos! rs
Sete abraços pra você.