08/12/2018
Jour cinq – França – Isto é que é um verdadeiro devaneio artístico-etílico: da Alsácia pra Champagne passando pelo Pompidou.
Dia de troca de hotel é dia perdido, certo?
Claro que não.
Vamos ver.
Iniciamos os trabalhos tomando um café da manhã no próprio hotel.
Foi o primeiro (estamos com essa mania de dispensar o café incluído na diária) …
… e olha, gostamos muito.
Como até chegar na região da Champagne o chão é grande (são quase 400 km) …
… optamos por dar uma passada na divisa com a Alemanha.
O Jardin des Deux Rives fica na parte francesa …
… e tem um lado terminando no Rio Reno.
Foi justamente este fato que nos fez vir até ele.
Afinal de contas, não teria a menor graça visitar a Alsácia …
… e não conhecer esta famoso rio, um dos grandes responsáveis pela qualidade das uvas desta região e consequentemente, dos vinhos, em especial os Rieslings.
Depois de dar uma olhada rápida no parque …
… e pasmem, ficarmos emocionados, zarpamos.
E pra não ter que dirigir direto pra Champagne optamos por parar em Metz …
… que fica bem no meio do caminho e onde foi construída uma filial do Centre Pompidou.
Acontece que no meio do caminho tinha um pedágio e, por incrível que pareça, os gillet jeunes apareceram e deram ordem pra passarmos direto! Foi cool.
Voltando ao Centre Pompidou, o seu edifício é um espetáculo …
… e foi projetado pelo renomado arquiteto japonês Shigeru Ban.
Todo modernoso, …
… com ângulos muito diferentes …
… e extremamente fotogênico.
Quanto ao conteúdo, até que gostamos muito deste tipo de museu.
A arte moderna é meio ininteligível, mas tem muitas coisas interessantes.
E desta vez nos surpreendemos, mais uma vez, positivamente.
Todas as salas continham obras meio “malucas” …
… e com um senso estético…
… da mais alta qualidade.
A surpresa maior viria na forma de uma exposição especial.
Ela se chama Peindre la Nuit …
… e nada mais é do que uma ligação entre a arte e a escuridão.
Todo o enredo é absolutamente envolvente …
… e a iluminação combina demais com o conjunto de todas as obras expostas.
O resultado é que você fica maravilhado e imaginando como é que alguém pensou …
… em juntar todas estas obras que convergem pra um entendimento completo do tema.
Enfim, se tiver alguma chance de ver, não perca.
Continuamos o nosso périplo chuvoso, …
… mas nos deliciando com as paisagens …
… e como a influência alemã vai deixando de ter a importância à medida que nos direcionávamos mais pro centro da França.
O mais legal é que iríamos nos hospedar no Royal Champagne …
… um hotel que ficamos há 6 anos.
Ele era bom, mas estava fechando pra reforma e tudo era muito velho e clássico.
Após um bom tempo sendo reformado, ele reabriu recentemente (em julho/18) e em altíssimo estilo.
Na verdade, hoje é um hotel completamente diferente.
O estilo clássico foi substituído por um muito mais moderno, elegante …
… e, porque não dizer, espetacular.
Olha, resultou muito bom mesmo.
E pra chegar em alto estilo, como convém à região, …
… fizemos um tasting de Champagnes …
… de excelentes produtores …
… e quase que totalmente desconhecidos em terras brazucas.
Foi demais!
O melhor é que o sommelier Alberto,um espanhol “porraloca” nos fez experimentar 6 varietais excelentes.
Foi extremamente divertido …
… e aproveitamos pra …
… babar nos ambientes do renovado Royal Champagne.
Pra complementar, optamos por reservar uma mesa no jantar no restaurante gourmet do próprio hotel.
Escolhemos um menu degustação mais light, se é que isso existe! 🙂
Era a opção surpresa do chef, composta de entrada, dois principais e sobremesa (até parece!)
É claro que iniciamos com o envio de amuses muito bons.
Pra harmonizar, tomamos um branco Montrachet que era “daqueles”.
Em seguida, os pães foram servidos e com uma manteiga mais do que especial.
Mais uma surpresinha: um frango com purê e lentilhas. Sensacional.
Como entrada, foie gras com gelatina de laranja, sorvete de abacaxi e um brioche bem macio.
O primeiro prato, tanto meu como da Dé, foi um peixe maravilhoso com legumes diversos e cozido ao ponto.
O Alberto, o nosso sommelier espanhol, nos indicou um tinto leve, um pinot pra continuação do jantar.
Que veio em forma de frango com molho roti e legumes pra Dé …
… e com carne de veado, com os mesmos acompanhamentos, pra mim.
Ufa, estávamos mais do que satisfeitos.
Mas ainda viria a presobremesa, …
… e a própria, com alguma pirotecnia e muito sabor.
Cansados, satisfeitos (muuuuuita comida) e com bastante sono …
… só nos restava descer dois andares e …
… nos reconfortarmos na cama perfeita …
… dum quarto não menos.
É, hoje fomos direto dos brancos alsacianos pras buinhas champanhescas passando pela escuridão da noite em pleno dia!
Que dia!
Au revoir!
Veja os outros dias desta viagem:
jour Un – França – Alsácia – O primeiro chucrute e o primeiro riesling alsaciano a gente nunca esquece. Ainda mais passando pela Champagne.
jour Deux – França – Alsácia – A verdadeira Disney.
jour Trois – França – Alsácia – Andando e conhecendo a Strasbourg roots.
jour Quatre – França – Alsácia – Eu prefiro mesmo as curvas das estradas alsacianas.
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