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dia quatro – rodando muito e encontrando bom vinho em punta del este.

 

15/03/2011

Dia quatro Rodando muito e encontrando bom vinho em Punta del Este.

O dia amanheceu nublado, o que não nos impediu de dar uma boa caminhada pela praia Mansa.

Mais precisamente do Conrad até o Porto, passando pelas palafitas praianas de Punta.

Tentamos encontrar o efusivo mercado de peixes, mas só achamos umas raras e parcas caixinhas de pescados.

Voltamos pro hotel e planejamos o dia.
Que bela bruma, não?

Fomos primeiro ver a cult Mão do Afogado.

Que é uma obra do chileno Mario Irarrazabal, famosíssima em Punta. Ele pensou numa obra que significasse “a presença do homem na natureza”, na verdade, todo mundo faz a associação a uma pessoa afogada!

Interessante e acredito que ninguém passe pelo balneário sem ao menos tirar um par de fotos por lá.

Seguimos para La Barra e no caminho fomos conhecer o Parque El Jagüell.
Quer dizer, demos uma passeadinha de carro, pois o lugar é bem feinho e com umas estátuas super-bizarras de bichos em madeira e sem muito propósito.

Dali fomos pro Museo del Mar que fica ao lado do Museu dos Insetos, recém inaugurado. Ambos são muito bons  e por razões distintas.

O de insetos é arquitetonicamente esquisito já que é um galpão de madeira retangular parecido com um container.

E é interessante ao extremo pois contém a coleção completa de 3 malucos com tudo o que é tipo de besouro e …

… de todas as cores.

Até insetos carnavalescos nós vimos (provavelmente desfilaram pela Beija Flor).

Já o do Mar é estranho, pois ele leva a ferro e fogo o estereótipo do museu: coisas velhas em profusão.

Tudo bem que tem um montão de esqueletos de baleias, …

… vários exemplares (uma pena que empalhados) das galinhas do mangue, …

… cabeças de jacarés gigantes, …

… cavalos-marinhos vivíssimos e …

… até um fundo do mar espetacular e em 3D (ai, que saudades da Disney).

O problema mesmo foi o cheiro de mofo!
De qualquer maneira, é um combo Mar+Insetos muito interessante.

A partir daí, começou o nosso drama.
Ou melhor, o meu pois tinha reservado um daqueles restaurantes escondidos que existem em Punta, o Lo de Miguel na Finca Narbona que é uma filial duma vinícola orgânica muito boa do Uruguai.

Rodei um montão e pra todos os lados de La Barra e nada de encontrar a tal Finca. Fomos até ao novo hotel Fasano que, por sinal, é loooooonge demais de tudo.
É claro que se eu tivesse lido este post do mago Diogão dos Destemperados teria achado facilmente. Paciência, fica pra próxima.
Resultado: após termos passado meia hora da reserva, resolvemos deixar pra lá e comer no Fish Market, um botecão de frutos do mar em Manantiales.

E a escolha se mostrou correta: o lugar é despojadíssimo com um jeitão de lanchonete, mas com uma comida saborosa e extremamente competente.
Louve-se uma trilha sonora de fazer inveja a muito lugar da moda.

Pedimos um pouco de cada: batatas fritas,…

… empanada, …

…. salada de abóbora, …

… sanduba de peixe, …

… bolinhos de arroz, …

…um peixinho frito e polenta assada (esta foi especialmente pra Dé).

Tudo no ponto correto, muito bem temperado e no tamanho certo.
Acompanhamos com um belo Leyda Sauvignon Blanc 2009.

Pra encerrar, traçamos 2 ótimos affogattos e ….

… um sorvete de frutillas.

Certamente o melhor custo x beneficio do tour.

Além daquela vibe de fazer você parecer um habituée da própria praia Bikini.

Voltamos, demos uma passeada de bike na região do AWA e fomos nos preparar pro tour enológico na Bodega Alto de la Ballena.

Mais uma dicaça do Luiz Horta.
Li no Paladar que ele está apaixonado pelos vinhos uruguaios, acabei entrando em contato e perguntei se ele conhecia alguma vinícola boa em Punta.

Ele não pestanejou e disse: Alto de la Ballena.
Ainda me passou o site, aproveitei e reservei a visita pras 19:00 hs e foi verdadeiramente emocionante.

Chegamos (fica a uns 30 km de Punta) surpreendentemente no horário e fomos recebidos pela Paula (proprietária) e pela Maria, que trocou e-mails comigo quando da reserva.

Éramos só nos seis e foi muito legal ver que pessoas apaixonadas por vinho, como a Paula e o marido dela, ainda conseguem fazer um grande produto com entusiasmo e aquele brilho nos olhos de quem ama aquilo que produz.

O lugar é absolutamente lindo: planícies, lagos, montanhas e por-do-sol.

E que por-do-sol.

Iniciamos com a Paula nos mostrando um parreiral de Syrah, …

… inclusive, com uvas próximas da colheita que seria feita em março (elas enviaram um e-mail avisando que a festa da Vindimia seria no dia 12/03).

Perguntei um montão de coisas e depois fomos pro lugar onde faríamos a degustação, tanto dos vinhos da bodega, como de queijos uruguaios e grissini (19,5 na cotação do Guia Óleoluz).

Tomamos um ótimo rosé, …

… um excelente cortado de cabernet franc, outro de tannat e merlot, um cabernet franc varietal diferentaço, um charmoso merlot e finalmente, um syrah potente.

A esta hora, a descontração era total e conversamos bastante sobre o mundo dos vinhos.
A Paula nos deu altas dicas de como proceder pra produzir excelentes exemplares (é, sócio. Parece que pintou mais um negócio na LoNgueluz!)

E ainda tivemos um bônus track: um maravilhoso por-do-sol. Com direito a ouvir o som do vento e a comungar com todos numa paz absoluta.

Só nos restou comprar algumas garrafas e nos despedirmos dos nossos anfitriões (se quiserem experimentar, passem na D’olivino  que é o importador oficial dos vinhos Alto de la Ballena por aqui e procure pela Tatiana).

Terminamos a noite comendo churros do Manolo (um clássico em Punta) e …

… dando uma passada pra faturar “algum” no Conrad.

That’s all, folks.

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Há 3 comentários

  1. Estamos analisando o terroir perfeito para o empreendimento -rs! Por enquanto, falta um grau para mineral.Gostei da foto da familia (eita gente simpatica)! Essa bodega ja esta anotada. Um verdadeiro achado!

  2. ah, Kika, ainda bem que aqueles escaravelhos nao eram para comer, hein!!! (rs) Por falar em Kika, estivemos na Sodoces, do Flavio Federico, no sabado. Fiquei procurando para ver se Kika nao estava por la, assim, meio distraida! (rs). Mas nao estava! Uma pena.

  3. Sócio, a questão em Punta não é nem o mineral. É que lá é uma beleza!
    Quanto a família, thanks!
    E enquanto a sede definitiva não sai, precisamos marcar um convescoste lá na provisória, na Sódoces.

    Abs societários.

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