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mais do que extra – a casa dos cariris.

mais do que extra
10/05/2008

A Casa dos Cariris.

Corre por aí, de boca-em-boca, que existe um lugar em Pinheiros (bairro de SP) onde se come a melhor (e mais tradicional… e mais acolhedora … e mais espetacular …) comida mexicana de toda a Paulicéia!

E é verdade ! O negócio funciona da seguinte maneira:
Passo nº 1 – Você tem que conhecer alguém que já foi lá.
Passo nº 2 – Esse alguém tem que passar o e-mail da Lourdes (a maestra da cozinha mexicana).
Passo n° 3 – Você tem que mandar um e-mail pra ela dizendo que está interessado em ir a casa dela (e foi o que a Dé fez!).
Passo nº 4 – A Lourdes manda um e-mail pra você dizendo quando e sobre o que será a festa (porque todos os eventos na casa dela são verdadeiramente uma festa!).
Passo nº 5 – Você confirma (com muita alegria!) que vai.
Passo nº 6 – É só ir pro abraço! (fraterno, mexicano e delicioso!).

Pronto ! Você (assim como nós) estará no seleto grupo que esperará e-mails te convidando pra ir comer lá na Casa dos Cariris.
(Obs – Eu não estou autorizado a dar o e-mail dela pra ninguém portanto, não adianta me pedir rsrsrsrs!)

Nós fomos lá no sábado passado (10/05); o tema era uma Noite de Tostadas.
O e-mail que ela mandou continha um belíssimo texto sobre a morte; a morte dos amigos. Segundo a Lourdes, um amigo dizia que “um morto a quem ninguém oferece nada, está  condenado a fome perpétua“. Lindo, né? E a partir daí, ela resolveu fazer esta noite em homenagem a este amigo com uma trilha musical incrível que continha músicas que o amigo dela gostava tais como boleros e muita música latina! Enfim, um bom ambiente pra “festejar” a morte!

Portanto, vamos às tostadas que são “tortillas torradas no forno. Redondas, crocantes, só de milho” e deliciosas!

Começamos bebendo uma batidinha Villa (frutas con limon y chile) e uma margarita, é claro!
E comendo quesadillas de masa de maíz azul, con queso Oaxaca, acompaña guacamole (son poquitas) e a primeira Tostada de mole con relleno de carnes, nueces e frutas. Espetáculo!

E aí chegou La sopa de nada … uma delicia calentita (que segundo a nossa especialista em sopas, a Dé, deveria se chamar “Tudo em Sopas” de tão boa que era!)

Mais uma Tostada de Longaniza de pollo con papas y chile guajillo e

… mais uma de tinga (não sei o que é mas foi muito bom).

Pra arrematar, uma água de jamaica (muito diferente, interessante e com um tanino bem definido) e uma margarita de tamarindo, pois ninguém é de ferro! (rsrsrs).

E como surpresa, uma sobremesa surpresa que foi uma gelatina de vinho tinto com um caldinho de coco que estava muito mas, muito boa !

Como estava frio, ainda tomamos um belo chocolate quente feito com água e saborizado com canela e um refresco de mezcal.

E aqui está a Lourdes, a mulher que é capaz de fazer você sonhar que realmente está no México, pois a comida, o ambiente e a ambientação da casa deles (dela e do Felipe) são capazes de fazer o teletransporte imediato!
Viva  México!

Bom, esperamos a próxima oportunidade de degustar estas delícias mexicanas e aguardamos também o desfecho da história da galinha que o Felipe tinha e que chocou ovos de pintinho, perus, patos, etc já que a da sopa de pedra ele nos contou até o final.
Espero que você consiga entrar nesta lista e tenha o prazer de compartilhar sabores e companhias tão agradáveis!

Até !

PS – Desta vez eu não tomei o Mezcal com o verme (tinha acabado!), mas prometemos tomar na próxima oportunidade!
Agora, a frase do menu sobre o Mezcal é um espetáculo à parte : Para todo mal, Mezcal, para todo bien, también! 

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Há 13 comentários

  1. Nhamis!!! Eu era meio chata com comida mexicana, comi em BSb e detestei! mas aqui em Recife comi de novo, e agora adouro! Pre-ci-so marcar uma ida a SP, para vcs me fazerem um roteiro gastrô ultra-fashion, já q vcs descobrem cada uma…

    Abs!

  2. Já li sobre as festas dela em vários meios de comunicação.
    Quem sabe um dia, o Marcel e eu teremos a chance!
    bjo,

  3. Oh Edu, qual o e-mail dela?

    Hahahahahahahahaha,. só pra não perder a chance 😎

    Hoje tem confraria hein?! As 21hs eu to aí. Me aguardem!!

  4. Márcia, é só marcar.E vamos incluir uma passagem pelo endereço mais exclusivo da cidade : o DCPV ! (rsrsrs).

    Nina, assim que a Lourdes liberar, eu passo pra você!

    Diogão, é *¨xwz#@uol.com.br. E quer que eu mande o Carlão-motora ou você virá de trem ?

    Abs a todos.

  5. A morte, que nos deixa sem ação e sem chão, quando quem se vai é alguém muito querido, é percebida de diferentes maneiras pelas diferentes culturas. Os mexicamos, em especial, transformaram o “Dia de los Muertos” em uma das datas mais importantes do país. O luto e roupas pretas dão lugar a uma homenagem colorida em forma de festa, quando são servidas as comidas e bebidas preferidas daqueles que são homenageados. Bem, pelo menos foi assim que um professor mexicano de Antropologia me contou… Talvez por isso, para os mexicanos, “um morto a quem ninguém oferece nada, está condenado a fome perpétua “. No Japão, também parece ser costume fazer uma oferenda de arroz e algas, para alimentar as almas dos mortos.

    Por aqui, no Brasil, homenageamos aqueles que amamos e já nos deixaram com orações e flores, ou tentando fazer poesia sobre tema de tão difícil trato. Alguns, como Afonso Romano de Sant’Anna, conseguem…

    “Não posso dizer ao meu amor/ que comigo escolheu viver:/ – pare de morrer.
    Nem um nem outro pode/ parar de envelhecer.
    Advirto aos incautos:/ – não há nada de mórbido neste assunto.
    Estamos apenas/ morrendo de amor – juntos.”

    Para terminar, e relacionar o que escrevi ate agora com o DCPV, lembrei-me de uma palestra do Rubem Alves, a que assisti. Ele falava do conhecimento científico e do senso comum. Uma das metáforas utilizadas por ele comparava o conhecimento científico ao nutricionista e o senso comum ao cozinheiro. E ele dizia: “A comida dos nutricionistas quer manter vivo os homens; a dos cozinheiros ressuscita os mortos!”

    Abraços,

    Adriana

  6. Mas vcs descobrem é coisa. Tudo lindo e maravilhoso, mas eu diria como minha mãe: “Tenha medo não, Meskal, que lá não vou…”

  7. Mas vocês são danados hein…..descobrem de tudo e não e qualquer coisa não…só luxo. Espero um dia também ser convidada….. pena morar longe mas em dezembro estarei no Brasil….aiaia…queria tanto ser convidada…ahahah.
    Bjs.

    “Se deseja permanecer saudável, use os medicamentos considerados pequenos, e se deseja viver muito tempo e em paz, coma a carne chamada “língua”” (do turco Yusuf Has Hacib – do livro “A sabedoria traz felicidade” escrito entre 1069 e 1070 e citado por Ferananda de Camargo-Moro no livro “A ponte das turquesas”)

  8. Caro Eduardo,

    respondendo à sua dúvida, na postagem do Bistrô Pimenta, sobre NY, me diga o perfil que você busca por lá.Será um prazer indicar lugares especiais na Big Apple.
    É sempre um prazer visitar seu blog.
    Saudações!

  9. Adriana, acho que todo mundo aprovou a tua volta aos comentários. Que foi extremamente informativo e bem equilibrado ( como sempre!). E espetaculares o poema e a frase. Quem sabe desta história não saia um tema bom pra mais uma noitada dcpveana !

    Agdá, os teus comentários são sempre cirúrgicos ! E o lugar é bom demais, sô !

    Fabrícia, se tudo der certo, em dezembro já teremos alguma facilidade. Vamos ver se não dá samba misturar o México com a Tunísia ? E , a continuar assim, farei brevemente uma compilação de poemas ! DCPV também é cultura !

    Luciana, grato pelo prazer e na verdade estou sendo um pouco “fominha” ( pra variar) pois vamos ficar só 5 dias e a minha agenda gastronômica já está bem “rechonchuda”! De qualquer maneira, a idéia seria garimpar alguma dica off e gastronômica ( loja/restaurante/comidinhas).

    Abs a todos.

  10. Bem, Eduardo, você diz: “Quem sabe desta história não saia um tema bom pra mais uma noitada dcpveana !” Não sei bem a qual tema se refere, mas como devo ser a única “sem blog” nessa rede social gastronômica, portanto sem perspectiva de um encontro inter-blogs sugiro oficializar, também, os encontros temáticos (que na verdade já acontecem). Ai sim, poderia dar meus palpites e, quem sabe, entrar na fila de um encontro temático presencial 🙂

    Posso começar as sugestões hoje mesmo (a de Neruda não foi uma sugestão minha, mas do Ed). Aproveitando o registro do nosso queijo de Minas como patrimônio cultural imaterial brasileiro, pelo Iphan, posso sugerir uma noite que tenha o queijo como tema. Não sei quanto a vocês, mas adoro queijo! 🙂

    E quanto ao queijo de Minas…. Por entre as montanhas, a fabricação de queijo é uma tradição colonial diária que se mantêm em nossas fazendas. Dizem que apenas na sexta-feira da Semana Santa ele não é feito, quando o leite é distribuído na vizinhança.

    Abraços!

  11. Luciano, grato pelos elogios,dei uma passadinha na tua página ( mais rápida do que eu gostaria mas , prometo voltar com mais calma !) e gostei bastante também. Vou te adicionar no meu blog-roll, certo ? E se bobear, até aproveitar da tua experiência gastronômica , rsrrsrs !

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