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DCPV – triésimo dia – santiago – chile – isto é que é uma dobradinha ao quadrado: la chascona/bocanáriz e vinícola almaviva/boragó.

25/10/2012

Triésimo diaSantiagoChileIsto é que é uma  dobradinha ao quadrado: La Chascona/Bocanáriz e Vinícola Almaviva/Boragó.

Era dia da turma toda se juntar. Os casais Marcia/Vianney e Madá/Álvaro chegaram tarde da noite  de ontem e nos encontraríamos nesta manhã.

Na verdade, a Márcia e o Vianney fariam o tour a casa do Neruda, a La Chascona conosco, enquanto a Madá e o Álvaro se juntariam ao grupo no almoço no wine bar Bocanáriz.

Acordamos cedo e fomos tomar mais um bom café da manhã no hotel.

Saímos de van, pra passarmos pelo hotel da Márcia e irmos todos pra La Chascona (que significa a descabelada).

Pra quem não sabe, a casa de Pablo Neruda tem este nome por causa dos cabelos da sua inicialmente amante e, posteriormente mulher, Matilda Urrutia.

Ela foi construída em 1953, e após a sua separação, Pablito (que tinha como nome original Neftali Ricardo Reys Basoalto) e Matilda viveram lá até 1973, ano da sua morte.

Esta casa é fisicamente muito interessante, já que é toda labiríntica e cheia de detalhes em cada canto.

E foi nesta lojinha que praticamente começou esta formação de grupos pela internet (daí veio o célebre post, teorema de neruda : mar + terra = céu), né Drix?

É um local com personalidade e que representa tudo aquilo que imaginamos da formação multicultural do gênio Neruda.

Terminamos a visita e cruzamos o bairro Bellavista a pé …

… e por estarmos um pouco adiantados, optamos por dar mais uma passada, …

… agora com mais tempo pra conhecer os espaços …

… do Centro Cultural Gabriela Mistral, …

… um lugar realmente especial, …

… e com exposições gratuitas muito bacanas.

Era hora de ir ao BOCANÁRIZ, um wine bar muito aconchegante, localizado próximo a praça Mulato Gil y Castro e ao lado do GAM.

O lugar é muito bonito e bem bolado.

Esta lousa contendo todos os 300 rótulos chilenos que estão a disposição dos clientes dá mais charme ainda a tudo.

Quando chegamos, o nosso grupo realmente se completou com a junção da Madá e do Álvaro que já estavam nos esperando.

Todos pedimos taças dos mais diferentes vinhos (alguns bons, outros nem tanto) e então, um dos proprietários veio nos explicar a filosofia do estabelecimento e como tudo funciona.

Optamos por escolher vôos de degustação (5 escolheram o autoral constituído de um Chardonnay Gran Reserva Alto las Gredas, Pinot Noir Montsecano e Red Blend Rukumilla) …

… e 3, o biodinâmico, composto dum Sauvignon Blanc EQ Costal Matetic, Merlot Cuvée Alexandre Casa Lapostolle e Rede Blend Coyam Emiliana)…

… e por indicação do proprietário, algumas porções para tapear.

Ostras de border negro com pan de centeio, …

tartar de salmão tibio, queso de cabras y almendras 

morcilla grillada, betarraga y mermelada de mango y piña, …

bocaditos de mozzarella derretida com tomates y albahaca e …

carpaccio de corvina, algas y alcaparras.

Foi o suficiente pra voarmos pela diversificação e o charme do Bocanáriz .

Uma das donas e sommelieres, também veio a mesa nos informar tudo sobre os vinhos e aproveitou pra perguntar sobre a querida Mari Campos (valeu pela dica!). Este é um lugar pra ficar horas, talvez morar um pouco lá, né Álvaro?

Nos despedimos rapidamente da Madá e do Álvaro, porque tínhamos reservado uma visita ao ícone dos ícones, a vinícola Almaviva.

Passamos no hotel, pegamos a van e partimos pra Puente Alto.

Chegamos lá e nos surpreendemos com a beleza de tudo.

O lugar é especialmente bem tratado…

… e com paisagens estonteantes.

A nossa guia, a Adelaida, estava nos esperando e além de muito bem informada e apaixonada pelos vinhos produzidos na vinícola, também era muito bem humorada.

Ela nos contou rapidamente o objetivo da joint venture entre a francesa Baron Philippe de Rotschild e da chilena Concha y Toro, que foi criar um vinho de categoria superior, o Almaviva

… além de nos explicar que o nome representa a  cultura francesa (Conde de Almaviva, herói do Casamento de Fígaro)…

… e o símbolo, a cultura Mapuche (expressa a visão da terra e do cosmos).

Passamos pelas videiras onde pudemos verificar tipos diferentes de solo donde provêem as uvas Cabernet Sauvignon , …

… Merlot  …

… e Cabernet Franc.

Adentramos à construção estilosa e aí a explicação recaiu sobre as manjadas etapas pra se criar um vinho.

Só que neste caso, ficou patente a qualidade que eles colocam em cada uma delas.

Desde a colheita manual, …

… passando por todas as fases utilizando máquinas moderníssimas e …

… movimentação gravitacional …

… até o engarrafamento e …

… o armazenamento pra pra enviar para a venda.

Este lugar é o berço onde a safra de 2011 está descansando.

É claro que tínhamos uma degustação de um vinho 2009 que nos mostrou o que realmente esperamos quando se toma um Almaviva.

Todos apaixonados, …

… nos despedimos da Adelaida (por favor, nada a ver com a anã paraguaia) com algumas expressões que ela usou no tour inteiro: “Oh! Que rico!!!” ou Como vocês são simpáticos“.

Voltamos pro hotel …

… e como bateu uma fominha, aproveitamos o tempo pra dar uma olhada no skyline santiaguino …

…  a partir da visão da piscina que fica no último andar …

… e finalmente experimentamos uns cones interessantes de batatas fritas e de empanaditas , …

… com o devido acompanhamento de drinques das mais variadas cores e sabores.

Era chegada a hora do jantar e do que seria o verdadeiro happening do nossa estadia no Vale do Colchágua.

A Madá e o Álvaro se juntaram novamente ao grupo e fomos todos conhecer a comida endêmica, a cucina del fin del mundo, do Rodolfo Guzmán no ótimo restaurante Boragó.

É claro que todos optamos pelo menu degustação de 8 tempos com a devida harmonização de bebidas.

Então, como já estivemos aqui antes (a Madá e o Álvaro também) esperávamos algumas repetições dos pratos destas outras refeições.

Ledo engano.

Tudo foi absolutamente original e mostrando o que o Chile tem de melhor.
Iniciamos com uns amuses muito gostosos e diferentes tais como beterraba com purê de abóbora e coentro; …

batatinha desidratada recheada com cebolas picadas, …

… uma foggazza chilena e …

… um viciante mandiopã de lagostim e bergamota.

Foi servido um espumante rosé …

… e também os famosos pãezinhos quentes dentro dos saquinhos de padaria juntos com a terra/patê.

Próximo e primeiro efetivo prato: uma concha com ostras e peixe de roca em Ceviche, coberto com um tipo de azedinhas chilenas e flores comestíveis (ORILLAS DE qUINTAY).

Tomamos um vinho branco Sauvignon Blanc.

Mais um prato endêmico: uma cebolinha cozida no vapor, flores de ciboulette, um caldo concentrado de cebola caramelizada e o primeiro galho comestível (comi muuuuuuuuitos) (cEBOLLAS y queso fresco de vaca).

Outro prato mais do que endêmico, surpreendente: um caldo extremamente defumado de mariscos e servido duma forma nada ortodoxa, num ninho gravetos, com um pãozinho macio que parecia ser batata, um pão de queijo grudento, mas de excelente sabor (cURANTO).

Mais um e desta vez uma arraia. Sim, senhores, uma arraia com algas fritas, uma tronco de algas que mais pareciam cartilagens e um caldo bem concentrado (MANTA rAYA y algas de Tunquén).

Acompanhamos com um Pinot Noir Montsecano (o segundo da degustação do BOCANÁRIZ) que foi um dos melhores vinhos da noite.

Próximo e último prato salgado: um frango orgânico assado no formato campestre, ou seja, sobre as brasas de gravetos

e servidos com um creme do alimento dele (pOLLO ORGANICO AL RESCOLDO,topinambur y alpiste).

Este ótimo prato foi harmonizado com um excelente vinho tinto Carignan Vigno Gillmore 2009.

Dessert’s time: pra limpar papilas gustativas, um sorvete de leite orgânico com um disco de queijo de cabra e molho de  pepino (PASTEL DE YOGUR pAJARITO).

Nos preparamos com um Late Harvest Muscat Tabali 2010.

A sobremesa principal é bonita, pero, indescritível.

Um sorvete, frutas secas, cacau chileno e muita conversa (eSPINO CHILENO DE CHACABUCO).

Encerramos com um cerveja Stout chilena (há quem não gostou, mas eu adorei), …

… a marca registrado do restaurante, o fRÍO glacial, onde todo mundo soltou fumaça pelos orifícios (do ROSTO! rs) …

… cafés, chás e a “dolorossa”.

Pronto! Era hora de ir embora, …

… arrumar as malas e “go to” Vale do Colchágua.

Hasta mañana.

Acompanhe os outros dias desta viagem:
Unésimo dia – Santiago – Chile – Início promissor e gastronômico (Coquinaria+Osaka)
Segundésimo dia – Santiago – Chile – Visitando a Concha y Toro mais uma vez, além de passear de bicicleta pela cidade.

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Há 0 comentário

  1. Fabiana, foi como o sócio respondeu (e eu por email). Depende, mas normalmente o concierge do próprio hotel resolve.

    Sócio, aposto em 36 horas. 🙂

    Bóia Paulista, valeu mais uma vez.

    Jorge, ainda tem bastante dica pra ser dada. Mas Santiago é pra ir sem pestanejar!

    Drix, tirando a scoiologia de lado, quando vimos a caneca, dissemos em uníssono: vams levar pra Drix!

    Sócio, e olha esta história de piada de duplo sentido, heim?

    Drix, estamos no aguardo!

    Alvaro, vamos marcar uma estadia prolongada no Bocanáriz? rs

    Madá, a verdade é que todo mundo se transforma em poeta quando tem encontros como aqueles, né?

    Marcia, também queremos.
    De preferência, em Mendoza! rs

    Vianney, celebração é conosco mesmo (vide a quantidade de brindes! 🙂 )

    Abs emboraevamos pra todos.

  2. A culpa não é minha! 🙂
    Você tem que pensar que a Itália é um país unido há pouco tempo!
    O negócio é o seguinte: consegui refazer o post, mas os comentários, não.
    Então optei por deixar a outra versão no lugar aonde está.
    Caso alguém queira comentar novamente por aqui, prometo responder em menos tempo do que aquele (menos de um … mês?? rs)

    Abs atrapalhados pra todos.

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