dcpv – chi-chi-chi-nho-nho-nho. ou seria vi-vi-vi-le-le-le?

número 334
23/10/2012

Chi-chi-chi-nho-nho-nho. Ou seria vi-vi-vi-le-le-le?

Este é mais um daqueles posts feitos no calor da emoção da volta de uma excelente viagem.

E como desta vez fomos pro Chile (Santiago/Colchágua), é claro que a inspiração veio de lá.

Trouxemos um montão de vinhos e frutos do mar enlatados e únicos de primeiríssima qualidade.

Algumas receitas são pura transgressão e outra advém do resultado duma pífia aula de culinária que fizemos (Madá, Márcia, Lourdes, Eymard, Dé e eu, com o registro fotográfico do Vianney) no Lapostolle Residences.

Vamos lá, então ao menu chileno do retorno.

Bebidinha – Caipirim

Estava o maior calor e o Deo pensou numa caipirinha de Gim. Ficou mais calor ainda. rs

Entrada – Pastel de Jaiba e salada de verdes.

Este pastel é resultado da aula (???) que tivemos no Chile. Ele é quase que uma casquinha de caranguejo.

Pra ser original, vou dar a receita em castelhano.

Cortar pimentóns verde e rojo (1 cucharada de cada) en brunoisse y reservar.

Remojar 3 rodadas de pan de molde sin los bordes junto com 1 taza de leche e 1/2 taza de crema. Reservar.

Em una sartén, agregar 1/2 taza de aceite de oliva y saltear 1/2 cebolla cortada em cuadritos pequeños y los pimentones hasta que a cebolla esté transparente y blanda.

Agregar 500g de carne de Jaiba y mezclar.

Agregar vino blanco, dejar reducir, agregar el pan con la leche y revolver. Agregar sal y 25 g de de queso parmesano rallado.

Verter em pocillo que se puedam meter al horno y agregar el resto de queso parmesano sobre la mezcla para gratinar.

Viu como parece com uma casquinha?

Quanto a salada de verdes, o meu conselho é pegar tudo o que for mato de qualidade (no meu caso, colhi mache, manjericão, orégano, dill, azedinha, alfaces, rúcula, tomilho, etc) , …

… juntar numa vasilha …

… e fazer um molho com mostarda l’ancienne, vinagre, azeite, sal e pimenta.

É o acompanhamento perfeito prum “pastel”.

Tomamos um espumante brasileiro Millésime da Miolo 2010 que foi “cool, desmiolado, espumoso, injuriado“.

Principal – Capellini aos frutos do mar.

Este prato foi a improvisação total.

Tudo bem que foi organizada, já que aproveitei pra utilizar alguns dos inigualáveis frutos do mar chilenos (olha o pulpito aí, gente).

Todos sabem que as águas frias do Oceano Pacífico produzem estas verdadeiras maravilhas.

Portanto, basta fazer uma bela massa caseira (a Dé caprichou) …

… um molho de tomates muito bem encorpado e reduzido, e quando estiver bem quente, “agregar” locos, picorocos, machas, navalhas, camarones, pulpitos, salmones e o que mais tiver na mão.

Aí é só cozinhar o macarrão até ficar al dente …

… e misturar ao molho.

Que prato espetacular!

Todos comemos duas vezes e …

… e comemoramos com uma legítima herança da viagem, um Sauvignon Blanc Casa Lapostolle 2011 que foi “remember, aguado do mar, João Batista, poronguito“.

Sobremesa – Sorvete de Milho.

Maiz, ou melhor, milho é uma das especialidades chilenas. Então, saquei da cartola uma receita de sorvete de milho verde.

Coloque num copo de liquidificador, uma lata de milho verde escorrido, uma de leite condensado, uma de creme de leite sem o soro, uma de leite e raspas da casca de um limão.

Bata tudo muito bem e coloque na sorveteira (eu usei a minha Ferrari ).

Ficou uma delícia e combinando muito bem com o clima reinante.

Eis a opinião dos baixinhos e cabeçudos:
Jo soy latino-americano e nunca me engano! Viva Chile! (Edu)
Espiritus sanctis amens! (Mingão)
Espetáquilla! Exuberante cascata de paladares esfuziantes. (Deo)

O que deu pra perceber é que a culinária chilena é bastante peculiar e calcada em ótimos ingredientes, especialmente os frutos do mar.

Portanto, aproveite esta qualidade e vá visitar o Chile, especialmente Santiago, que normalmente é vista somente como um lugar de passagem pros mais variados rincões (Patagônia, Atacama, Ilha de Páscoa, destinos de neve, etc), mas tem muitos encantos.

Chi-chi-chi-le-le-le. Viva Chile!

Hasta.

.