07/01/2020 (corrido em 15/12/2018)
Jour douze – França – O dia em que Paris parou com os gilets jaunes (e nós estávamos lá).
Acordamos animados.
Não é todo dia que se tem a oportunidade de contemplar exposições sobre dois gênios: Miró e Jacko.
Era o programa matutino no Grand Palais.
Só não contávamos com os Gilets Jaunes.
Bom, iniciamos o dia tomando o nosso café da manhã como os franceses, …
… num café e fofocando sobre todos que passavam na nossa frente. 🙂
Frise-se que o sol nasceu magistralmente, …
… mas quando retornamos, já estava nublado e muito, mas muito frio.
Dei uma olhada no site do Grand Palais e lá informava que o museu estaria aberto, apesar das manifestações previstas.
Pegamos um táxi e a coisa começou a ficar estranha quando a polícia bloqueou o trânsito.
O nosso motorista deu uma volta imensa pra descobrir que toda a região em volta da Champs-Elysées estava bloqueada.
Resultado?
Nos deixou próximo da Ópera e segundo ele, era só ir reto que chegaríamos ao Grand Palais.
Doce ilusão!
Passamos por várias barreiras que bloqueavam a circulação, conseguimos andar muito até chegar nas Tuilleries e passar pro outro lado do Sena.
Estava tão frio …
… que tivemos que dar uma parada num café …
… pra dar uma boa reabastecida.
Continuamos o nosso périplo …
… até descobrirmos o óbvio!
O Grand Palais estava fechado! 😀
Tivemos que voltar na direção do hotel …
… passando pelo Champ de Mars …
… e tentamos encontrar uma loja de vinhos no caminho (que bela foto).
Compramos alguma coisa …
… e, finalmente, pegamos um táxi pro hotel (frio demais).
A chuva apertou …
… e o jeito foi almoçar na La Grande Epicerie.
E pizza!
Por sinal muito boa e napolitana de origem.
Claro que acompanhamos com taças de Champagne brut. Não somos de ferro!
Demos mais uma volta por Saint-Germain e descobrimos que os Gilets Jaunes estavam por aqui também.
Foi uma verdadeira zona. Polícia pra todo lado e uma manifestação mais do que pacífica dos coletes amarelos.
Com chuva forte e tudo, fomos comprar queijos, …
… numa das dicas que o grande Luiz Horta nos deu.
A Fromagerie Quatrehomme é uma maravilha.
São mais de 200 tipos de queijos …
… que você quase não tem ideia do que escolher.
Aí aparece o trabalho dos atendentes (no nosso caso, o Christophe) que teve a maior paciência e nos ofereceu …
… um montão para experimentar e levar pra casa, já que ele embala tudo a vácuo.
Absolutamente perfeito.
Voltamos pro hotel, debaixo de chuva …
… com uma outra passadinha básica na Grande Epicerie …
… e debaixo de chuva, fomos jantar.
E no Allenotheque, o bistrô do chef Yannick Alleno.
A ideia toda é fazer uma comida um pouco menos elaborada, mas muito mais barata que a do restaurante estrelado dele.
Começa que o lugar onde ele fica é uma beleza.
A Beaupassage é formada por um conjunto de grandes estabelecimentos gastronômicos, …
… entre eles a Pic, o Pierre Herme e outros menos votados.
Agora o Allenotheque é especial.
É uma mistura de restaurante, cave de vinhos e loja.
Chegamos nos aboletando na nossa mesa reservada (faça sempre isso).
E como tivemos um pequeno problema com o dia da nossa reserva, acabamos ganhando duas taças de um brut Billecart Salmon.
Bela e gostosa gentileza da casa.
A Dé escolheu como entrada o que ela mais gosta (depois de mim), alcachofras. 🙂
Que prato bonito!
Eu, marítimo que sou, fui de tratar de vieiras com abacates.
Perfeitos.
Como principais, a Dé foi de gnocchi coberto com mozarela de búfala …
… e eu, um salmão escocês com uma espuma de batata.
Pratos absolutamente maravilhosos, com vinhos brancos tanto quanto.
Enfim, foi certamente, o melhor custoxbenefício de toda a viagem.
Só nos restou retornar para o hotel debaixo de chuva e arrumar as nossas “n+10” garrafas de vinho nas malas.
Haja sono dos justos!
Sabe que, no final, foi muito interessante ver Paris totalmente parada, pacífica e sem saber o que poderia acontecer?
Au revoir.
Veja os outros dias desta viagem:
jour Un – França – Alsácia – O primeiro chucrute e o primeiro riesling alsaciano a gente nunca esquece. Ainda mais passando pela Champagne.
jour Deux – França – Alsácia – A verdadeira Disney.
jour Trois – França – Alsácia – Andando e conhecendo a Strasbourg roots.
jour Quatre – França – Alsácia – Eu prefiro mesmo as curvas das estradas alsacianas.
jour Cinq – França – Isto é que é um verdadeiro devaneio artístico-etílico: da Álsacia pra Champagne passando pelo Pompidou.
jour Six – França – Champagne – Möet Chandon e Cité du Champagne: dois lugares diferentes com o mesmo fim: buinhas.
jour Set – França – Champagne – Dois extremos que se encontram numa flute: Taittinger e Franck Bonville.
jour Huit – França – A madame (Pommery) e o peixe (Salmon) dominam a Champagne.
jour Neuf – França – Como diria o grande Tim: de Champagne à Paris, não há nada igual.
jour Dix – França – Grafitti em Belleville, Space Invaders e Barco do Ducasse: p… -que o Paris.
jour Onze França – Paris – Passeios gastronômicos com e sem chef.
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