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dcpv – sixième jour- borgonha – frança – chablis, conexão pra paris.

01/05/12

Borgonha – Sixième jour – Borgonha – França – Chablis, conexão pra Paris.

Dia de ir pra Paris.

Acordamos no horário normal (7:00hs) e lá pelas 9:00hs estávamos todos tomando café.

Entre arrumar todas as malas (e tralhas), acabamos saindo duas horas depois do hotel.

E pensamos em conhecer cidades pequenas e bacanas no caminho até Chablis, a região que produz grandes vinhos brancos.

A primeira parada foi em Epoisses, a cidade que produz o excelente queijo homônimo.

Demos uma boa olhada em tudo, vimos a centro histórico e não encontramos nenhuma fromagerie aberta.

Frize-se que as estradinhas (escolhemos a opção sem pedágios na Marie, o nosso GPS) são lindas, …

… com destaque pras inúmeras plantações de canola…

… que dão um tom verde-amarelo (seria uma homenagem?) …

…pra tudo.

Próxima parada? Noyers.

Só que pra chegarmos lá, cruzamos com Guillon, este sim, um lugar pra chamar de seu.

São casinhas a beira-rio que tem um jeitão bem bucólico …

…e paisagens de calendário.

Parece um cenário de filmes de Hollywood.

Mais uma vez a estrada se transformou em ator principal, …

… e finalmente, chegamos a Noyers (a cidade onde as ruas tem nomes bonitos), …

…que por incrível que pareça, é mais bacana do que todas as cidadezinhas bonitas que vimos.

A entrada da cidade fortificada é incrível e o portão dá a dimensão do que você encontrará por lá.

O centro medieval é muito intrigante e encontramos um restaurante tão interessante que resolvemos não almoçar em Chablis.

Preferimos conhecer o Les Millésimes (um dos empreendimentos das Organizações Maison Paillot) e curtir o que de melhor a Borgonha pode te proporcionar.

Toda a família trabalha no estabelecimento (pai, mãe e filhos) e você sente o carinho com que eles encaram o negócio.

Escolhemos as combinações (entrada+principal+sobremesa).

Antes disso e pra variar, nos serviram ótimas gougères.

A Dé e a Lourdes foram de Galantine d’Ecrevisse, …

… o Eymard de Tourte a l’Epoisse

… e eu, num prato da mais original charcuterie.

Tudo isto escoltado por um Pouilly-Fuissé Les Carrons Domaine Robert-Denogent, …

… servido duma forma muito bacana (será que foi o Pierre ou o Vincent que nos serviu?), …

… e aberto dum jeito mais ainda.

Continuamos nos maravilhando com tudo e enquanto isso, os principais chegaram.

A Dé experimentou o Filet de Cabillade, um peixe branco muito bom.

O Eymard pediu um Jambom au Chablis, que são fatias enroladas do mesmo com o acompanhamento de vegetais crocantes.

A Lourdes e eu fomos num Boeuf a Bourguignon muito bom, bem condimentado e escoltado por um purê de batatas (o famoso “pirrê”).

Como sobremesas, Tiramisu

… e os aguardados queijos.

Pedimos cafés (estes cogumelos de madeira são vendidos. Compramos um e estou procurando o danado até agora! rs), …

….que seriam tomados lá fora e ao sol.

Pagamos a conta …

…e finalmente rumamos pra Chablis.

Quando estávamos indo embora, vimos o nosso atendente servindo uma bebida destilada num formato inusitado…

… e é claro que resolvemos pedir também.

Parecia uma grapa que combinava muito bem com o cheiro e o resto do café que estava na xícara.

Como já era tarde (próximo das 16:00hs), e quase tudo estava fechado, optamos por passar numa boa vinícola, a William Fevre, e comprarmos alguns Grands Crus.

Note-se que a cidade é muito bonita (que novidade!) e…

… tem um jeitão bem simpático.

Pegamos os possantes e zarpamos pra Paris.

São 200km e quase duas horas dum passeio em excelentes estradas.

Chegamos ao nosso botel, o W, na capital francesa, com a perspectiva de encontrar um lugar moderno, …

… transado …

…e hype.

Encontramos tudo isso, e pior, no nosso caso, quartos minúsculos (o da Lourdes e do Eymard era bem maior) onde mal cabiam as nossas malas (dromedário incluso).

Tentamos em vão trocar de categoria de quarto, mas conseguimos após um certo mal estar, mudar pra um quarto um pouquinho maior. Não seria isto que estragaria a nossa noite/estada.

Assim sendo, fomos jantar no restaurante do próprio hotel, o Pica Pica do chefe espanhol Sergi Arola (o mesmo do hotel Tivoli de SP).

E nos divertimos muito.
O lugar é muito cool, trendy e extremamente bem decorado.

Ele leva o nome a sério, ou seja, todos os pratos foram criados pra serem servidos em pequenas porções e com o intuito de que o cliente “tapeie” a vontade.

Caímos de cabeça e chamamos um champagne pra abrir os trabalhos.

Escolhemos 10 dos pratos: sardines (sardinhas marinadas servidas com azeite de tomates secos) …

bacalao (com azeitonas pretas e caviar da fazenda), …

canelones (a la barcelonina, recheados com frango, porco e vitela e molho bechamel) , …

artichokes (baby-alcachofras servidas com maionese de limão), …

green aspargus (aspargos fritos num tempurá com molho Romesco), …

las bravas de Arola (as famosas batatas bravas, apimentadas e recheadas com aioli) …

vine rapes tomatoes (tomates secos servidos como salada, com azeite, Bonito defumado e azeitonas pretas), …

octopus (ele, o polvo a la brasa, com batata confitada e pimentón a la Vera) …

crabs (salada de galinha do mangue com pão preto tostado) e …

oysters (ostras preparadas de 3 formas: escabeche, fritas e com molho Ponzu)

Ah! Tivemos como couvert uma verdadeira lição de como preparar um genuíno pa amb tomaquet, ou seja, o famoso pão com tomate (pão tostado, tomate esfregado, azeite e flor de sal).

Tomamos mais um grande Cru, o Chateau Grenouiles, que casou perfeitamente com tudo. É um formato bem bacana de se fazer uma refeição.

E como estávamos um pouco cansados, optamos por ir dormir em vez de cair na balada do bar do Hotel.

Quem sabe amanhã? rs

Au revoir.

Leia sobre os outros dias desta viagem:
Premier journée – Borgonha – França – Visitamos o hospício de Beaune.
Borgonha – França – Deuxième jour – Pisando no solo do Romanée-Conti.
Troisième jour – Beaune – França – Cozinhando na Borgonha
Quatrième jour – Borgonha – França – Duvido que você conheça (ou tenha ouvido falar) de Quarré-les-Tombes?
Cinquième jour – Borgonha – França – Com minha besta, abati a Abadia de Fontenay.

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Há 0 comentário

  1. Eu quero voltar!!!! Lendo o post e vendo as fotos me belisquei! Então vou voltar…ao post…para comentar e comentar e comentar depois de ler…de ler de novo…de ver de novo…..

  2. Eymard
    Você tem razão, foi um dia incrível !
    E você sabe que eu, na maioria das vezes, sempre volto aos lugares que curtí muito.
    E a Bourgogne foi um desses lugares, gostei demais.
    E voltando, o meu roteiro já estará enriquecido com as dicas de vocês.
    E o W pelo jeito também agradou ! Mas vocês perderam o agito que rolava solto na balada do bar : vão ter que voltar !!! risos

  3. Uau, que espetáculo, Edu!
    Aquele seu prato de charcuterie, no Les Millésimes, me deixou sonhando.
    O filé de Cabillaud, ou dos de Cabillaud, na França, nada mais é que o “bacalhau” fresco, talvez um bom gadus morhua, por isso tão bom.
    Vocês são bons camaradas, vocês são bons camaradas, vocês são bons camaradas, ninguém pode negar!
    Belo dia. Bela viagem. Bela amizade.
    Bravo!

  4. Uma pena que acabou a viagem à Borgonha!! Paris é Paris, mas o que mais amo é o interior da França que tem a capacidade de surpreender sempre.Não importa a rota a seguir, o que vamos vendo e descobrindo pelo caminho são lugares únicos. Difícil cumprir o que se está estabelecido,eu nunca consigo. Vou me apaixonando por tudo. Gosto de conhecer outros lugares, mas quando chego na França, constato que é para lá que quero ir sempre.Você fizeram uma viagem maravilhosa em todos os aspectos.Abs

  5. Caríssimos casais,

    Depois dessa epopéia, fico imaginando que, comparativamente, o céu deve ser um lugar meio sem graça.
    Abração,
    Dodô

  6. Quando eu achava que não poderia melhorar os momentos vão se superando! Chablis e Epoisses, um cantinho na cidade medieval, a torta de Epoisses do Eymard, só mesmo o sábio DoDô para traduzir tudo isso.
    Edu, parabnes pelo destaque Viajosfera !

  7. Sócio, quando??

    Marcia, o W agradou bastante. Especialmente nos dois últimos dias!

    Sueli, é Cabillaud e eu coloquei Callibaud? Xiiiii. rs

    Falou, ex-Bóia. Gratíssimo.

    Claudia, uma pena mesmo! E temos um sentimento parecido quanto a estes pequenas lugares.

    Beth, acertou, acertou e acertou. 🙂

    Grande Dodô, ou então deve ter bastante vinho por lá!

    Açabros pra todos.

  8. A viagem deve ter sido ótima. Sempre tiro dicas, informações, gosto muito do blog. Me diga por favor, foi difícil devolver o carro no centro de Paris? Estou indo para a Alsace e tenho dúvida de onde devolver o carro. teria uma dica para me dar?

  9. Jeane, a viagem foi excelente. Já tivemos algumas experiências de devolução de carros em Paris e todas foram um pouco estressantes.
    Normalmente ficam em estacionamentos subterrâneos e você tem que encontrar o lugar, pois não são muito bem sinalizados além de quase nunca ter uma pessoa pra receber. Se bem que em todas as vezes, o final foi feliz. 🙂

    Abs alsacianos pra você.

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