30/11/2012
Dia XI – Florença – Itália – Uma aula de culinária na capital toscana.
Tivemos uma melhora acentuada no tempo.
Em vez de chuva, nublado. E bem mais frio.
Como sempre, isto não importava, já que iríamos fazer uma aula de culinária completa com, inclusive, uma visita ao Mercato Centrale.
Tomamos o mesmo ótimo café da manhã e debaixo de chuva (ela caiu bem nesta hora), chegamos ao ponto de encontro da Florencetown Tours.
A turma oficial se compunha de 4 pessoas (nós 2 e mais um casal de americanos), além de mais 3 do staff da própria agência que estavam acompanhando tudo pela primeira vez.
O chef Giovanni, um daqueles italianos da gema, nos levou pra conhecer o mercado e seus melhores fornecedores.
A primeira parada foi numa loja de azeites fresquísssimos (a primeira pressão foi feita na segunda-feira), …
… acetos envelhecidos, …
… Parmigiano Reggiano, …
… molhos especiais…
… e afins, com as suas devidas degustações.
Compras feitas (a mala começou a ficar pequena), …
… passamos pra próxima loja, uma de pães, grapas, sais e azeites trufados; mais umas comprinhas foram feitas.
Agora era hora de ver legumes, …
… e verduras, tudo orgânico e colhido nesta manhã, …
… além de carnudos funghis frescos.
A última parada foi numa banca-açougue.
Como não se surpreender com a qualidade …
… e a quantidade de oferta de ingredientes?
Até a Dé se entusiasmou com o nível da costela fiorentina e prometeu se tornar uma carnívora! rsrsrs
Pronto! Enquanto víamos tudo, o chef aproveitou pra comprar tudo pra nossa aula.
Chegamos ao local que é próximo de lá, colocamos os aventais e mãos a obra.
O primeiro prato a ser feito foi a sobremesa, um legítimo Tiramisu.
E cada um fez o seu.
Pra começar, todos ajudaram a bater as claras em neve …
… e o creme de mascarpone.
Logo depois o chef nos explicou como montar cada um: …
… uma camada de chocolate em pó, ..
… uma de creme, …
… outra de biscoitos champanhe embebidos em café, …
… mais uma rodada …
… e voilá. Tiramisu pronto e indo pra geladeira.
Aproveitamos pra tomar um vinho tinto …
… enquanto o chefe nos apresentava a sua bruschetta (ops!).
Pão tostado, passa-se alho e coloca-se o melhor tomate temperado por cima.
Precisávamos ainda fazer a massa dos macarrões (uns Ravioli e os Papardelle).
A receita da pasta é muito parecida (farinha e ovos).
O que modifica um pouco é o jeitão de se fazer.
Neste caso, tudo é feito a mão, inclusive…
… a abertura …
… o corte (no caso dos Pappardelle) …
… e o processo todo, no caso dos Ravioli.
Só sobrou fazer a base do molho à bolonhesa (cebola, salsão e cenoura), …
… com o acréscimo e a fritura de carne bovina moída e de carne de porco na forma de linguiça, sem a tripa.
Deixe apurar bastante, coloque vinho tinto e deixe apurar mais ainda.
Adicione purê de tomate, baixe o fogo e esqueça da panela.
Enquanto isso, cozinhe os Pappardelle e os Ravioli.
No caso destes últimos, faça um molho com manteiga e salsinha e coloque por cima.
No caso dos Papardelle, junte-os ao molho, coloque bastante parmeggiano e sirva.
Foi o que foi feito.
Todos comemos as massas e aprovamos a nossa lição de casa, com louvor.
É claro que conversamos bastante, rimos mais ainda e aproveitamos pra tomar mais vinho.
Pra encerrar esta festa, todos experimentaram os Tiramisu que montaram.
Mais uma aprovação, assim como a do Giovanni que nos “passou de ano” e, inclusive, nos deu um certificado.
Agora somos diplomados em comida italiana.
Saímos de lá felizes, mas correndo, pois tínhamos uma visita marcada ao que é considerado o maior museu de toda a Itália, a Gallerie degli Uffizi.
Reservei por internet (aconselho, especialmente na alta estação) e deu tudo certo.
É claro que não se pode tirar fotos, mas … rs
Falar da arquitetura do prédio é chover no molhado (ops!).
Ele é lindo e como Uffizi são escritórios em italiano, o que você vê lá são salas unidas por grandes corredores.
Todas são espetaculares, mas algumas são imperdíveis, tais como as da Anunciação, a Tribuna dos Medici, o Nascimento de Venus de Botticelli, a Sagrada Família de Michelangelo, a Vênus de Urbino de Ticiano e por aí vai.
Mesmo não sendo especialista em artes, como nós, você se emocionará.
E fica uma dica: deixe pra visitá-la no final da sua estadia em Florença.
Você já estará totalmente envolvido com o clima de toda a cidade.
Saímos de lá, voltamos ao hotel e resolvemos, apesar do frio, procurar o melhor sorvete da cidade, na Gelateria Vivoli.
Pra Florença, onde tudo é muito perto, ele até que fica longe.
Mas vale cada centímetro caminhado. Os sorvetes são bastantes cremosos e muito saborosos (nota 9,66 no MicheLuz).
Finalizando este grande dia (e quase que sem chuva), fomos jantar num dos melhores restaurantes da cidade, o Cibrèo.
Ele é bem antigão (que novidade!) e faz parte do movimento Slow Food.
Sentamos (mesa reservada) e logo recebemos a visita da dona do restaurante. Não estranhe; é assim que o menu funciona.
Ele só contém os preços de cada uma das fases das refeições (primo, secondo e sobremesa). Os pratos são recitados/comentados em italiano pela senhora e aí vocês os escolhe.
Charmoso, não?
E não é que quando ela falou Polenta, os olhos da Dé brilharam! Ainda mais acompanhada de azeite extra-extra virgem e parmeggiano reggiano.
Eu escolhi um potente brodo com uma massinha que na verdade não era bem uma massa e sim, uma mistura que continha pão.
A equação do vinho foi solucionada pelo sommelier, que nos propôs a escolha dum branco potente ou dum tinto mais delicado.
Fomos na segunda hipótese e num maravilhoso DOCG Mason di Mason Manincor 2010.
Como principais, a Dé preferiu Polpettini recheado com ricota e acompanhado de purê de batatas …
…enquanto eu, um prático e “simplici”, segundo a senhora, peixe feito no cartoccio com muito azeite, limão, azeitonas e ervas, …
… acompanhado de grão-de-bico com muito azeite.
Tudo estava num altíssimo nível. Pulamos as sobremesas e pedimos 2 “cortos”.
É claro que um pedaço duma tortinha de chocolate e café, quase um Tiramisu, pulou na nossa mesa!
Desta vez e satisfeitos, desvirtuamos os nossos princípios e voltamos de taxi pro hotel.
E admirando o entorno, claro?
Arrivederci.
Acompanhe os dias anteriores desta viagem:
Dia I – Verona – Itália – A terra da goiabada com queijo, ops, de Romeu e Julieta.
Dia II – Verona – Itália – Seguindo os passos dos amantes.
Dia III – Verona – Itália – Conhecendo o lago Garda.
Dia IV – Veneza – Itália – Quem vê o Canal Grande pela primeira vez e em grande estilo, jamais esquece.
Dia V – Veneza – Itália – O dia (e a noite) do misterioso fog.
Dia VI – Veneza – Itália – Tremenda dobradinha: Palácio dos Doges (e seu Itinerário Secreto) e passeio de gôndola.
Dia VII – Veneza – Itália – Aqui não tem nenhuma sonífera ilha (Murano, Burano e Torcello
Dia VII – Itália – Veneza/Florença – Uma luz no fim do túnel, ops, sobre viagem de trem
Dia IX – Itália – Florença – Piove, pananananananam, piove.
Dia X – Florença – Itália – Entrando na moda pela porta da frente.
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Há 0 comentário
Ahhhh que tudo lindo!!!! Vocês reservaram a aula de culinaria pela internet tb?? Teria como passar o link? Obrigada!!
…….é que fiquei sem pala….vra…s
Adoro a sobremesa tiramissu. Quem dera comer o verdadeiro tiramissu italiano. Deve ser uma delícia!
Que delícia 🙂 A nossa aula teve algumas destas mesmas coisas haha! Mas valeu aprender o vero tiramisu. Adorei o post! Bjs!
Liana, já te passei o link. Espero que vá e se possível, nos informe.
Sócio, eu TAM…bém! 🙂
Thiago, é bom normalmente. Imagine sendo a lição de casa!
Lu, acho que todas as aulas são parecidas, né? O bom é que são italianas da gema.
Abs educativos pra todos