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dcpv – da cachaça pro vinho – provence – huitième jour – a procura da lavanda perfeita junto com o pablo picasso.

11/07/2010

dcpv – Provence – Huitième Jour –  A procura da lavanda perfeita junto com o Pablo Picasso.

Mais um dia na bela Provence.

E este incorporaria definitivamente um quarto elemento à família, a Maria do GPS, a grande figura que sempre nos manda virar “na segunda na rotunda”. Pra quem não sabe, rotunda é uma rotatória.

O programa seria caçarmos as lavandas. Ou melhor, os campos de lavanda já que estamos em plena safra daquelas magnéticas flores.
Saímos cedo, mas antes tomamos café em Gordes.

E com um tempo pra passar no marchezinho e abastecermos os olhos com tomates de todos os tipos e cores, …

… vagens malucas, …

… pimentas ardidas e …

… a clara intenção de levar pelo menos uma destas cabeças de alho pra grande Ferraz de Vasconcelos.

Logo após, uma visita na mais manjada das localidades lavandísticas do pedaço: a Abbaye Notre-Dame de Sénanque, que fica bem perto de Gordes.

Ela é uma abadia bem bonita e um ponto turístico dos mais “crawdeados”.
Confesso que esperávamos um pouco mais das lavandas que não estavam totalmente roxas, mas a arquitetura do prédio é de impressionar.

Dali fomos pra Saignon. Dizem que a região próxima a ela é profícua nas flores típicas da Provence.

Achamos e elas eram bem bonitas, …

…, mas ainda não eram as que imaginávamos.

Enquanto isso, víamos substitutos à altura e tão encantadores quanto elas: os girassóis que também estão florindo nesta época em praticamente todos os cantos desta região.

Através duma dica da Rachel Verano, reservei pela internet entradas prum passeio guiado pelo Chateau de Vauvenargues.

Mais uma cidade bonitinha (a quantidade delas por aqui é inimaginável) e próxima a Aix (é, andamos bastante).
Ou seja, rodamos pra chuchu  e a Maria GPS quebrou altos galhos.

O Castelo é lindíssimo e tem uma particularidade: é do Pablo Picasso. Ele morou e criou um montão de obras por lá no período de 1959 a 1961,

Inicialmente fiquei bastante contrariado por não permitirem fotos, mas após ao final do tour, concordei.
Afinal de contas, é muito mais interessante prestar atenção em tudo o que  a guia fala (e neste caso,  o nosso tradutor simultâneo da marca Renata funcionou muito bem) do que perder alguma coisa com focos e enquadramentos).

Sobrou um registro fantástico de dados sobre o Pablito. A sua mais completa admiração por Cézanne; o seu processo criativo; a sua maluquice; o seu jeito de viver a vida da melhor maneira; a sua intensidade em tudo o que fazia e a certeza que jamais veremos/leremos alguma coisa sobre ele sem nos interessarmos muito mais.

Além da arquitetura do castelo que é admirável e de todas as obras de arte que ele criou e que estão por lá.
E tem mais: o banheiro é incrível (com medidas desproporcionais. Parece que você está num daqueles sonhos malucos) e conta com uma obra exclusiva, já que ele cismou com um revestimento de cimento que estava sendo feito e pintou sobre ele na hora da sua execução e antes da secagem. Ou seja, a parede vale milhões!

Comemos alguma coisa rapidamente por lá mesmo (paninis, água e cerveja) e resolvemos dar um pulo em Valensole.

Também era longe, mas queríamos ver a quantas andava  a verdadeira floração das lavandas.

Partimos pra lá com uma imagem montada e qual não foi a nossa surpresa ao avistarmos a dimensão de tudo.

São campos, campos e mais campos e tudo te deixa mais do que emocionado.

Resolvemos procurar por fazendas mais bem aparelhadas e nos embrenhamos pelas estradinhas (grato, Maria).

Fomos rapidamente recompensados pois avistamos plantações perfeitas e extremamente bem cuidadas.

Até a tal clássica e lindíssima foto com a árvore no meio delas foi possível fazer.

E a da família também!
Fala a verdade, é ou não é o mais belo campo de lavandas e luzes?

Uma verdadeira covardia!
Deftig, schoon, skøn, kaunis, beau,  gyönyörû, indah, uruwashii, formosus, прекрасный, bello, zuri, vacker, enfim, belíssimo.

No caminho da volta, conhecemos brevemente Lacoste.
Chegamos, vimos e fomos embora, sem comprar nenhuma camiseta.

O nosso dia estava mais do que ganho e resolvemos ficar no hotel tomando um belo champanhe (na terra deles), comendo um queijo comprado na feira (uma especialidade deles) e assistindo a Espanha ser campeã do mundo de futebol (uma especialidade nossa).

Nada mal, né não?
Au revoir e até Chateauneuf du Pape.

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Há 19 comentários

  1. O meu dia começou tão agitado… mas ao ver este post, tudo ficou em slow motion.
    Este passeio é definitivamente um dos tops-tops de minha bucket list. Amei cada esquina, cada árvore inserida na paisagem lavandesca…ahhh e os girassóis! Estes sim tive o prazer de conhecer pessoalmente.
    Muito obrigada pelo lindo post.
    Simone

  2. Edu, o contraste dos girassóis e das lavandas me trouxe de volta uma das imagens mais bonitas que já vi em uma exposição: o módulo dedicado à arte barroca, na Mostra do Redescobrimento, no Parque do Ibirapuera. Caminhar por aquelas imagens, apoiadas em troncos de árvores que surgiam em um tapete de flores de papel crepom roxo e amarelo, lembrou-me as procissões das cidades históricas, durante a Semana Santa. Ao final, paredes de papel branco picado , como as asas de anjinho que usei para coroar Nossa Senhora. As flores, eram muitas, foram confeccionadas por presidiários no Carandiru e se não me engano a ambientação foi da Bia Lessa.

    Quanto à Provence, já conhecia algumas cidades, mas ainda não fiz um roteiro que explorasse as inimagináveis cidades bonitinhas. Como não consigo viajar no verão europeu, acredito que não conhecerei a floração das lavandas. Uma pena… Imagino que o sentimento de admirar os campos floridos de lavanda seja o mesmo que me tocou ao ver as cerejeiras em flor, em Washington: um mundo de paz é viável.

  3. Pra variar, né Edu, que espetáculo(já tô me enturmando!)de post!
    A cor da lavanda, o cheiro da lavanda, os campos de lavanda, resta a “comida da lavanda”!
    Quais são as iguarias em que se podem utilizar lavandas?
    Com a palavra o DCPV.

  4. Edu,
    também vou atrás da lavanda perfeita, do girassol perfeito, do campo de cipreste perfeito e até da canola perfeita,rrss.Me lembro da minha decepção quando fui pela primeira vez à Provence e cheguei na Abadia de Sénanque e não vi nada florido.Rodei um bocado para me dar conta que elas não floresciam em maio. Turista desavisado é um problema sério.
    As suas fotos ficaram simplesmente ma-ra-vi-lho-sas. Realmente, as lavandas e os “luzes” fizeram bonito.
    Abraços.

  5. Os parabens eram para a Dé. Pelas fotos. Ficou a virgula e sumiu o Dé!!!! (risos). O meu “clic” nao foi perfeito!!!

  6. Simplesmente maravilhoso.
    A Provença é tudo de bom.
    Ficamos ano retrasado 10 dias numa casa da Provença explorando os arredores, foi o máximo.
    Nosso passeio de balão em Gordes deu um belo panorama do alto.
    Vale muito a pena.
    Aproveitem.
    Edu, já tenho mais dados de nossa viagem:
    vamos chegar em Paris dia 20. Locar um carro e ir à Bruges(não estudei o caminho ainda, para ver onde vamos parar).
    Também vamos a St Michel.
    Depois de dois dias em Bruges voltamos devagarinho, até Paris entrando pelo interior em le havre, saint malo, explorando as cidades pequenas daquela parte da Bretanha e voltando a Paris dia 26 para ficarmos 4 dias.
    Já conhecemos os pontos turisticos então vamos explorar mais alguns bairros que ainda não estudamos a fundo.
    As sugestões aceitamos.

  7. Simone, legal que você captou o espírito do post.
    E o IB? Vai participar ou não?

    Drix, na verdade, no verão onde se vê as lavandas é quase uma sucursal do inferno. Mas mesmo assim foi encantador (taí, gostei desta afirmação da Dé).

    Ameixa, iluminação é apelido! 🙂

    Mara, grato. E por enquanto estou usando as sementes como enfeites. Se bem que elas dão um sabor muito especial aos pratos.

    Claudia, grato e nada melhor do que ir viajar e procurar o X perfeito, né não?

    Sócio, e neste caso, acredito que encontramos!

    LuciaC, e encontro idem!

    Renata, nós também tínhamos um passeio de balão agendado, mas na última hora a agência deu o cano!! rs
    Quanto a viagem, mais um motivo pra dar um pulo no Conexão Paris. O Marcello Brito, um expert em tudo, está postando por lá sobre Bruges com todos os detalhes . É imperdível.

    Abs a todos.

  8. Edu
    Mas que beleza encontrar as alfazemas e os girssóis em flor na Provence…
    Essa sua viagem foi realmente muito especial!
    Um abraço

  9. Olá Edu e Débora!!!
    Meu Deus, o que são aqueles campos infinitos de lavanda???
    Fui pra lá com toda a família e ficamos encantados tb!!!
    E olha que sou neurótica como vc, em busca do melhor campo, da melhor luz, melhor tudo!!!
    Chegamos a ir em Valensole, mas só conseguimos avistar alguns campos floridos lá do alto! Não conseguimos achar entrada para esses campos infinitos!!!
    Me passa a cola, Edu…pq quero muito voltar e quero muito achar essas colinas de lavanda sem fim!!!
    Quando puder, vá visitar meu bloguito tb! Será uma honra!
    beijos,
    Adriana.

  10. Adriana, o segredo é o seguinte: vimos uns belos campos (totalmente roxos) quando da chegada pela estrada em Valensole.
    Entramos na primeira saída a direita e nos embrenhamos. Chegamos lá e depois tivemos que ligar o GPS pra voltarmos! A Maria ficou louca. 🙂
    Fui visitar o teu blog (muito bom) e o coloquei no meu blog-roll, certo?

    Abs lavandiscos.

    1. Edu, obrigada!!! Vou colocar o seu no meu blogroll tb!!!
      Não vejo a hora de poder vivenciar novamente momentos como esses, tão mágicos, tão únicos!!!
      E olha, conta comigo para programar a próxima viagem hein?!
      Abraços lavandiscos (2)! RS!

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