dcpv – da cachaça pro vinho – docp: denominação de origem controlada do paladar

número 316
05/05/2015

dcpv – DOCP: Denominação de Origem Controlada do Paladar.

Volto a insistir com o Paladar, que nada mais é do que o excelente suplemento de gastronomia que vem encartado no Estadão todas as quintas-feiras.

E quando li uma matéria da Patricia Ferraz (não é corporativismo! rs) sobre pratos com indicação de origem, não resisti.

Tive que, por obrigação, refazer todas as receitas que ela indicou.
Como mote, todas elas são clássicas e estão ou deveriam estar num livro imperdível, Genius Recipes, da Kristen Miglore, que acaba de ser lançado nos Estados Unidos.

Vamos lá então, ao DOCP.

Entrada – Molho de tomate, cebola e manteiga da Marcella Hazan.

Eu sempre quis fazer um macarrão com molho como entrada. E esta receita revolucionária (você que gosta de molhos vermelhos, tem que fazê-la) me propiciou esta feito.

A Dé providenciou a massa feita em casa.

O molho é feito da seguinte maneira:
1 – Ponha 70g de manteiga sem sal numa panela.

2 – Adicione 2 latas de tomates pelados italianos, 1 cebola média descascada e cortada ao meio e sal a gosto.

3 – Cozinhe por 45 minutos em fogo baixo.

É só isso e fica uma delícia.

Bastou juntar o macarrão, finalizar com parmesão e correr para o “abbraccio”!!

Acompanhamos esta maravilha com o tinto Pinotage False Bay 2012 que foi “verdadeiro, true, verité, vero”.

Principal – Gratin de Arroz com abobrinha da Julia Child.

Como a Patrícia escreveu, é um arroz de forno. Metido, diferente, mas um arroz de forno.
Ainda mais com a grife Julia Child (lembram do filme Julie&Julia?).

Comece ralando 900g de abobrinhas no ralo grosso. Transfira-as para uma peneira, com uma vasilha embaixo, ponha 2 colheres de chá de sal e deixe escorrer por alguns minutos para drenar. Importante: reserve o líquido.

Misture o líquido reservado da abobrinha com leite até completar 590ml e reserve. Faça 90g de arroz branco (eu fiz um Basmati).

Refogue 160g de cebola bem picada numa frigideira no azeite até começar a dourar. Adicione 2 dentes de alho grandes picados finamente e a abobrinha. Mexa por 5 minutos.

Polvilhe 2 colheres de sopa de farinha de trigo, deixe cozinhar por mais 2 minutos e tire do fogo. Aqueça o suco de abobrinha e adicione aos poucos, a panela com as abobrinhas refogadas.
Tire a panela do fogo, junte o arroz cozido e 60g de queijo parmesão ralado.

Unte um refratário, espalhe nele o arroz com as abobrinhas, polvilhe duas colheres de queijo parmesão e leve ao forno por meia hora.

Segui o conselho da Julia e servi este magnífico arroz de forno com costeletas de vitela.

“Una meraviglia”!

Tomamos mais um tinto, o Garnacha GG 2013 que achamos “consuelo, jeitoso, jeitoso, bündchen, long dong“.

Sobremesa – Bolo de Chocolate da Nigella Lawson.

“Esqueça as caras e bocas que a Nigella faz enquanto cozinha, com grandes decotes e ar sensual, já pronta para receber as visitas. E dê uma chance a este bolo de chocolate dela: é um escândalo – no melhor sentido”.

Patrícia, concordo com você. Este bolo é escandaloso (e foi a Dé que fez).
Comece untando uma forma retangular e forre com papel manteiga.

Bata 225g de manteiga com 375g de açúcar na batedeira, adicione 2 ovos grandes batidos e uma colher de chá de baunilha e bata apenas para misturar.

Derreta 100g de chocolate meio amargo em banho-maria, espere amornar e adicione à mistura de manteiga.

Ponha 250ml de água para ferver. Misture 200g de farinha de trigo com 1 colher de chá de fermento químico e adicione delicadamente a manteiga e a água, uma colherada a cada vez, alternando.

Despeje a massa na forma.

Asse o bolo por meia hora em fogo médio. O bolo deve estar com a superfície firme, mas com o interior macio, ainda esponjoso.

Desenforme quando estiver frio e coma o mais rapidamente possível. É um verdadeiro escândalo (comemos muuuuuuito!).

Eis a opinião dos clássicos:
Clássico é clássico. Tudo gg! (Edu)
Special one. (Mingão)
A longdong dinner! Marvellous! (Deo)

Como vocês já sabem, sou um verdadeiro fã do Paladar. E a cada dia, a surpresa positiva é maior.

Acreditem que parei de assinar o Estadão, mas praticamente obrigo a Flora a passar na banca de jornais toda quinta, só pra ver (e ler e degustar) todas as maravilhas que lá aparecem.

Vida longa ao Paladar (e que nunca se transforme naquele arremedo de suplemento de gastronomia de uma página que é o Comida da Folha).

Auguri.

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