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dcpv – da cachaça pro vinho – menu poli ou monocromático?

arco-iris?
29/12/09

dcpv – Menu Poli ou Monocromático?

Calma! Isto não é uma aula de Física.

Policromática (significado: que tem ou que emprega muitas cores) é como poderíamos definir a platéia desta reunião do dcpv.

Vejam bem se ela não é?
Toda a família do Mingão (Regina, Lucas e Gabriela além do agregado Fom), as nossas sobrinhas Bia e Luma, além da Renata (prestes a ir dizer “mon amour” em Parri!), a Dé e eu. Como única baixa, o Déo (que pelo visto, anda trabalhando demais e se esquecendo dos prazeres da vida!).

E pensei: o que contrapor com esta variação de cores?

Ora, uma comida monocromática (elementar, não?).

Lembrei que tinha separado/surrupiado umas receitas (é, ainda tenho esta mania) duma excelente revista, a in-lan da LAN (ex-LanChile. Acho que os caras contrataram a Aparecida Liberato) onde grandes chefes latino-americanos criaram pratos com a sugestão de que tivessem como resultado final, uma única cor.

Pronto. Escolhido o tema, o restante seria puro suor/prazer.

Vamos à noite Monocromática no dcpv, devidamente traçada pela clientela policromática.

Entrada – Capuccino de remolacha con su tartare y salmon curado, do Rafael Osterling (aquele).

Não precisa nem dizer que esta entrada é arroxeada! Remolacha é beterraba e esta receita nada mais é do que uma tremenda e saborosa sopa de beterraba (cebola, alho, alho poró, batata, beterraba, caldo de galinha, toucinho, creme de leite, leite, queijo parmesão, louro, tomilho, alfavaca, salsão, azeite e manteiga).

Complementada com camadas de tartar de salmão (salmão defumado cortado em pedaços, azeite de oliva, suco de limão, pimenta) …

… e um de beterraba (pepino, maçã , beterrabas, creamcheese, iogurte húngaro, mostarda Dijon, ciboulette, acúcar, suco de limão, um pit de vodka e azeite de oliva).

Aí é só montar: colocar num aro uma camada de tartar de beterrabas, uma do de salmão,mais uma de beterrabas e terminar com caviar de salmão.

Coloquei a sopa em volta e a monocromia vermelha invadiu a sala. Muito bom mesmo!

Principal – Lomo liso braseado, sobre papas cholas, champiñones crocantes y coulis de vegetales assados, do Tomás Oliveira.

Esta receita também é bem plástica e saborosa.

As batatas-bolinhas são cozidas em água e sal. Numa frigideira, douramos toucinho em quadradinhos até ficar crocante e reservamos. Com a mesma gordura do toucinho, fazemos um molho com um roux e caldo de carne e retornamos com as batatas.

Já o Coulis é muito interessante pois a ideia central é cortar abobrinhas, cebola, alho, cenouras e tomates em cubinhos e colocá-las pra assar no forno até estarem próximas de queimar. Junte um demi-glace (usei o da Nestlé), liquidifique bem e passe por uma peneira.
Os cogumelos Paris são cortados finamente e fritos como batatas (eu não consegui deixá-los como tal. Na verdade, ficaram xoxinhos, xoxinhos!).

E o filé mignon é selado, …

…  agregando demi-glace e indo ao forno por uns 15 minutos.

O prato fica bem marrom quando é montado com faixas do coulis e do molho das batatas e colocadas as mesmas sobre uma delas junto com o toucinho crocante, além do filé mignon sobre a cama dos cogumelos.

Todo mundo adorou, menos a Dé por motivos óbvios! (carne! Dedo em cruz!)

Sobremesa – Postre de zapallo, por Massimo Funari. 

Esta ideia é simples e bacana.
Um bolo de abóbora, acúcar cristal, manteiga, gemas, farinha, pão de forma, leite, baunilha e levado ao forno em banho-maria.

Servido com uma sopinha de creme inglês e biscoitos Amaretto moídos por cima (pois é, esqueci dos biscoitos!! hahaha).

Complementou a refeição monocromática duma maneira soberba. E todo mundo comeu bastante.

Olha, apesar da quantidade muito maior de pratos/pessoas, até que o jantar foi bom demais.

 

Foi um bom treino pra quando apresentarmos o projeto de receber algumas turmas (amigos/blogueiros/confrades/vnvéticos/lbvéticos/afins/tudo isto junto) por aqui.
Afinal de contas, já temos mais de 240 menus completos. É um belo background!

 

Como diria o grande SS: aguardemmmmmmmmmm!

Um tchau aquarelado.

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Há 8 comentários

  1. Que belíssima peça bovina.
    Isso me lembra que estou devendo um belo miolo de alcatra beeemmm gordo com alcaparrones pra moçada aqui em casa. Voilá!

    abaços Faber-Castell pra todos

  2. Eu estou com a Dé, essa vaca para mim ainda faz muuuuu 🙂
    Gostei dos cogumelos, não sabia que dava para fritar como batatas. Pena terem ficado xoxos.
    Esse alho negro é lindo, lindo 🙂

  3. Fala, prof Michel: estamos com saudades da tua comida. Precisamos marcar um IB/extra. Quem sabe com um belo miolo de alcatra, né não?

    Ameixa, que olho, heim? É isto mesmo, estes alhos negros ainda serão motivos de um menu. Por enquanto ficam as fotos e a certeza que são uma verdadeira delícia.

    Luciana, a idéia do menu é bem legal. E certamente iremos a Ribeirão o mais breve possível. Afinal,a companhia é de primeira!!!

    Salve, Rogério, eterno companheiro do Paladar, é claro que eu te mando. Na verdade, já mandei por e-mail.

    Liliane, demi-glace é um molho básico da culinária francesa. O meu, eu comprei da Nestlé e normalmente o utilizo quando quero encorpar algum molho.
    Quanto ao passarinho, foi só pra mostrar o policromismo dele. Ele está na minha mão já que tinha entrado em casa e ficou atordoado pois não conseguia sair. Felizmente, tudo deu certo e o soltei. O incrível é que um dia depois, entrou em periquito também. Segundo a Dé, os passarinhos só entram em casa onde existe felicidade.
    Portanto, que venham os passarinhos!! rsrs

    Tatiana, blog divulgado. Vou dar uma espiada no seu!!

    Abs a todos.

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