01/06/2013
Terzo giorno – Itália – Toscana– Uma verdadeira puxada (curva) até Urbino.
Hoje seria aquele dia maluco na Toscana.
Por enquanto, o sol só apareceu em pequenos momentos.
E pela manhã não foi diferente.
Tomamos o nosso lauto café da manhã no hotel e nos preparamos pra tremenda overdose de carro que teríamos.
O objetivo seria conhecer Urbino, uma verdadeira cidadela que fica na região de Marche, vizinha da Toscana.
O que eu não imaginava (e ao mesmo tempo, desconfiava) é que bateríamos o recorde mundial de dirigir em estradas com curvas.
Saímos todos lampeiros e rumamos pra Urbino.
A descrição dela no guia é a seguinte: “esta cidade simpática floresceu sob o patronato do duque Federico da Montefeltro. Sua universidade atraiu pintores, arquitetos e matemáticos de todas as partes, a exemplo de Piero della Francesca”
“O imenso Palazo Ducale, com a Galeria Nazionale delle Marche é o destaque de Urbino. A graciosidade das Torres que emolduram a sacada dos aposentos privativos do duque camuflam o poderio duma força militar invicta. No seu tempo, era a maior construção da Europa“.
Me fala se é ou não tentador?
Portanto, voltemos às curvas.
Foram um pouco mais de 100 km até chegarmos lá.
E se eu tivesse contado a quantidade de curvas fechadas que fizemos (e das paisagens bonitas também), certamente teria perdido a conta.
Em compensação, foi muito bacana ver a transformação da paisagem bucólica da Toscana, por outra também, mas com característica própria.
Chegamos lá por volta das 13:00 hs e o baque foi total.
A cidade toda fechada por muralhas e o Palazo Ducale são de deixar o queixo caído, …
… tanto pelo tamanho, como pela beleza da arquitetura.
Se existe uma construção que te faz diminuir de tamanho, é esta.
Passeamos bastante lá dentro.
Fomos conhecer o museu e o Palazzo também.
E apesar da dificuldade de estacionamento, esta visita é mais do que recomendada.
Almoçamos lá mesmo no Caffè del Corso.
A Dé comeu uma salada de farro, mozzarella de búfala e tomate (uma ótima variação de caprese) …
… e eu, um veraci espaguete ao vôngole, …
… além de tomarmos uma jarra dum vinho branco da casa muito bom.
Voltamos felizes e não contando cada uma das curvas que fizemos (detalhe: a Dé passa mal nelas e quando são muito fechadas, ela precisa fechar os olhos!).
Mesmo assim, ela definiu o lugar como “encantador”.
Aproveitamos a volta pra conhecer Sansepolcro, mais uma cidade bonita …
… e conhecida como o lugar onde nasceu Piero della Francesca.
Aproveitamos pra tomar um sorvetinho (nota 8 no MicheLuz) e …
… presenciar (mais) um casamento, coisa comum nas nossas viagens.
Chegamos ao hotel por volta das 19:00hs e a tempo de ver como o sol da Toscana é realmente avassalador.
Aproveitamos pra saciar a nossa fome numa Taverna, a Pane e Vino que fica bem no centro de Cortona.
Esta foi bem mais fácil de encontrar que a Osteria de ontem.
E como upgrade, tinha uma festa medieval bem na praça, na frente do restô.
É, esses italianos sabem se divertir.
Voltando ao jantar, o lugar é muito interessante, já que é praticamente um porão etrusco.
O menu é o de sempre, mas incrível como tudo é muito bem feito e com ingredientes de qualidade superior.
A Dé pediu com entrada, mortadela (ela é viciada). E esta foi servida dum jeito bem especial: enrolada num grissini.
Eu optei por duas bruschettas: uma com pomodoro e outra com alho e azeite. Simples e deliciosas.
Como principais, a Dé foi de Papardelle com ragu de 3 carnes (ótimo) …
… e eu, de Pici com farinha de rosca, anchovas e pimenta. Mais uma delícia.
Tomamos meia garrafa dum Brunello de Montalcino (estávamos treinando) que foi servida dum jeito simples e inteligente: a atendente traz uma inteira e despeja o vinho numa meia garrafa que tem uma marca indicando o nível. Simples assim.
E que vinho!
É claro que pedimos cantuccini com vin Santo, pra fechar a noite com chave de ouro.
É, estes italianos sabem mesmo se divertir.
Arrivederci.
Leia sobre os outros dias desta viagem:
Primo giorno toscano – De FV pra Toscana, ou melhor, Cortona.
Secondo giorno toscano – Voltando a Chianti e ao castelo de Volpaia.
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Há 0 comentário
Só digo uma coisa: esses ferrarenzes sabem mesmo se divertir!!!!
Que lindeza esta região mesmo. Os campos de papoulas são um show! Eu também presenciei dois casamentos em Siena, como estes italianos casam haha! Que cara boa as comidas da Pane e Vino. E a festa na praça, que delícia 🙂 A Toscana não cansa nunca… bjs
Acho que quem sabe se divertir são esses Corinthianos que vão à Toscana, descobrem os melhores lugares e contam pra gente ! Aloha! Aguardem-nos em Mendoza! Vianney
Como disse – e desenhou – Oscar Niemeyer, a beleza mora nas curvas.
Sócio, nós todos bem sabemos!! 🙂
Lu, sabe que até agora estamos tentando descobrir o nome destas flores vermelhas que dão em tudo o que é lugar por lá?
Vianney, corinthianos se divertem em qualquer lugar. E que venham os vinhos!!
Dodô, neste caso a menor distância entre dois pontos é uma curva!!
Abs curvos pra todos.
Parada no tempo em povoados da Sicília ou cosmopolita em Milão, urbana em Gênova ou romântica em San Gimignano, a Itália é terra para todos os gostos e sonhos. De bicicleta ou de carro pelos campos da Toscana, de barco ao longo de seu belo litoral ou a bordo de um possante esportivo pelas curvas da Costa Amalfitana, curta as grandes e pequenas atrações e estando de carro pare onde lhe der na cabeça e viva um país maravilhoso.
Conhecem ou já ouviram falar de uma cidade chamada Vigevano,próxima de Milão, é outra coisinha única e maravilhosa.Sou apaixonada por este país.Aprendi a cozinhar com esta gente.Quando faço algum prato italiano e digo que este é o vero, me falam que vero não existe; eu nem discuto, estas coisas são pra quem vive e sente este mundo, quem está de fora nem imagina o que verdadeiramente bom. Eu aprecio e me identifico muito com vocês, que bom, assim não me sinto um peixe fora d’agua.Aproveitem bem este país maravilhoso.
Carlton, é isso aí!
Marilda, não conhecemos (ainda), mas já está anotada!
E você está certa: o vero existe! 🙂
Abs italianíssimos pra todos.