número 355
18/06/2013
dcpv – É vero, é Gero.
Mais uma vez apelei pra minha biblioteca gastronômica.
Só que neste caso, a apelação foi deliberada.
Já faz um bom tempo que eu vivo olhando pro livro Gero (do restaurante homônimo pertencente aos Fasano) com bons olhos.
E olhe que ele é antigo aqui no pedaço. Desde 1998 está em casa e acredito que já executei (literalmente) várias de suas receitas.
O time que criou este livro é fantástico. Luis Tripoli e Sergio Pagano nas fotos; o texto ficou por conta do Matinas Suzuki Jr e as receitas são do incrível Luciano Boseggia.
É praticamente uma seleção e lendo/vendo a obra-prima não tive como não escolher (ops, conheço este bordão de algum lugar) um menu pra fazer nesta noite.
Vamos lá, então, à2s receitas do Gero.
Entradas – Bruschetta Mantovana e Tartar de salmone su ventaglio di zucchine.
É claro que as receitas são italianas e tradicionais.
No caso desta bruschetta, basta grelhar 4 fatias de pão italiano dos dois lados. Esfregue alho num deles.
Regue com azeite extravirgem e tempere com sal e pimenta do reino.
Distribua patê de azeitona verde (by sex shop) sobre as fatias de pão, coloque fatias de muçarela por cima e gratine em forno alto até o queijo derreter.
Retire do forno e distribua mortadela italiana por cima.
Sim, ficou uma delícia.
Já pro tartar, basta ferver abobrinhas em água e sal por 5 minutos e colocá-las numa vasilha com água e gelo. Reserve.
Pique salmão (usei um defumado) e ciboulete bem fininho. Misture e tempere com sal, pimenta do reino, limão e azeite.
Distribua as abobrinhas cortadas em fatias bem finas nos pratos como se fosse um carpaccio.
Coloque o salmão numa forma no meio do prato e desenforme.
Enfeite com as pontas das cebolinhas sobre o salmão e distribua 1/2 tomate sem sementes, cortado em cubinhos.
Regue com azeite extravirgem.
É mais uma receita de bons ingredientes (que novidade) e perfeita.
Tomamos um vinho branco, o Sauvignon Blanc Cosecha Tarapacá 2011 que achamos “natureba, pepperoso, caratapa, perfeito”.
Principal – Risotto ao brie, bresaola e rucola.
Nada como trazer uma boa bresaola da Itália, né? Foi o fator determinante pra eu escolher este risoto, já que eles são especialidade do Boseggia.
Como sempre, fazer é fácil (o difícil é acertar o ponto do arroz).
Doure 1/2 cebola pequena picada, 200 de bresaola cortada em juliana e 50g de rúcula também cortada da mesma maneira em duas colheres de azeite. Junte 380g de arroz arbóreo e refogue por alguns minutos.
Adicione 1/2 xícara de vinho branco seco e deixe evaporar. Junte aos poucos, caldo de carne (feito em casa).
Cozinhe por 16 ou 17 minutos, mexendo de vez em quando (a medida que o arroz for secando, coloque mais caldo). Junte mais 50g de rúcula e 200g de queijo brie sem casca.
Retire do fogo. Acrescente 50g de manteiga e 2 colheres de sopa de parmesão ralado.
Polvilhe com uma colher de salsinha picada. Misture bem e deixe descansar por 2 ou 3 minutos antes de servir.
Como diria a Dé, resultou encantador (e al dente).
Tomamos um bom tinto, o Cabernet Sauvignon/Malbec Goulart R que foi “NBA, de andrade, regina, porradício”.
Sobremesa – Crema di mascarpone al cioccolato
Esta é simples demais (ainda mais que foi a Dé quem fez!! rs)
Bata 4 gemas e 2/3 de xícara de açúcar de confeiteiro até obter um creme esbranquiçado. Misture aos poucos, 500g de mascarpone. Reserve.
Derreta 1/2 xícara de chocolate meio-amargo em banho-maria. Retire do fogo e acrescente 1 colher de sopa de creme de leite e um pouco de conhaque. Deixe esfriar.
Distribua o creme de mascarpone em taças individuais e por cima coloque a mistura de chocolate.
Leve à geladeira até a hora de servir. É chover no molhado, mas ficou muito bom.
Eis a opinião dos “geradeiros” italianos:
GERAlmente, um grande jantar. É vero! (Edu)
Prestíssimo, perfeito! (Deo)
Belíssimo. (Mingão)
“Se você quiser realmente saber como se descobre um grande restaurante, antes de pedir a entrada, divague sobre qualquer assunto, por cinco minutos, com o dono do estabelecimento. Se ele não te encantar nesses cinco minutos de prosa à toa, caia fora. Não confie em restaurantes com pratos nota dez e com donos carisma zero”.
Acho que nem é preciso conversar com o Rogério pra constatar o óbvio!
Bye.
.
Há 0 comentário
Bela sequência, gostei do Tartar, espero tentar em breve.
No vinho, fiquei na dúvida sobre i “NBA, de andrade, regina, porradício” isso bom, mal ou péssimo?
Abraço
@GusBelli
Entendi que o vinho é forte, estruturado, bastante tanico e encorpado. Quanto a chamada (Gero) vim correndo ver se não era o teste Gerístico! Aqui como lá. La´como cá. Não era.
Gustavo, faça o tartar que é muito bom.
Quanto as palavras que descrevem o vinho, acredito que NBA=forte; de andrade=estruturado; regina=bastante tânico e porradício=encorpado! 🙂
Brincadeirinha, na verdade, usamos estas definições mais como referências do que qualquer outra coisa. Neste caso, o vinho foi muito bom!
Grato pela visita e volte sempre!
Sócio, não é que você acertou na cabeça! Nada como ser habituée e saber o que todos pensam por aqui, né?
Quanto ao comparativo dos Geros (BSBxSP) ficará pra próxima. As fotos ficaram muito ruins! rs
Abs gerados pra todos.