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dcpv – da cachaça pro vinho – delícias da cozinha alagoana

número 262
10/08/10

dcpv – Delícias da Cozinha Alagoana.

“Eduardo e Debora, esse é um livro típico de memórias gastronômicas nordestinas, sem nenhuma pretensão a mais”.

Esta é a dedicatória do livro Delícias da Cozinha Alagoana que o simpaticíssimo casal Claudia Oiticica e Alexandre nos presenteou quando do encontro dcpv no restaurante Maní (relatado aqui).

Dei uma olhadinha nele e guardei com carinho, pois tive uma impressão altamente positiva das receitas simples com jeito de saborosas e melhor, todas acompanhadas de histórias atraentes.
E só a foto das autoras, as irmãs Rocha na capa (não sei não se elas não são tias da Dé! rs), já seria o suficiente. Ah! Elas se chamam Jacy, Yeda, Bartyra e Maria.

Éramos 6 … as “meninas” do Dr Pedro Rocha do engenho Varrela em São Miguel dos Campos, nascidas entre 1920 e 1933. Nosso paraíso era quase auto-suficiente. Plantava-se e criava-se de tudo. Oitocentos moradores no censo de 1940. Festas religiosas, procissões, terços, ladainhas, sentinelas de defunto, foguetes, folclore, banhos de rio, andanças a cavalo, carro de boi, casa de farinha, caçadas e pescarias. Muitas visitas e muitas trocas de receitas entre as primas sinhazinhas do século passado”.
Ler o livro já é uma completa delícia. Reproduzir as suas receitas é uma delícia ao quadrado.

Vamos, portanto, experimentar o excelente livro “Delícias da Cozinha Alagoana, as melhores receitas das irmãs Rocha” e sentir o sabor da verdadeira cozinha brasileira!.

Bebidinha – Cachimbo de Recém-Nascido.

“Antigo costume alagoano de festejar um nascimento no interior. Avisados por foguetes – 2 para homens, 3 para mulheres – a família e amigos vinham beber o “cachimbo do recém-nascido”. Ainda hoje é comum perguntarem: quando vai ser o cachimbo?”.

Aqui no dcpv foi hoje. Apesar do único nascimento ser o do nosso amor pela culinária alagoana. E o que é o tal cachimbo?

1 copo de aguardente, 1 copo de água, 1 xícara (rasa) de mel e casca de limão verde. Tudo misturado numa coqueteleira.
É praticamente um licorzinho.

Entrada – Torta de palmito e camarão da Tatália e Ovos Escalfados.

Estes ovos formam um “prato de origem portuguesa. Era servido nos domingos de Páscoa na casa do industrial José Nogueira”.
Eles são acompanhados por um purê de pão. Para fazê-lo basta descascar 3 pãezinhos franceses, cortá-los em pedacinhos e misturar a 1/2 litro de leite fervido. Bata-os levemente no liquidificador e leve ao fogo, junto com uma colher de chá de sal e manteiga.
Deixe cozinhar, mexendo sempre até ter a consistência de purê.

Enquanto isso, ferva água e sal numa frigideira e coloque ovos, tomando cuidado pra não quebrar as gemas. Inventei um pouco e usei aros pra moldar os “zoiudos”. E inventei mais ainda ao não colocar o molho de tomates sobre os ovos e o queijo ralado. Ou seja, esqueci! 🙂

Mesmo assim ficaram muito bons.

Já a torta de Camarão e Palmito da  Tatália (quem será? Saiba no final deste post.) é mais simples ainda. Bata 4 ovos, 3 xícaras de leite, 1/2 xícara de óleo, 4 colheres de sopa de parmesão ralado, 1 colher de chá de sal e 2 colheres de chá de fermento em pó num liquidificador. Acrescente, depois de batido, 10 colheres de sopa de farinha de trigo.
Faça o recheio com 1/2 kg de camarão refogado, 1 lata de palmitos, 1 lata de ervilhas, 1 xícara de azeitonas cortadas, 1 cebolinha cortada, 1 dente de alho amassado, 2 tomates picados e 1 pimentão picado.
Unte um refratário, ponha o recheio e cubra com a massa.

O resultado é praticamente um souflé levíssimo e “sustancioso”. A Dé adorou e quase não chega ao prato principal. O Déo e o Mingão adoraram mais ainda e a torta quase não chegou na casa das nossas mães!

De qualquer maneira, uma entrada pra entrar (?) na galeria das 10 mais (e no menu do nosso restaurante, né sócio?)

Acompanhamos com um produto da abertura, o branco Chardonnay/Sauvignon Blanc Mapu 2008 Chile que foi “discreto, roseana, tímido,???” segundo os doutores e industriais, nós mesmos.

Principal – Caranguejada com Pirão
“Uçá é um caranguejo que vive nos mangues, muito apreciado na culinária nordestina. No mercado, pode-se comprar o caranguejo inteiro ou apenas as patinhas”.
Estes, nós (eu e a Dé) tínhamos comprado inteiros e vivos.
Matei as galinhas-do-mangue, limpei, comemos (em janeiro) e congelei o resto.

E foi os que usamos hoje. Portanto, pulei a fase inicial da receita que explica exatamente como fazer o “sacrifício” dos “carangas”. Se bem que no meu caso, eu primeiro coloco na água fervendo (xiiiii, lá vem os defensores dos caranguejos oprimidos!)  pra depois limpá-los. No delas, você os limpa vivos! rsrs
Faça um molho com 500 ml de leite de côco, 2 cebolas picadas, 2 tomates, 1 maço de cheiro-verde, 1 colher de sobremesa de extrato de tomate, limão e sal a gosto.

Ferva os caranguejos no molho e em fogo baixo. Transfira pruma travessa e aproveite o caldo pra fazer o “pirão mexido”.
Ou seja, o caldo do molho misturado com farinha de mandioca e levado ao fogo é mexido sem parar até que a farinha cozinhe bem.

Olha, estava tão bom e nós tão decididos a comer os uçás que se estabeleceu um período de silêncio quase sepulcral por aqui pois só ouvíamos o chupar das patinhas!

Dos deuses, irmãs Rocha!

Aproveitamos a brasilidade de tudo e entornamos um vinho tinto Quinta do Seival Miolo 2006 Brasil que foi “doeu, fernandocoolor, quaisquais, modesto”.

Sobremesa – Bolo de Fubá de Milho

“Este bolo fica parecido com pamonha de forno”. E fica mesmo.

Pra fazer é uma moleza: misture num liquidificador 1 xícara de fubá, 1 1/2 xícara de açúcar, 2 colheres de sopa de maisena, 3 ovos, sal, 3 xícaras de leite de coco, 1 colher de sopa de fermento em pó e leve ao fogo para engrossar.

Deixe esfriar, coloque numa forma untada e asse em forno pré-aquecido. Resulta num bolo cremoso e com retrogosto de pamonha. Excelente e fecho de ouro prum grande menu “rochoso”.

Leia a opinião dos sobrinhos das irmãs Rocha:

Tremendo jantar. Tudo perfeito. Grato Claúdia, Alex e as nossas tias, as irmãs Rocha. (Edu)
Eu quero ser adotado pelas tias Rocha! (Mingão)
Delícias em uníssono! Perfeito jantar. (Déo)

” As receitas circulavam entre nós registrando o nome de quem nos deu ou de quem era a mais perita em determinado prato: brasileira de Caetana, Caruru da tia Lili, Vatapá da Mãe Dah, pudim abolicionista da tia Chiquinha. Mais recentemente, cocada da Mema, pãozinho da Cyla, bombocado da Carminha”.
Sabe  que é isto mesmo? Neste livro, as irmãs Rocha conseguem nos mostrar receitas com sobrenome, ou seja, familiares.

Aguardem pois serei “obrigado” a fazer uma outra noite com outras receitas do maravilhoso Delícias da Cozinha Alagoana.

PS – A Cláudia Oiticica tirou algumas dúvidas que eu tinha sobre as irmãs e como os e-mails trazem informações deliciosas, transcrevo alguns trechos abaixo:

Olá, Edu!!!
Fico feliz de você ter gostado do livro. As irmãs Rocha são verdadeiras instituições daqui de Alagoas e desde pequena convivi nas casas delas e nem preciso dizer que se comia o dia inteiro.
As receitas não são sofisticadas, mas são o que a culinária nordestina tem de mais autêntico e as delas são sempre muito saborosas.
O engraçado é que elas competiam entre elas mesmas para ver quem fazia a melhor receita. Eram figuras únicas e acabaram conhecendo muita gente. Uma vez levaram para a França uns enormes sacos de viagem carregados de sururu, peixes, camarão, enrolados em jornais para um jantar que prepararam em Annecy. As filhas quase infartaram quando souberam da ousadia.
Elas não fazem mais programas na televisão, duas já morreram, restando Jacy (bem velhinha) e Ieda, que continua firme e forte e cozinhando bastante.

A vida delas daria um livro. Maria, que faleceu o ano passado, era uma figura e tanto; culta, viajadíssima e com uma alegria de viver incomum. As estórias são inúmeras e a gente sempre se divertia com elas, das coisas mais simples, aos almoços para Fernando Henrique e outras pessoas importantes que já passaram por essas bandas. O que eu falei é muito pouco, só um livro mesmo, rsrs.
Aqui está um link duma homenagem feita para a D. Maria. (
http://colunas.gazetaweb.globo.com/eniolins/2009/12/24/um-pequeno-tributo-para-maria-rocha/ )

A caldeirada delas com mingau pitinga é fantástica.
Tatália (vivíssima, rrss) é filha de uma das irmãs, Jacyra, mas essa nem chegou a participar do livro, morreu faz muitos anos.
“Delas já se disseram que praticam a culinária escravagista, por submeter e cativar a quem experimenta seus pratos, desde o sururu de capote no capricho, aos doces, com cheirinho do passado. Tudo com ingredientes comuns, caprichosamente combinados, gerando sabores inesquecíveis”.
Acho ótima essa definição de culinária escravagista,rrss, ai de quem se recusava provar o que elas ofereciam.
Abraços, Cláudia

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Há 31 comentários

  1. Puxa Eduardo, pirão já é bom de todo jeito. E de caranguejo é de comer de joelhos. Depois bate, em mim, um remorso que não tem tamanho.

  2. Edu,
    que bom que o livro rendeu bons frutos. Esse seu jantar com pirão e tudo deve ter ficado muito bom.
    Achei o caranguejo daí mais cabeludinho, rrss, mas está tudo caprichadíssimo. E a Dé tem razão, a torta de palmito é uma delícia.
    O livro das Irmãs Rocha é mesmo a síntese do que temos de melhor na culinária alagoana. Cozinheiras natas, sempre encantavam(e encantam)quem as conhecia. Participar de um almoço nas casas delas ou das filhas na Barra de São Miguel é garantia de momentos agradabilíssimos.
    É comida que não acaba mais. Depois de tantos tira-gostos,frutos do mar(a caldeirada, então ..)
    fica difícil dar conta de tantos doces(mangaba, tamarindo,etc),bolos e tortas. É o verdadeiro pecado da gula.
    Fora a comida deliciosa, o astral é lá em cima.
    Abraços.

  3. Deve ter sido fantástico a convivência entre essas irmãs 🙂 Ainda por cima porque tinham sempre comida boa à disposição he he Nunca vi caranguejo tão cabeludo, parente do Tony Ramos né? 😉

  4. Edu, apesar das inúmeras receitas que já passaram por aqui, a grande maioria de dar água na boca (o “problema” das que não me fizeram salivar não estava nas receitas, que fique registrado, mas no meu jeito “chato” para comer), ainda não tinha “copiado” uma delas. Acabei de imprimir a receita da torta de camarão e palmito e amanhã mesmo levarei para minha mãe (é, de nada adianta imprimir e deixar aqui em casa…rs). Que vontade!

    O jantar alagoano me deu uma idéia: já que o próximo encontro dos ISB será em Brasília, quem sabe não fazemos um menu representativo das cinco regiões? Desde já voto nas irmãs Rocha e na torta de camarão e palmito para representarem a região Nordeste!

    Sueli, por falar em receita… E a daquele arroz que comemos em sua casa? Estou pensando em pedir alguém para fazer no meu aniversário…

    Abraços,

    Adriana

  5. Edu, e vc nem me avisa nada? Que socio, hein??!! Li com a Lourdes, grudados no computador e sem perder nada!!! Que maravilha de jantar. Tambem ganhamos o livro e ja tinhamos nos deliciado com as historias e receitas. Parecem, realmente, as tias de todos nos. Mas, quem dera?? E ainda tem o carinho da Claudia. O Alexandre gostou das fotos? Ficaram um ESPETACULO!!! Ele deve ter falado.

    Claudia: desse jeito, vamos ter que antecipar Maceió! Para conferir tudo de perto. E se a irma que restou e as filhas ainda cozinham, mesmo nao sendo Fernando Henrique, ha de sobrar ao menos uma patinha de caranguejo para os mortais!!! (rs). Gostamos de tudo. E o seu texto explicativo, ao final, esta igualmente delicioso. Abs, Eymard e Lourdes.

  6. Adrix, postamos juntos….quando fui ler o seu…quase perdi o folego. Pensei: ela vai FAZER a torta (kkkk). Nada, ela vai levar a receita para a mae fazer!!!! Olha, essa torta lembra a minha infancia. So que sem o camarao (na minha regiao de Minas, o mar esta muito longe…rs). Minha mae fazia muito uma torta de palmito exatamente assim. Tudo no liquidificador batido e…forno! Uma delicia. Gosto dos recheios das tortas e essa fica com cara de so ter recheio!!!!

  7. Eymard, deste susto você não morre: eu na cozinha! Mas que salivei com a torta, salivei… Já liguei para minha mãe e li a receita. Parece que vai sair… rs Beijos para você e Lourdes.

  8. Edu
    Mas que post delicioso!
    E claro, tais iguarias só podiam ter sido oferecidas pela nossa querida Claudia Oiticica… Amei a foto das Irmãs Rocha e mais ainda o que Claudia contou sobre elas.
    Eu adoro a boa culinária nordestina e preciso ir até “as Alagoas” para conhecer in loco.
    Abraços.

  9. Não me canso de imaginar(sim, nesta semana, após septième jour en Provence, foi só o que conseguir fazer!) fotos daquela paisagem maravilhosa das Alagoas feitas pela Dé, com o sabor descrito no post de agora.
    Não foram a Provence? Por que não Alagoas?
    Estão vendo como fiquei mal acostumada?
    Texto delicioso, comida saborosa, um prato e tanto para começar meu fim de semana!
    Um grande abraço

    Edu, entenda, por favor, no meu comentário da vez passada quanto à referência aos anti-papas, tudo que se relaciona ao profano, mundano. Dos papas e afins, gosto mesmo é de um licorzinho, daqueles produzidos nos mosteiros de outrora!
    A propósito, conhece a loja Mosteiro que fica na Barão de Capanema? Além de o espaço ser impecável,lindo, moderno, gosto dos produtos de lá.

  10. Tudo perfeito!
    Das receitas ao retrato da família, da edição de texto às fotos das iguarias, da simplicidade do preparo à seleção dos ingredientes. Uma espéciede de redescoberta do Brasil, com a Cláudia no lugar do Álvares Cabral e o Edu susbstituindo o Pero Vaz.
    Parabés generalizados!

    Abs, Dodô

    PS – Pela ausência de protestos sobre o preparo dos caranguejos, a caravela da Sociedade Protetora dos Gansos e Afins deve ter naufragado no meio do Atlântico, ao colidir com um esturjão extraviado.

  11. Que cena mas deliciosa, brindar con los amigos es una de las mejores cosas que existen.
    Que delicia ese ponche de frutas…
    Los crudités exquisitos.
    Una lasaña con calabaza, la adoro.
    Y esas fresas, deliciosas.
    Un anoche con magia.
    Un abrazo desde Barcelona para todos.
    Margot

  12. Edu, sou neta de uma das Irmas Rochas e estou encantada com seu post, mesmo acostumada com os quitutes fiquei com Agua na boca não só pelas fotos mas também pelo texto maravilhoso… Concordo com tia Claudinha a caldeirada e imperdível acompanhada do mingau vc come de joelhos… Amo também o caruru e de sobremesa a cocada que tia Yeda uma das Irmas e especialista … Enfim o livro e uma delicia o mais difícil e escolher o q comer…se precisarem de sugestões para um outro jantar tenho umas deliciosas opções… Amei o blog e com certeza estarei te acompanhando…

  13. THAIZ

    Tive o privilégio, assim como o Edu, de ser presenteada pela Claudinha com um exemplar do livro das Irmãs Rocha. Fiquei encantada, já que cozinha é a minha praia.
    Havia ficado com água na boca com o comentário da Cláudia, agora vem você e fala outra vez da caldeirada e ainda sugere deliciosas opções para um próximo evento?
    Vamos lá, querida, revele para nós esse segredo!
    Quem melhor que um neto para declarar o seu amor pelas guloseimas das vovós e tias avós?
    Parabéns pela belíssima família!
    Volte sempre por aqui.

  14. Liliane, é bom demais. Todas as receitas do livro são excelentes.

    Claudia, gratíssimo pelo presente. Só o fato de podermos conhecer as irmãs já valeria.
    Vamos deixar agendado: quando elas fizerem estes banquetes é só nos convidar!! rsrs

    Ameixa, ele,o caranguejo,é o Totó dos mangues! Va bene!! rs

    Drix, esta torta se transformou num clássico aqui em casa. Quanto ao conceito do próximo ISB, vamos com calma! rsrs Eu sou o indicador do menu, certo? rsrs

    Sócio,e precisa avisar. Você está sempre por aqui.
    ISB em Maceió com as irmãs Rocha? Estamos nessa!
    E aposto que a Drix fez a torta. Esta é bem fácil!

    Drix, o suspense só durou alguns segundos. Pergunta: saiu ou não?

    Beth, vamos todos pra lá, né não?

    Mara,o negócio está tomando corpo. O movimento Alagoas/irmãs Rocha está em formação.
    Entendi o comentário sobre os anti-Papas. E concordo com a tua opinião sobre os licores.
    Não só conhecemos a loja como já postei sobre ela. É muito bonita e vale a visita.

    Caríssimo Dodô, ” Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora.”
    Isto jamaisacontecerá por aqui na grande Ferraz de Vasconcelos.
    Quanto ao acidente, acho que os tripulantes viraram alimento pras galinhas do mangue!! rs
    Pessoal, quem quiser ler coisas inteligentes na Internet, dêum pulo no Comensais e devore os textos do Dodô!! Não perca!!

    Thaiz, gratíssimo pela visita e mais ainda pelos elogios.
    E já que você se prontificou, pode me mandar a sua sugestão prum menu. Ele será prontamente reproduzido por aqui.
    Já estamos salivando só com a possibilidade.
    Volte sempre.

    Abs saborosos e alagoanos pra todos.

  15. Edu, também sou uma das netas das Irmãs Rocha e estou emocionada com tudo que li no seu Post. As receitas são de dar água na boa sempre! Lembrei com muito carinho da minha avó Maria (que faleceu no fim do ano passado)da maneira maravilhosa que ela contava as histórias de cada receita e dos FARTOS banquetes que fazia p/ toda a família, não sei se vc viu, mais nossa família é muito grande e sempre fomos muito unidos, toda reunião era um belíssimo banquete e sempre vovó falava a mesma coisa: – desculpe mais não estava preparada!

    Espero acompanhar várias receitas pelo seu blog! uma das receitas muito tradicionais entre nós da família é bolo doido, um bolo de chocolate super prático e delicioso!!!
    Espero que a minha prima Thaiz passe boas dicas, vou ficar acompanhando, e dando pitacos!

    Estarei sempre por aqui!

  16. Olá, sou Sofia e uma das netas das irmãs Rochas. Só de olhar para seu post tive a certeza que as comidinhas de vovó nao se acabaram jamais. Estarei acompanhando seu site. Esta maravilhoso. Obrigada.

  17. Paula e Sofia(você é parente da Claudia?), grato pela visita e aproveito o momento pra pedir que vocês também indiquem as comidas que as suas avós preparam/preparavam que vocês mais gostam/gostavam.
    Assim eu consigo material suficiente pra fazer mais um menu sobre as admiráveis irmãs Rocha.

    Abs pra toda a família.

  18. Olá Edu,
    Somos muito suspeita p/ falar sobre as comidas da vovó, mais vou dar minhas sugestões, até pq segunda vovó Maria eu era a única neta das dela que tinha o dote culinário das Rochas.

    Sugestões:
    – Sururu de Capote (Entrada. Esse prato foi muito apreciado pelo Ronaldinho fenômeno quando esteve em Maceió).
    – Caldeirada de Frutos do Mar das “Alagosa”. (esse prato foi parar até na França em Annecy dentro da Mala delas… kkk)
    – Mingalpitinga (acompanhamento mais que perfeito p/ caldeirada)
    – Laco – Paco (bebida p/ aparitivo, muito tradicional nas nossas festas de família)
    – Cocada da “Mema” (sobremesa imperdível e o toque mais especial é a castanha de cajú)
    – Empadinha de Queijo (essa é muito tradicional mais elas não chegaram a colocar no livro, se for fazer essas receita eu te mando).

    Ficarei Feliz se estiver algumas dessas sugetões no seu Menu by Irmãs Rocha! vou aguardar seu novo Menu!

    Obrigada,

    Paula Accioly

  19. Paula, voce lançou um maravilhoso menu desafio! (rs).
    A unica coisa que sei é que, para a execuçao desse menu, nao posso ficar apenas vendo as fotos, lendo os textos e me rasgando do lado de ca do computador. Como sócio vou exigir a minha fatia dessa empadinha de queijo e um bom bocado desse sururu de capote.
    Claudia: esse menu tem que ser executado ai nas Alagoas, com todos os ingredientes fresquinhos. Nao acha? (rs)

  20. Chopp, tem mesmo. E aguarde o menu indicado pela Paula.

    Paula, sugestão mais do que aceita.
    Aguarde que brevemente (acho que na próxima terça!! rsrs) farei o menu inteiramente.
    Ou seja, assim que puder, me envie a receita da empadinha (a Dé é louca por elas!). Gratíssimo e te aviso quando postar.

    Sócio, ou você vem pra cá na semana que vem ou terá que desenvolver ainda mais aquele novo sentido (o de sentir o cheiro dos pratos através do computador!rs)
    Claudia, estamos com o Eymard.

    Abs alagoanos pra todos

  21. Ops, ando ausente mas não demente! Tô dentro desse lance aí nas Alagoas e com menu determinado pela Paula. Vamos ver in loco o que as irmãs Rocha têm de bom.
    Prepare-se Claudinha, o próximo ISB, depois do de Brasília, é claro, será em Maceió. Lenha no fogão!
    EDU e EYMARD, não vale traição, viu?
    A Paula não sabe no que ela se meteu…
    Beijos

  22. Eymard, Edu e Sueli,

    Fechadíssimo!!!!Vou adorar!!! Agora senti firmeza!! Vamos combinar uma data?

    Edu,
    a Paula é filha de uma amiga minha e não mora em Maceió, mas quem sabe ela não estaria aqui na data combinada? Não é Paula??

    Abraços.

  23. Obaaaa….
    Adorei a repercução da minha sugestão de Menu!!!
    Vou aguardar ansiosa pelo dia. Preciso me programar p/ dar um pulinho até Maceió p/ provar e aprovar tudo!!! Mais você não podem deixar de conhecer as Irmãs Rochas, acho que conhecer uma delas, a Yeda é essencial, ela é uma figura única!!!
    Bom, prometi a receita da nossa empadinha e ai vai nosso segredinho de família;
    Empadinha de Queijo:
    MASSA:
    250g de farinha de trigo
    125g de manteiga s/ sal
    Pitada de Sal
    RECHEIO:
    1 copo de leite
    4 ovos
    100g de queijo parmesão (de preferência comprar o faixa azul e ralar na hora).
    1 colh. chá pó Royal

    Massa: misture tudo até soltar das mãos (igual a massa podre).
    Em forminhas pequenas (das menores de +/- 5 a 8cm de diâmetro) faça uma camada bem fininha na forma inteira.
    Recheio: Bata tudo rapidamente no liquidificador exceto o pó royal. coloque o recheio em um recipiente e acrescente o pó royal.
    Encha as forminhas até a metade com o recheio e leve ao forno até dourar.

    COLOQUE NA BOCA DE UMA VEZ, ela derrete na boca, não tente comer a metade, pq vai esfarelar tudo! Hummmmm que delicia!!!

    Aguardo New´s beijos!!!

  24. Hummmmmmmmmmmmmmmmmmm, Paula!
    Essa empadinha é quase irmã gêmea da que minha sogra fazia e eu fiz muito, quando meus filhos eram pequenos, mas fazíamos com queijo minas curado. A receita é igual, principalmente da massa.
    Empadinha de massa podre é tudo o que há!
    Estou na fila desse comes e bebes. Claudinha já está avisada. Estar com você e uma das Rocha será demais!
    Beijos

  25. Sueli, pode deixar que faremos este menu justamente quando vocês estiverem viajando. 🙂

    Claudia, topado. Vamos marcar e aproveita pra avisar a Paula.

    Paula, gratíssimo. A receita já foi anotada e faremos um teste deste menu na próxima terça. Eu aviso sobre o resultado.
    Muito obrigado pela indicação e participação.

    Sueli,calminha que combinaremos todos juntos!

    Abs a todos e vamos comer alguns macarons no III Festival da Sódoces. É só até este final de semana.

  26. Que invejinha gostosa!!! Deus abençoe essa família. Vou me candidatar para reencarnar entre os Rocha. Parabéns!

Dê a sua opinião, please!