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dcpv – da cachaça pro vinho – extra… extra… noite persa II

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29/02/08

dcpv – Extra …. Extra…. Noite Persa II

Se alguém prestar atenção na data verá que é uma sexta-feira. Uai, o que aconteceu? As reuniões do dcpv não são somente as quartas?
É verdade mas eu e Dé fomos a um jantar Persa no novo espaço da Carla Pernambuco e ele foi tão bom que não tive como não postar uma edição extra em territórios paulistanos ( a conhecida praia).

Segue o relato: (desculpem se as fotos não estão grande coisa. Estava com receio de “dar bandeira” e acabei levando uma lambe-lambe digital. Prometo que levo a câmera titular no próximo!)

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Gastro Pop Etapa 1 – Cozinha Persa
Stúdio 768 e Carla Pernambuco
29 de fevereiro de 2008
Chef convidado – Carlos Siffert

“Diversidade de paladares pode ser o melhor termo pra interpretar a cozinha persa tradicional. Pérsia ou Irã?” …
Este é o início do excelente material que foi distribuído pela própria Carla (pra quem ainda não juntou o nome à pessoa, é ela mesmo, a Carla do Carlota!) onde está toda a explicação do que e como é formada a comida persa. Além das informações ainda estão encartadas várias receitas de entradas, pratos principais, sobremesas e drinques especiais pra você reproduzir uma noite totalmente Persa na sua casa.
Adivinhe se eu não vou fazer? Aguarde e verás !

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Acima, a Carla Pernambuco

A ideia toda é trazer chefes convidados uma vez por mês (neste caso foi o Carlos Siffert, ex-Tambor e com mais mil e uma qualidades, além da extrema simpatia) pra fazerem juntos (o chef, a Carla e a Carolina) um jantar étnico/temático.
O lugar, o Stúdio 768 (que fica em frente ao Carlota) é lindo, moderno e despojado além do toque pessoal que a Carla deu a ele com livros e revistas de culinária aos borbotões. Cozinha à mostra, mesa grande e única pra 25 pessoas, ambiente descontraído no formato legal e não formal, contato direto com os chefes e conversas das mais variadas.

Ainda tivemos o prazer de encontrar casualmente o Ricardo Freire, o Riq, guru de várias de nossas viagens e bigboss do blog ViajenaViagem (que é como um grande encontro de grandes viajantes) além do Nick, um grande papo e simpaticíssimo.

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O Nick, o Riq e este que vos escreve

O Cardápio consistiu de: (prepare-se pra mais uma aula do curso dcpv de línguas, desta vez de iraniano!)

ENTRADAS

Sanbouseh (pasteizinhos picantes de cordeiro)
Torshi-e Havij (relish de cenoura)
Torshi-e Havij (pickles de uva)
Dolme-E Barg-e Mo e Poloor (charutinhos de folha de uva e pasta de iogurte misturado com feta)
Kuku-e Sabzi (fritada de ervas)
Boorâni-ye Esfenâj (salada de espinafre com coalhada)

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PRINCIPAIS

Mahi-o Somagh (peixe com crosta de batata e sumac com molho de pistache)

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Chelow Ba Tah Dig (arroz com crosta)
Albadu tu-por (codorna recheada)
Fesenjan ( molho de nozes e romã)

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SOBREMESA

Bâghlavâ (baklava de amêndoas e pistache)

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BEBIDAS

Foram servidos Pom Royale (coquetel de champagne e romãs) e um vinho rosé Libanês 2006 que sinceramente não marquei o produtor (mas que lendo o fotolog do Riq lá no VnV consegui “relembrar”: é um Chateau Musar 2001).

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GRANDE RESUMO DA NOITE

As entradas praticamente formaram uma mezzé de primeiríssima linha com tudo condimentado na medida certa e dando uma bela indicação do que estaria por vir. Foram servidas num coquetel no andar de cima do Stúdio 768 e com o acompanhamento do fresquíssimo Pom Royale.

A salada de espinafre abriu o jantar quando já estávamos sentados à mesa. A seguir foi servido o Robalo (que pra mim é o frango dos peixes!) devidamente enrolado em fios de batata com um molho de pistache formado por ghee, coentro em grão, pimenta de caiena, alho poró (ou francês), alho, cúrcuma, pimenta preta, caldo de frango, cominho em grão, cebola, creme de arroz, sal, sucos de limão e laranja. (Ufa! Isto parece a descrição da seção de temperos e especiarias do Santa Luzia, o sex-shop). E o resultado, como não poderia deixar de ser, foi formidável!

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Ainda viria a codorna (uma mini-codorna se é que isto existe?) recheada com moyashi, bulgur (em homenagem à Lídia) e dill que estava muito, mas muito tenra mesmo a ponto da Dé comer mesmo não apreciando muito este tipo de carne. E ainda por cima acompanhada de um arroz Basmati (parece perseguição mas o nosso queridinho dos arrozes está sempre por perto!) bastante temperado com o legítimo açafrão iraniano. Espetáculo!

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E pra terminar, uma sobremesa típica Persa que como o próprio Riq disse, parecia um pé-de-moleque persa (só que com o pequeno detalhe da troca do amendoim por amêndoas e pistache) e com uma calda sensacional de água de rosas e açúcar cristal.

Pra colocar a pá de cal, cafezinho by Carlota !

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Que noite maravilhosa! E, de acordo com a própria Carla, o grupo que estava lá casou completamente com a concepção da ideia e tudo parecia harmonizado como um grande vinho à uma bela refeição!
Bom, só nos resta felicitar a Carla, a Carolina e o Carlos pela grande ideia e pela realização deste evento memorável.
Vamos aguardar pela segunda noite que (segundo a Carla) deverá ser Polonesa! Nos inclua dentro dessa! Estaremos lá!

PS (este é um post-scriptum mesmo pois foi escrito um dias depois)

A Nina Horta também esteve lá e escreveu sobre o jantar na coluna dela da Folha de ontem (05/03). Leia um trecho da excelente crônica (novidade!) “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” (ela me autorizou a reprodução por e-mail) :

... ” Gostamos todos do jantar. Difícil reproduzir os nomes, tipo kuku-e-sabszi, que não passava de uma fritada de ervas simplesmente deliciosa que já vou copiar hoje mesmo. Apesar de levar como ingrediente um pouquinho de bicarbonato de ódio. Erro de digitação, é claro. Mas não seriam as emoções os principais ingredientes? Fritadinha com ódio, nem imagina que ótima!”…

Infelizmente, o texto inteiro só está disponível pra assinantes da Folha no UOL mas vou ver se consigo e o coloco aqui !
Grato Nina, pelo belo texto e pela autorização! Até!

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Há 11 comentários

  1. Bom, desculpem a nossa falhas mas os comentários da Marizé, do LPontes e da Neide sumiram pois fui obrigado a deletar todo o post anterior por motivos técnicos .

    De qualquer maneira, respondo de novo pois me lembro deles :

    Marizé, a comida foi um arrasa quarteirão ! Estupenda e reproduzirei este menu por aqui brevemente !

    LPontes, grato pela resposta positiva. Como a comida portuguesa parece ter caído no nosso gosto, este menu retrô será muito bem-vindo.
    E quanto aos ingredientes, eu moro há uns 45 km de São Paulo e me abasteço regularmente na Casa Santa Luzia ( o sex-shop). Portanto, excetuando os muito típicos tais como percebes, amêijoas, etc pode indicar o que voce preferir.

    Neide, e não é que eu desconfiei que a Nina era ela mas,não consegui identificar (também com aquele “prestígio” na cabeça!). Mas já reparei o erro e inclusive, ela me autorizou por e-mail a reproduzir a excelente crônica que ela escreveu !

  2. Edu, que BACANA! ela nao fez a sobremesinha de creme de arroz que ela disse na Folha SP que iria fazer? Mas estava tudo uma lindeza. So o que realmente me conquistou foi aquele lustre, cheio de xicaras penduradas. Adorei! 🙂 Vou querer ler o texto da Nina. abraco,

  3. Eduardo,

    Sempre passo por aqui porque eu sou ‘cozinheira muito, mas muito mesmo, amadora’. Algumas vezes seus posts me lembram o meu trote na faculdade de matemática no meu 1º dia de aula: um livro de cálculo em alemão! rs
    São fantásticos e acho sua confraria mega-bacana.
    Eu digo que quando vou ao Pão de Açúcar – o supermercado – eu consigo sair de lá gastando uma pequena fortuna em apenas uma cestinha, por isso não é mercado, é shopping.
    Agora, a descrição do Santa Luzia como Sex Shop foi a coisa mais perfeita que já li! rs
    Adoro aquele lugar…

  4. Fer, ela não fez a sobremesa que estava na Folha mas o pé de moleque estava uma beleza ! Já falei com a Nina e ela disse que posso mandar !

    Vitor Hugo : se você estiver a fim de experimentar me avise que eu te mando as receitas. E a Carla deve ter gostado do “elogio” !

    Margot : eu sou o que tem cabelo e não é branco. Parece
    charada!

    Mo Gribel : pô, livro de cálculo alemão (rs). Agora, até a Ana Maria lá do Santa Luzia já sabe da utilização do termo sex-shop praquele verdadeiro templo do prazer ! Quem sabe não ganhamos alguns royalties !

  5. Eduardo,
    Obrigada pela “homenagem”! Que interessante e que cardápio fantástico. Alguns dos pratos e ingredientes eu conheço bem. Que bom saber um pouco mais sobre a cozinha persa.

  6. Lídia, o produto bulgur só entrou para os meus conhecimentos através do Cozinha Turca e a comida persa tem lá as suas semelhanças com a turca mas, ela utiliza muito mais especiarias !
    De qualquer maneira, as duas cozinhas são excelentes !

  7. Eduardo, de dar água na boca esse jantar, ainda em boa companhia 😀 Isso é que é coincidência!
    Como eu tinha dito lá no Riq, a vontade de experimentar a cozinha persa é antiga, ainda não desisti…e vou dar uma olhada na agenda deles dos jantares e escolher um que me agrade. Acho que eu mereço, rss…
    Um abraço!

  8. Emília, o jantar foi demais e como a própria Carla respondeu via e-mail, ” deu mais certo ainda pelo pessoal que compôs o grupo que estava lá ” ! Quanto a programação, ela disse que o próximo será escandinavo e que deve ser anunciado nesta semana !
    E é lógico que vocês merecem ( assim como nós também. Quem sabe não fazemos uma micro ComeVnvção!!).
    Abs.

  9. Neide, éramos nós mesmo. Este foi um dos erros dos promotores do evento: não apresentar as pessoas que se encontravam lá ! Mas, no geral, o filme ( Estômago) é bem bom !

Dê a sua opinião, please!