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dcpv – dia un – barcelona – espanha – mercat de la boqueria e xocolateria fargas; prazer em revê-los. em todos os sentidos.

03/01/2012

Dia Un – Barcelona – Espanha – Mercat de La Boqueria e Xocolateria Fargas : prazer em revê-los. Em todos os sentidos.

Voamos pela Ibéria pra Barcelona.

Foi um tranquilo voo direto e seria muito mais, se os pais dum bebê gritão (isto mesmo, não é chorão!) tivessem tomado conta dele e assim, não atrapalhasse o sono de todo mundo (e olha que estávamos bastante longe do epicentro do tremor).

Chegamos de madrugada (4:30 hs da matina); o nosso transfer estava lá e com o trânsito livre, 20 minutos depois, chegamos ao hotel Casa Camper (pra ter um serviço mais do que vip, procure pela Fernanda, na recepção. Ela vai te ajudar em tudo o que é tipo de reserva, desde bons restaurantes até pro jogo do Barça)

O hotel é tudo aquilo que você imagina dum lugar diferentão. É muito bicho grilo, tem uma doutrina natura/ambientalista e, surpresa, é muito confortável.

Começa que cada quarto tem saletas complementares (e no outro lado do corredor) com um sofá, uma tv, uma mesa, vista pra rua e pasmem, uma rede. É, uma rede daquelas nordestinas onde você pode deitar e descansar do seu dia estafante na capital da Catalunha.

Outro detalhe bacana: os quartos não tem frigobar. Em compensação, eles montaram um espaço chamado Tentempié, no térreo, onde além de ser o local pro café da manhã, é também o gigante frigobar de todos os quartos, já que ali você pode comer e/ou beber tudo, na hora que quiser, com exceção de bebidas alcoólicas que são pagas a parte.

O banheiro também é um caso a parte com a sua área de leitura e as instruções mais do que bem claras (aliás, todas as indicações são neste claríssimo formato).

Devido ao horário (por volta das 5:30 hs), resolvemos dar uma cochilada.

Acordamos meio que no susto e fomos tomar um bom café da manhã no tal espaço.

De lá partimos rapidamente pro magnífico Palau Música Catalana, uma obra prima arquitetônica do Domènech i Montaner, onde compramos tickets pra assistir a um espetáculo de música clássica, As Quatro Estações do Vivaldi.

Missão cumprida, iniciamos um passeio pelas regiões próximas as Ramblas.

Antes disso, matamos as saudades da Xocolateria Fargas, …

… um lugar que conhecemos e adoramos na outra viagem pra cá (dica: quando você encontrar uma placa destas na frente dum estabelecimento; entre!), …

… a ponto da Re tirar uma foto ajoelhada em frente a esta loja extraordinária, tal a qualidade dos chocolates. Compramos algumas coisinhas (doces, caramelos) e …

… como tínhamos adquirido outras coisas na loja do Palau, resolvemos dar uma nova passada no hotel, pra depois …

… reconhecermos a região.

Passamos pelo MACBA, o museu de arte moderna …

… com os seus habituées hyppados e ravalizados (o Raval é o bairro trendy do lugar), …

… e suas interessantes obras externas.

Ameaçamos iniciar um tour a pé pelas Ramblas, mas …

… a fome apertou (eram 16:00 hs) e resolvemos ir direto pro Mercado de St Josep, mais  conhecido como La Boqueria.

No caminho, passamos pela CCCB – Centre de Cultura Contemporània de Barcelona  e vimos o quão bonita e misturada é toda a cidade.

E realmente mesclado, maravilhoso e bonito é La Boqueria.

Queríamos comer no bar Pinotxo (que descobrimos ser Pinóquio em português), mas estava muito cheio.

Enquanto olhávamos tudo …

… com …

… muito …

… carinho, …

… procuramos a alternativa, outro botequim, o Quim de La Boqueria, que estava muito cheio também.

O Boqueria vale, inclusive, um legítimo fotoblog:

Estávamos quase desistindo de comer no sex shop barcelonês, quando resolvemos voltar ao Pinotxo e tivemos sorte, pois uma mesa vagou exatamente naquele momento.

E foi sensacional. O lugar não tem cardápio e comemos simplesmente o que tinham pra nos oferecer.
Ou seja, 3 copaças de cava …

… calamaritos com feijões brancos, …

… sardinhas à escabeche com uvas marinadas …

… e espinafre com batatas.

Tudo tão perfeito que deu pra entender o porque dos grandes chefs catalões (Adriá e Roncero inclusos) comerem sempre por aqui.

E ainda tivemos o upgrade do simpático sr Pinóquio vir nos servir pessoalmente.

Voltamos pro hotel, conhecemos (e compramos algumas outras coisinhas) na padaria Barcelona Reykjavik

…pois tínhamos que nos arrumar, já que o espetáculo no Palau começava as 18:00 hs.

Chegamos e não tivemos como nos maravilhar com esta maravilha (sic).
O interior do Palau é ainda mais bonito que a parte exterior.

Aquele lustre central parece ter um imã que te obriga a ficar olhando indefinidamente pra ele.

Além de todos os detalhes que o Domènech fez questão de projetar.

Acrescente aí uma acústica perfeita que faz com que o som da orquestra chegue perfeito dos teus ouvidos e as Quatro Estações passaram rapidamente.

Extasiados, caminhamos de volta ao hotel, ainda mais com todo o clima natalino imperando na cidade.

Incrível como Barna (espero que ela me permita chamá-la assim) fica ainda mais bonita a noite.

E este primeiro dia só seria completo se tivéssemos uma grande refeição num grande restaurante. Foi o que aconteceu no Cinc Sentits.

A filosofia do lugar demonstra o que te espera  (por favor, leia em bom e claro catalão): “Sense cap dubte, la clau d’un bon plat està en trobar i utilitzar ingredients de la millor qualitat. Hem buscat petits proveïdors de tota Catalunya i resta d’Espanya que comparteixin aquest sentiment: I per a gaudir de tots aquest ingredients, no rés millor que el format de degustació i deixar que cada plat ens aporti sensacions noves i estimulants”.

E como os menus são todos degustação, escolhemos o Sensacions, o mais completo, com 1 tapa , 2 entrantes, 1 pescado, 1 carne, quesos e 2 postres além da “maridatge” com vinhos top espanhóis. É, a turma estava animada. 🙂

O tour começou com um agrado do chef, um amuse com maple syrup, zabaione e flor de sal. Pra ser tomado num trago só. Foi e totalmente aprovado.

A sommelier nos serviu um vinho tinto, o Garnaxa Vella Teixar 2008 e nos disse pra só cheirá-lo, já que ele acompanharia o quinto prato. Ou seja, nos incitou a usar o sentido da olfação.

O primeiro prato oficial, o tapa, foi um crema de calabaza (abóbora) muito bem temperada com sementes torradas dela mesma e muitas especiarias, além de sálvia. Ótima e usamos bem os nossos olfatos e gustação novamente.

Antes disso, comemos um daqueles pães massudos e crocantes.

Continuamos com a segunda entrada, um foie gras micuit caramelizado sobre alho poró e aceto balsâmico.

Comi dois (a Re passou o dela), além de bebermos um ótimo e dos únicos late harvest espanhóis, o Caligo.

No terceiro, tivemos uma leve diáspora. Enquanto eu comia uma excelente codorniz defumada com pão de especiarias, creme de  castanhas e gelatina de Pedro Jiménez , …

… a Re e a Dé, experimentaram Huevo de Calaf, com setas silvestres (os famosos cogumelos), trufas negras e purê de batatas. Espetaculares.

As meninas tomaram um Champagne Billecart Salmon e eu entornei uma taça dum branco Tedetària.

O próximo prato foi servido em dois tempos. Um Bullit de Peix  separado …

… dum arroz seco sensacional.

Pra não deixar pra trás, experimentamos dois vinhos do mesmo produtor Ribeiro, o 1040 e o Salmeirás.

O último prato foi a pièce de resisténce, o Cochinillo Ibérico com maçã, avelã e aniz. Tive que comer um pouquinho do da Re (gracias).

O chef quebrou o galho da Dé e serviu vieiras (e que vieiras) no lugar do leitãozinho.

O vinho foi aquele tinto servido no início da refeição, o Garnatxa Vella Teixar 2008.
Quesos artesanales vieram a seguir e acompanhados de cubo de amêndoas, laranja amarga e gelatina de mel.

Pra amenizar a salgadice, foi servido um sorvete de framboesa, creme de baunilha e biscoito de pistache.

Pra finalizar o nosso tour por todos os sentidos; chocolate. E quente, acompanhado de sorvete de azeite e macadâmia.

Harmonizado dum vinho de sobremesa muito rudimentar (e interessante), o L’hongares (acho que isto foi uma piada com os Tokaji).

Acreditem ou não, não pedimos os cafés, mas mesmo assim, as belas mignardises chegaram.

Resumo de tudo: foi um verdadeiro passeio pela audição, visão, olfato, paladar e tato. Toda nossa porção sensorial foi usada neste jantar.

Voltamos felizes e satisfeitos pro hotel, já pensando nos sentidos que usaremos nesta viagem a Barcelona.

Hasta.

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Há 0 comentário

  1. Por ora eu só posso dizer que o primeiro dia de viagem valeu como se fosse a viagem inteira….Deus meu! Como voces conseguiram encaixar tanta coisa? Mas eu quero comentar com calma esse jantar no 5 sentis! E a musica clássica?? Se preparando para o Dudamel em Paris? Os ingressos já estao comprados!!!! rs
    Por falar nisso: uma billecart-salmon é tudo de muito bom!!! As meninas sabem das coisas.

  2. Edu!
    Belo dia, meio à la Coelho Maluco, não?
    Às 16h vocês estavam almoçando e às 18h estavam no teatro, depois de fazer algumas comprinhas e voltar ao hotel para se arrumar? Que loucura!
    Ah, a juventude! Quero ver se vocês aguentam esse pique com mais uma década nas costas!
    O que é esse Cinc Sentits????????
    Estou aqui em transe. Tudo super bem apresentado, com a cara ótima e ingredientes para lá de aprovados.
    Amei tudo. Melhor mesmo só estando lá.

  3. Edu,

    Acompanhamos com atenção os relatos de Madri e já estamos ansiosos por mais posts de Barcelona. Se tudo der certo, utilizaremos algumas dessas sugestões dentro de alguns meses, mas até lá podemos pegar mais dicas pessoalmente, certo?

    abraços pra você, pra Débora e pra Renata,

    Fernando + Débora

  4. Sócio, prepare-se!! rsrs
    O jantar foi histórico e sensorial!

    Isabela, é pra dar saudades mesmo.

    Carla, se puder, vá. Se não puder, também!

    Sueli, Barcelona é apaixonante. E a sua gastronomia não fica atrás.

    Debora e Fernando, vamos marcar aquele italiano difícil!! rs Ou seria melhor um espanhol?

    Abs “catalônicos” pra todos.

  5. Começo programando os restaurantes das minhas viagens lendo o teu blog. Sinal que começo bem, né? Será a nossa 1a vez em Barcelona. Gostaria das tuas dicas para hoteis em Barcelona e se possível, em Madri também.

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