mani… pulador
21/03/10
dcpv – Maníacos pelo Maní.
Somos maníacos pelo Maní. Toda vez que pensamos em ir comer fora, um de nós (eu ou a Dé) diz: vamos ao Maní?
E ultimamente fomos pouquíssimas vezes porque na maioria delas, só conseguimos chegar até a porta, pois a fila e a espera nos impediam.
Desta vez, não! Iríamos nos encontrar com os nossos amigos, a Emília e o Arnaldo e surpresa: descobri que eles agora fazem reservas.
Reservei e marquei pras 13:30 hs. Era certeza de altos papos e altas comidas!
Chegamos primeiro e fomos nos acomodando junto ao famoso couvert com o biscoitão de polvilho e as pastas de coalhada seca e queijo de cabra com pimenta rosa, além da manteiga salgadinha e cremosa.
A Emília e o Arnaldo chegaram logo depois e iniciamos realmente o estudo do cardápio, além de fazermos um breve relato sobre as nossas últimas viagens (Paris e Marrocos). Com direito a presente e tudo o mais.
Todo mundo estava com fome e sabendo da fama de excelentes cozinheiros da Helena Rizzo e do Daniel Redondo, analisamos o menu como quem vê o seu roteiro final de viagem (vocês me entendem, né?)
A Emília pediu como entrada Tartar de Vieiras que contém leite de amendoim aerado e caramelo de amendoim. Belo prato.
O Arnaldo foi de Feijoada esferificada com carpaccio de pé de porco. Um prato bonito e tão bom, mas tão bom que ele comeu rapidinho!
Como todo mundo (no caso, eu) queria mais, fomos obrigados a pedir mais uma.
A Dé pediu um quadro. Uma salada Waldorf formada por gelatina de maçã com sorbet de aipo, nozes caramelizadas e emulsão de gorgonzola.
E ou não é uma verdadeira obra de arte?
Eu fui de Ovo Perfecto. Ele é cozido por 2.5 horas a 63ºC (que precisão!) e servido com emulsão de pupunha. Resumo da obra e como diria o Arnaldo: um bom mingauzinho de ovo.
Tudo acompanhado pelo belo espumante rosé italiano Martelozzo que o gentil sommelier Felipe nos indicou. E acertou!
Ah! Também nos oferecemos (nós merecemos! rs) um bonus: bombons de foie gras cobertos por uma película de vinho do Porto e um pedacinho de goiabada como recheio. Esta vale a descrição do ato de comê-lo: você o coloca na boca e sente um leve gosto do foie. Dá uma bela mastigada e percebe a goiabada e sua doçura. De repente, se pergunta: onde está o foie? Para onde foi?
E aí, ele reaparece no retrogosto, como o bis tão esperado num show do cantor que você mais gosta que contém aquela música! Um verdadeiro espetáculo!
Papo vai, papo vem e resolvemos pedir os principais.
Emília foi de Atum levemente grelhado com quinua, chutney de amoras, espuma de gengibre e shissô. Comeu tudinho!
O Arnaldo escolheu um Arroz negro com lulas extremamente cremoso. Acho que ele gostou. (esqueci de perguntar, mas ele também comeu tudinho!)
A Dé foi de Peixe com terrine de batatas, cebolas, tomates cereja e vinagrete de alho e alecrim. Lindo e muito bom.
Eu pedi um Rosbife com crosta de Lapsang Souchang com um purezâo que me parecia de quirera (ô pessoal do Maní, vamos atualizar o site ou responder a e-mails?)
Carne macia e com o acompanhamento mostrando a que veio, apesar não lembrar exatamente o que continha.
Tomamos vinhos branco e tinto vindos diretamente do Atacama, Chile. Seria esta fato uma pista pruma próxima viagem? Pra continuar o nosso tour “maneiro”, sobremesas.
A Emília experimentou o famoso Café Padoca. Creme de leite, sorvete de doce de leite, gelatina de café e lascas de pão com manteiga. Ou seja, um Café de Padoca mesmo!
Já o Arnaldo foi de Arroz de leite. Ele gostou bastante e achou que continha algum tipo de macarrão. Obs : o dedão é dele!
A Dé pediu uma Espuma de Nutella com sorvete de gengibre e calda de mixirica. Ela achou gostoso, mas muito grande!
Eu, que não gosto de açaí, pedi justamente o Açaí já que tinha lido/visto a descrição lá no Que bicho me mordeu. Se todo açaí for assim, pode contar comigo.
Cafés pedidos/tomados, mais um pouquinho duma boa prosa, outro tanto sobre planos futuros e nos despedimos debaixo de chuva e sol.
E com a certeza de que o Maní caminha, cada vez mais a passos largos pra se tornar um lugar onde se come muito bem e melhor, com divertimento certo.
Tudo é muito divertido por lá.
Tá na cara que na próxima vez que sairmos pra comer, nós todos (acredito que os quatro, já que a Emília e o Arnaldo adoraram) falaremos: Vamos no Maní?
Ciao.
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Há 11 comentários
Eduardo,
poesia para mastigar!!! Esses pratos da Helena Rizzo sao poesia pura.
Realmente nao consegui encontrar o seu prato no site. Nao esta no cardapio anotado nem para almoço, nem para o jantar. O meu prato preferido foi o atum. Abs
EDU, gostei demais da entrada “Feijoada esferificada com carpaccio de pé de porco” (tanto que pedimos DUAS!), bastante do meu prato principal “Arroz negro com lulas extremamente cremoso”, achei maravilhosa a minha sobremesa “Arroz de leite”, achei fantásticos os “Bombons de foie gras”.
Gostei tanto de tudo que tenho que colocar na ordem pra ficar bem claro, bem clarinho que adoramos a tarde:
1) a cia. dos amigos Edu e débora (faltou a Renata dessa vez), sempre deliciosa como todas e tantas outras foram, sejam na sua casa, na nossa, nos restaurantes;
2) a nossa afinidade com a comilança e com a “intimidade” de irmos uns aos pratos dos outros dar umas garfadin has sem nenhum connstrangimento (eu diria que até com um grande prazer pessoal);
3) do meu dedão etr saído na foto e etr sido mencionado em destaque;
4) dos temperinhos que trouxemos de Marrakech terem saído na matéria;
5) do Mani (que pra mim está entre os cinco melhores restaurantes de SP;
6) da “Chuva-e-Sol-Casamento-de-espanhol” lindo que presenciamos na saída.
Foi uma belíssima tarde, espero podermos repetir brevemente. Só não sugiro neses final de semana porque estaremos dando um rolê pela serra paulistana!
GANDE abraço aos amigos e obrigado pela simpatia de nos mencionar
Ele gostou bastante a achou que continha algum tipo de macarrão. Obs : o dedão é dele! .sim do meu
Edu e Débora, mais um grande encontro e, do ponto de vista gastronômico, um dos mais memoráveis! (Porque do ponto de vista da companhia, é sempre um evento!)
A sugestão do Maní foi certeira, entendo agora porque a Débora é super fã do lugar: tudo o que pedimos estava impecável (eu sei porque experimentei do prato de todos, haha!). Seria difícil escolher um ponto alto, mas acho que o bombom de foie gras é um sério candidato 😀
Grandes papos, deliciosa comida…que venha mais Maní!
Um abraço para os dois!
Fiquei com mais vontade de voltar logo ao Mani… 🙂 Adorei.
Edu, respondendo ao comentário do post da viagem ao Rio… Nenhum problema se o ceviche for em Paris 🙂
Eu também aproveito uns dias de recesso na universidade para viajar em julho… Mas como não gosto de calor, fico pulando de um hemisfério ao outro em busca de temperaturas abaixo de 8ºC…pelo menos! Paris ficará para janeiro de 2011.
Levantei a possibilidade de aparecer em São Paulo em julho, mas se nossas datas nao coincidirem certamente não faltarão oportunidades para um encontro.
Abraços!
Comendo obras de artes… impossível não adorar 🙂
eduardo,
aos poucos começo a entender melhor o seu blog…Eu achei que tinha faltado uma explicaçao para o tal açai.
Afinal, ali, naquela tigela, tem mais do que açai. O açai ‘e quase um acompanhante de luxo.
Dai….cliquei na “origem” dos teus desejos (risos). Bingo! Ali estava a descricao completa do açai. Assim como, a partir do teu blog, ja conheci o do Arnaldo, do cafezinho da cinco e tantos outros interessantes que voce vai revelando e tecendo. A gente tem que ficar mesmo atento as pistas que voce deixa nos teus comentarios…ja estou desconfiado e ao mesmo tempo aflito na espera do proximo artigo…(risos). Abraco
Uau, EDU!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que delícia de almoço! Que delícia de amigos! Que maravilha de presentinhos! Fiquei até com inveja.
Não consegui ir ao Maní da última vez que estive aí na prainha, mas adoro o site de lá e a Helena é uma fofa! Ele sempre esteve na minha lista e agora foi para a cabeça.
Você está aguçando cada vez mais os meus planos de ir a Sampa.
Sai ou não sai o nosso petit comité do CP/DCPV?
Abraços e parabéns à Dé pelas fotos.
Edu
Mas que beleza!
Abs.
Eymard, veremos (e sentiremos)a qualidade do Maní, né não?
Quanto a descrição, eu não consigo entender o porque dos restaurantes gastarem um dinheirão pra fazer um belo site e não terem o cuidado de fazerem uma manutenção proporcional.
Tentei 3 vezes entrar em contato com eles, até telefonei e nada de resposta. Uma pena, pois o restaurante poderia ser melhor ainda!
Emília e Arnaldo(vocês merecem uma resposta conjunta): foi um tremendo prazer dividir (literalmente, pois fizemos um menu-degustação do nosso modo) este almoçco no Maní.
E melhor, mais uma vez passar uma tarde tão agradável que quando fomos perceber, já estávamos indo embora.
Até a própria natureza contribuiu pra que tudo ficasse melhor e mais bonito.
Foi muito bom mesmo (como sempre) e já estams aguardando pela próxima oportunidade, que terá eu ser logo. As panelas já estâo no fogâo!! 🙂
Que venha o R.P. !!
Luciana, boa viagem. E vamos marcar uma passada no Mani.
É só avisar quando estiverem na praia!
Adriana, sabe que marcar alguma coisa em Paris não é má iéia?? 🙂
Quanto a julho, vamos conversando pois ainda não tenho a data precisa da nossa próxima viagem.
Agora, comer ceviche em Paris??? Não vai dar. Não é melhor trocar por uma simples baguete??
Ameixa, isto mesmo. Verdadeiras obras de arte. E melhor, com essência.
Eymard, demorei tanto pra responder que o próximo post já está no ar! E coloco sempre os links pra que a informação original seja creditada.
Sueli, é claro que sai.
Afinal de contas, precisamos planejar o nosso bate e não volta pra Reims!! 🙂
Ah! A Emília e o Arnaldo são inagualáveis e um tremendo papo.
Beth, vamos lá confirmar a beleza, principalmente gastronômica, do Maní. A Reims!!
Abs espumantes a todos.